Destaques

quinta-feira, junho 14, 2007

1 motivo para torcer para o Grêmio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois da polêmica lista dos 7 motivos para torcer para o Boca na final da Libertadores e passada a primeira partida (3 a 0 para los bosteros) que deram razão à paulistada folgada de secadores – hall em que estive incluído durante os 90 minutos na capital argentina – faço questão de propor um, pelo menos um, motivo para torcer pelo tricolor gaúcho no jogo de volta:

1. Torcer pro pateticamente mais fraco
É que sou esquerdinha, sabe como é? A tendência é torcer pelo oprimido, pelo esmerilhado, pelo escorraçado... Enfim, esse lenga-lenga de comunista. É fato que isso seria a antí-tese do item sete do já citado post, mas a desproporção de forças ficou beeeeem mais clara após a primeira partida. E o Grêmio não mostrou nem a raça gaúcha, nem o futebol de verdade propalado em verso e prosa. Vai Tcheco!

Foto: Ambiente Brasil


A da foto, assim como as piabas sofridas pelo Grêmio na
Bombonera como contra o Santos (3 a 1) no segundo jogo
da semi-final na Vila Belmiro, como contra o Botafogo (3 a 0)
e Vasco (4 a 0) pelo Brasileirão, apesar da diferença de
gravidade, são conhecidas também como lambari,
dependendo da região do país. Mas, no futebol, são
rigorosamente a mesma coisa.


Ilusionismo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O ano era 1989 e Mike Tyson ainda era campeão mundial de pesos pesados. Um confronto entre o nº 1 e o nº 2 do ranking da CMB definiria aquele que seria seu principal desafiante. De um lado, Adilson Maguila Rodrigues, de outro, Evander Holyfield.

Começa a luta em Lake Tahoe. Maguila consegue aplicar bons jabs de esquerda, mantendo seu adversário, que possui maior envergadura, a uma distância segura. Baila bem, se defende, se esquiva. Ao fim do primeiro round, dá até mesmo a impressão de superioridade. No segundo assalto, entra mais confiante. Novos jabs de esquerda. Maguila, seguro, encurta a distância. Tenta aplicar sua potente direita e toma o contragolpe mortal. Nocaute no meio do segundo round. A sua superioridade não existia de fato.

Ontem, o ufanismo dos locutores brazucas viam o Grêmio superior ao Boca. Um lance quase faz o torcedor tricolor levantar do sofá, uma carga de um atleta gaúcho, não marcada pelo árbitro, faz a bola quase cair no pé de Tuta. Quase. Tirando isso, o clube quase uruguaio faz o que Maguila fez, mantém o Boca distante. Uma falta pra os portenhos e a ilusão de superioridade cai por terra.

"Gol irregular!", bradarão os gremistas. Os mesmo que disseram, em relação ao pênalti inexistente marcado a seu favor contra o Santos na primeira partida da semifinal, que reclamar era "choradeira de paulista". Por conta disso, os santistas com quem falei após o gol inaugural do Boca não escondiam sua satisfação.

Depois do gol, o Grêmio não consegue chegar. O Boca ameaça algumas vezes, mas já opta pelo controle da partida. no intervalo, o narrador tenta empolgar a torcida sulista. "O Grêmio teve bons momentos", força, sendo desmentido pelo teipe dos melhores lances, que só mostram o já citado lance de Tuta (aliás, o que ele rumina tanto durante a partida?).

Segundo tmepo, a mesma toada do primeiro, mas agora o Boca volta com mais ímpeto. Cria chances. O Grêmio também tem a sua. Os brasileiros não se entregam. São raçudos. Sandro Goiano, louvado e aclamado pelos comentarista tricolores que vieram até esse blog, é o simbolo da raça. Não sei que "raça" ele representa mas, pelo futebol jogado, seria um crime associar os elegantes mangalargas a ele, por exemplo. Mas o bravo não decepciona sua torcida. Vai lá e faz o que sabe. É expulso, com um jogo de atraso. Talvez devesse já iniciar as partidas com um cartão amarelo. Proteção aos adversários.

