Destaques

quinta-feira, agosto 16, 2007

Aquele que ninguém nunca ouviu falar

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Além de marcar o aniversário da cidadela paulista de Taquaritinga, terra do mundialmente famoso time de futebol CAT, 16 de agosto também é a data de falecimento de Elvis Presley, aquele que ninguém nunca ouviu falar. Pois então, hoje faz três décadas que o dito cujo foi comer capim (de Graceland) pela raiz. E é dia de júbilo para um bando de manguaças autodenominados “presleyterianos”, que fundaram a Primeira Igreja de Jesus Cristo Elvis, o Divino.
Os bebuns garantem que professam “a única religião que será importante nesse milênio” e estão reivindicando nos Estados Unidos um feriado nacional em homenagem ao rei obeso do rock. “A falta de um feriado para Elvis é uma desgraça nacional”, lamenta o cachaça Karl Edwards, co-fundador da igreja. “Quantos discos de ouro teve George Washington?”, questiona.
Para quem também segue essa religião e está em São Paulo, capital, uma dica é comparecer ao templo pagão Gardenburger, na Fradique Coutinho nº 390, Pinheiros, onde o elvismaníaco João deverá reprisar pela bilionésima vez os surrados VHS do falecido cantando em Las Vegas ou no Havaí. Se bobear, o X-Elvis até ressucita. Mas o lance é beber o morto!

Ps.: Outro pinguço que finou-se em 16 de agosto, há 33 anos, foi Canhoteiro, ídolo são-paulino dos anos 50. Curiosamente, morreu com a mesma idade que Elvis: 42 anos.

Hora de acreditar no título

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Bem fora do clima atual do Futepoca, em o assunto que mais interessa na vida, como ensina Eduardo Galeano:

O diretor do palmeiras Gilberto Cipullo declarou que acredita no título. Na quinta colocação, a uma da zona classificatória da libertadores, ele faz as contas: "Estamos dez pontos atrás do primeiro colocado. Ainda vamos disputar 57. É uma diferença que dá para tirar." Fácil, fácil.

A queda anunciada do cavalo paraguaio Botafogo anima torcedores de outros times. Um dos cariocas do parceiros do Blablagol, o Sérgio Valente aposta. "Depois não digam que não avisei: O Vasco vai ser Campeão Brasileiro". Ele garante que o time de São Januário tem mais time do que o tricolor paulista para levar o caneco. Aliás, o estádio foi penhorado pela sexta vez, agora a pedido do Banco Central.

Depois da vitória do time de Carpegiani sobre o Botafogo por 3 a 1, há corintiano gritando: "pintou o campeão".

Vai faltar taça.



quarta-feira, agosto 15, 2007

A verdadeira lição ensinada pelo vôlei

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Ano passado, quando a seleção do futebol fracassou e a de vôlei triunfou nos respectivos Mundiais, chavões e mais chavões se repetiram.

Os mais irritantes apontavam o sucesso do time de Bernardinho como fruto de um espírito de "família", sem "estrelismos", com "jogadores com amor à camisa", enquanto no futebol o que se via era um monte de "mercenário", "que só pensavam em dinheiro", "todos moram no exterior e não sabem mais nada do Brasil", "só pensam nos recordes individuais" e por aí vai.

Sempre achei esse tipo de discurso idiota. Principalmente nessa questão de "identificação com o país" e "amor à camisa". Pra quem não sabe, quase todo o grupo campeão mundial de vôlei também não joga em terras brasileiras. A situação desse esporte é a mesma do futebol: no exterior, os times têm mais dinheiro e levam os talentos dos países "subdesenvolvidos". Não seria essa a lógica, portanto.

E agora o escândalo Ricardinho, ecoando desde as vésperas do Pan, derrubou mais um chavão. O corte do levantador revelou que no grupo multicampeão de Bernardinho também existem egos, brigas, conflitos, desunião, um querendo ser melhor que o outro... ou seja, o que acontece em qualquer relação humana!

O interessante dessa história é que ela revela que o segredo de Bernardinho e seu elenco vitorioso é mais simples do que parece. Isso se traduz de maneira bem simples: o técnico é obcecado pelo esporte e pensa em vôlei 24 horas por dia (durante as competições, quando não está vendendo suas palestras motivacionais por aí). O fanatismo de Bernardinho por treinos, suas grandes variações táticas, seu empenho em extrair sempre o melhor do time são os elementos que explicam a questão. Deixem essa papagaiada de "união", "família" e "identificação" de lado.

terça-feira, agosto 14, 2007

Milton Neves, o filósofo

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O Comuniquese publicou como manchete de seu boletim na segunda-feira a informação de que os programas de Milton Neves na Record sairiam do ar. No dia seguinte, para indignação do Glauco, a manchete era exatamente a oposta: não saem do ar.

