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terça-feira, dezembro 10, 2013

Não é pelos 20 centavos. Não mesmo!

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Num outro post aqui do Futepoca, em abril, já tínhamos comentado sobre o público-alvo a quem a revista Veja se dirige: a classe média/alta conservadora, tacanha e egoísta. Principalmente a partir do início do governo Lula, em 2003, ficou explícito, de forma gritante, o direcionamento do discurso pretensamente "jornalístico". Não só na publicação da família Civita; quase todos fazem isso. Na imagem acima, com edições regionais direcionadas ao público paulistano de duas revistas - Veja SP (de novembro de 2010) e Época SP (de dezembro de 2013) -, vemos mais um exemplo didático da priorização do interesse dos ricos frente ao dos pobres. Três anos atrás, a Veja SP celebrava o sucesso de um empresário que vendia "um carro a cada três minutos", sem se importar se isso ia entupir as vias urbanas e inviabilizar o trânsito. Já na edição atual da Época SP, o prefeito Fernando Haddad (não por acaso, do PT) é achincalhado por ter reservado mais faixas exclusivas para os ônibus, priorizando o transporte coletivo e a maioria da população, que depende dele - mas "prejudicando", segundo a ótica da revista, os que possuem automóveis. 

Notem os dogmas do discurso elitista: o empresário está correto ao desovar milhares de carros nas ruas/ o prefeito (petista) está errado ao favorecer o transporte coletivo; as pessoas que compram carros são prioridade/ os que andam de ônibus que se danem. Curiosamente, essas mesmas publicações, dirigidas ao povo paulista, quase nada dizem sobre o metrô e os trens urbanos, superlotados, insuficientes, com falhas frequentes e sob suspeita de corrupção. Também evitam falar sobre os preços aviltantes dos pedágios nas estradas estaduais. A lógica da classe média/alta (e, por extensão, das publicações direcionadas a ela) é a da exclusão - como sendo algo positivo e almejado. Ninguém reclama dos pedágios porque eles mantêm os pobres longe do caminho dos "bem nascidos" nas rodovias. E os mesmos "bem nascidos" gritam e esperneiam quando se defrontam com os aeroportos lotados pelos pobres, que hoje têm condição econômica (e o direito!) de frequentá-los. Por isso, imaginem o ódio desses "bem nascidos" quando os ônibus recebem - com justiça - mais espaço nas ruas e avenidas da metrópole. É esse ódio (de classe) que vende essas revistas.

segunda-feira, novembro 18, 2013

No processo kafkiano, delação é premiada com prisão

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Jefferson em 2005 e hoje: delação levou à prisão, mas ele parece tranquilo e satisfeito

A prisão dos condenados pelo chamado "esquema do mensalão" é o desfecho de um processo kafkiano que tem a imprensa como principal condutora dos fatos - e uma "delação premiada" que, curiosamente, teve como "prêmio" a prisão. Voltemos no tempo: dois anos e cinco meses após o início do governo Lula, em maio de 2005, a revista Veja finalmente encontrava um porrete para bater com força no presidente petista, ainda que indiretamente. O alvo da matéria era um partido aliado da base do governo federal (ainda que de menor importância) mas a chamada de capa já prenunciava o chumbo grosso que viria naquele ano pré-eleitoral: "O vídeo da corrupção em Brasília". A reportagem denunciava um suposto esquema de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e, já a partir do título, "O homem-chave do PTB", apontava o dedo inquisidor com a chancela "corrupto" para o deputado federal Roberto Jefferson, presidente do partido. Ato contínuo, toda a imprensa partiu para cima de Jefferson. E o que ele fez? Tudo o que a mídia estava louca para que algum "delator" fizesse: desviou o dedo apontado para ele diretamente para o braço direito de Lula até então, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.