O Boca parece não alterar seu ritmo com um a mais. Só parece. Riquelme sofre falta próximo à área. Lembro de um lance semelhante na partida contra o Cúcuta. Na ocasião, ele colocou brilhantemente a bola no canto esquerdo do goleiro. Agora, a jogada ensaiada. O canto não é o esquerdo, o chute é forte.

Mas Juan Róman não estava satisfeito. Talvez os gaúchos finalmente tenham entendido o que é a "mística da dez". E o custo de ter como ídolo Sandro Goiano. Riquelme pega a bola, avança, finge uma finalização. Mais um raçudo atleta rival tenta o carrinho na jogada que era só ilusão. Cai. Abre espaço para o chute real. Saja defende. Palermo pega a sobra e cruza. O gol contra sepulta os brasileiros na partida.

Futebol não é só raça. É habilidade, é inteligência, é técnica. Mas às vezes muitos se iludem.

quarta-feira, junho 13, 2007

3 a 0

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Riquelme fez um golaço de falta (quem diz que gol de falta nunca é golaço?). E, aos 44 do segundo tempo em La Bombonera, o craque que está voltando ao Villarreal, para infelicidade do Boca Juniors, deu um tirombaço que o goleiro Saja, do Grêmio, defendeu, mas deu (desculpem a rima) rebote e os argentinos fizeram aquele gol de abafa, típico deles.

O Boca tem 3 a 0 e ainda Riquelme. Vamos ver se o Olímpico se transforma mesmo num santuário milagroso.

Robinho (Real ou Santos) x CBF

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Acho sinceramente ridícula a "postura" da CBF de exigir que Robinho se apresente antes do jogo de domingo do Real Madrid com o Mallorca, quando o Real (infelizmente) deve ser campeão espanhol.

Independentemente de minha antipatia pelo time de Madri, acho um absurdo que os clubes que pagam os craques, que formam ou investem neles, percam esses seus jogadores para seleções, sejam quais forem, em momentos decisivos. Curiosa essa ironia que novamente envolve Robinho. Em 2005, a CBF também não abriu mão do garoto (e, de quebra, do lateral Leo) e o Santos perdeu aquele jogo para o Atlético/PR na Vila Belmiro, apitado pelo gaúcho Carlos Eugênio Simon.

O Santos formou Robinho, o Real Madrid pagou e paga pelo jogador. No calendário agora de meio de ano, tudo quanto é seleção joga. Copa América, sub-20, sub-não-sei-o-quê... O campeonato brasileiro só terá sentido a partir de julho ou agosto. Para mim, hoje, seleção só tem uma função: é um shopping center de jogadores de futebol. Todos ganham, menos quem tem paixão por uma bandeira.

Naquele 2005, a rivalidade me impediu de torcer pro São Paulo na final da Libertadores, mas achei muito bem feito o Atlético perder.

Curta

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Procurando informações sobre a seleção feminina de futebol, resolvi entrar no site da CBF para pegar a lista das convocadas, saber onde jogam, essas informações básicas.

Qual não foi a minha surpresa quando encontrei um site sem UMA notícia sobre a preparação para o Pan. Como a página também não tem sistema de busca, apelei para o Google, e mais uma vez nada: foram listadas espetaculares 8 notícias, todas antigas.

Eu disse surpresa? Por que será que eu pensei que pudesse ser melhor?

Afinal, como dizem nossos amigos radialistas de Santos e do Rio Grande do Sul, futebol é para macho.

PIB sobe e Brasil entra no primeiro mundo social

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Saiu hoje o resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2007, calculado pelo IBGE. Em relaçaõ ao mesmo período do ano passado, alta de 4,3%. Com parado com o último trimestre de 2006, o crescimento é de 0,8%. É o primeiro resultado depois da mudança de metodologia feita pelo IBGE em março, que, ao dar a cada setor a importância devida, revelou uma economia maior do que se imaginava.

Os resultados aumentaram o otimismo de economistas, porta-vozes do companheiro Mercado, o que não aparece pra beber. A meta de crescimetno de 4,5% neste ano, prevista no PAC, pode se tornar realidade.