Para alguns, foi alegria que durou pouco. O exemplo fica para as aulas de jornalismo.

Mas o que eu gosto deste fórum é que a gente aprende. Até com Milton Neves:
"É o que sempre digo: apresentadores, programas e apresentadoras de redes de televisão, realmente competitivas, exceção a 80% da grade da Rede Globo e dos programas de Silvio Santos, dono e gênio, são tão firmes no ar quanto prego na gelatina. A qualquer momento você pode sair, mas a recíproca é verdadeira: a qualquer momento você pode voltar! Ou continuar."
Do blogue dele
.
A qualquer momento você pode continuar. Entendeu?

Guarani, ontem e hoje

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Divulgação/ Polícia Militar-SP
Ontem, dia 13, fez 29 anos que o Guarani de Campinas sagrou-se o primeiro – e até hoje único – time do interior paulista campeão brasileiro de futebol. Uma curiosa coincidência: esta semana um boato tomou conta do clube, o de que o estádio Brinco de Ouro seria vendido a um banco para o Guarani (hoje na Série C, terceira divisão do Brasileiro) pagar dívidas.
Primeiro falou-se do Bradesco, depois já era um banco internacional. Li que a venda seria por cerca de R$ 30 milhões, e li também que seria por R$ 130 mi. Uma precisão digna de boato mesmo.
De qualquer maneira, a diretoria bugrina desmentiu a operação em nota divulgada à imprensa, assinada pelo vice-presidente administrativo, José Carlos Meloní Sícoli. “O Estatuto Social do Clube não outorga poderes à Diretoria Executiva para tratar com exclusividade de assunto desta natureza, prevendo a obrigatoriedade de convocação do Conselho Deliberativo e da Assembléia Geral de Associados segundo a qual”, esclareceu o comunicado.
Para os saudosistas, abaixo vai a ficha técnica da finalíssima de 1978, realizada no Brinco, contra o Palmeiras.


GUARANI 1 x 0 PALMEIRAS
Data: 13/Agosto/1978 - Local: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas) Gol: Careca aos 36 do 1° tempo - Árbitro: José Roberto Wright (RJ) Renda: Cr$ 1.706.280,00 - Público: 27.086
GUARANI: Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Manguinha e Renato; Capitão, Careca e Bozó. Técnico: Carlos Alberto Silva
PALMEIRAS: Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão (Jair Gonçalves), Alfredo e Pedrinho; Ivo, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Silvio, Escurinho e Nei. Técnico: Jorge Vieira

Sobre a eleição municipal

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Kassab não confirma, mas deve mesmo ser candidato à reeleição municipal em São Paulo. Quem aposta é a colunista Monica Bergamo, em sua coluna de hoje (aqui, para assinantes)

LANÇAMENTO
Os líderes do DEM, partido do prefeito Gilberto Kassab, de SP, fazem "pajelança" sexta, no Rio, para avaliar pesquisas de várias capitais do país. Os resultados das sondagens, e mais a pesquisa Datafolha que mostra Kassab no páreo da própria sucessão, reforçam o argumento do partido, de que ele deve ser candidato -com ou sem Geraldo Alckmin na disputa.

Monica detalhou o caso em sua participação diária na rádio Band News. Disse que recebeu uma ligação de um instituto de pesquisa, contratado para fazer sondagens sobre a atuação de Kassab na Prefeitura. As perguntas iam desde Lei Cidade Limpa (óbvio), passavam por reurbanização de favelas e chegavam à greve do Metrô (einh?). Tudo para direcionar a exploração dos pontos fortes numa futura campanha. Bergamo crava ainda que Kassab tem o apoio de José Serra.

O primeiro passo para a dissolução da aliança PSDB-PFL em São Paulo já foi dado. Resta especular qual será a reação de Geraldo Alckmin à tentativa de alijá-lo da disputa municipal.

segunda-feira, agosto 13, 2007

São Paulo vende Josué por mixaria

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Foto: Rubens Chiri
Apesar das declarações da diretoria do são Paulo de que o clube não venderia mais jogadores na janela do meio de ano, Josué acaba de ser negociado com o Wolfsburg, da Alemanha. A equipe alemã ocupa a modesta 16ª colocação na Bundesliga.

