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quarta-feira, dezembro 23, 2015

A ciência que interessa: champanhe previne alzheimer

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Como diria a filósofa baiana Simone (não é a de Beauvoir), "então é Natal!" Por isso, aproveito para repercutir um estudo da Universidade de Reading, em Berkshire, Reino Unido, que aponta que  "três copos de champanhe são o suficiente para influenciar positivamente a nossa memória espacial e ajudar na prevenção de várias doenças neurológicas, como é o caso da demência e do Alzheimer". Tá aí, manguaça, a desculpa pra triplicar a quantidade de garrafas de Cidra Cereser! Portanto, Feliz Páscoa! Quer dizer, Feliz Dia da Bandeira! Não, peraí... É Feliz... o quê, mesmo?!? Tô precisando de champanhe...


quinta-feira, setembro 17, 2015

O segredo da longevidade

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Conservada no álcool, ou melhor, no puro malte!
Ao comemorar seu aniversário de 109 anos na quarta-feira, 16 de setembro, a britânica Grace Jones revelou o segredo de sua longevidade (o grifo é meu):

- Tomo um pouquinho de uísque toda noite. 
(leia notícia clicando aqui).

E a velhinha manguaça arrematou:

- Me sinto como uma idosa de 60 anos. Não tenho dores, tenho bom apetite e durmo bem.

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sexta-feira, novembro 01, 2013

Mais da ciência do óbvio: estudo diz que beber com amigos duas vezes por semana reforça a saúde

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O manguaça (tá na cara!) inglês Robin Dunbar
Trabalho coordenado por Robin Dunbar (tinha que ter "bar" no nome...), diretor do grupo de pesquisa social e evolucionário de neurociência da Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou que os homens devem sair para beber com os amigos duas vezes por semana se quiserem reforçar sua saúde. Como o viés é muito machista, prefiro entender que a prática beneficia não só os homens mas todos os que integram os 29 sexos da atualidade. O estudo indica que é bom aproveitar a cachaçada para conversar, socializar e rir coletivamente. Mas adverte que a prática de esporte - por equipe - também é um fator contribuinte para melhorar a saúde. Bom, tudo é uma grande obviedade, sem dúvida. Até o Marcos Assunção tá careca de saber que beber, conversar e rir num bando de bebuns descontrai, relaxa, tranquiliza e renova as energias. Mas é interessante um estudo acadêmico favorável à manguacice sustentável e coletiva, em tempos tão caretas de restrições oficiais (proibição de fumar cigarro no bar ou de beber cerveja em estádios de futebol, por exemplo) e de culto ao individualismo máximo na sociedade de consumo (vide isolamento cômodo das "relações" assépticas em redes sociais). Aliás, é isso o que o Futepoca, um projeto raro de blog coletivo, propõe: unir, ampliar, compartilhar - e beber, claro. Dunbar ainda diz que as pessoas devem se reunir em um mínimo de quatro pessoas, a fim de colherem "benefícios da amizade", o que também ajuda na hora de pagar a conta.... Fazer o quê, então? AO BAR, MEUS AMIGOS! SAÚDE!

terça-feira, janeiro 15, 2013

Supermercados ameaçam pubs britânicos

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Uma reportagem de Rodrigo Uchoa no Valor de ontem traz uma triste notícia para os tradicionalistas. Os lendários pubs britânicos, verdadeiras instituições culturais da terra da Rainha, vêm sendo substituídos por supermercados. De acordo com a Campaign For RealAle (Camra), uma associação de defesa dos direitos dos consumidores e dos pubs, mais de 200 deles foram transformados em filiais do estilo express de grandes redes desde 2010, sendo 50 só em Londres. A British Beer and Pub Association calcula que em 2001 havia 60,7 mil pubs no Reino Unido e, hoje, há 51,1 mil.