O que puxou o PIB foram o consumo das famílias, que aumentou junto com a renda, os investimentos privados (destaque para aumento de 7,2% no item Formação Bruta de Capital Fixo, que indica investimento das empresas em máquinas e construção, ou seja, preparação para produzir mais), e a recuperação do setor agrícola (mesmo baleado com a queda do dólar).

O crescimento é boa notícia, gera empregos e aumenta a renda. Aliás, resgato no Terra Magazine outra boa nova, que deixamos escapar em abril: na próxima divulgação dos números do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pela ONU, o Brasil deverá figurar orgulhoso entre o grupo de países com “alto desenvolvimento humano”.

O principal responsável pela mudança, segundo o site, ocorrida em 2005, foi a mudança no cálculo do PIB, que levou o IBGE a “descobrir” 10,9% a mais de economia que era ignorada pela metodologia antiga. O ONU avalia três dados para determinar o IDH: critérios renda, escolaridade e longevidade da população. Assim sendo, só com o PIB recalculado de 2005, saltaríamos de 0,792 (sendo 0 o pior e 1 o melhor índice) para 0,8, saindo dos países de “médio” (onde temos companhia de Colômbia, Venezuela e Albânia) para os de “alto desenvolvimento humano” (junto com Noruega, Argentina, Chile e Uruguai). E, como os dados de educação e longevidade também têm apresentado melhora nos últimos anos, estaremos ainda melhor na próxima divulgação, que deverá ocorrer em 2008.

Assim sendo, do ponto de vista do IDH, nosso país é um lugar bastante bom para se viver (dos 177 países avaliados pela ONU, apenas 63 têm “alto desenvolvimento”). “E que vantagem Maria leva?”, poderia perguntar minha mãe. Sei lá. Na prática, já deveríamos estar sentindo essa melhora toda. Parece que o tal do primeiro mundo não é tão legal assim.

Procura-se atacante

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quando Finazzi, agora assediado por empresários, chegou ao Corinthians, foi motivo de jocosidade pelos adversários. Ele parece fazer melhor o trabalho de pivô do que o de definir jogos, mas na conjuntura, ele parece ser a melhor solução de frente entre os paulistas. A falta de um atacante matador, que resolve, nos times paulistas se arrasta e soa a disco riscado.

A falta de gols do centroavante Aloísio, do São Paulo, dispensa comentários. No Santos, desde Deivid, segundo me lembra o Glauco, no primeiro semestre de 2005, não há um desbravador da grande área.

No caso do Palmeiras, como cita o Lance, há quatro partidas nenhum atacante marca gols. Um trecho de uma frase do técnico Caio Jr. virou destaque da capa da edição de hoje. Parafraseando Carlos Alberto Parreira, às vésperas da Copa de 1994, o palmeirense, ex-Paraná, disse que "a questão de fazer o gol é um detalhe onde entra a competência na hora de finalizar". Antes de dizer isso, ele disse que sua preocupação maior como treinador é a de fazer com que a equipe crie jogadas, o que vem acontecendo, vide quatro bolas na trave contra o Cruzeiro.

Parreira, o atual comandante dos Bafana-Bafana, a seleção sul-africana, disse que "o gol é apenas um detalhe". Não me lembro o contexto exato, mas era parte da explicação de como ele preferia ver seu time jogando: com a posse de bola, tocando de lado para, de repente, fazer um gol. O que entrou para o folclore do futebol, com ou sem razão, é que a própria criação de chances de gol seriam um detalhe para o comandante do escrete canarinho em 1994 e em 2006...

Mesmo diante da campanha do Lance para derrubar Caio Jr. que (ainda?) não tem meu apoio, me sinto impelido a condenar qualquer um que diga que o objetivo do esporte é um detalhe. Ninguém vai no campo para ver chutes na trave ou cruzamentos na área.

Seria como dizer que a cerveja na mesa de boteco é um detalhe.

Uma heresia, afinal, parafraseando o poeta – o mitológico mundrungo Flavião –, ninguém iria para o boteco tomar iogurte. Nada contra o iogurte.


terça-feira, junho 12, 2007

Tristeza no esporte: Sonny Anderson deixa o futebol

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu no Lance: O atacante Sony Anderson se despediu ontem do futebol em Lyon. O jogo foi “Amigos do Sonny Anderson” contra “Campeões do Lyon”. Participaram da festa Raí, Roberto Dinamite, Thuram, Dugarry, Guardiola e outros “craques do passado”, como os denomina o Lance. O futebol sentirá falta dessa lenda.

Dia dos namorados o Cazzo!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Do novo parceiro Parmerista, sempre citado, agora também linkado:

Dia dos namorados o cazzo. Depois de 1993, o dia 12 de junho será sempre lembrado como o dia daquele jogo. Sábado, frio, névoa. Palmeiras e Corinthians decidiriam aquele que foi talvez o último Campeonato Paulista de verdade, como nos velhos tempos. (...)

Para não me alongar demais, não vou contar a história do jogo. Todos sabemos que foi 4x0, com 3x0 no tempo normal e 1x0 na prorrogação, que Evair acabou com o jogo, que tínhamos um esquadrão, que Luxemburgo ainda era humilde, etc etc etc. (...)

Hoje completam-se 14 anos dessa que foi uma das maiores glórias da Sociedade Esportiva Palmeiras, e os corintianos reclamam até hoje de uma suposta arbitragem tendenciosa a nosso favor - pura choradeira de perdedor, eles não se conformam até agora de termos saído da fila exatamente em cima deles e com um 4x0. Todos que tiveram a chance de viver esse jogo devem ter alguma história para contar - e os comentários deste post estão aí pra isso mesmo.
O melhor é que ele pachou até a gravação da narração de Osmar Santos, sempre lembrado com saudades entre os autores do Futepoca.

Do time de 1993 quem tem saudade aqui é apenas a minha pessoa.

Cerveja é saúde

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu na BBC (este post é dedicado ao Marcão). Freiras de três conventos espanhóis da província de León aceitaram beber meio litro de cerveja sem álcool durante 45 dias como parte de um estudo para comprovar os efeitos benéficos da bebida para a saúde. As 50 religiosas, com idade média de 68 anos, foram escolhidas pelos pesquisadores por "seu estilo de vida ordenado, regrado e equilibrado". O estudo da Sociedade Espanhola de Dieta e Ciências da Alimentação (Sedca) e Universidade de Valência, concluiu que o consumo moderado de cerveja - com ou sem álcool - pode diminuir o risco de problemas cardiovasculares e reduzir o colesterol.

O responsável seria o lúpulo, considerado um antioxidante que pode funcionar como remédio. "Em uma dieta adequada, o consumo de cerveja sem álcool pode contribuir para a redução de patologias associadas à idade e, portanto, promover um envelhecimento mais saudável", disse Jesús Román Martínez, um dos responsáveis pelo estudo.

Vejam bem a ressalva do cara: “Em uma dieta adequada”. Traduzindo, sem excessos!


(A matéria da BBC está aqui).

Paris Hilton: "Costumava agir como boba"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Paris Hilton diz que mudou. Que não é mais uma dolescente, e que seu comportamento era uma represerntação. E que Deus lhe deu uma nova chance e que pretende usar sua influência de forma mais positiva.

Ela escolheu uma forma estrnaha de dizer que não vai mais ser só uma celebridade irresponsável: chamou a jornalista Barbara Walters para uma conversa na ala médica de uma cadeia em Los Angeles, onde está cumprindo pena por violar sua condicional.

"Não sou a mesma pessoa que era", disse Paris Hilton a Walters. "Costumava agir como boba. Era uma representação. Tenho 26 anos de idade, e esse papel já deixou de ser bacana. Não é quem eu sou, e não quero ser essa pessoa diante das garotas que me viam como exemplo." "Andei pensando que, quando eu sair daqui, quero fazer coisas diferentes. Eu fiquei muito mais espiritual. Deus me deu essa nova chance", observou.
A moça foi sentenciada h á45 dias de prisão ao dirigir embriagada. No meio do caminho, o xerife Lee Baça, de Los Angeles, decidiu deixar que ela cumprisse o resto de sua pena em prisão domiciliar, porque ela estaria apresentando problemas psicológicos. "Eu não estava conseguindo comer ou dormir. Estava gravemente deprimida, me sentia numa jaula. Eu não era eu mesma. Foi uma experiência horrível", contou Hilton.

A idéia foi encarada como favorecimento por ela ser uma celebridade e um juiz mandou a donzela de volta pra cadeia. "Sinto que o objetivo de minha vida é estar onde estou agora", afirmou Paris Hilton. "Meu espírito ou minha alma não gostavam da maneira como eu estava sendo vista, e é por isso que fui mandada para a cadeia. Deus me libertou."

Para finalizar, disse que sua pele está muito ressecada por não ter permissão de usar hidratante. "Não faz mal", disse. "Não sou aquela garota superficial. Não me olho no espelho desde que vim para cá." As informações são da Reuters.

"É bom tomar cerveja"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ainda de ressaca pelos recentes insucessos frente os dois maiores rivais gaúchos, o técnico do Santos, Vanderlei Luxemburgo, resolveu desencanar e deu dois dias de folga para seus jogadores. E explicou didaticamente ao site da Gazeta Esportiva:
"- Eles precisam fazer outra coisa que não seja jogar futebol. É bom tomar cerveja, fazer churrasco, ficar com a família."
Precisa repetir a "instrução tática"?

8 estão fora. Miranda é dúvida. Segure-se, Muricy

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Para o jogo contra o Vasco, Muricy Ramalho não poderá relacionar para o São Paulo 8 dos 25 atletas do elenco: Leandro e Dagoberto (suspensos), Reasco, Josué e Alex Silva (na Copa América), Júnior, Fredson e Maurinho (contundidos). E o zagueiro Miranda, ainda convalescendo do pontapé de Edmundo, é dúvida. Com isso, tipos inusitados como Breno, Rafinha e Francisco Alex, ou em franca descendência, como Jadílson, Richarlyson e Lenílson, devem ser improvisados no desespero. A balada fúnebre começa a soar no Morumbi...

Sete motivos para torcer pro Boca

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Como admiradores do futebol bem jogado e tipicamente brasileiro, eu e o companheiro Anselmo não subiremos no muro e já fizemos nossa opção na final da Libertadores: somos Boca. Não me venham com nacionalismos tacanhos pois, já diria Samuel Johnson, "o patriotismo é o útimo refúgio dos canalhas". Como ninguém falou se nesse refúgio tem cerveja gelada, adotamos como nossa pátria o futebol. Por ter um jogo mais bonito e bem mais parecido com o futebol verde-amarelo, optamos pelos xeneizes e listamos abaixo mais alguns motivos para quem quiser nos acompanhar na torcida:

1 - Riquelme contra Tcheco
Um é o camisa dez do Boca. O outro é o camisa dez do Grêmio. Ali está a grande diferença entre os dois clubes. Enquanto o Boca joga um futebol de velocidade, que conta com passes precisos, assistências e gols primorosos de Juan Róman, a equipe tricolor tem em um jogador burocrático, que só fez sucesso em um time da Arábia Saudita usando uma camisa emblemática para a torcida brasileira. Quem honra mais a mística da dez?

2 - Campeão da virada de mesa
Único time considerado grande brasileiro que caiu duas vezes pra Série B do nacional, o Grêmio protagonizou em 1993 talvez a virada de mesa mais estapafúrdia da história do ludopédio tupiniquim, pródigo em eventos do gênero. Em 1992, o time não conseguiu o acesso para a primeira divisão (ficou em nono lugar na Segunda). Como fazer os gaúchos subirem? Simples, elimine-se a segunda divisão. Subiram 12 clubes. Curioso é que, além disso, o Grêmio garantiu um “seguro anti-queda”. Para 1994, seriam rebaixados somente os 4 últimos colocados dos grupos C e D, que abrigavam todos os clubes que vinham da Série B, menos o... Grêmio. Virada pra ninguém botar defeito.

