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quinta-feira, novembro 07, 2013

Se a Ponte passar pelo Vélez, pega S.Paulo na semifinal

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A Copa Sul-Americana vai afunilando e dois times já estão garantidos nas semifinais: o argentino Lanús, que eliminou o compatriota River Plate, e o brasileiro São Paulo, atual campeão, que garantiu a classificação ao segurar um empate sem gols na Colômbia, ontem, contra o Atlético Nacional. Por enquanto, o time de Muricy Ramalho aguarda o classificado do confronto entre o paraguaio Libertad e o também colombiano Itagui (os paraguaios venceram por 2 x 0 o primeiro jogo, em casa, e o segundo acontece hoje). Porém, como o regulamento veda a presença de dois times do mesmo país na decisão, o São Paulo poderá enfrentar na semifinal a Ponte Preta, caso ela consiga eliminar o argentino Vélez Sarsfield (houve empate sem gols em Campinas e a volta ocorrerá hoje, em Buenos Aires). Disputada desde 2002, a Copa Sul-Americana já teve, em suas 11 edições, cinco títulos argentinos (dois do Boca Juniors e outros do San Lorenzo, Arsenal de Sarandí e Independiente), dois brasileiros (Internacional e São Paulo), um peruano (Cienciano), um mexicano (Pachuca), um equatoriano (LDU) e um chileno (Universidad de Chile).

Para garantir o lugar nas semifinais deste ano, o São Paulo passou aperto em Medellín. Em 90 minutos, foram 7 finalizações certas e 15 erradas do Atlético Nacional, contra apenas 6 finalizações (erradas) dos brasileiros. Sim, a proposta era a de se defender, pois, se os colombianos somassem mais um gol aos que marcaram na derrota por 3 x 2 no Brasil, o time de Muricy Ramalho poderia se complicar. Porém, como o adversário precisava da vitória e se lançou ao ataque desde o início, o jogo deu várias brechas para contra-ataques dos sãopaulinos, infelizmente não aproveitadas. Culpa de Jadson, que mais uma vez não aproveitou a chance como titular para mostrar serviço como "garçom", ou seja, fazer a ligação do meio com o ataque, e de Luís Fabiano, que não fez NADA lá na frente e decepcionou totalmente (mais uma vez...). Assim, Ademilson deve mesmo ser efetivado como segundo atacante, junto com Aloísio, e Ganso ganha o respaldo e o incentivo tanto da comissão técnica quanto da torcida para comandar o time nesta reta final da Copa Sul-Americana. O título vale vaga na pré-Libertadores, não é pouca coisa. Vamo, São Paulo!



sexta-feira, maio 25, 2012

Libertadores 2012: semifinal, teu nome é Léo

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A partida valia pelas oitavas de final da Libertadores de 2003. O Santos havia saído na frente na Vila Belmiro, contra o Nacional de Montevidéu, mas sofrera o empate aos 38 do primeiro tempo. Três minutos depois, uma falta pelo lado direito do ataque uruguaio, daquelas que pedem um chuveirinho na área. Mas O'Neill chuta direto e Fábio Costa falha. Silêncio na torcida. O arqueiro peixeiro, minutos depois do lance, ainda sente e permanece estático, semi-ajoelhado no gramado. Quando a bola pára, o lateral esquerdo Léo vê a cena, atravessa o campo, estende as mãos para o goleiro (que, diga-se, não costumava ter atitude similar com companheiros de time) e o ergue, incentivando o atleta a voltar à partida. A torcida vai junto com Léo, carrega o goleiro no colo e, na decisão por penalidades, Fábio Costa, que nunca foi pegador de pênaltis, defende três e o Peixe se classifica para as quartas.

A História vai dizer que Léo foi coadjuvante nessa peleja, mas a cena dele apoiando seu companheiro nunca me saiu da cabeça. Não é só o atleta, é o tal do caráter, aquela coisa de você olhar a atitude do cara e pensar que poderia ter alguém assim do lado quando pisou na bola naquela vez... E justamente ele, que penou pra chegar lá, foi dispensado por Felipão no Palmeiras em 1999. O técnico não aprovaria um atleta de 1,66 m de altura e Léo, por destino, fez carreira no Alvinegro a partir do ano 2000.