O que impressiona, mesmo, é o valor. Foram US$ 2 milhões pelo jogador, sendo que uma parte vai para o bolso do Josué. Muito pouco para quem valoriza tanto o atleta.

De acordo com informações do Terra, a avaliação era de que, com as convocações para a Seleção, Josué faria poucos jogos pelo Tricolor até o final do ano, quando terminaria o contrato com o clube. Depois disso, o time não receberia nada por uma provável transferência para o exterior.

Eu preferia manter o Josué e as chances de título.

Marta está fora: efeito do "relaxa e goza"?

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Marta Suplicy, ministra do Turismo, anunciou hoje que não vai disputar as eleições para a prefeitura de São Paulo no ano que vem. Segundo a ex-prefeita, ela se dedicará à sua atuação no governo federal e deve voltar ao mundo das eleições em 2010, disputando provavelmente o posto de governadora.

A informação pode ser interpretada de diversos pontos. Fui sacana no título do post e não acho que a infeliz declaração da ministra tenha determinado sua saída da corrida eleitoral. Quem não votaria nela não mudou a opinião, e quem votaria não deixaria de votar por conta dessa frase. Por outro lado, acredito que disputar o posto municipal submeteria Marta a um desgaste necessário. E, pensando também em termos não-eleitorais, acho que Marta deveria ficar no Ministério. Quanto tempo ela tem lá? Um ano ou nem isso? Não deu nem pra "esquentar a cadeira", ela precisa ficar por lá, fazer um bom trabalho e fazer com que o "relaxa e goza" fique em segundo plano quando falarem de sua atuação na Esplanada.

Para o PT, o anúncio prévio da saída de Marta pode ter seu lado positivo. O partido precisa, desde já, se articular e apresentar quem indicará para o pleito. A coisa tá complicada pra legenda de Lula - em sondagem da Folha, Alckmin lidera a disputa. Kassab, numa humilde avaliação deste escriba, tende a crescer.

Resta saber se a aliança PSDB-PFL (não consigo chamar aquela porra de democratas, me desculpem) se manterá. Talvez aí esteja a brecha para que o PT volte à prefeitura. Mas para isso, precisa apostar em fortes alianças, algo que não soube fazer em 2004.

Rancor: um sentimento feio, mas duradouro

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Palmeiras de 1989 - em pé: Dario Pereyra, Toninho, Dorival Junior, Edson Boaro, Velloso e Abelardo (quem?); agachados: Mauricinho, Gerson Caçapa, Gaúcho, Edu Manga e Neto (por obra de Leão, na ponta-esquerda)

O rancor bem que poderia ser um oitavo pecado capital. Eu o considero até pior do que a ira, que, pelo menos, costuma ser explícita. Ontem, assistindo Atlético-MG x Palmeiras pela TV Bandeirantes, pouco antes do início do segundo tempo, o ex-jogador e hoje comentarista Neto soltou o seguinte comentário: "-O Leão mandou seus jogadores pressionarem o árbitro e agora, mesmo se o lance for claro, o cara não vai apitar. Por causa do técnico, o time pode perder o jogo". A praga deu resultado e o alviverde venceu o galo por 2 x 1.

Mas aquela observação de Neto, apesar de procedente, me transpareceu uma ponta de rancor. Para quem não sabe, Emerson Leão é seu desafeto. Em 1989, Neto passou pelo Palmeiras e foi dispensado pelo treinador junto com o zagueiro Denys. Ambos foram trocados com o Corinthians pelo lateral-esquerdo Dida e o meia Ribamar (quem?). A torcida palmeirense não perdoa isso até hoje, pois, afinal, Neto se tornou um dos ídolos eternos dos corintianos.

A treta entre o atleta e Leão começou quando o técnico insistiu em escalá-lo sucessivamente na ponta-esquerda. Neto sempre jogou como meia e, nessa posição, tinha sido o grande destaque do vice-campeão Guarani no Paulistão de 88, com direito até a gol de bicicleta na primeira partida da decisão contra o Corinthians. Mesmo na posição que não era a sua, Neto fez sete gols em 25 partidas pelo Palmeiras e ajudou o time a conquistar a Taça dos Invictos, com 23 jogos sem derrota.