3 – Falta de originalidade
O uniforme é parecido com o de algumas seleções celestes por aí, que primam pela “raça”. A bandeira do clube é uma referência à bandeira do antigo Império Alemão, por motivo da “nobre” ascendência britânica e germânica de seus fundadores. Seus torcedores agora resolveram adotar hinos da torcida argentina e reproduzem seu comportamento nos estádios. A bola de um paulista garantiu a primeira lição de futebol dos fundadores do time. Tem alguma coisa que seja original de fábrica nesse time?

4 – O povo contra a elite
Enquanto o Boca Jrs. se originou de um bairro popular de Buenos Aires, tendo seus torcedores o apelido de “bosteiros” por conta de o estádio da Bombonera ter sido construído em um terreno de uma antiga fábrica de tijolos que exalava mau cheiro; o Grêmio nasceu em um clube burguês, sendo que seu primeiro campo era localizado na área nobre da capital gaúcha.

5 – Que bela torcida!
Se os argentinos gostam de chamar brasileiros de “macaquitos”, o termo “macaco” também é usado por boa parte dos gremistas contra seus principais rivais, o Inter, um dos primeiros clubes de futebol brasileiros a aceitar negros em seus elencos. Claro que não dá pra generalizar, não são todos que têm esse tipo de comportamento (ainda bem). Mas quem quiser, pode conferir no site de uma sintomática torcida, intitulada Alma Castelhana (nome bem brasileiro), a série de músicas que usam o termo para provocar os colorados. A expressão pode até ter perdido a conotação racista original, de tão usada que foi e também pelo fato da torcida do Inter ter assimilado, mas cabe aos ofendidos se manifestarem. De todo jeito, é de um extremo mau-gosto.

6 - Não sabem ganhar
A manifestação de gremistas nos comentários do Futepoca e em outros blogs mostra que, pior que não saber perder, é não saber ganhar. Mesmo vitoriosos, os tricolores não deixam de se manifestar de forma agressiva. Que o digam os dirigentes gaúchos. Após a vitória contra o Santos, o diretor de futebol Paulo Pelaipe provocou o presidente santista: “O que ele vai fazer agora, desclassificado? Vai vender o Robinho e o Diego de novo?”. E atacou Luxemburgo: “Este aí quase quebrou o Real Madrid. O Luxa é o maior freguês do Grêmio”. Quando eliminou o São Paulo, Pelaipe não fez diferente. “Podemos não ter o melhor time, mas nossos jogadores são mais homens. Nós não tiramos o pé, vamos para o pau e não pipocamos”. “Ser mais homem” e “ir pro pau” parecem coisa que só podem ser resolvidas em um divã.

7 - Você vai torcer pra um perdedor?
Ninguém gosta de perder. Você vai torcer pra um time que não é seu sabendo que há grandes chances dele ser derrotado? Não, né. Então esqueça o Grêmio. O Boca já enfrentou dez vezes em mata-mata ou finais times brasileiros. Saiu-se melhor em nove. A última vez em que ele se deu mal foi em 1963 contra o Santos. Pode até perder, mas as chances disso acontecer são remotas...

segunda-feira, junho 11, 2007

Cinco estão fora. Três voltam. Segure-se, Caio Jr.

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O empate em casa com o Botafogo, segundo a análise do parceiro Observatório Verde, foi um jogo morno com estádio cheio, ao contrário do que previa (torcia?) a imprensa. Curioso foi ver no Ceasa e nas ruas pelo menos quatro torcedores com camisas de jogo ou de treino do Palmeiras. Isso tem a ver com uma certa tranquilidade que o torcedor anda tendo com o time no Brasileiro, embora vá cobrar mais do que dignidade na competição.

Digna foi a palavra usada por Alberto Helena Jr. em seu blog atípico. Para ele, o time de Parque Antártica fica perto da zona de classificação para a Libertadores, enquanto os favoritos São Paulo e Santos fazem feio até agora, cada qual com suas desculpas.

Mesmo assim, é pouco para um time grande com a tradição do Palestra. Mas é suficiente para ainda garantir esperanças da torcida. O centro-avante que o técnico pediu deve vir, só não se sabe se é para resolver. Mas falta ainda mais peças no banco.

