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segunda-feira, agosto 26, 2013

Tire suas conclusões

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"Inaugurado no começo de 1995, o único hospital de Arrais, um município muito pobre com apenas 12.000 habitantes fincado no Estado do Tocantins, teve de permanecer fechado por quatro anos. O motivo não poderia ser mais bizarro. Faltavam médicos que quisessem aventurar-se por aquele fim de mundo. O que o hospital oferecia não era desprezível: salário inicial de 2.000 reais e ajuda para moradia. Só há onze meses o hospital foi finalmente reaberto. O milagre veio de Cuba. Enfim, Arrais conseguiu importar cinco médicos da ilha de Fidel e, assim, abrir as portas do hospital. Não é um caso isolado. Outros hospitais de cidades que nem no mapa podem ser identificadas, como Augustinópolis, Dianópolis e Miracema, todas no Tocantins, também ficaram anos fechados e só foram reabertos após o desembarque da tropa vestida de branco de Cuba. Hoje, já existem 166 médicos cubanos espalhados por favelas de grandes cidades e nos mais distantes municípios de Estados como Roraima, Pernambuco e Acre. A maior concentração, com 56 médicos, fica no Tocantins."

Texto de Leonel Rocha (imagem acima), revista Veja, 20 de outubro de 1999.
Governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"Deixar o programa do Partido dos Trabalhadores comandar a política externa dá nisso. O governo brasileiro se vê obrigado a pôr os interesses nacionais em segundo lugar. Foi assim nas relações com o governo boliviano, conivente com o tráfico de drogas para o Brasil, nos aplausos ao autoritarismo venezuelano e nos milhões de reais emprestados pelo BNDES com juros camaradas à ditadura cubana, a maior pane para a reforma do Porto de Mariel. Não há sinal de que a subserviência aos planos aloprados do partido vá diminuir. Nunca os efeitos dessa afinidade entre o PT e a ditadura caribenha foram tão claramente contrários aos interesses dos cidadãos brasileiros quanto na decisão de importar 6.000 médicos cubanos. O anúncio foi feito na semana passada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante uma reunião com o chanceler castrista Bruno Rodríguez, em Brasília. Pelo projeto, os 'médicos' atenderão brasileiros em hospitais de regiões pobres ou distantes das grandes cidades. A medida terá no mínimo, dois efeitos negativos. Primeiro, vai pôr em risco a saúde dos pacientes. Segundo, inundará o interiorzão do Brasil com agentes de uma nação estrangeira politicamente arcaica."

Texto de Nathalia Watkins, revista Veja, 13 de maio de 2013.
Governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).

quarta-feira, maio 26, 2010

Depois do Mercosul, Serra ataca Bolívia

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Depois de chamar o Mercosul de “farsa” e comprar briga com a Argentina, depois de reiterar sua, digamos, visão pessoal sobre a relação entre as camisinhas chinesas e as galinhas, o presidenciável tucano José Serra atacou de novo. A vítima agora foi a Bolívia, em especial o governo daquele país, presidido por Evo Morales. Serra declarou na tarde desta quarta-feira, em entrevista à rádio Globo, no Rio de Janeiro, que o governo da Bolívia é "cúmplice pelo narcotráfico no Brasil".

"A cocaína vem de 80% a 90% da Bolívia, que é um governo amigo, não é? Como se fala muito", disse, numa tentativa de ironizar o governo brasileiro. "Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disto. Quem tem que enfrentar esta questão? O governo federal", declarou Serra.

Depois de tantas crises internacionais seguidas ainda como candidato, parece que diplomacia não seria o forte de um possível governo do tucano.

segunda-feira, março 15, 2010

'Quando foi que a direita brasileira teve qualquer apego aos direitos humanos?'

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Para quem se surpreendeu com a Miriam Leitão defendendo as cotas raciais em universidades, uma senhora resposta de Ciro Gomes, na edição de hoje da Folha de S.Paulo, sobre o posicionamento do governo Lula em relação à Cuba e Irã. De fazer o senador Eduardo Suplicy corar de vergonha...