Porém, o time perdeu a única partida que não podia no Paulistão de 89, na semifinal contra o Bragantino, e desperdiçou a chance de acabar com 13 anos de fila. Alguém tinha que pagar o pato - e Leão serviu a cabeça de Neto na bandeja de prata. Tudo bem que nem um nem outro possam ser considerados "flor que se cheire". Mas, como diz meu amigo (palmeirense) João Paulo, "uma bronca tão grande deve ter algo que a justifique".

Um turno inteiro pela frente

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Os santistas estão esfriando a cabeça. Os corintianos andam de ressaca da comemoração por saírem da zona de rebaixamento. Os são-paulinos, com medo de comemorar e serem achincalhados. E eu, o palmeirense do Futepoca, não vi nada, mantive-me alheio a tudo e juro que não foi cachaça.

Por isso, recorro aos blogues parceiros para fazer a análise da rodada do Brasileiro.

Atlético-MG e Palmeiras
"Sim, foi um sufoco, sofremos perigo e levamos bola na trave. Mas são 3 pontos importantíssimos conquistados no Mineirão", defende o Observatório Verde. Para eles, o 2 a 1 fora de casa se soma aos resultados positivos dora de casa, por isso, "está na hora de insulflar a mística do visitante ladrão de pontos. Esse é o time que não teme ninguém".

Não consultei os atleticanos para saber a respeito de acusações de pênalti não marcado.

Corinthians e Grêmio
A vitória por 2 a 1 de virada garantiu a saída do time paulista "da zona de rebaixamento a tempo do encerramento do primeiro turno do Campeonato Brasileiro", defende o Retrospecto Corintiano. Como dizem os portugueses: "Ah viva!" O detalhe é que Gustavo Nery fez gol.

São Paulo e Atlético-PR
Como o parceiro tricolor não anda muito atualizado, restou recorrer à imprensa, já que ela é são-paulina mesmo, embora não seja parceira. A voz uníssona foi de que o time fechou como "vencedor" do primeiro turno, uma conquista que valeria menos do que torneio início, não fosse a absoluta falta de times minimamente organizados que assola o campeonato. Os jogadores, bons-moços, não comemoraram o título. Outros autores já manifestaram preocupação com a quase certeza do título do time de Muricy Ramalho.

Minha teoria é de que o objetivo das torcidas adversárias é insuflar a soberba e o salto alto são-paulinos, missão inútil e desnecessária, já que esses atributos aparecem sempre, menos no Futepoca, onde os torcedores do tricolor paulista cansaram de provocações baratas (mas eu não, como se vê).

Fluminense e Santos
O desolado comentário sobre a Portuguesa antecipa os apontamentos. O que se fala por aí é que o tal de Thiago Neves, foi bem e que o tricolor carioca reagiu em termos de campeonato para garantir os 3 a 0, barrando a ascensão santista. Vanderlei Luxemburgo, o técnico que oscila entre os papéis de vilão e coadjuvante nas partidas, espera Petkovic pronto em duas semanas. É o que falta? Dureza.

Mas há um turno inteiro pela frente

O impagável Eduardo Suplicy

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E não é que o senador mais midiático da história da República não pára de surpreender o país? Ontem, no progrma Pânico na TV, teve um desempenho digno de nota... Em sete minutos, Suplicy participa de um quadro especial do Dia dos Pais em que contracena com Xupla, um "cover" do seu filho Supla. Joga basquete, futsal, anda de bicicleta, se veste de rapper... Enfim, só vendo pra crer.

Viva a Segundona!

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Esse negócio de Primeira Divisão anda meio por baixo. Os santistas que o digam. Tomar de 3 a 0 do Fluminense não é fácil.

A Segundona está mais interessante.

A Portuguesa, por exemplo, não muda. É pura emoção. Quando a gente pensa que vai, não vai. Se tivesse vencido o Brasiliense no Canindé, estaria em quarto lugar, com 30 pontos, já no G4 e na frente do próprio Brasiliense, que com o empate manteve a 4ª posição, com 29. A Lusa, mesmo assim, mantém um promissor 5° lugar, com 28 pontos. Mas, em se tratando de Portuguesa, o que é promissor pode ser apenas uma ilusão.

Quem se deu bem na 18ª rodada do Brasileiro Série B foi o Coritiba, que bateu o forte e ainda vice-líder Marília no interior paulista e está em 3° lugar. Ambos os times têm agora o mesmo número de pontos (32), mas o MAC tem mais vitórias (12 a 10).