Tornou-se campeão brasileiro pelo Santos em 2002, fez o gol de empate do time contra o São Paulo, na segunda partida das quartas de final, e marcou o tento da vitória contra o Corinthians, na peleja derradeira da finalíssima. E de pé direito. Foi para a seleção brasileira, venceu a Copa das Confederações de 2005 e partiu para o Benfica. Voltou em 2009. Guerreiro, para a torcida. Deus, para o amigo Olavo. Quem diria que seria o personagem decisivo da vitória peixeira contra o Vélez Sarsfield, na partida desta quinta, siando da reserva.

Os três e os do fundo eram um só (Foto Santosfc)

Quando Muricy substituiu Juan por Léo, já havia colocado em campo o semi-atacante Rentería, o único disponível na suplência, já que a outra opção, Borges, se contundiu antes do jogo. Precisando furar a retranca dos argentinos, que se protegiam com as famosas duas linhas de quatro (ainda mais postadas no fundo depois da expulsão de seu goleiro no fim do primeiro tempo), o treinador resolver investir nos lados do campo. A retranca era das mais eficientes, mas o ataque portenho pouco produzia. Rafael só viu a bola ser finalizada ao seu gol nas cobranças de pênaltis.

Ganso fazia um pouco mais do que fez no jogo de ida, mas ainda assim era muito pouco. Neymar se mexia de lá pra cá, buscava a bola, chamava a responsabilidade. Conseguiu expulsar o arqueiro rival no fim da primeira etapa. Na segunda, em um lance, atravessou o campo de lado a lado e conseguiu criar uma oportunidade para o time. Mas o gol não saía. E voltamos à entrada de Léo, que, como mostraram as imagens, logo em sua entrada motivou os companheiros a buscar o resultado.

O lateral entrou para fazer a diagonal, para se aproximar da área, algo que Juan não estava conseguindo fazer. E foi em um desses lances que ele tocou para Ganso, que devolveu – um dos únicos passes certos do meia que não foram de lado ou pra trás. E Léo, mesmo caindo, conseguiu assistir Alan Kardec, que finalizou de primeira para o gol. Indefensável. O atacante, que quase entrou pra súmula da partida como o Diego Souza da vez ao perder um gol quase feito minutos antes, se redimiu. Segundo ele, o “profeta” Neymar o avisou que marcaria o gol, depois que perdeu a outra oportunidade. Acertou.

Com 1 a 0, decisão por pênaltis. O Santos já havia passado por outras duas em Libertadores. Aquela, contra o Nacional, em 2003; e contra a LDU, em 2004. Venceu as duas, sem desperdiçar nenhum pênalti. E ontem, não foi diferente.

Coube a Léo, como por destino, fazer o gol da classificação alvinegra, após Canteros – que entrou só para as penalidades – finalizar pra fora, e Rafael defender outro pênalti. Classificação sofrida, mas que a ela pode-se atribuir um nome. Às vezes, o futebol faz justiça.

Adendo

E para o tonto do assessor do Vélez que quis fazer galhofa com a morte do mestre Chico Formiga:



domingo, maio 20, 2012

Borges vacila, e Santos B não sai do zero com o Bahia

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O Santos entrou em campo (debaixo de muita chuva) com o time reserva, sendo que cinco jogadores fizeram sua estreia com a camisa alvinegra. No caso, com o terceiro uniforme, a camisa azul. Gerson Magrão e Bernardo já estão na Vila há tempos, mas só agora puderam jogar. Galhardo e David Braz, que vieram do Flamengo na negociação com Ibson, e Ewerton Páscoa, que no fim de semana passado enfrentava o Peixe jogando pelo Guarani, foram os outros debutantes.
Mesmo com a esperada falta de entrosamento, o Santos fez rodar a bola e trocou muitos passes, mantendo a redonda sob seu domínio a maior parte do tempo. Felipe Anderson exerceu uma nova função, revezando na ala direita com Galhardo, um expediente que Muricy Ramalho usou bastante no São Paulo em outros tempos. Tanto um quanto o outro levaram perigo no apoio na primeira etapa, mas também sofreram com as investidas de Lulinha por aquele setor.
Bernardo levou perigo nas cobranças de escanteio. Em duas delas, quase saiu o tento santista. Borges chamou a atenção pela disposição. Correu, marcou, desarmou, deu opção ao ataque saindo pelos lados... Mas quando a bola esteve na zona onde tem o atacante tem conforto, na área, ele não conseguiu conferir por duas vezes na etapa inicial.
Já na segunda etapa, o Bahia voltou com mais disposição, pegando mais no meio de campo e explorando também o lado esquerdo da intermediária peixeira. E começaram as baixas do visitante. David Braz já havia saído no primeiro tempo com lesão, e Galhardo também pediu para sair antes da metade do segundo tempo. Os donos da casa fizeram uma blitz durante quase dez minutos, logo depois dos 22, mas não furaram a defesa alvinegra. Na frente, Borges, e principalmente Renteria, não seguravam a bola na frente e eram presa fácil dos zagueiros da Boa Terra.
As oportunidades peixeiras, enfim, surgiram quando a partida também começou a pesar para os tricolores. E aí apareceu Borges. Por duas vezes ele teve a chance de dar a vitória ao time B, ambas na cara do goleiro, mas desperdiçou as duas. Em que pese todo seu esforço na peleja, mostrou o porquê de estar na reserva.

Léo, mesmo cansado, aguentou o ritmo da jogo até o fim (Santos FC)
É preciso destacar também a atuação de Gerson Magrão, que jogou na meia e foi bem na cobertura pelo lado esquerdo, além de mostrar lucidez e aparecendo bem dando apoio ao ataque. Levando-se em consideração que não jogava desde agosto, por problemas contratuais com seu ex-clube, o Dinamo de Kiev, mostrou que pode ser útil no restante da temporada. Bernardo se esforçou, mas não conseguiu ser efetivo, a não ser em uma outra bola parada.
Ao fim, o zero a zero marcou um rodada de estreia em que os paulistas não venceram. Dadas as circunstâncias, para os visitantes o resultado não foi tão ruim. Mas se Borges tivesse caprichado um pouco mais...


Pra não dizer que não falei de Vélez e Santos


Com algum atraso, um breve comentário sobre a peleja em que a equipe argentina bateu o Santos em Buenos Aires, por 1 a 0. O Alvinegro jogou mal, foi dominado pela marcação portenha e não teve criatividade para criar no ataque. Embora a imprensa hermana tenha exaltado a partida feita por Peruzzi, ele foi só um dos marcadores de Neymar. Como explicou Ricardo Gareca, o garoto recebeu marcação dupla, com rodízio de atletas, e, ainda que não tenha brilhado como de costume, conseguiu cavar algumas faltas, tentou resolver sozinho mas não teve companhia de ninguém ao seu lado, exceção feita a Juan que vez ou outra o apoiava, e de Ganso, em um lance isolado e desperdiçado.
Aliás, o camisa dez peixeiro fez uma das suas piores atuações com o manto. Vez ou outra um craque não estar inspirado faz parte, mas o meia falhou na disposição tática também, e isso compromete o resto do time. Se Neymar é bem marcado, algum espaço sobra para um meia que chega, mas ele não chegou. Para os alvinegros superaram a marcação feita em seu próprio campo, o dez também teria que buscar mais a bola para aliviar a defesa, mas não o fez. Quando Ganso participa da marcação, aliás, também possibilita o avanço com bola de Arouca, que pouco pôde fazer à frente.
O distanciamento da defesa e do meio de campo santista foram fatais, mas o prejuízo não foi maior pela ineficiência ofensiva do Vélez, que marca bem, mas não é um time dos mais imaginativos na frente. O Santos deve penar na Vila Belmiro para superar os argentinos, mas, descansados, os peixeiros devem fazer um papel bem melhor do que o desempenhado na Argentina. Vai ser preciso mais aproximação e marcação mais forte o meio de campo – evitando principalmente as chegadas do volante Cerro – com velocidade de saída para o ataque. Neymar, obviamente, pode decidir, mas Ganso vai ser fundamental.

sábado, outubro 08, 2011

Sobre gritos de torcida

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Ontem o Sidney Garambone levantou um tema em seu Twitter que despertou várias lembranças de idas a estádio. Ele sugeriu que as pessoas relembrassem cânticos de torcida e as pérolas que começaram a surgir me trouxeram à mente várias que escutei in loco e também pela rádio ou TV.