A maior rede britânica de supermercados, a Tesco, sozinha foi responsável pela “conversão” de 130 unidades. Para ela, a vantagem de comprar pubs é que eles já têm licença para venda no varejo de qualquer produto, reduzindo-se a burocracia, sendo que muitos contam também com estacionamento. Além disso, se o lugar tiver menos de 280 metros quadrados pode ficar aberto o dia inteiro nos fins de semana. Lojas de tamanho maior só podem funcionar seis horas no domingo.

O capital sempre disposto a acabar com a alegria
Mas, segundo a matéria, há outros motivos para a fragilidade financeira dos pubs. De acordo com o chairman da JD Wetherspoon, grande rede local, nos anos 70, 90% de toda a cerveja consumida no Reino Unido era vendida nos pubs e, hoje, esse número chega a 50%. O principal motivo da mudança seria a questão tributária: enquanto no balcão o cliente paga 20% de imposto sobre valor agregado, os supermercados vendem as cervejas com imposto quase zero.

Reação

Claro que, se envolve dinheiro e grandes corporações, o jogo é bruto. Roger Warhurst, da Camra, afirma aqui que "clientes e funcionários eventualmente ficam sabendo que um pub está fechando no último minuto, quando é muito tarde para articular uma campanha efetiva para salvá-lo.” Ele destaca também que há suspeitas de que estes pubs são deliberadamente levados à falência com gestão temerária, com o propósito de reduzir potenciais protestos da população local.

De acordo com o Guardian, a Camra está promovendo uma campanha para que o governo possa suprir as lacunas legais que permitem a demolição e a “conversão” de pubs em supermercados. "Em um momento no qual 18 pubs fecham toda semana, uma grande instituição britânica está sendo ferida. A menos que o governo tome alguma atitude para suprir essas óbvias lacunas na legislação, mais comunidades serão forçadas a desistir de seus pubs sem poder lutar”.

A eles, nossa solidariedade.

terça-feira, dezembro 27, 2011

Coração sem lastro no câmbio incerto da vida

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Dezembro está marcado por dois estudos de institutos britânicos que sugerem que o Brasil já seja a sexta maior potência econômica do mundo. A ultrapassagem do Reino Unido aconteceu em 2011, devido à crise econômica do país do Velho Mundo e pela pujança da nação emergente sul-americana.

Na segunda-feira, 26, o Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios britânico (CEBR, na sigla em inglês) conseguiu projeção por ter sido destaque em dois diários da terra da rainha – The Guardian e Daily Mail. A julgar pela edição de imagens, a economia canarinho é movida pela vista da Baía da Guanabara, pelo Cristo Redentor e pela ginga das mulatas sambando. Mas 13 dias antes, o lusitano Exame Expresso orgulhou-se de ver que a antiga colônia estava mesmo a cumprir seu ideal de tornar-se um imenso Portugal.

Mas não foi para fazer alusão ao Fato Tropical, de Chico Buarque e Ruy Guerra, que comecei este post.

Foi por me ver diante de um dilema e tanto envolvendo um gigante do samba, admirado por estas bandas tanto pela produção musical quanto, a despeito do fim trágico e prematuro, pelo desempenho em mesa de bar. Noel Rosa escreveu, com Orestes Barbosa, a divertidíssima Positivismo, em que começa logo ensinando que "verdade, meu amor, mora num poço". Nessa toada é que diz, mais adiante:

Vai, orgulhosa, querida
Mas aceita esta lição:
No câmbio incerto da vida
A libra sempre é o coração


Para alguém que viveu até 1937 e escreveu sete anos antes dos acordos e do sistema Bretton-Woods e muitos antes de sua supressão unilateral em 1971 pelos Estados Unidos, a libra até poderia ser a referência, o porto-seguro, a liquidez para onde correm os capitais no momento de incertezas. Se não o fosse, poderia cumprir a função no imaginário da população.

Mas as notícias de dezembro colocam a libra, enquanto representante da economia onde circula, como superada até pelo real. Mas será ufanista aquele que tentar colocar a moeda brasileira na poesia de Noel Rosa. Até porque, estabilidade mesmo não há com câmbio flutuante, como já leciona o sábio.