A campanha iniciada pelo Lance pela queda do técnico alvi-verde pode ganhar adeptos se houver um revés em Goiânia. Na absoluta falta de treinadores de alto nível à disposição, considero uma troca contraproducente para o time, até porque, não há uma crise propriamente dita no Palestra.

O que anda preocupando a este parmerista é que, contra o Goiás, no Serra Dourada, além de não ter as camisas verdes, o Palmeiras não contará com cinco atletas. Amaral e David, na seleção sub-20, e Valdívia, no escrete chileno não jogam. Edmundo e Michael, suspensos, acompanham a partida da TV. William, com o músculo posterior da coxa esquerda lesionado, está de molho por 15 dias.

O Só Palmeiras lembra que o zagueiro Dininho que não atuou contra os cariocas deve voltar. O meia Francis, também recuperado, está à disposição, assim como Martinez depois de cumprir suspensão. Nem e Gustavo, recém-contratado, formam a dupla de zaga.

A previsão do Conselheiro Acácio é de um time mais defensivo dependente de contra-ataques cuja fórmula ainda não foi desenvolvida com o uso de só um atacante. Sem el mago e na dependência do paraguaio Florentin. Segure-se, Caio Jr.

Capa de "O Globo" de hoje

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vejam a capa do caderno de esportes de "O Globo" de hoje. Tanto criticamos o "Que time é teu?" do "Lance!", o que dizer dessa do periódico carioca? Acho que chutaram o balde.

A semana de Paulo Henrique

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Até para quem torce para o Galo, Paulo Henrique é um quase desconhecido até esta semana inesquecível.

O atacante de 18 anos voltou com o Galinho de uma excursão pela Europa, em que disputou dois torneios. Foi artilheiro, o Galo ficou em terceiro num, perdeu a final para o Chelsea noutro, mas não é isso que conta.

No começo da semana passada, Zetti, o novo técnico do Galo, marcou amistoso contra o Villa Nova (MG) para conhecer os jogadores reservas e outros que não vinham sendo nem realcionados. Resumindo a história, o moleque entrou no segundo tempo, fez dois gols da vitória por 3 a 1 e por isso acabou relacionado para o jogo contra o São Paulo.

No Morumbi, entrou aos 12 minutos do segundo tempo jogando pela primeira vez no profissional e, cerca de 20 minutos depois, fez o gol que deu a vitória para o Atlético.

Pode não ser nada, mas mostrou que tem estrela.

É interessante também notar que o time do Galo que terminou o jogo tinha seis jogadores com cerca de 20 aos e criados nas divisões de base. Parece que é o caminho que sobrou e tomara que continue seguido, até porque os grandes times do Galo sempre foram feitos com jogadores da casa.

Sobre o Sampaulo, nada a declarar, apenas que é um time que vai sofrer muito neste campeonato e também acho que o Muricy (destaque-se injustamente) não deve durar muito.

Aliás, é interessante ver como a imprensa vive louvando em discursos a continuidade dos técnicos, mas é a primeira a ficar pedindo cabeças quando os resultados não vêm. Ouvi o jogo pelo rádio, na CBN, e eram só críticas ao técnico, que, segundo eles, escalara errado, mexera errado, a torcida pedia sua cabeça etc. A ira era enorme, até parece que estavam mais raivosos com a derrota que os próprios torcedores.

Isenção, ah, isenção....

O Corinthians e as garrafas vazias

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A rodada foi boa para mim nesse fim de semana. O Corinthians ganhou, o Parmera empatou em casa, Santos e São Paulo perderam. Foi divertido.

Vi o jogo do Corinthians e não tenho nada a dizer que a grande mídia não tenha dito: primeiro tempo horrível, com erros de passe inviabilizando a saída de bola, segundo tempo melhor (méritos ao Carpegiani pela bronca no intervalo). O América RN é um time fraco, bem fraquinho, e tem boas chances de acabar rebaixado.