Muitos dos gritos provocativos das torcidas envolvem preconceito social, homofobia, misoginia etc e tal, mas também há aqueles que são criativos e puxam pela história do rival, tem como alvo um atleta adversário ou aproveitam determinada situação para fazer graça. Como santista, era particularmente cruel ver clássicos na época em que o Santos ficou sem ganhar títulos (1985-2002), especialmente depois que o Palmeiras saiu da fila em 1993 e deixou o Peixe como primeiro. Em clássicos, era só aguardar o momento em que alguma das torcidas do Trio de Ferro começaria a contar (em geral antes do jogo começar) “1,2,3,4,5...” até chegar ao número de anos que o time não ganhava um título para cantar “Parabéns, pra você...”. A torcida são-paulina, diferentemente das outras, costumava fazer provocações “patrimoniais” quando ia à Vila Belmiro: “A, e, i, estádio é o Morumbi”, gritavam.

Castigo de artilheiro: ter o filho goleiro
E, claro, também tinham os gritos de “Pelé parou, o Santos acabou” ou “É, é, é, viúva do Pelé”. Para o São Paulo, a resposta passou a ser “Telê parou, São Paulo acabou” e, para o Corinthians, lembro da igualmente infantil “Em, em, em, viúva de ninguém”. Em dado período, a resposta era “familiar”: “Pelé parou, Edinho começou”, um exercício de auto-heresia visto poucas vezes no ludopédio mundial. Hoje, o grito “Santos, o c...alho/lugar de Peixe é dentro do aquário” soa como música perto dos gritos dessa época... Mas junto com o o título do Brasileiro de 2002, que tirou o Peixe da fila, veio um dos gritos mais caros ao torcedor alvinegro: “Diego joga bola/Robinho deita e rola/E só dá Santos”. Desde então, os adversários não lembram da viuvez de Pelé e nem cantam mais parabéns.

A disputa entre jogadores também era um espetáculo à parte. Quem não lembra da Fiel cantando “Chora, porco imundo/Quem tem Viola, não precisa de Edmundo”. Na segunda partida da final do Paulista de 1993, quando o Verdão conquistou o título, veio o troco em relação à primeira partida da final, quando o atacante corintiano imitou um porco ao fazer o gol da tarde: "Chora Viola/imita o porco agora". E, ironicamente, o futebol dito “muderno” (pós-moderno?) levaria mais tarde Viola ao Palestra Itália e Edmundo ao Timão.

Originalidade

Mas um dos gritos citados no Twitter foi dos mais inusitados já cantados em um estádio no Brasil. A história toda está aqui, mas resumindo, Maurinho, lateral-direito que se destacou no Bragantino, foi chamado pelo treinador dantão, o mesmo de hoje, Vanderlei Luxemburgo. E numa partida do Olaria contra o rubro-negro, no dia 1 de abril de 2000, o atleta foi “homenageado” pela torcida. Após gritarem “Ão, ão, ão, Maurinho é seleção”, os torcedores completavam com “Il, il, il, Primeiro de abril”. "Homenagem" similar surgiu anos mais tarde, com o grito "Obina, melhor do que o Eto'o". Ironia fina da torcida.
O Flamengo do "pior ataque do mundo"
O bom humor carioca criou outros cânticos interessantes. Em 1995, o Flamengo formou o que boa parte da imprensa do Rio e de outros cantos considerava o “melhor ataque do mundo”, com Sávio, Romário e Edmundo. A combinação redundou em fracasso e, de acordo com o Wikipedia, foi a torcida do Vasco que, após um empate em zero a zero com o Flamengo, criou a paródia de um jingle de comercial de companhia aérea. “Pior ataque do mundo, pior ataque do mundo/ Para um pouquinho, descansa um pouquinho, Sávio, Romário, Edmundo.”