Pra não esquecer, o líder ainda é o Criciúma, com 34 pontos, mas depois de duas derrotas seguidas (1 x 3 pro Paulista e 1 x 2 pro Santa Cruz), a liderança dos “catarina” já não é mais incontestável.

E viva a Segundona!

sexta-feira, agosto 10, 2007

Em defesa de Orsi

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Alguns desqualificados vão falar por aí que o novo presidente corintiano é palmeirense. Trata-se de uma calúnia, um absurdo, uma pantomima, um sonho de uma noite de verão, citando o ex-presidente Collor.

Explico: Clodomil Orsi, um senhor de 70 anos, disse, em entrevista à Folha de S. Paulo, que até os 9 anos de idade era palmeirense. Mudou por um desentendimento com seu irmão mais velho, Dudu, por uma figurinha das que vinha nas balas de futebol, em 1946. Reproduzo trecho do texto da Folha:

"Olha, eu era menino, foi em 1946. Graças a um erro cometido pelo meu irmão. Você não lembra das balas de futebol, lembra?", contou o substituto de Alberto Dualib em entrevista à Folha."Foi só quem viveu nos anos 40. Eu acho engraçado por isso. Tinha esse álbum de figurinha das balas de futebol. Ela vinha embalada com figurinhas. Esse álbum eram os times de futebol do Rio e de São Paulo. Tinham figurinhas carimbadas. Uma delas era a mais difícil. Era assim, vamos dizer, a cada 2.000 balas vinha uma carimbada. O Dudu era palmeirense doente. Eu cheguei um dia em casa e estava faltando a minha figurinha", disse Orsi.
A partir daí, veio a ameaça: "Eu falei: "Dudu, pára com isso, me dá a figurinha. Se você não me devolver a figurinha, eu já não gosto muito, mas a partir de hoje vou torcer para o Corinthians". Ele não me devolveu a figurinha", revelou o cartola.E, então, a transformação e a descoberta de um novo amor."Mudei. Foi a melhor coisa que meu irmão fez comigo. Minha família é italiana, mas todos são corintianos doentes. E a briga do meu irmão era comigo, porque sou o caçula da turma. Meu irmão despertou a minha paixão pelo Corinthians."Depois disso, diz Orsi, ele nunca mais foi o mesmo. Conta que passou a ser corintiano fanático. Relembra que jogadores do Corinthians freqüentavam festas promovidas pela mãe em sua casa no bairro do Brás (zona central da capital).
Em 1951, quando recebeu seu primeiro salário, o cartola conta que pediu uma parte dele à mãe para se tornar sócio do clube do Parque São Jorge.Com a carteirinha de sócio, recebida pelas mãos do ex-presidente corintiano Alfredo Ignácio Trindade, Orsi logo tomou gosto pela política do clube. E, graças à amizade com outro ex-presidente, Wadih Helu, virou conselheiro em 1959.

Trata-se de uma história simpática e que transmite uma mensagem de esperança: é possível deixar de ser palmeirense. É um alento para tantos e tantas que, por obra de algum parente, amigo ou pelo mero acaso, caminham hoje pela perniciosa trilha do palestrianismo. Pais corintianos, sempre alertas!

Julgar um homem com 61 anos de declarado amor pelo Corinthians pelos atos impensados da infância não é correto. Tolos são os conselheiros (sim, eles existem) que chegaram a cogitar pedir a renúncia do presidente:
"Nunca mais [torci pelo Palmeiras]. Mas não torço contra, não. Eu torço para ele não ganhar. O meu neto mais novo, o Vinícius, de cinco anos, se você der uma roupa verde a ele, ele devolve na hora", conta, orgulhoso, dizendo que a atitude do menino é influência do avô.
A admiração pelo Palmeiras do presidente em exercício do Corinthians não caiu bem no Parque São Jorge. Alguns conselheiros do clube prometem que cobrarão Orsi. Outros já falam em pedir sua renúncia.
Orsi aqui demonstra a virtude da tolerância com os desafortunados. Conhece a experiência de ser palmeirense, sabe que é triste e doloroso, e não torce para aumentar esse sofrimento. Torce apenas para que ele se mantenha, sem vitórias para amenizar a dor. E ainda colocou o netinho no bom caminho, vejam só.

