Destaques

terça-feira, junho 12, 2007

Sete motivos para torcer pro Boca

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Como admiradores do futebol bem jogado e tipicamente brasileiro, eu e o companheiro Anselmo não subiremos no muro e já fizemos nossa opção na final da Libertadores: somos Boca. Não me venham com nacionalismos tacanhos pois, já diria Samuel Johnson, "o patriotismo é o útimo refúgio dos canalhas". Como ninguém falou se nesse refúgio tem cerveja gelada, adotamos como nossa pátria o futebol. Por ter um jogo mais bonito e bem mais parecido com o futebol verde-amarelo, optamos pelos xeneizes e listamos abaixo mais alguns motivos para quem quiser nos acompanhar na torcida:

1 - Riquelme contra Tcheco
Um é o camisa dez do Boca. O outro é o camisa dez do Grêmio. Ali está a grande diferença entre os dois clubes. Enquanto o Boca joga um futebol de velocidade, que conta com passes precisos, assistências e gols primorosos de Juan Róman, a equipe tricolor tem em um jogador burocrático, que só fez sucesso em um time da Arábia Saudita usando uma camisa emblemática para a torcida brasileira. Quem honra mais a mística da dez?

2 - Campeão da virada de mesa
Único time considerado grande brasileiro que caiu duas vezes pra Série B do nacional, o Grêmio protagonizou em 1993 talvez a virada de mesa mais estapafúrdia da história do ludopédio tupiniquim, pródigo em eventos do gênero. Em 1992, o time não conseguiu o acesso para a primeira divisão (ficou em nono lugar na Segunda). Como fazer os gaúchos subirem? Simples, elimine-se a segunda divisão. Subiram 12 clubes. Curioso é que, além disso, o Grêmio garantiu um “seguro anti-queda”. Para 1994, seriam rebaixados somente os 4 últimos colocados dos grupos C e D, que abrigavam todos os clubes que vinham da Série B, menos o... Grêmio. Virada pra ninguém botar defeito.

3 – Falta de originalidade
O uniforme é parecido com o de algumas seleções celestes por aí, que primam pela “raça”. A bandeira do clube é uma referência à bandeira do antigo Império Alemão, por motivo da “nobre” ascendência britânica e germânica de seus fundadores. Seus torcedores agora resolveram adotar hinos da torcida argentina e reproduzem seu comportamento nos estádios. A bola de um paulista garantiu a primeira lição de futebol dos fundadores do time. Tem alguma coisa que seja original de fábrica nesse time?

4 – O povo contra a elite
Enquanto o Boca Jrs. se originou de um bairro popular de Buenos Aires, tendo seus torcedores o apelido de “bosteiros” por conta de o estádio da Bombonera ter sido construído em um terreno de uma antiga fábrica de tijolos que exalava mau cheiro; o Grêmio nasceu em um clube burguês, sendo que seu primeiro campo era localizado na área nobre da capital gaúcha.

5 – Que bela torcida!
Se os argentinos gostam de chamar brasileiros de “macaquitos”, o termo “macaco” também é usado por boa parte dos gremistas contra seus principais rivais, o Inter, um dos primeiros clubes de futebol brasileiros a aceitar negros em seus elencos. Claro que não dá pra generalizar, não são todos que têm esse tipo de comportamento (ainda bem). Mas quem quiser, pode conferir no site de uma sintomática torcida, intitulada Alma Castelhana (nome bem brasileiro), a série de músicas que usam o termo para provocar os colorados. A expressão pode até ter perdido a conotação racista original, de tão usada que foi e também pelo fato da torcida do Inter ter assimilado, mas cabe aos ofendidos se manifestarem. De todo jeito, é de um extremo mau-gosto.

6 - Não sabem ganhar
A manifestação de gremistas nos comentários do Futepoca e em outros blogs mostra que, pior que não saber perder, é não saber ganhar. Mesmo vitoriosos, os tricolores não deixam de se manifestar de forma agressiva. Que o digam os dirigentes gaúchos. Após a vitória contra o Santos, o diretor de futebol Paulo Pelaipe provocou o presidente santista: “O que ele vai fazer agora, desclassificado? Vai vender o Robinho e o Diego de novo?”. E atacou Luxemburgo: “Este aí quase quebrou o Real Madrid. O Luxa é o maior freguês do Grêmio”. Quando eliminou o São Paulo, Pelaipe não fez diferente. “Podemos não ter o melhor time, mas nossos jogadores são mais homens. Nós não tiramos o pé, vamos para o pau e não pipocamos”. “Ser mais homem” e “ir pro pau” parecem coisa que só podem ser resolvidas em um divã.