Em 2008, novamente a torcida do Flamengo fez das suas. Logo depois de ganhar a Taça Guanabara em cima do rival Botafogo, os torcedores, na peleja diante do Cienciano, cantaram para provocar os rivais, que reclamaram da arbitragem. “E ninguém cala esse chororô! Chora o presidente, chora o time inteiro, chora o torcedor!”. Digamos que, nesse caso, a reação botafoguense à perda do título justificou o sarro rubro-negro...

Músicas “adotadas”

Além dos gritos, não raro as torcidas adotam músicas famosas, ou nem tanto, para chamar de suas. Ivete Sangalo já teve músicas suas cantadas por diversas torcidas e, na partida entre Ponte Preta e Sport, na Série B hoje, era possível escutar uma versão de O Meu Sangue Ferve por Você, sucesso de Sidney Magal que também é cantado por outras torcidas, como a do Remo. Mamonas Assassinas e sua Pelados em Santos foram inspiração para a torcida do Inter criar Camisa Vermelha, que tem em seus versos uma referência a um dos temas desse site: "Minha camisa vermelha/ e a cachaça na mão/ o gigante me espera/ para começar a festa" (Veja vídeo aqui).

O caso mais emblemático na área talvez seja o da torcida do Fluminense, que adotou A benção João de Deus na final do primeiro turno do campeonato do carioca de 1980, ano da primeira visita de Karol Wojtyla ao Brasil (leia a respeito). O Tricolor superou o Vasco nos pênaltis e a canção acompanha o clube até hoje.

Ainda se ouve na Argentina o Ilariê de Xuxa
Já “Vou festejar”, do flamenguista Jorge Aragão, celebrizada na voz do botafoguense Beth Carvalho, virou hit entre a torcida do Atlético-MG, que recebeu a sambista para cantar na despedida da equipe da Série B do Campeonato Brasileiro, em 2006. E também foi entoada por outras torcidas, como a do Botafogo do coração de Beth Carvalho, aqui e aqui.

No entanto, o que sempre foi muito curioso pra mim foi ver Ilariê, da multi-artista Xuxa, ser cantada em estádios argentinos. Isso acontece há muito tempo, a brasileira já fez muito sucesso por aquelas plagas, e na Libertadores 2011, tanto a torcida do Vélez Sarsfield, semifinalista da competição, como a do uruguaio Peñarol, entoaram a canção, como se vê aqui. Isso é que é perenidade.

E, você, caro leitor futepoquense, qual o seu grito ou cântico de torcida predileto?

sexta-feira, abril 23, 2010

Corinthians e Flamengo nas oitavas da Libertadores

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O Corinthians fez mais uma partida segura e sem grandes emoções na noite desta quarta, contra o Independiente de Medellin. Acabou 1 a 0, em gol contra de Valencia após desvio de William em cobrança de lateral de Roberto Carlos.


O gol premiou um bom começo do Corinthians, que abafou o time colombiano e teve uma boa meia dúzia de chances até uns 20 minutos do primeiro tempo. Depois disso, 1 a 0 no placar, a equipe engatou uma marcha lenta e assim foi até o final, num jogo de dar sono.

Sobre o gol, um parenteses. Primeiro, esse é apenas o segundo gol de que me lembro que sai de uma dessas cobranças de lateral direto na área, jogada característica do zagueiro Gralak. O outro gol foi da Seleção Brasileira Feminina, em lateral acrobaticamente cobrado pela jogadora Leah.



Agora o bicho pega

Definidos os confrontos das oitavas de final, o Corinthians tem o Flamengo pela frente. O Clássico das Multidões. Pedreira. Mesmo com o clima bagunçado do time da Gávea, que pode trocar de técnico e de presidente de futebol na mesma semana.