Se há pecado na revelação do presidente interino, talvez seja o apontado pela Gaviões da Fiel: ingenuidade. Alimentou a imaginação de fariseus e das pobres almas palmeirenses. De resto, não o condeno, pelo menso por enquanto. A não ser por sua ligação com Wadih Helu e Dualib. Analisemos o presidente por seus atos. Só depois de algum tempo de gestão poderemos saber se restou alguma coisa desse equívoco infantil. E Fora, Dualib!

Presidente interino do Corinthians é ex-palmeirense

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A torcida não gostou. O Romeu Tuma Jr. achou o fim. Mas nada muda o prazer de ver muito corintiano suspirar: "Que saudades do Dualib!".

Ocorre que Clodomil Orsi, presidente em exercício do clube da Marginal Tietê sem número, admitir que, até os 9 anos, torcia para o Palmeiras, o arqui-rival.

O que é pior: ter torcido para o Palmeiras ou ser um vira-casaca? Quando eu era criança, aprendi que a pior traição que existe é ao time de futebol.

Tuma Jr. pedirá explicações e ameaça pedir afastamento "por questões morais", informa o Painel F.C., da Folha de S.Paulo. A Gaviões da Fiel acha que foi ingenuidade, atributo inaceitável para alguém que ocupa a função máxima da cartolagem num clube.

Ingênuos não tem vez? Ouvi "volta Dualib"?

Como palmeirense, já estou em dúvida. Entre o Dualib e um que assumidamente sabe como é bom ver o Corinthians na draga, vou perguntar para os comentaristas.

Jovens que estudam e trabalham bebem mais

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Uma pesquisa com 2.718 estudantes da rede estadual de ensino em Cuiabá (MT), entrevistados em estudo de pesquisadora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é conclusivo: adolescentes que trabalham e estudam consomem mais álcool, mais tabaco e mais outras drogas do que os que só estudam.

A informação é da Agência Fapesp.“Ao combinar diversas variáveis, identificamos que a chance de usar drogas ao longo da vida é 1,5 vez maior entre os jovens trabalhadores. É um padrão que chama a atenção e dá mais um motivo para achar que eles não deveriam trabalhar”, disse Dartiu Xavier da Silveira, orientador de Delma Perpétua Oliveira de Souza.

TabacoMaconhaCocaínaAnfetaminas

T&E Só E.
Álcool81%64,8%
43,7%26,8%
8,6%4,4%
3,2%1,4%
6,9%3,6%
(T&E - Trabalham e estudam; Só E. - Só estudam)

quinta-feira, agosto 09, 2007

Ana Paula Oliveira volta em setembro

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Não, não é à capa da revista masculina Playboy que a bandeirinha Ana Paula Oliveira retorna em setembro. É aos gramados. Segundo Marcos Marinho, presidente da Comissão Estadual de Arbitragem, da Federação Paulista de Futebol (FPF), a moça já treina, mas só volta quando estiver bem "na parte técnica e física". Então, nada de fotos.

Os 300 mil leitores da publicação que adquiriram a edição acreditam que em boa forma física ela está. Os que viram as fotos que vazaram na internet antes, compartilhariam a opinião. Houve até rumores de que a moça não tinha celulite, e que recursos de tratamento de imagem sequer foram utlizados.

Mas se dependesse da Playboy, Ana Paula voltaria a exibir suas curvas nas páginas da publicação. Em entrevista ao argentino Clarín, ela contou que a revista gostaria de repetir a capa em 2008, mas ela só tem olhos para a arbitragem. "Pero basta de fotos", declarou. Por esse motivo é que ela recusou repetidos convites desde 2003.

Em outra ocasião, ela havia dito estar em dúvida sobre sua volta ou não aos gramados, cogitando dedicar-se aos comentários de arbitragem, à là Arnaldo Cezar Coelho. A participação em comercial de TV e o assédio dos fãs aumentavam as dúvidas. Houve até boatos de que ela seria lésbica, por morar com a assessora e prima Nalda Mota em Hortolândia, o que aumentou as vendas em banca.

Mais pressão?
Marinho considera que a pressão vai ser maior. Não bastasse o machismo, agora tem as fotos nua. Mas ele aposta que Ana Paula tem condições de reverter o quadro, numa possível referência à repetição da cantada relatada por ela feita ao mesmo Clarín.

Um jogador cuja identidade foi ocultada esperava para bater um escanteio enquanto o goleiro adversário era atendido. Ali, ao lado da bandeirinha, ele soltou uma cantada barata, elogiando sua beleza, e sugeriu troca de telefones. Se fosse o Renato Gaúcho, talvez ela estivesse mais propensa a topar.

Centro de treinamento
A declaração de Marinho ocorreu no lançamento do projeto Arbitragem na Prática, que cria um Centro de Treinamento para aprimoramento técnico e físico dos donos do apito e das bandeiras. Não se garantiu a profissionalização, mas há espaço para "treino" dos juízes, que ocorrerá no clube Nacional. Sem time profissional, o Nacional cede suas categorias de base para simular partidas.

Enquanto esperam para ver a bandeirinha de volta, os internautas matam a saudade com as fotos abaixo. Na noite de quarta-feira, 8, a festa de 32 anos da revista masculina da editora Abril contou com a presença da moça que, segundo fontes, teria chegado e saído sozinha, apesar de ter sido paquerada por um embriagado não-identificado.

Os autores do Futepoca negam ter sido convidados para a festa e, mesmo lamentando, desmentiram as acusações de terem xavecado a bandeirinha.



Figurino discreto, comparado com as outras convidadas





No meio de
"coelhinhas",
na festa
da revista.

O aniversário do Velho Lobo

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Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Hoje, 9 de agosto, Mário Jorge Lobo Zagallo, faz 76 anos. Sempre tem aquela lenga-lenga de homenagens e blablabla de gente que adora louvar os ditos "vencedores". E isso Zagallo é. Conseguiu ser bicampeão do mundo como jogador em 1958 e 1962. Nas duas ocasiões, barrou Pepe, que sofreu contusões nos jogos preparatórios. Competência e sorte, o que talvez justifique tanta superstição.

Ali, eram dois estilos completamente diferentes. Pepe era o ponta aberto que conseguia chegar na área ou para cruzar a bola ou desferir sua bomba de esquerda. Já Zagallo era o ponta recuado, que ajudava na marcação do meio de campo, o que lhe rendeu o apelido de "formiguinha". Ainda como jogador foi tricampeão carioca pelo Flamengo, bicampeão pelo Botafogo em uma formação épica com Didi, Garrincha e Quarentinha.

Como treinador da seleção em 1970, substituiu João Saldanha. E, como se fosse uma sina que ele carregava, tirou um ponta-esquerda ofensivo, Edu, sempre titular entre as feras do técnico anterior, e colocou Rivellino como um falso ponta-esquerda. De novo, ganhou o pragmatismo.

Já na seleção de 1974, do alto de uma certa arrogância, disse que ia fazer suco da Laranja Mecânica, a estonteante Holanda. Naquele torneio, o talento preterido foi Ademir da Guia, que só entrou na última partida e ainda assim saiu no intervalo. O mandatário perderia também as Olimpíadas de 1996, quando a seleção brasileira teve uma das atitudes mais pernósticas que já vi no esporte, não comparecendo à entrega da medalha de bronze.

Como técnico na Copa de 1998, continuou sua opção pelo defensivismo. Retirou o meia Giovanni da equipe e colocou Leonardo, um meia recuado peleando pela esquerda. Deu no que deu.

Treinou todos os grandes do Rio, além do Bangu. Em São Paulo, só treinou a Lusa. Confesso que comprei um ingresso para assistir a uma partida entre a Portuguesa praiana e a paulistana no Ulrico Mursa e minha única finalidade era ficar no alambrado xingando o Velho Lobo atrás do banco de reservas. Um problema de saúde me impediu de cometer tal ato.

Nunca gostei dele. Continuo não gostando. Pra mim, fez mal pro futebol brasileiro, menos pela fanfarronice do que pela predileção pelo defensivismo, como atleta e treinador. Mesmo assim, a educação recomenda: parabéns, Zagallo.

Notas sobre Botafogo 0 x 2 São Paulo

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Era esse timinho do Botafogo que poderia ser campeão e levantar novamente o orgulho do futebol fluminense, que não ganha a taça desde 2000, quando o Vasco foi campeão da Copa João Havelange?

Comprovado está: o Botafogo era mesmo um autêntico cavalo paraguaio. Contra o melhor time do campeonato, foi um time desorganizado, medroso, sem um esquema tático muito visível e cheio de jogadores medíocres, que erraram mais passes do que se erra na várzea. Dodô não viu a cor da bola.

E o tal Fogão, além de tudo, é um time muito violento e demonstrou desequilíbrio emocional. Outra coisa: o Falcão disse que a entrada por trás do Luciano Almeida, que quebrou a perna do Reasco, não foi por maldade. Que gracinha, o Falcão. O cara deu um pontapé por trás no colega, que fraturou a tíbia, e foi sem querer.