7 - Você vai torcer pra um perdedor?
Ninguém gosta de perder. Você vai torcer pra um time que não é seu sabendo que há grandes chances dele ser derrotado? Não, né. Então esqueça o Grêmio. O Boca já enfrentou dez vezes em mata-mata ou finais times brasileiros. Saiu-se melhor em nove. A última vez em que ele se deu mal foi em 1963 contra o Santos. Pode até perder, mas as chances disso acontecer são remotas...

segunda-feira, junho 11, 2007

Cinco estão fora. Três voltam. Segure-se, Caio Jr.

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O empate em casa com o Botafogo, segundo a análise do parceiro Observatório Verde, foi um jogo morno com estádio cheio, ao contrário do que previa (torcia?) a imprensa. Curioso foi ver no Ceasa e nas ruas pelo menos quatro torcedores com camisas de jogo ou de treino do Palmeiras. Isso tem a ver com uma certa tranquilidade que o torcedor anda tendo com o time no Brasileiro, embora vá cobrar mais do que dignidade na competição.

Digna foi a palavra usada por Alberto Helena Jr. em seu blog atípico. Para ele, o time de Parque Antártica fica perto da zona de classificação para a Libertadores, enquanto os favoritos São Paulo e Santos fazem feio até agora, cada qual com suas desculpas.

Mesmo assim, é pouco para um time grande com a tradição do Palestra. Mas é suficiente para ainda garantir esperanças da torcida. O centro-avante que o técnico pediu deve vir, só não se sabe se é para resolver. Mas falta ainda mais peças no banco.

A campanha iniciada pelo Lance pela queda do técnico alvi-verde pode ganhar adeptos se houver um revés em Goiânia. Na absoluta falta de treinadores de alto nível à disposição, considero uma troca contraproducente para o time, até porque, não há uma crise propriamente dita no Palestra.

O que anda preocupando a este parmerista é que, contra o Goiás, no Serra Dourada, além de não ter as camisas verdes, o Palmeiras não contará com cinco atletas. Amaral e David, na seleção sub-20, e Valdívia, no escrete chileno não jogam. Edmundo e Michael, suspensos, acompanham a partida da TV. William, com o músculo posterior da coxa esquerda lesionado, está de molho por 15 dias.

O Só Palmeiras lembra que o zagueiro Dininho que não atuou contra os cariocas deve voltar. O meia Francis, também recuperado, está à disposição, assim como Martinez depois de cumprir suspensão. Nem e Gustavo, recém-contratado, formam a dupla de zaga.

A previsão do Conselheiro Acácio é de um time mais defensivo dependente de contra-ataques cuja fórmula ainda não foi desenvolvida com o uso de só um atacante. Sem el mago e na dependência do paraguaio Florentin. Segure-se, Caio Jr.

Capa de "O Globo" de hoje

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Vejam a capa do caderno de esportes de "O Globo" de hoje. Tanto criticamos o "Que time é teu?" do "Lance!", o que dizer dessa do periódico carioca? Acho que chutaram o balde.

A semana de Paulo Henrique

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Até para quem torce para o Galo, Paulo Henrique é um quase desconhecido até esta semana inesquecível.

O atacante de 18 anos voltou com o Galinho de uma excursão pela Europa, em que disputou dois torneios. Foi artilheiro, o Galo ficou em terceiro num, perdeu a final para o Chelsea noutro, mas não é isso que conta.

No começo da semana passada, Zetti, o novo técnico do Galo, marcou amistoso contra o Villa Nova (MG) para conhecer os jogadores reservas e outros que não vinham sendo nem realcionados. Resumindo a história, o moleque entrou no segundo tempo, fez dois gols da vitória por 3 a 1 e por isso acabou relacionado para o jogo contra o São Paulo.

No Morumbi, entrou aos 12 minutos do segundo tempo jogando pela primeira vez no profissional e, cerca de 20 minutos depois, fez o gol que deu a vitória para o Atlético.

Pode não ser nada, mas mostrou que tem estrela.