No dia 6 de junho daquele ano, a Folha de S. Paulo publicou uma entrevista exclusiva com o deputado petebista, concedida à então editora da coluna "Painel", Renata Lo Prete. Jefferson tirou da cartola a denúncia de que Delúbio Soares, tesoureiro do PT, pagava, a mando de Zé Dirceu, mensalidade de R$ 30 mil a alguns deputados do Congresso Nacional, para que eles votassem junto com o bloco governista, e referiu-se ao pagamento como "mensalão", cunhando o mote que os jornais (e os oposicionistas) tanto precisavam para carimbar a testa do governo Lula e emporcalhá-lo diariamente como "corrupto" e "ladrão", com violência e virulência dignas da imprensa mais udenista e lacerdista dos anos 1950, por todos anos seguintes. Pergunta que ninguém fez: por que a denúncia-bomba foi feita como entrevista, e não em forma de reportagem? Porque o entrevistador não precisa apresentar provas ou dados que confirmem o que o acusador está falando. É só uma entrevista, quem está dizendo é Jefferson, a jornalista e o jornal não têm nada com isso - o que também não os impede de dar manchete e trombetear a denúncia (sem provas) para todo o Brasil. Foi assim que estourou a maior crise do governo Lula, baseada em acusações, ilações, suposições e teorias de conspirações, sempre chanceladas como "verdades absolutas" pela imprensa.

A forçação de barra contra o PT ficou evidente por dois motivos: 1) Jefferson nunca apresentou provas do que disse (o que colaborou para que tivesse o mandato de deputado federal cassado - afinal, "cabe ao acusador o ônus da prova") e contradisse vários pontos de suas denúncias ao depor ao Conselho de Ética da Câmara e em outras ocasiões em que foi questionado sobre o assunto; 2) As investigações caíram no que de fato existe no Brasil, caixa 2 (doações não contabilizadas) em campanhas eleitorais, lavagem desse dinheiro e seus acertos posteriores - coisa que TODOS os partidos fazem, o que a mídia escondeu (o episódio mais constrangedor foi o de Paulo Markun no programa Roda Viva, da TV Cultura) e o que não tem NADA a ver com a denúncia - nunca comprovada - de que o governo federal estivesse dando dinheiro à parlamentares em troca de votos. Bom, o resto, como se diz, "é história". Não há nem espaço para relembrar, aqui, a avalanche de episódios bombásticos do tal "mensalão" que atordoou a população naquele ano de 2005 e que alimentou manchetes diariamente até o julgamento do caso, em 2012, e a ordem de prisão para vários dos acusados agora, no presente mês. Incluindo o "delator" Roberto Jefferson, que está aguardando a Polícia Federal em sua casa. Sim, ele, o "herói" da mídia golpista.

Jefferson diz que aguarda a prisão "com serenidade". Desde o início, ele sempre pareceu satisfeito ao deixar de ser o alvo principal das denúncias de corrupção da mídia e, em troca (talvez num acordo "negociado"), topar ser a voz "em on" da delação contra o governo federal. Pode ser que, se as investigações tivessem focado o esquema nos Correios, muito mais coisa tivesse sido descoberta contra ele, contra o PTB e os governos anteriores de Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor, dos quais Jefferson e seu partido também participaram. Ou seja, tudo leva a crer que o esquema nos Correios vinha de longe. Mas, numa cobertura "jornalística" (e bota aspas nisso!) que sequer se preocupou em checar e confirmar com provas a denúncia central de Jefferson sobre o pagamento de "mensalão", cobrar perguntas racionais e básicas parece tão absurdo quanto o próprio teor das toneladas de matérias sobre o caso. Nem Franz Kafka, em "O processo", chegou a tais requintes de nonsense quanto a imprensa brasileira. E agora temos milhões de pessoas comemorando a prisão dos tais "mensaleiros" como se fosse título de Copa do Mundo. Roberto Jefferson, personagem central dessa ficção, que de acusado passou a "herói nacional" por delatar a "corrupção", hoje já não tem utilidade alguma para a imprensa, nem defensores.

Foi usado e descartado, como tantos outros "inocentes úteis". Porém, nunca foi inocente. E sua "utilidade" à imprensa provocou uma das mais graves distorções jurídicas do planeta, criando um precedente - condenar sem provas - extremamente perigoso, um feitiço que, um dia, pode muito bem virar contra os feiticeiros. De caixa 2 e financiamento público de campanha ninguém fala nada. O que importa é o triunfo do ódio. Viva a imprensa nacional, baluarte da "moral", da "ética" e da "virtude"! E quem falar em controle da mídia também será "esquartejado" exemplarmente.