O blog parceiro Retrospecto Corintiano destaca que os próximos jogos do Timão devem mostrar com mais clareza o verdadeiro potencial do time. Pega o Paraná Clube, que começou muito bem o campeonato; o Botafogo, vice-líder e espécie de sensação-frustrada do país no momento, muito elogiado por seu futebol, mas sem ganhar nada até agora; e o arqui-rival Palmeiras.

São jogos importantes mesmo, que serão testes mais difíceis que os até agora enfrentados pelo time em formação do alvinegro. Santos e Cruzeiro foram clássicos, mas as circunstâncias (disputa da Libertadores para o primeiro, time horrível no caso do segundo) atenuaram a dificuldades das pelejas.

No entanto, pode ser muito cedo para prever qualquer coisa. O campeonato ainda não me parece nada estabilizado, e talvez continue assim por um bom tempo. Os times estão muito nivelados, e quem poderia estar um passo à frente pelo passado recente (Santos, São Paulo e Grêmio, principalmente), começaram mal por estarem participando da Libertadores, o que no mínimo ainda as definições do campeonato por mais duas semanas.

Mas o São Paulo não absorveu bem a desclassificação, e o mesmo pode ocorrer com o Santos, que ainda perde seu principal jogador (Zé Roberto) e ficará sem Kleber e Maldonado durante a Copa América. O São Paulo também perde Josué e Alex Silva, o que vai atrapalhar. E ninguém sabe como o Grêmio pode reagir a uma eventual derrota para o Boca.

Além disso, outros times perderão jogadores para as seleções sub-20 e sub-17, que tem umas coisas para disputar. O Corinthians, por exemplo, fica pelo menos sete jogos sem William, seu principal organizador.

Enfim, a coisa está bem embolada e não deve mudar nos próximos dois meses, mais ou menos. Talvez, só no segundo turno tenhamos uma contabilidade mais clara das garrafas vazias de propriedade de cada time. Pelo jeito, ninguém vai vender no atacado, a decisão vai ser no varejo. Espero que o Corinthians continue vendendo as suas.

PS (inserido depois da publicação).: Quase esqueci de comentar o passe de peito do Zelão para o gol do Marcelo Oliveira, primeiro do Timão. Impressionante para um zagueiro.

Mesa Redonda revela: São Paulo tem maior torcida da Parada Gay

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ontem perdi meia hora da minha vida assistindo a Flávio Prado e companhia no Mesa Redonda da Gazeta. O principal motivador desse desperdício de tempo vital, além de certa insônia, curada com uns goles de um vinho Góes que meu pai tinha lá, foi aguardar os resultados de uma pesquisa sobre a preferência clubística dos participantes da Parada Gay, que ontem teve público recorde.

Foi consenso na mesa, de que fazia parte meu colega de torcida (fazer o que?) Roberto Citadini, que o Corinthians deveria repetir a vitória do ano passado ( da qual não sabia). No entanto, a tosca e nada científica pesquisa (uma urna foi colocada na concentração da parada e o Osmar Garrafa ficou fazendo barulho pra encaminhar gente pra opinar. Devem ter recolhido umas 300 opiniões entre 3,5 milhões de participantes do evento) surpreendeu: deu São Paulo na cabeça, bem à frente dos outros competidores.

Os números aproximados (não anotei) foram:
São Paulo – 41%
Corinthians – 24,1%
Palmeiras – 14,6%
Santos – 14,3%
Outros – 4,5%
Nenhum – 1,5%

Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Dou o braço a torcer: o Mauro Beting tem razão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Começo a acreditar no que nos disse o Mauro Beting lá no Bar do Vavá, sobre o São Paulo: Muricy Ramalho perdeu mesmo o comando do elenco e não deve durar muito. Nem sou dos que o consideram "burro", "fraco" ou "incompetente". O conjunto de sua obra ainda é melhor que as recentes mancadas seqüenciais. Porém, quando o técnico perde a ascendência sobre os atletas e o time começa a cair, não tem retrospecto que segure. Meu palpite é que a cabeça do Muricy vá rolar em menos de um mês, após derrota em um dos clássicos que se avizinham, contra Santos (na Vila) ou Corinthians (no Pacaembu). Mais provável que seja na segunda ocasião.