É interessante também notar que o time do Galo que terminou o jogo tinha seis jogadores com cerca de 20 aos e criados nas divisões de base. Parece que é o caminho que sobrou e tomara que continue seguido, até porque os grandes times do Galo sempre foram feitos com jogadores da casa.

Sobre o Sampaulo, nada a declarar, apenas que é um time que vai sofrer muito neste campeonato e também acho que o Muricy (destaque-se injustamente) não deve durar muito.

Aliás, é interessante ver como a imprensa vive louvando em discursos a continuidade dos técnicos, mas é a primeira a ficar pedindo cabeças quando os resultados não vêm. Ouvi o jogo pelo rádio, na CBN, e eram só críticas ao técnico, que, segundo eles, escalara errado, mexera errado, a torcida pedia sua cabeça etc. A ira era enorme, até parece que estavam mais raivosos com a derrota que os próprios torcedores.

Isenção, ah, isenção....

O Corinthians e as garrafas vazias

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A rodada foi boa para mim nesse fim de semana. O Corinthians ganhou, o Parmera empatou em casa, Santos e São Paulo perderam. Foi divertido.

Vi o jogo do Corinthians e não tenho nada a dizer que a grande mídia não tenha dito: primeiro tempo horrível, com erros de passe inviabilizando a saída de bola, segundo tempo melhor (méritos ao Carpegiani pela bronca no intervalo). O América RN é um time fraco, bem fraquinho, e tem boas chances de acabar rebaixado.

O blog parceiro Retrospecto Corintiano destaca que os próximos jogos do Timão devem mostrar com mais clareza o verdadeiro potencial do time. Pega o Paraná Clube, que começou muito bem o campeonato; o Botafogo, vice-líder e espécie de sensação-frustrada do país no momento, muito elogiado por seu futebol, mas sem ganhar nada até agora; e o arqui-rival Palmeiras.

São jogos importantes mesmo, que serão testes mais difíceis que os até agora enfrentados pelo time em formação do alvinegro. Santos e Cruzeiro foram clássicos, mas as circunstâncias (disputa da Libertadores para o primeiro, time horrível no caso do segundo) atenuaram a dificuldades das pelejas.

No entanto, pode ser muito cedo para prever qualquer coisa. O campeonato ainda não me parece nada estabilizado, e talvez continue assim por um bom tempo. Os times estão muito nivelados, e quem poderia estar um passo à frente pelo passado recente (Santos, São Paulo e Grêmio, principalmente), começaram mal por estarem participando da Libertadores, o que no mínimo ainda as definições do campeonato por mais duas semanas.

Mas o São Paulo não absorveu bem a desclassificação, e o mesmo pode ocorrer com o Santos, que ainda perde seu principal jogador (Zé Roberto) e ficará sem Kleber e Maldonado durante a Copa América. O São Paulo também perde Josué e Alex Silva, o que vai atrapalhar. E ninguém sabe como o Grêmio pode reagir a uma eventual derrota para o Boca.

Além disso, outros times perderão jogadores para as seleções sub-20 e sub-17, que tem umas coisas para disputar. O Corinthians, por exemplo, fica pelo menos sete jogos sem William, seu principal organizador.

Enfim, a coisa está bem embolada e não deve mudar nos próximos dois meses, mais ou menos. Talvez, só no segundo turno tenhamos uma contabilidade mais clara das garrafas vazias de propriedade de cada time. Pelo jeito, ninguém vai vender no atacado, a decisão vai ser no varejo. Espero que o Corinthians continue vendendo as suas.

PS (inserido depois da publicação).: Quase esqueci de comentar o passe de peito do Zelão para o gol do Marcelo Oliveira, primeiro do Timão. Impressionante para um zagueiro.

Mesa Redonda revela: São Paulo tem maior torcida da Parada Gay

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Ontem perdi meia hora da minha vida assistindo a Flávio Prado e companhia no Mesa Redonda da Gazeta. O principal motivador desse desperdício de tempo vital, além de certa insônia, curada com uns goles de um vinho Góes que meu pai tinha lá, foi aguardar os resultados de uma pesquisa sobre a preferência clubística dos participantes da Parada Gay, que ontem teve público recorde.

Foi consenso na mesa, de que fazia parte meu colega de torcida (fazer o que?) Roberto Citadini, que o Corinthians deveria repetir a vitória do ano passado ( da qual não sabia). No entanto, a tosca e nada científica pesquisa (uma urna foi colocada na concentração da parada e o Osmar Garrafa ficou fazendo barulho pra encaminhar gente pra opinar. Devem ter recolhido umas 300 opiniões entre 3,5 milhões de participantes do evento) surpreendeu: deu São Paulo na cabeça, bem à frente dos outros competidores.

Os números aproximados (não anotei) foram:
São Paulo – 41%
Corinthians – 24,1%
Palmeiras – 14,6%
Santos – 14,3%
Outros – 4,5%
Nenhum – 1,5%

Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Dou o braço a torcer: o Mauro Beting tem razão

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Começo a acreditar no que nos disse o Mauro Beting lá no Bar do Vavá, sobre o São Paulo: Muricy Ramalho perdeu mesmo o comando do elenco e não deve durar muito. Nem sou dos que o consideram "burro", "fraco" ou "incompetente". O conjunto de sua obra ainda é melhor que as recentes mancadas seqüenciais. Porém, quando o técnico perde a ascendência sobre os atletas e o time começa a cair, não tem retrospecto que segure. Meu palpite é que a cabeça do Muricy vá rolar em menos de um mês, após derrota em um dos clássicos que se avizinham, contra Santos (na Vila) ou Corinthians (no Pacaembu). Mais provável que seja na segunda ocasião.

sábado, junho 09, 2007

O profissional

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Ainda há quem não aceite que o futebol é, sim, um negócio profissional. O Brasil ainda não sabe conviver com o fato. Tem jogadores que recebem altos salários, cotas de patrocínios polpudas e, ao mesmo tempo, clubes juridicamente e administrativamente tratados como meras associações de bairro, em uma contradição das mais amplas.

De qualquer modo, para muitos aqui chamar o futebol de "profissional" é uma ofensa das piores. Espera-se que jogadores amem a camisa, chorem nas derrotas, desprezem os rivais, e por aí vai. Com esse hibridismo doentio que vivemos, há realmente margem para esse tipo de coisa.

Aí o Santos contrata Zé Roberto, principal jogador do Brasil na Copa de 2006. E a partir daí arrisco a dizer que o "profissionalismo" no futebol nacional ganhou outros parâmetros.

Zé chegou ao Santos ganhando um salário altíssimo. Não fez juras de amor à camisa santista. E, logo nos primeiros meses de clube, já sugeria que sua estada no Santos seria curta. O que ele vislumbrava mesmo era uma volta à Europa.

E o que aconteceu? Zé Roberto jogou muita, muita bola! Foi o melhor jogador do Brasil nesse primeiro semestre. Caso jogasse mal, choveriam contra ele adjetivos como "comprado", "mercenário", "vendido" e por aí vai.

Esse sim é o profissionalismo que precisamos. E, com base nesse exemplo, acredito que seja possível.

sexta-feira, junho 08, 2007

Lula, Chávez etc

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Tendo sido citado no post abaixo, do Anselmo, manifestar-me-ei!. E, amparado no artigo 5° da Constituição, também por meio de um post!

Veja, companheiro Anselmo, que no meu curto post, linkado no seu, em nenhum momento eu mencionei o problema da RCTV ou da posição de Senado e mídia brasileiros contra o Chávez (temas específicos mencionados nos comentários). E acho que Chávez tem o direito legítimo como chefe de Estado (a Constituição lhe garante) de não renovar a concessão da tal RCTV. Ponto.

Mas acho também que às vezes o Chávez adota posições politicamente exgeradas, algumas até bobas, que entrarão mais no folclore do que na biografia de um grande estadista (daí a citação da "Imortalidade" de Milan Kundera, pra dar um toque literário que me veio à mente). Ir à tribuna da ONU e dizer que ali está cheirando a enxofre (em alusão à presença de Bush) é legal, eu mesmo achei ótimo.... mas, e daí? Tudo bem, eu apóio Chávez, mas como dizia a minha avó baiana (por parte de mãe): “nem tanto ao céu, nem tanto à terra”.

Acho a presença de Chávez importante no contexto atual da América Latina, mas que tenha calma e sabedoria. Há complexidades nacionais e internacionais que ele tem que respeitar.

