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sexta-feira, março 13, 2015

O dia em que a Câmara dos Deputados descobriu que existe "presunção de inocência"

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Na sessão da CPI da Petrobras realizada ontem à tarde em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi aplaudido após e mesmo durante sua explanação inicial de 53 minutos. Tratou o pedido de abertura de inquérito feito em relação a ele, realizado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, como algo feito por “motivação política”. Foi apoiado por lideranças – a maioria delas que apoiou sua eleição à presidência da Casa – e reverenciado de forma comovente pelos seu colegas.

A deferência era tanta que foi constrangedora. Em certos momentos, lembrava cenas do filme O Poderoso Chefão, onde convidados do casamento da filha de Don Corleone, personagem vivido por Marlon Brando, recebia pedidos e tinha sua mão beijada pelos convivas. No caso de hoje, não houve qualquer pedido aparente, apenas loas tecidas à vontade a Cunha.

Mas se há “motivação política” na inclusão do peemedebista na lista, quem é o “motivador”? Obviamente, o governo. Na trama em que o presidente da Câmara alega estar envolvido, Rodrigo Janot estaria interessado em agradar quem tem a possibilidade de conduzir sua reeleição, o Executivo, e por isso teria incluído o nome do peemedebista. Dupla e grave acusação: a de ingerência governamental no trabalho do Ministério Público e de uma conduta inidônea do procurador-geral. E os petistas, diante das acusações do presidente da Câmara, foram vacilantes, preferindo falar sobre temas correlatos mas não batendo de frente com o depoente.

Eduardo Cunha: o inferno são os outros... Sempre. (Lucio Bernardo Jr. – Câmara dos Deputados)

As falas de Cunha foram diretas e, para ilustrar o que ele diz ser incoerência do procurador ao pedir investigações sobre ele, citou dois exemplos de senadores petistas, Delcídio Amaral, que teve o pedido de abertura de inquérito arquivado, e Gleisi Hoffman. Sempre com uma adversativa de que citava os exemplos mas não “acusava” ninguém, deixou os ataques mais agressivos a cargo de parceiros como o deputado Paulinho da Força (PSD-SP), que levantou a hipótese de conluio entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o procurador Janot.

O fato é que, diante da evidente tática do peemedebista de jogar o peso das investigações da Lava Jato nos ombros do governo, tomando a própria defesa como se fosse, também, uma defesa do Legislativo, atiçando os instintos corporativos dos parlamentares, Cunha mostrou mais uma vez que sabe bem o que quer e já definiu como fazê-lo. Enquanto isso, a articulação governista hesitou e, ao não fazer a defesa enfática do governo diante das acusações do presidente da Câmara, escancarou um modo de fazer política que é grande responsável pela atual situação em que se encontra o Planalto e a base dilmista no Legislativo.

Para além da tática política de Cunha, algo comovente na CPI foi descobrir o quanto nossos deputados prezam e valorizam a presunção de inocência. E sabem, porque assim disseram vários deles, que o envolvimento do nome de uma pessoa em investigações pode se traduzir em culpa para parte da opinião pública.

Uma intervenção reveladora – mas não a única – nesse sentido foi feita pelo deputado Celso Pansera (PMDB-RS), ao rebater a fala de Ivan Valente (Psol-SP), que pediu a Cunha que abrisse seus sigilos telefônico, bancário e fiscal para que pudesse continuar seu trabalho à frente da Câmara. De acordo com o parlamentar gaúcho, “pedir abertura de sigilo é induzir à condenação”. Diz muito a respeito da conduta de seus colegas em diversos episódios.

É uma pena esse interesse pela presunção de inocência ter surgido só agora, em especial para parlamentares que têm como hábito acusar e apontar o dedo para um adversário – político ou não – na primeira oportunidade. E também descobrimos, na didática sessão da CPI, que decisões judiciais podem ser contestadas publicamente, já que a abertura de inquérito para investigar Eduardo Cunha foi um pedido de Janot acatado por um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki.

Poderíamos aproveitar essa onda de preocupação de parlamentares com a presunção de inocência para exigir que este seja um direito assegurado a todos os cidadãos, pois ele desaparece no cotidiano de muitos brasileiros, em especial aqueles que vivem nas periferias das grandes cidades, vítimas do autoritarismo do poder público e que raramente são tema de qualquer discussão no Congresso Nacional. Porque o ônus da prova e o peso da culpa, nesses casos, ficam para os acusados, que não são poucos.

Publicado originalmente na Revista Fórum

quarta-feira, abril 10, 2013

Jesus Cristo na visão de Marco Feliciano

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(Via Thiago Balbi)

quarta-feira, novembro 07, 2012

Câmara deixa educação sem dinheiro

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A Câmara Federal aprovou nesta terça-feira (6), por 286 votos a 124, o projeto de lei do Senado que define uma nova fórmula para divisão dos royalties do petróleo. O texto aprovado beneficia as unidades da federação que não produzem o combustível, em detrimento dos estados produtores, como Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Com isso, ficou para trás o substitutivo apresentado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP) que vinculava o dinheiro dos futuros contratos a investimento em educação, valendo tanto para União, estados e municípios. A destinação dos recursos para a educação foi a forma encontrada pelo governo federal para tentar garantir a aplicação de 10% do PIB na área, demanda de diversos movimentos sociais incluída pelo Congresso no Plano Nacional de Educação. Para Zarattini, os parlamentares foram incoerentes.

Aqui você pode ver o voto de cada deputado, por estado e município. Olhando por cima, o PT votou em bloco a favor da proposta do governo e o DEM votou em bloco contra. O resto teve defecções ao sabor dos interesses de cada estado: os produtores de petróleo foram contra o texto do Senado e os demais a favor. Ou seja, o que pesou na maioria dos casos parece ter sido a grana que irá para cada unidade federativa, sem maiores preocupações com a escola das criancinhas. O PSDB, por exemplo, votou majoritariamente pela aprovação do texto do Senado, mas foi contrário nos estados produtores (RJ e ES, no caso).

Cabe o alerta para quem acredita que essa história de "base aliada" e "maioria governista" tem consistência. É uma mentira em que todos concordam acreditar. Os partidos na imensa maioria apoiam o governo, mas mantendo uma faca no pescoço da presidenta. Negociam cada votação e agem conforme seus interesses no restante do tempo – sejam estes interesses meramente eleitorais, seja a legitima representação dos setores sociais que os apoiam (sendo que a correlação de forças é amplamente desfavorável a trabalhadores e outros setores da parte de baixo da tabela) ou ainda por outros interesses menos nobres.

Isso vale para Dilma, valeu para Lula e FHC e valerá para qualquer presidente até que se faça uma reforma política que fortaleça o caráter programático dos partidos e diminua a influência do poder econômico nas eleições. Na minha lista, estão financiamento público exclusivo de campanhas e fidelidade partidária programática. E não tem julgamento no STF que mude essa situação

quarta-feira, agosto 15, 2012

Romário solta o verbo contra a Veja: "revista de m..."

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Mostrando que o Futepoca também sabe fazer "jornalismo (sic) de Twitter", abaixo as declarações de Romário sobre a nota da revista Veja (provavelmente esta aqui) na qual o jornalista Lauro Jardim diz que a verba de gabinete do deputado continuou sendo gasta no período em que ele comentou as Olimpíadas pela Record.

Mas o gabinete de Romário deveria parar de funcionar com ele fora? Se for assim, gabinetes darão expediente dois ou três dias por semana em Brasília...

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Uma lei contra "estrangeiros" na seleção

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O futebol é o que interessa, ensinou o escritor uruguaio Eduardo Galeano, em uma das citações preferidas de três entre oito autores do Futepoca. Assim, ninguém pode dizer que o Congresso Nacional, cujos trabalhos durante a 54ª legislatura foram iniciados nesta quarta-feira, 2, esteja alheio aos problemas nacionais.

Tema de acaloradas mesas quadradas – normalmente de plástico ou de metal – nos botecos do Brasil, a presença entre os convocados para a seleção de jogadores que atuam no exterior é polêmica recorrente. Lembro-me de participar de uma dessas na Eliminatória de 1990. Depois, o mesmo aconteceu em todos os mundiais seguintes, até mesmo em 2002, quando o time de Luiz Felipe Scolari teve apenas 10 "importados".

Os críticos alegam falta de compromisso com a camisa canarinho – com ou sem faixa horizontal verde –, uma roupagem mais elaborada para o tradicionalíssimo xingamento de "mercenário", proferido em estádios para quem quiser ouvir.

Foto: Xavier Marit/Getty Images
Kaká, um dos alvos da ira dos adeptos da "xenófobia"
apliacada à seleção brasileira

Cadê a proposta?

O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) ouviu o clamor de parte dos interlocutores da mesa do bar e propôs o que, no jargão do Legislativo, recebe a carinhosa alcunha de "contrabando". Na tramitação das medidas provisórias, é possível inserir emendas a leis variadas, que eventualmente tratam de medidas completamente diferentes daquelas discutidas pelo texto original.

Foto: Divulgação
Na medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro do ano passado, altera-se o repasse de recursos para atletas atendidos pelo Bolsa-Atleta, além de se criar novas categorias, como o Atleta Pódio, por exemplo.

Arantes (foto), torcedor do Atlético-GO, disse ao Marca que pretende propor uma emenda que limitaria as vagas para quem atua no exterior a 20% dos convocados.

Dos 23 convocados de uma Copa do Mundo, 4,4 poderiam jogar no estrangeiro. Como não se pode convocar 0,4 de jogador, resta saber se o arredondamento seria para baixo ou para cinco

"Quando chega a Copa, 20, 21 convocados atuam em times estrangeiros. Aí, quando ganha, vem para o Brasil desfilar. Quando perde, fica lá, envergonhado. Não tem identidade com a seleção. Não tem comprometimento com os clubes ou os torcedores brasileiros", critica. Arantes calcula que a mudança poderia incentivar a repatriação de jogadores.

O parlamentar acredita que a medida não comprometeria a qualidade do escreve canarinho por considerar que existem, "no máximo", quatro nomes capazes de comer a bola que exibam seu talento longe do relvado tupiniquim. "Aí você pretere um Rogério Ceni, que está há anos jogando no São Paulo e é um dos melhores do mundo, e não é convocado", exemplifica Arantes, sem muita felicidade na escolha.

Projeção de debate

Ninguém especula sobre as possibilidades de a emenda ser votada e ainda menos sobre o que sairia dos resultados de uma eventual discussão pelos excelentíssimos parlamentares. O que com certeza seria um debate profícuo seria pôr os nobres congressistas para escalar a seleção – de preferência no bar do plenário. Dá para imaginar o calor do debate:

– (...) Já não se fazem mais pontas como o saudoso Esquerdinha...
– Um aparte, excelência. Hoje em dia, no futebol moderno, sequer é empregado o ponta-esquerda no estilo clássico... Vossa excelência não entende patavina do ludopédio nacional.
– Vossa excelência me respeite!

Faria um sucesso na TV Câmara.

Escalação

E aí, alguém se arrisca a montar um time só com 20% de jogadores "estrangeiros".

quarta-feira, setembro 22, 2010

Bolão dos deputados. Isso sim é emoção!

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Nesse ano você certamente já apostou na Copa do Mundo, talvez esteja apostando no Campeonato Brasileiro e talvez seja adepto de uma fezinha nas loterias legítimas vez ou outra.


Mas o que o Futepoca propõe agora é uma competição ainda mais emocionante - e ao mesmo tempo cívica.

Quais serão os 10 candidatos a deputado federal mais votados em São Paulo?


Sem mais delongas, esse é o desafio. Faça sua lista com os dez candidatos que, ao seu ver, serão os mais escolhidos pelo eleitorado paulista.

A pontuação se dará da seguinte forma: um ponto pelo acerto do candidato no Top 10, três se ele estiver na posição indicada pelo apostador.

Portanto, para participar é preciso apresentar uma lista
em ordem dos 10 candidatos que você, leitor, acredita que dominarão o pleito.

As apostas devem ser enviadas para o email futepoca@futepoca.com.br até o dia 2 de outubro, véspera das eleições. No assunto deve estar escrito "BOLÃO - deputados federais". Só serão considerados os palpites enviados sob essas condições, ok?

O ganhador receberá um prêmio, ainda a ser definido pelo Futepoca.

sexta-feira, agosto 13, 2010

(Mais) Criatividade no marketing político

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Eu entendo. Para um candidato a deputado chamar a atenção durante a campanha eleitoral, o cabra tem que ser muito bom. Ou já é político renomado, ou é subcelebridade (e essa reforma ortográfica, fez o que com essa palavra?) ou faz uma palhaçada na frente da câmera. Mas até esse expediente está gasto. A verdade é que ninguém presta atenção nessas campanhas.

Provavelmente sabendo disso tudo, o candidato a deputado federal aqui por São Paulo Jeferson Camillo esticou o limite do absurdo em campanha para um pouco mais longe. Os vídeos falam por si. Divirta-se.








ps: não aguentei e coloquei mais um. No canal do Youtube do candidato tem muito mais.

quarta-feira, junho 16, 2010

1 litro de cachaça na cesta básica já!

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Na última segunda-feira, o dispensável programa CQC, em mais um quadro para avacalhar e demoralizar ainda mais os políticos tupiniquins, colocou uma moça para coletar assinaturas de deputados federais para aprovar uma fictícia PEC (Proposta de Emenda Constitucional) de um fictício parlamentar Chico Bezerra. E o que propunha essa PEC? A inclusão de 1 litro de cachaça na cesta básica - uma brincadeira claramente inspirada no sério, sólido e fundamental projeto Manguaça Cidadão, defendido há anos, com todos os fígados, pelo coletivo deste blogue. O pior é que a grande maioria dos políticos assinou o mico sem ler. E um deles, Eduardo Valverde (PT-RO), até justificou, ao ser informado do que havia acabado de assinar:

- Você estaria discriminando os trabalhadores que utilizam a a cachaça, tomam sua cachacinha de vez em quando.

Muito justo, concordo plenamente. Não sei por que tanta indignação, pois 1 litro de cachaça é um direito básico mínimo. Vejam abaixo esse trecho do programa:

quinta-feira, agosto 27, 2009

Marcha contra o aborto e acordo com Vaticano agrava a falta de laicidade do Estado brasileiro

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Que todo mundo sabe que o Estado brasileiro tem quase nada de laico, não é novidade. Mas esta semana em Brasília dois eventos estão marcando o aprofundamento das relações Estado- Igreja, em detrimento do debate democrático.

O primeiro é o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1736/09, aprovado por deputados na noite desta quarta-feira, 26, e que dispõe sobre o acordo firmado entre Brasil e Vaticano que, em suma, institui o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil.

De nada adiantou protestos de evangélicas, ateus, adeptos de religiões afros, a Câmara aprovou ontem o acordo que já havia sido assinado em novembro do ano passado pelo presidente Lula. Triste, mas a educação já tão afastada do cotidiano de seus alunos, agora vai ter uma corrida pela catequização, afinal o texto prevê o "ensino religioso católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa", como disciplina dos horários normais de escolas públicas de ensino fundamental.

O texto aprovado também entra no campo trabalhista, uma vez que está previsto que “fica determinado que a atuação de ministros ordenados e fiéis consagrados não geram vínculo empregatício com as dioceses ou institutos religiosos em que exerçam a atividade religiosa”. A íntegra do projeto aprovado pode ser verificado aqui. Já a matéria segue para o nosso hilário Senado.

Agora, o outro vacilo de nosso governo diz respeito ao show contra o aborto, que acontece neste domingo, 30, na Esplanada. Chamada de 3ª Marcha Nacional da Cidadania Pela Vida, o evento conta com a participação de Elba Ramalho e pasmem, a manifestação foi financiada com dinheiro público. Foram R$ 143 mil do Fundo Nacional da Cultura, um fundo público do Ministério da Cultura para financiar projetos e ações culturais. O recurso foi garantido através do projeto "Cultura, Cidadania e Vida", apresentado no ano passado pela ONG Estação da Luz, do Ceará, e que ganhou uma emenda parlamentar do deputado Luiz Bassuma (PT-BA), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e Contra o Aborto.

Justamente pela complexidade do assunto, dinheiro público não deveria financiar uma marcha contra ou a favor do aborto. O estímulo deveria ser para o debate e para a informação da sociedade.

Se alguém tiver interesse, segue links interessantes: Você é a favor ou contra o aborto? Vai pensando aí, Católicas pelo Direito de Decidir, entrevista com a diretora do filme “O aborto dos outros”, "Magnitude do aborto no Brasil: Aspectos Epidemiológicos e Sócio-Culturais", "Histórias de mulheres em situação de violência e aborto previsto em lei".

sábado, janeiro 24, 2009

Inovação tecnológica na Câmara

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Depois dizem que bêbado perde a inibição. Esta foto prova o contrário. 

Quando saí, sóbrio, com o camarada Gustavo Ruiz com a nossa unidade móvel de captação sonora – especialmente desenhada para a nossa missão de registrar os ambientes sonoros da Câmara dos Deputados (tudo isso por causa de um filme...) –, não entendi a cara de espanto da fauna local diante de nossa presença. Só fui me dar conta do singular dispositivo tecnológico que desenvolvemos mais tarde, quando já tinha bebido umas e revi a foto, com os olhos educados pelo álcool. 


Estando lá onde a onça bebe água, pensei que o Programa Manguaça Cidadão também deveria contemplar um programa de saúde mental. É notório o benefício do álcool neste quesito, salvo em casos de perda de controle, mas isso é residual (e pode ser tratado com educação manguaça) diante do uso massivo que socialmente se faz da cana para esfriar a cabeça. Quantos não bebem para relaxar, para superar o estresse, para aguentar a mulher, para aguentar o marido, para aguentar o/a patrão/oa?  No meu caso, trouxe-me lucidez e autoconsciência. 

Se encontrasse algum deputado, faria um esforço de lobby. Mas parece que eles respeitam à risca o recesso parlamentar. E o Manguaça Cidadão terá que esperar um pouco mais pra virar projeto de lei. 

sexta-feira, setembro 19, 2008

Os melhores parlamentares do Brasil

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Cristovam Buarque (PDT-DF), senador, e Gustavo Fruet (PSDB-PR), deputado, são os dois melhores parlamentares do Congresso Nacional. A avaliação é resultado de pesquisa que o site Congresso em Foco fez com 204 jornalistas que cobrem a casa.

No "Top 5" de cada uma das casas, verifica-se uma interessante heterogeneidade entre partidos e estados de origem dos parlamentares. O PT tem dois senadores (Eduardo Suplicy-SP e Marina Silva-AC) e dois deputados (Maria do Rosário-RS e Maurício Rands-PE). Todos os outros seis integrantes do grupo dos dez mais cotados são de siglas distintas - DEM, PMDB, Psol, PV e os já citados PSDB e PDT.

Entre os estados, Rio de Janeiro tem dois nomes - os deputados Chico Alencar (Psol) e Fernando Gabeira (PV) -, assim como o Rio Grande do Sul: o senador Pedro Simon (PMDB) e a já citada deputada Maria do Rosário (PT). As demais unidades da federação lembradas trazem um representante cada: São Paulo, Distrito Federal, Acre, Goiás, Paraná e Pernambuco.

Cabem algumas interpretações nessa lista. Todos os parlamentares aí citados compõem o tal do "alto clero" da casa - ou seja, são políticos de certa influência nos trâmites do Congresso. O que é positivo. É bom saber que quem cobre diariamente o Legislativo nacional considere bom o trabalho de figuras que tanto aparecem nos noticiários.

É curiosa, para mim, a menção de Marina Silva. Não por demérito ao trabalho da senadora ou coisa parecida, mas simplesmente pelo pouco tempo que ela ocupa o cargo - só reassumiu sua cadeira no Senado há pouco menos de seis meses, quando deixou o Ministério do Meio Ambiente. Certamente pesaram a favor da senadora as ações de seu primeiro mandato (1994-2002).


E falando nisso, vale ressaltar que a quase totalidade dos parlamentares citados é de cidadãos que já estão no Congresso há algum tempo. Se se espera renovação na política, ela não está sendo feita com a devida qualidade.

O Congresso em Foco premiará, no final do ano, o melhor deputado e o melhor senador, eleitos por consulta popular.