Folha - A política externa do Brasil está no rumo correto? Pergunto-lhe em função das últimas polêmicas sobre o relacionamento do governo brasileiro com Cuba e Irã.
Ciro Gomes - Estrategicamente o governo brasileiro está muito correto. Somos contra a intervenção em assuntos domésticos, seja de quem for, somos pela solução pacífica dos conflitos, e advogamos uma ordem mundial multipolar. Tudo o que o Lula faz guarda coerência com esses princípios. Nós consideramos que o embargo norte-americano a Cuba --e não é o governo Lula, eu estou falando --é a causa de todos os abusos que hoje ainda temos que assistir em Cuba. O embargo, essa coisa anacrônica, prepotente, e injusta dos americanos, que inacreditavelmente continua com o governo Obama, justifica a atitude defensiva de Cuba. O país está acossado por um inimigo externo iminente, a maior potência do planeta. Eu acho odiento o crime político. Mas, o embargo dá ao governo de Cuba a faculdade de dizer que aquilo não é crime de opinião, mas sabotagem, espionagem, serviço ao inimigo externo. Essa é a questão que tem que ser posta em perspectiva. De qualquer forma, não é o Brasil que vai resolver isso. O Brasil deu asilo ao [Alfredo] Stroessner, no que acho que fez muito bem. Isso tira da moral dessa gente, da direita truculenta, esse papo. Quando foi que a direita brasileira teve qualquer apego aos direitos humanos? Que dia? Em que circunstância nacional ou internacional? Esse papo furado é só para quem não tem memória. E o Irã: deixa os americanos fazerem uma aventura militar no Irã para você ver o que vai acontecer com o planeta. O Irã não é o Iraque. O Brasil não é a favor que o Irã desenvolva artefato nuclear. O Brasil tem uma posição contra armamento nuclear no mundo. Ele não é ingênuo. Queremos que o mundo se desarme.


Vale a pena ler outros trechos da entrevista. Além de dizer que sua candidatura ao governo de São Paulo seria "artificial" e de que o PT "é um desastre" no Estado (o que mereceu resposta), Ciro Gomes fala, na cara da Folha: "O Serra erra menos porque é protegido pela grande mídia."

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Israel e o mito da liberdade de imprensa

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É sempre difícil acrescentar algo em relação ao que acontece na Faixa de Gaza sem repetir quem faz uma excelente cobertura da tragédia gestada no Oriente Médio. O Idelber Avelar vem trazendo notícias e informações relevantes sobre os ataques israelenses, mas uma saltou aos olhos e interessa ser analisada aqui, já que diz respeito à imprensa e todos os membros desse blogue nela trabalham.

Ele cita um belo furo do Cloaca News , que descobriu o blogue de uma jornalista de O Globo e que também aparece na Globo News, Renata Malkes, que faz a cobertura ou algo que se assemelhe a isso, do Oriente Médio. De ascendência judaica, ela não hesita em fazer comentários preconceituosos e cheios das certezas típicas de quem não respeita a diversidade e a diferença.

O tal blogue, denominado Balangan, foi abandonado pela jornalista, mas o Cloaca, com o auxílio da Wayback Machine, resgatou o que ela escreveu de 2002 a 2007. Em um determinado post , diz que os árabes são mentirosos, reforçando a idéia com uma parabolazinha em outro. Já noutro texto exulta ter sido aceita no exército . Sim, sim, é essa pessoa que está encarregada de fazer a cobertura “imparcial” do “conflito” na Faixa de Gaza.

O serviço isento do objetivo jornalismo da grande imprensa brasileira, como o praticado por Veja, que justificou os ataques israelenses como nem a assessoria de imprensa do governo faria, coadunam com a “liberdade de imprensa” que existe em Israel. Os jornalistas estrangeiros foram proibidos de entrar na Faixa de Gaza, algo que foi denunciado  por Ethan Bronner, do The New York Times. Enquanto as notícias sobre a trágica situação dos palestinos só chegam ao resto do mundo por meio de blogues, sites independentes e pessoas que já vivem agora o cerceamento de comunicação (já que lá não há no momento sequer eletricidade), há amplo acesso ao sul de Israel para a mídia, local onde chegam os foguetes do Hamas. Não é de se estranhar, já que governo israelense também não é muito tolerante com opiniões contrárias à sua política de apartheid e inclusive já foi responsável pela prisão e espancamento de um jornalista premiado, Mohammed Omer, correspondente da Inter Press Service na Faixa de Gaza, como se pode ver aqui.

Alguém pode dizer como a mídia daqui relataria tais fatos se ocorressem na Venezuela?

Leia o que o Futepoca já escreveu sobre a Palestina: