MINHA HISTÓRIA (GESUBAMBINO) (Dalla/ Pallotino - versão: Chico Buarque)
Chico Buarque
Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente, laiá, laiá,laiá, laiá
Ele assim como veio partiu não se sabe prá onde E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido, cada dia mais curto, laiá, laiá,laiá, laiá Quando enfim eu nasci, minha mãe embrulhou-me num manto Me vestiu como se eu fosse assim uma espécie de santo Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher Me ninava cantando cantigas de cabaré, laiá, laiá, laiá, laiá Minha mãe não tardou alertar toda a vizinhança A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança E não sei bem se por ironia ou se por amor Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor, laiá, laiá, laiá,laiá
Minha história e esse nome que ainda carrego comigo Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus Laiá, laiá, laiá,laiá
TURMA DO FUNIL (Antonio Carlos Jobim/ Chico Buarque/ Mirabeau/ Oliveira/ Castro)
Tom Jobim, Miúcha e Chico Buarque
Quando é tão densa a fumaça Que o tempo não passa E a porta do bar já fechou Quando ninguém mais tem dono O garçom tá com sono e a primeira edição circulou Quando não há mais saudade, nem felicidade Nem sede, nem nada, nem dor Quando não tem mais cadeira tomo uma besteira de pé no balcão Eis que da porta do fundo Do oco do mundo Desponta o cordão
Chegou a turma do funil Todo mundo bebe Mas ninguém dorme no ponto Ah, ah, ah, ah! Mas ninguém dorme no ponto Nós é que bebemos e eles que ficam tontos, morou Eu bebo sem compromisso É o meu dinheiro Ninguém tem nada com isso Enquanto houver garrafa Enquanto houver barril Presente está a turma do funil
Um velho projeto do Futepoca seria o de produzir o "Mesa quadrada futebol manguaça", um desses programas televisivos em que se debate os jogos da rodada, só que transmitido ao vivo direto do bar, com todos os apresentadores bebendo cerveja. Garanto que seria muito mais interessante que todos esses chatos, dispensáveis e moralistas programas estilo "mesa redonda" que empesteiam a programação brasileira. No mínimo, geraria muitos vexames e discussões surreais. Pois agora descubro que algo do gênero já foi produzido, só que na linha do talk show: o músico, cantor e compositor gaúcho Júpiter Maçã apresentou na MTV, totalmente encachaçado, um arremedo de "Programa do Jô", com direito até a um bongô como o que o comediante às vezes se atreve a tocar. A entrevista com o colega Rogério Skylab é memorável. Júpiter torce a língua o tempo todo e o papo descamba para o delírio nonsense. Se você assistir bêbado(a), melhora mais ainda:
Não se perca de mim Não se esqueça de mim Não desapareça A chuva tá caindo E quando a chuva começa Eu acabo de perder a cabeça Não saia do meu lado Segure o meu pierrot molhado E vamos embolar Ladeira abaixo Acho que a chuva Ajuda a gente a se ver Venha, veja, deixa Beija, seja O que Deus quiser...
A gente se embala Se embora se embola Só pára na porta da igreja A gente se olha Se beija se molha De chuva, suor e cerveja...
Não se perca de mim Não se esqueça de mim Não desapareça A chuva tá caindo E quando a chuva começa Eu acabo de perder a cabeça Não saia do meu lado Segure o meu pierrot molhado E vamos embolar Ladeira abaixo Acho que a chuva Ajuda a gente a se ver Venha, veja, deixa Beija, seja O que Deus quiser...
A gente se embala Se embora, se embola Só pára na porta da igreja A gente se olha Se beija se molha De chuva, suor e cerveja...