Então, se a petulante missão fosse atualizar a bela metáfora do poeta da Vila, o dólar poderia ser candidato. É para lá – mais precisamente para os títulos da dívida dos Estados Unidos – que corre boa parte do capital na hora da incerteza, apostando na liquidez. Mas mesmo esse bastião anda soluçando, com teto de endividamento estourando e um turbilhão de dúvidas desde a crise financeira de 2008. O euro, prometido como alternativa à moeda estadunidense a partir de 2000, também atravessa solavancos.

Diante da crise, estaria a metáfora comprometida? Ou seria o caso de apostar em um país que controla fluxos de capital e cotações da moeda, ainda que a patamares artificiais, como a China? Prefiro não imaginar intérprete algum cantarolando: "No câmbio incerto da vida, o yuan sempre é o coração".

quarta-feira, junho 15, 2011

Um daqueles que se diferenciam dos meninos

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Isso sim é que é "quilometragem" manguaça: aos 66 anos, o inglês Bruce Masters (foto) garante que já visitou 45 mil pubs (bares) no Reino Unido. O maluco teve a manha de contar cada vez e lugar onde foi exercitar sua bebedeira, desde o início da "maraToma", em 1960 - ou seja, cabalisticamente, há 51 anos (uma boa ideia). Isso dá uma média de mais de 882 bares por ano, mais de dois por dia! Segundo as contas do bêbado, ele já consumiu mais de 14 mil litros de cerveja, ou 25 mil pints, copo padrão de cerveja em terras britânicas, com capacidade para mais ou menos 570 ml - Bruce aparece segurando um deles na imagem ao lado. Esse consumo significa 274,5 litros por ano - ou cerca de 750 ml diários. Sim, mais do que um pint, religiosamente, todo santo dia, em mais de meio século! Esse é bão!

Se considerarmos um preço médio de 5 euros por pint (pelo menos era o que eu costumava encontrar, quando morei na Irlanda), o pingão gastou cerca de 158,9 mil reais só em cerveja nestas cinco décadas, pela cotação de hoje (R$ 2,27 o euro). E Bruce não desiste: "Ainda há um grande número de pubs que não visitei. Se vale a pena fazer uma coisa, vale a pena fazê-la muito bem!". O último pub pelo qual passou foi o Hole in the Wall (Buraco na Parede), na cidade de Portsmouth. O cachaça quer seguir marchando pelos pubs para beliscar uma vaga no Livro dos Recordes, o Guinness Book (Guinness, aliás, que é marca de uma tradicional cerveja irlandesa). Porém, enquanto muitos de nós admiramos Bruce pelo seu desempenho, sua mulher obviamente não está muito feliz com o recorde. "Ela não inveja o que tenho feito, ela simplesmente prefere ficar em casa", revelou o manguaça. É justo.

quarta-feira, novembro 18, 2009

A cerveja na faculdade e a hipocrisia

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Estou aqui em Londres fazendo um mestrado em Planejamento Urbano na London School of Economics. Antes disso, entre 2001 e 2006, estudei jornalismo na USP. Nas duas faculdades, como é evidente, a busca por uma cerveja pós-aula é imediata, praticamente universal.

Só que enquanto na USP a gente contava com as cervejadas organizadas pelo Centro Acadêmico e pela Atlética uma vez por semana - nao-autorizadas mas toleradas pela direção da unidade, a ECA - e pela venda ilegal de mé na lanchonete (a latinha vinha escondida num saquinho de papel), na LSE as coisas são um tantinho mais fáceis.