Isso não tira o “mérito” do São Paulo, que, segundo levantamento do Uol feito semanas atrás (não estou com tempo de procurar o link), é (ou era, naquele momento) o time estatisticamente mais violento do campeonato. Agora, o pontapé que o tal Túlio deu na cara do Leandro merecia uma suspensão exemplar. Grotesco.

E não vou dizer que o São Paulo será campeão, mas vai ser difícil que não seja.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Cidade Ademar quer o fim do apagão. No transporte coletivo da cidade

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O palco era o refinado Rosa Rosarum, um bifê classe A frequentado por abastados da cidade de São Paulo. A presença do prefeito Gilberto Kassab, dos secretários municipais de Esportes, Walter Feldman, do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, e da Assistência Social, Rogério Amato, poderia indicar um prato cheio para o pessoal que adora falar mal da elite branca, má e perversa e de seus preconceitos.

Mas era o lançamento do Dia Mundial Sem Carro pelo movimento Nossa São Paulo: outra cidade. Realizado desde 1997 na França, o dia 22 de setembro é uma data voltada aos 30% da população proprietária de automóveis.

Mas as 22 atividades do 22 de setembro (passeatas, rotas de bicicleta, atividades culturais e até virada esportiva com direito a esportes de bar) eram pretexto para divulgar a iniciativa de Oded Grajew, ex-assessor de Lula e ex-diretor presidente do Instituto Ethos de responsabilidade social empresarial, e mais 300 entidades. O Nossa São Paulo quer reunir indicadores de todas as áreas e exigir que a prefeitura e os candidatos já em 2008 tenham planos de governo com metas de melhoria desses indicadores.

No caso do transporte, abordado no dia sem carro, são 13 índices, de número de motoqueiros mortos à dias em que a qualidade do ar ficou inaceitável na cidade.

Constrangimento
A parte mais interessante da manhã de lançamento que dá título ao texto, foi a intervenção de Airton Goes, do Fórum Social Cidade Ademar (região na Zona Sul da capital paulista). Chamado para falar o que a população esperava do poder público, ele prometeu não querer causar constrangimentos, mas entrou de carrinho.

Disse que só apoiam o Nossa São Paulo porque um dos eixos é diminuição da desigualdade social, e que, para a cidade mudar, a periferia precisa de muitas transformações.

"Na Cidade Ademar, nos solidarizamos com as vítimas do acidente da TAM", declarou Goes. Mas ele reclamou do fato de que as principais rádios enviam, em seus noticiários, repórteres para informar quantos vôos estão atrasados e por quanto tempo. "Todo dia, no terminal de ônibus da Cidade Ademar, a gente vê quatro filas esperando por um ônibus. E nenhum ônibus está lá". Os atrasos são muito superiores a uma hora.

Para protestar contra a precaridade do transporte público, especialmente na periferia, os moradores da região já preparam as atividades para o dia sem carro com um debate entitulado "CPI do apagão no transporte coletivo de São Paulo". O relato arrancou aplausos da platéia, deixando o prefeito Kassab e seus secretários com uma cara de Kassab.

Aderiria a Cidade Ademar ao movimento "Pés fora do coletivo" no próximo dia 18?

"Sinto muito por esse juiz"

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O presidente da Associação Internacional de Futebol de Gays e Lésbicas (IGLFA, na sigla em inglês), Thomas Gómez, deu entrevista ao Terra Magazine sobre a sentença do juiz Manoel Maximiniano Junqueira negando a razão de Richarlyson contra José Cyrillo Jr. na acusação de preconceito:

– Em primeiro lugar, sinto muito por esse juiz. Ele não sabe nada sobre esportes ou sobre identidade sexual. Ele precisa urgentemente de um treinamento sobre diversidade sexual.

O presidente da IGLFA foi além. Quando a pergunta foi a respeito da história de "se [o atleta] fosse homossexual, melhor seria que abandonasse os gramados", que fundasse seu time e sua liga, ele foi na canela com precisão cirúrgica:

– Bem, nesse caso, o juiz deve se aposentar, pois não está apto para o trabalho. Na IGLFA nós temos jogadores homossexuais e heterossexuais. Não discriminamos. Por ser homossexual, um jogador não precisa jogar em um time ou uma liga de homossexuais.

Gómez considera que "desequilíbrio" é a única forma para entender o comportamento de Junqueira.