Polad Bülbüloglu foi um ídolo da música jovem soviética nos anos 1960, trasnformando-se depois num expoente da música romântica - uma espécie de Roberto Carlos dos comunistas, mais ou menos. Curioso é que, após a extinção da URSS, tornou-se político e embaixador do Arzebaijão na Rússia. Na foto acima, aparece cumprimentando o primeiro-ministro russo Vladimir Putin. Mas gostaria de registrar aqui um vídeo de 1967 com sua hilária interpretação da não menos hilária "Shake", musiquinha estilo "jovem guarda" (expressão que, ironicamente, foi criada por outro Vladimir russo, o Lenin). Polad se esmera na dancinha, nos gritos "ô-ô-ô-ô" e num intraduzível "arabá-papêrebê-pepepê", ou coisa que o valha. Porém, o mais bizarro é o velhinho manguaça que aparece lá pelo 01:22, com sua garrafa de vodka e batendo palma sem saber pra onde ou por quê. No finzinho do vídeo, ele nem espera a música acabar para abastecer o copo novamente:
Ps.: E pra quem ainda conjectura sobre a origem da expressão "trololó", comumente usada por José Serra, vai uma pista na voz do "feliz" barítono russo Eduard Khil, o "Senhor Trololó", em performance incrível, indescritível, inenarrável e inacreditável de 1976. Absolutamente imperdível:
No encarte de um CD do Chico Buarque de 1989, relançado esta semana por uma coleção já comentada aqui, há um comentário sobre a música "O futebol" (veja o vídeo abaixo), em que o compositor, fanático pelo esporte, homenageia seus jogadores mais admirados. E Paulo César de Araújo, o Pagão, célebre centroavante do Santos nos anos 1950, logo que Pelé chegou à Vila Belmiro, é chamado de "O ídolo do ídolo", ou seja, aquele que Chico gostaria de ter sido. A admiração é tanta que, quando o ex-jogador visitou a sede do Polytheama, time criado pelo cantor carioca (foto acima), este pediu uma camisa autografada e, recentemente, confessou que ainda vigia a empregada para que ela nunca lave o "troféu". Sempre que assina súmula jogando pelo Polytheama, Chico escreve "Pagão".
Antes de Mengálvio e Coutinho chegarem à Vila, a fantástica linha de ataque do Santos em 1958: Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe (143 gols em 38 jogos pelo Campeonato Paulista)
"Ele me contou que o principal jogador no seu time de futebol de botão tinha o meu nome. Isso me deixou muito emocionado", disse Pagão ao Jornal do Brasil, quando o disco com a homenagem foi lançado. Antes de gravar "O futebol" em estúdio, Chico enviou uma gravação caseira para o ex-craque. Até aquele momento, a letra citava apenas os nomes dos ex-botafoguenses Mané (Garrincha) e Didi, e dos ex-santistas Pagão e Pelé. Foi então que, para completar a linha de ataque imaginária, Pagão sugeriu que o compositor incluísse o ponta-esquerda Canhoteiro, que brilhou no São Paulo. "Esse ataque nunca jogou junto. Mas, se tivesse jogado, teria sido arrasador", arriscou Pagão, que faleceria dois anos depois, em 1991. Vai daí, os últimos versos da canção ficaram sendo:
Para Mané para Didi para Mané Mané para Didi para Mané para Didi Para Pagão para Pelé e Canhoteiro
Pagão foi um centroavante rápido, de dribles curtos, muito habilidoso e objetivo. Fez 159 gols em 345 jogos pelo Santos (foto à direita), entre 1955 e 1963. Depois transferiu-se para o São Paulo, onde marcou 14 vezes em 59 partidas, até 1966, quando encerrou a carreira, aos 32 anos. Curiosamente, esteve presente em um dos momentos mais folclóricos envolvendo os dois clubes, em 14 de agosto 1963, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista. Quando a partida estava empatada em 1 a 1, o juiz Armando Marques expulsou o santista Coutinho e, logo em seguida, Pelé, por reclamação. O São Paulo ampliou para 4 a 1 (o último gol foi justamente de Pagão) e, diante da possibilidade de um placar ainda mais elástico, três jogadores do Santos simularam contusão e deixaram o campo, obrigando Marques a encerrar a partida aos 11 minutos do segundo tempo. O jogo ficaria conhecido como "San-São do cai-cai".
"Eu me achava muito parecido com o Pagão. Eu limpava o lance. O Pagão era mestre, fácil. Saía com toque de bola rápido." - Washington Cardoso Salvador, o saudoso Vavá, em nosso Post 1000.