Agora começa de verdade a parte difícil do torneio continental. O parceiro Blog do Carlão fez uma tabelinha simpática (que eu reproduzo aqui) e uma projeção bastante otimista para os alvinegros.


Na minha opinião, o brasileiro com adversário mais difícil nessa fase é o Inter, que pega o argentino Banfield. Sem contar Corinthians e Flamengo, que fazem o grande jogo das oitavas.

Classificados todos os brasileiros, poderemos ter Inter x Estudiantes e São Paulo x Cruzeiro já nas quartas. Dois jogaços.

Na chave de Corinthians e Flamengo, os adversários mais complicados parecem ser o Vélez Sarsfield e o Once Caldas.

E aí, quem arrisca palpitar?

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Palmeiras foi o maior verdugo do tri são-paulino

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Prestes a completar 73 anos (na próxima terça-feira, dia 16), só agora o São Paulo Futebol Clube conseguiu uma seqüência de três títulos consecutivos numa mesma competição (foto à esquerda). Antes disso, bateu na trave por nada menos que seis vezes. Foi bicampeão paulista cinco vezes - em 1945/ 1946; 1948/ 1949; 1970/ 1971; 1980/ 1981 e 1991/ 1992 - e uma vez da Libertadores, em 1992/ 1993. E o tri escapou das mãos todas as vezes. Seus rivais diretos não tiveram que esperar sete décadas por um tri: o Santos, que demorou mais, tinha acabado de completar 50 anos quando fechou a série dos Paulistas de 1960/ 1961/ 1962; o Palmeiras tinha 20 anos quando conquistou o tricampeonato paulista de 1932, 1933 e 1934; e o Corinthians tinha só 14 anos quando completou as conquistas estaduais de 1922/ 1923/ 1924.

Falando no Palmeiras, esse foi o maior verdugo do São Paulo nas frustrações de tricampeonatos, simplesmente quatro vezes (!), em 1947, 1950, 1972 e 1993. Os outros "culpados" foram o Corinthians, em 1982, e o Vélez Sarsfield, em 1994. Na primeira frustração tricolor, em 1947, o campeonato era por pontos corridos e o então clube do Canindé ficou em 4º lugar, o Palmeiras foi o campeão. Já em 1950, mesmo mantida a forma de disputa, o Campeonato Paulista foi decidido na última rodada entre...São Paulo e Palmeiras! A partida, eternizada como "Jogo da lama" (chovia muito e o Pacaembu estava imprestável), foi disputada no final de janeiro de 1951.

O Palmeiras precisava de um empate e o São Paulo partiu com tudo. Logo de cara, o ponta Teixeirinha abriu o placar mas, inexplicavelmente, o árbitro britânico Alwin Bradley anulou, alegando (dizem que inexistente) impedimento. Mas Teixeirinha fez outro e o primeiro tempo terminou 1 a 0, com o São Paulo com a mão na taça. Porém, o célebre Jair Rosa Pinto deu uma bronca aos berros no time do Palmeiras (foto à direita) durante o intervalo, e exigiu, pelo menos, o empate. E foi ele quem lançou Aquiles para empatar o jogo e destruir o sonho de tricampeonato para o São Paulo. Em 1972, os dois times terminaram invictos o Paulistão, mas o Palmeiras tinha vantagem e garantiu o título com um 0 x 0.

Já em 1993, o alviverde não teve culpa: só fez a decisão com o Corinthians, que havia eliminado o São Paulo na semifinal (com um gol impedido de Neto que foi validado e um legítimo de Palhinha que foi anulado). O mesmo Corinthians que, em 1982, com Sócrates e Casagrande, havia impedido o tri do "Tricolaço", como era chamado o São Paulo de Valdir Peres, Oscar, Dario Pereyra, Marinho Chagas, Mário Sérgio e Serginho Chulapa. A última decepção do clube do Morumbi, antes do tri no Brasileiro, foi bem marcante: a perda da Libertadores em casa, nos pênaltis, para o argentino Vélez Sarsfield, em agosto de 1994. Ainda bem que tudo isso ficou no passado...