segunda-feira, agosto 26, 2013

Tire suas conclusões

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"Inaugurado no começo de 1995, o único hospital de Arrais, um município muito pobre com apenas 12.000 habitantes fincado no Estado do Tocantins, teve de permanecer fechado por quatro anos. O motivo não poderia ser mais bizarro. Faltavam médicos que quisessem aventurar-se por aquele fim de mundo. O que o hospital oferecia não era desprezível: salário inicial de 2.000 reais e ajuda para moradia. Só há onze meses o hospital foi finalmente reaberto. O milagre veio de Cuba. Enfim, Arrais conseguiu importar cinco médicos da ilha de Fidel e, assim, abrir as portas do hospital. Não é um caso isolado. Outros hospitais de cidades que nem no mapa podem ser identificadas, como Augustinópolis, Dianópolis e Miracema, todas no Tocantins, também ficaram anos fechados e só foram reabertos após o desembarque da tropa vestida de branco de Cuba. Hoje, já existem 166 médicos cubanos espalhados por favelas de grandes cidades e nos mais distantes municípios de Estados como Roraima, Pernambuco e Acre. A maior concentração, com 56 médicos, fica no Tocantins."

Texto de Leonel Rocha (imagem acima), revista Veja, 20 de outubro de 1999.
Governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"Deixar o programa do Partido dos Trabalhadores comandar a política externa dá nisso. O governo brasileiro se vê obrigado a pôr os interesses nacionais em segundo lugar. Foi assim nas relações com o governo boliviano, conivente com o tráfico de drogas para o Brasil, nos aplausos ao autoritarismo venezuelano e nos milhões de reais emprestados pelo BNDES com juros camaradas à ditadura cubana, a maior pane para a reforma do Porto de Mariel. Não há sinal de que a subserviência aos planos aloprados do partido vá diminuir. Nunca os efeitos dessa afinidade entre o PT e a ditadura caribenha foram tão claramente contrários aos interesses dos cidadãos brasileiros quanto na decisão de importar 6.000 médicos cubanos. O anúncio foi feito na semana passada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante uma reunião com o chanceler castrista Bruno Rodríguez, em Brasília. Pelo projeto, os 'médicos' atenderão brasileiros em hospitais de regiões pobres ou distantes das grandes cidades. A medida terá no mínimo, dois efeitos negativos. Primeiro, vai pôr em risco a saúde dos pacientes. Segundo, inundará o interiorzão do Brasil com agentes de uma nação estrangeira politicamente arcaica."

Texto de Nathalia Watkins, revista Veja, 13 de maio de 2013.
Governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).

quarta-feira, abril 03, 2013

Público-alvo

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Exemplo prático para observar a quem a Veja se dirige: "Você", o leitor próximo, que interessa à publicação da editora Abril, é um homem, branco, classe média/rico, tipo executivo - com cara de desconsolo por um "direito" (privilégio) perdido; "Ela", o ser distante, estranho e indesejável, é uma mulher, negra, nordestina, pobre, com pouco estudo - e a revista dá a entender que, por isso mesmo, decide errado (prejudicando "Você"). Ou seja, "A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes" (Karl Marx). Situe-se. E observe o discurso e sua direção.

sexta-feira, novembro 30, 2012

PC Siqueira e o pensamento conservador/coxinha da Veja

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Via @cynaramenezes

"Aí você me diz: 'Ah, mas ser conservador não é necessariamente ser uma coisa ruim'. Cê me desculpe, mas ser conservador é necessariamente ser uma coisa ruim. Primeiro, porque o mundo já é uma merda, sempre foi uma merda, se você quer conservar o mundo de uma forma que ele é, uma merda, então você é um merda. E quando você lê uma revista que te ajuda a saber como o mundo funciona e como as coisas estão acontecendo, e ela é uma merda, tudo que você conhece como verdade é uma merda."

Vale ver o vídeo inteiro do PC Siqueira: 

quarta-feira, agosto 15, 2012

Romário solta o verbo contra a Veja: "revista de m..."

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Mostrando que o Futepoca também sabe fazer "jornalismo (sic) de Twitter", abaixo as declarações de Romário sobre a nota da revista Veja (provavelmente esta aqui) na qual o jornalista Lauro Jardim diz que a verba de gabinete do deputado continuou sendo gasta no período em que ele comentou as Olimpíadas pela Record.

Mas o gabinete de Romário deveria parar de funcionar com ele fora? Se for assim, gabinetes darão expediente dois ou três dias por semana em Brasília...