Tive tempo pra desenvolver Incríveis qualidades Fui funcionário do mês Campeão de xadrez Tanta gentileza até me fez perder freguês
Quando ninguém mais está por perto Exercito habilidades Com os canudinhos do bar Faço esculturas pra quê Pra bater o recorde de espera por você
Não me preparo para o que vem vindo Segunda-feira é a mesma coisa que domingo Sempre colado aqui nesta cadeira Tão só, tão só, tão só, tão só
Tive até vontade de pular de pára-quedas Mas fiquei com medo de morrer Meu escritório é o bar Minha razão pra viver E eu ainda tenho tantas latas pra beber
Eu me preparo assim desta maneira A mesa o copo o isopor e a saideira Estou colado aqui nesta cadeira Tão só, tão só, tão só, tão só
HINO NACIONAL DOS CACHACEIROS DO BRASIL (Composição: Elton Saldanha)
Cairon e Gustavo
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil A minha casa é uma alambique, eu moro dentro do barril Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil Esse é o hino nacional dos cachaceiros do Brasil
Amigo me dá licença, mas preciso me benzer Arado não lavra sem boi e eu não canto sem beber Atraca uma talagada, me dá um trago de água benta Um lisão de pinga pura pra nós regular a lenta
Certa vez eu fiz promessa de deixar a pinga em paz Mas esqueci da palavra e cada vez eu bebo mais Eu sei os dez mandamentos, eu rezo e tiro o chapéu O corpo se vai pro chão e alma se vai pro céu
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil A minha casa é uma alambique, eu moro dentro do barril Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil Esse é o hino nacional dos cachaceiros do Brasil
Amigo sou biriteiro, me serve sem cerimônia Diz que a cachaça dá sono e eu to sofrendo de insônia No concurso de pinguço sou eu que escrevo o exame Eu vou ficar muito rico se vender meu vasilhame
Minha mulher pra me agradar toma banhos de licor Mulher com cheiro de pinga dá mais tesão pro amor Fui batizado com mé na festa dos bodegueiros Eu canto de quatro pé, o hino dos cachaceiros
Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil A minha casa é uma alambique, eu moro dentro do barril Eu bebo dez, eu bebo cem, eu bebo mil Esse é o hino nacional dos cachaceiros do Brasil
(Do CD "Sertanejo Universitário Ao Vivo", Independente, 2009)
Ela passou Deixando um sorriso no chão Deu um banho de beleza nos meus olhos E aí começou o verão Mil cores pintando o painel Copacabana...
Ela parou Na loja de discos e escutou A canção que eu fiz pra ela A minha mensagem de amor É tudo que eu tenho pra dar Chorei de amor Eu sei, chorei de amor E um chope pra distrair...
Um chope pra distrair, Um chope, chope, pra distrair...
Zeca Pagodinho acaba de finalizar "Vida da Minha Vida", seu próximo disco. E revela: "Eu gravo bebendo cerveja, pra voz ficar rouca. Se a voz sair muito certinha, ninguém vai acreditar que é o Zeca Pagodinho cantando". Uma das faixas do novo CD é "Orgulho do Vovô", única assinada por Pagodinho (em parceria com Arlindo Cruz), e dedicada ao seu neto, recém-nascido. "Meu compadre Arlindo foi ver o meu neto. Nós nos embriagamos mais uma vez, fizemos essa música e nem o menino ele viu. Esqueceu. Depois disso, me ligou: 'Zeca, precisamos marcar outra cerveja pra eu conhecer a criança'."
Vendeu seu terno, seu relógio e sua alma E até o santo ele vendeu com muita fé Comprou fiado pra fazer sua mortalha Tomou um gole de cachaça e deu no pé
Mariazinha ainda viu João no mato Matando um gato pra vestir seu tamborim E aquela tarde, já bem tarde, comentava Lá vai um homem se acabar até o fim...
João bebeu toda cachaça da cidade Bateu com força em todo bumbo que ele via Gastou seu bolso mas sambou desesperado Comeu confete, serpentina e a fantasia...
Levou um tombo bem no meio da avenida Desconfiado que outro gole não bebia Dormiu no tombo e foi pisado pela escola Morreu de samba, de cachaça e de folia...
Tanto ele investiu na brincadeira Prá tudo, tudo se acabar na terça-feira...
Vendeu seu terno E até o santo Comprou fiado Tomou um gole João no mato Matando um gato Naquela tarde Lá vai o homem...
João bebeu toda cachaça da cidade Bateu com força em todo bumbo que ele via Gastou seu bolso mas sambou desesperado Comeu confete, serpentina e a fantasia...
Levou um tombo bem no meio da avenida Desconfiado que outro gole não bebia Dormiu no tombo e foi pisado pela escola Morreu de samba, de cachaça e de folia...
Tanto ele investiu na brincadeira Prá tudo, tudo se acabar na terça-feira...