Basta sair do prédio e escolher entre o The Three Tuns, bar que financia o CA daqui, ou o George IV, pub que faz parte da lista oficial de lanchonetes e restaurantes da Universidade. Sim, a LSE tem um pub oficial e, olha só, lá os alunos podem tomar cerveja! Isso num país em que o controle à venda de álcool é coisa muito séria. Um dia, eu, do alto dos meus 27 anos, fui comprar whisky pra levar para o Brasil no mercado e não consegui, porque eu não estava com nenhum documento que comprovasse que eu tinha mais de 21 (ódio mortal ao mercado, eternamente).

Por que o consumo de álcool nas universidades - pelo menos em São Paulo, não sei como funciona em outros lugares - não pode ser tratado de maneira um pouquinho mais adulta? Por que quando queríamos organizar festas en USP, coisa que nunca deixamos de fazer, tínhamos que ouvir argumentos do tipo "universidade não é lugar de cerveja".

Sim, universidade é lugar de cerveja. É onde muitos adolescentes se educam para o álcool. Aprendem, num ambiente amigável e familiar (menos na Uniban), quais são os limites para a manguaça, se acostumam ao papel socializador do mé e ainda podem desenvolver suas idéias com mais, digamos assim, liberdade.

Tem como incluir no Manguaça Cidadão o direito sagrado à cerveja depois da aula?

sábado, junho 06, 2009

Cerveja ajudou músico a impressionar McCartney

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Outro dia escrevi sobre o único show que os Beatles fizeram em Dublin, Irlanda, em 1963. Curioso sobre o assunto, acabei encontrando na livraria pública "The Beatles and Ireland" (à esquerda), de Michael Lynch e Damian Smyth, sobre todas as possíveis relações da banda inglesa com o país vizinho - a comecar pelos antepassados de John, Paul e George, todos irlandeses. Depois de descrever os shows em Dublin e em Belfast, o livro fala sobre visitas esporádicas de cada beatle à Irlanda até 2003 e narra fatos pitorescos como a compra de uma pequena ilha do litoral irlandês por John Lennon, em 1967, chamada Dorinish. O local funcionou como acampamento hippie por dois anos, até 1971, e acabou sendo vendido pela viúva Yoko Ono em 1985.

Lá pelas tantas, os autores enveredam pela simpatia declarada de John e Paul, em 1972, pelo grupo paramilitar católico e reintegralista IRA (Irish Republican Army), que luta pela separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e reanexação à República da Irlanda. Na época, Lennon lançou as canções "The Lucky of the Irish" ("A sorte dos irlandeses") e "Sunday Bloody Sunday" ("Domingo Sangrento Domingo") e McCartney, "Give Ireland Back to the Irish" ("Deem a Irlanda de volta para os irlandeses"). Foi exatamente nesta época que o guitarrista irlandes Henry McCullough foi chamado para a primeira formação dos Wings, a banda de Paul pós-Beatles.

E ele conta um segredo sobre seu teste para admissão: "Recebi um telefonema de Ian Horne, meu roadie, pedindo para eu ir a um ensaio no dia seguinte. Eu tinha bebido um monte de pints [copo padrao de 500ml] de Guinness [cerveja irlandesa] antes de ir lá pela primeira vez. Isso ajudou muito!". Segundo McCullough, depois de tocar alguma coisa do velho rock'n'roll, como "Blue Moon of Kentucky" (um dos primeiros hits de Elvis Presley) e "Lucille" (de Little Richard, ídolo de Paul), o teste partiu para o reggae e musicas de McCartney daquela época. Foi então que o ex-beatle comecou a tocar uma música inédita. "Eu perguntei a Paul o que fazer e ele apenas disse 'Estamos só tentando alguma coisa' - e continuou tocando. Nos o seguimos e, pouco depois, uma nova canção estava escrita. Ela foi feita naquele teste", lembra McCullough. Para ele, foi literalmente uma "prova de fogo", pois conseguiu improvisar e compor com "um monte de Guinness" na cabeca.

Wings, 1972. A partir da esquerda: McCullough, Denny Laine (guitarrista), Denny Seiwell (baterista), Linda (teclados) e Paul McCartney (baixo)