Meu amor, não é bebendo Que você vai esquecer de mim Não é fugindo Que o nosso o amor vai chegar ao fim
Não é bebendo que você vai esquecer de mim Não é fugindo que o nosso o amor vai chegar ao fim Podes beber, podes fugir para onde quiser Que mesmo assim lembrarás de mim aonde estiver
Foi a mentira, foi o ciúme que tem compaixão Quiseram ferir e magoar o seu coração Amar não é crime, beber não redime a tua paixão Ouça o que eu lhe digo: fique aqui comigo e não beba mais não
Quanto mais distante estiver Mais vontade terás em me ver Sentirá meus lábios beijando os teus Em todas as taças que você beber
Ui-ui-ui-ui-ui-ui
Quanto mais distante estiver Mais vontade terás em me ver Sentirá meus lábios beijando os teus Em todas as taças que você beber
Nada consigo fazer Quando a saudade aperta Foge-me a inspiração Sinto a alma deserta Um vazio se faz em meu peito E de fato eu sinto em meu peito um vazio Me faltando as tuas carícias As noites são longas E eu sinto mais frio
Procuro afogar no álcool a tua lembrança Mas noto que é ridícula a minha vingança Vou seguir os conselhos de amigos E garanto que não beberei nunca mais E com o tempo esta imensa saudade Que sinto se esvai
Já há algum tempo venho destacando aqui o movimento silencioso que, aos poucos, vai cercando, vigiando, policiando, proibindo e destruindo o nosso fórum mais adequado: o bar. Aqui em São Paulo, além de não poder mais fumar em paz nas mesas dos butecos, estamos ameaçados de ter que pagar 20% de caixinha para o garçom e de ir embora pra casa à meia noite. É incongruente. A gente sai de casa exatamente para beber, fumar e voltar bem tarde - e, de preferência, gastando pouco. E agora vem outra ação anti-manguaça: acabar com o bate papo. Isso mesmo, querem extinguir qualquer som ambiente nos butecos. Já tem lugar onde, se você quer dançar ou curtir uma música, tem que ouvir num fone. Imagine um monte de gente dançando, cada um num ritmo, e o bar em completo silêncio. "É meio ridículo, olhando de fora", resumiu Vinicius Ferreira à Folha de S.Paulo. E o pior é que, com os ouvidos ocupados, fica impossível conversar. Pois é, já não podemos fumar, conversar ou esticar além da meia noite. Repito: só falta proibir a venda de bebida alcoólica no bar. Ou, como diria o De Massad, "não dá ideia".
Olha, que a vida é essa, eu sentado sozinho E pensando, o que pensa essa gente Que olha e desolha É palavra cruzada Eu decifro, e repasso E no passo eu já vou
Eu também quero ir, eu também quero ir Eu também quero ir, ah, eu também
É a feira acabada, é a festa no fim É o copo, cheirando a bebida Quem foi que bebeu Que caiu por aqui E chorou, e dormiu E no sono partiu
Eu também quero ir, eu também quero ir Eu também quero ir, ah, eu também
É o menino que chega na escola chorando E confessa por quê que apanhou Na noite passada, ele ouviu dizer "Eu já vou!" Respondeu, sem saber, respondeu
Eu também quero ir, eu também quero ir Eu também quero ir, ah, eu também
É o carro do ano, é a nave que acopla É a crise, o petróleo, a geada, o café É a viola cansada É meu samba já todo enfeitado, dizendo "Eu já vou!"
Eu também quero ir, eu também quero ir Eu também quero ir, ah, eu também
É o livro já lido, futebol consumido É Pelé, que se foi, ninguém disse "Ele vem" Essa grana refresca qualquer cuca quente Eu também vou cantar, é com esse que eu vou!
Eu também quero ir, eu também quero ir Eu também quero ir, ah, eu também
É o meu paraíso, é Adão enfeitado É a Eva sorrindo, o desejo, o pecado Mas nem sempre é azul A amor que se faz Quem não fez, não faz mais Eu não fico pra trás
Eu também quero ir, eu também quero ir Eu também quero ir, ah, eu também
É o jornal atrasado, é o charuto fumado É o classificado, é o crucificado É a prece, é a chama, é a minha oração Na igreja de portas abertas!
Eu também quero ir, eu também quero ir Eu também quero ir, ah, eu também
Eu também quero ir, eu também quero ir, Ah, eu também ...
(Do LP "Benito Di Paula e seus amigos", Copacabana, 1975)
Em evento hoje no Retro Pub, em São Bernardo, no ABC paulista, será lançada a cerveja Sepultura Weissbier(à direita), produzida pela microcervejaria Fábrica do Chopp, de São Paulo. O lançamento da bebida de trigo do tipo Bavária, "com aroma frutado de cravo e maçã" (segundo a divulgação), serve como marco dos 25 anos da banda Sepultura, ícone do heavy metal, completados em 2009. Os integrantes prometem comparecer ao evento. O guitarrista e sãopaulino Andreas Kisser (à esquerda), 41 anos, é de São Bernardo.