As diferenças são imensas, não dá pra comparar etc (beleza!), mas só lembrando: o general egípcio Nasser achava que “tava podendo”, que reinava no Oriente Médio, que podia fechar o acesso de Israel ao oceano, e deu na Guerra dos Seis Dias, que aliás comletou 40 anos esta semana. (Pronto, viajei.)

Voltando à América e aos dias de hoje, há por exemplo uma disputa acirrada nos bastidores diplomáticos entre os governos brasileiro e venezuelano (o Banco do Sul é um dos temas em questão). E me parece que a posição do Brasil (exigir ser tratado como interlocutor na medida da importância do Brasil) foi dura e necessária, deixou claro que não aceita ser tratado como personagem secundário em assuntos importantes para a América do Sul. Segundo o jornal Valor de mais ou menos um mês e meio atrás, o governo brasileiro (leia-se Celso Amorim e Guido Mantega) falaram grosso pra todo mundo ouvir, e isso ninguém desmentiu. O que a mídia divulgou sobre a polêmica Lula/Chávez/RCTV/senado brasileiro foi uma espécie de coluna social de editoria internacional, mas há coisas sérias no pacote, pode ter certeza.

Enfim, hoje é saxta-feira. Como tô meio avesso a falar de futebol e cansei de falar de política, vou cuidar do fígado num bar aqui perto.

Pra não dizer que não falei de argentinos

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É certa a dor a até revolta de santistas deste blog, mas ontem aconteceu outra seminfinal da Libertadores. Como ninguém postou, lá vou eu.

Primeiro o inusitado: havia tanta névoa que nem todas as câmeras colocadas em campo davam conta de mostrar nem onde estava a bola. Para mim, a identificação de que time estava com ela só era possível por causa da faixa amarela da camisa dos argentinos, que aparecia. De resto era só "achismo". E ontem nem tinha como criticar o Luiz Carlos Júnior na transmissão do SporTV, quaquer coisa que falasse valia, porque ninguém enxergava mesmo. Nem ele, deve ter abusado do "chute"...

No jogo, o Cúcuta, que vi jogar pela primeira vez, caiu no erro de entrar todo na defesa, esperando evitar os 2 a 0 necessários para os portenhos. Resistiu bem até o gol salvador de falta de Riquelme. Aliás, é interessante notar que até aquele instante o melhor jogador do time não tinha feito muita coisa. Mas, quando teve a chance, não perdoou.

No segundo tempo, os argentinos voltaram marcando pressão no campo e ataque e o Cúcuta quase não fez mais nada. Só depois do segundo gol saiu para buscar a salvação, mas nada. Se bem que nos 3 a 0, no final do jogo, houve lance duvidoso, que poderia ser pênalti para os colombianos e levar a decisão para as cobranças alternadas. Mas, como sempre, na dúvida o juiz apitou para o mais forte e aos colombianos só sobrou reclamar.

Agora, na final entre dois times argentinos (ops), palpito que o do outro lado do Rio da Prata leva vantagem. Basicamente porque tem um jogador que desequilibra (Riquelme) e também por um estilo que parece não estar nem aí para o jogo e, quando você vê, eles estão fazendo o resultado que precisam. Vamos ver...

De fiéis e ironias

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Aderindo à onda anticlerical (iniciada com a vinda do papa Bento XVI para o Brasil) desse blog, destaco a ironia de fatos recentes envolvendo a Igreja Renascer. Ontem, cerca de 3 milhões, segundo a PM, ou 4 milhões, segundo os organizadores, de fiéis participavam da Marcha para Jesus, promovida todos os anos em São Paulo. Os fundadores da igreja, Estevam e Sonia Hernandes, pela primeira vez não puderam estar presentes fisicamente. Porém, a dupla apareceu via satélite, direto dos Estados Unidos, onde estão em prisão domiciliar, num telão armado na Praça da Força Expedicionária, em Santana, na zona norte de São Paulo. E, claro, estavam em espírito com seus fiéis defensores.

Hoje, os bispos se declaram culpados de tentar entrar no aeroporto de Miami com dólares não declarados e mentir para as autoridades alfandegárias dos EUA. A confissão faz parte de um acordo com o promotor estadunidense Richard Boscovich, confirmado por Luiz Flávio Borges D'Urso, advogado dos Hernandes no Brasil. O arranjo, não divulgado integralmente, dispensa o casal de ir a um julgamento no qual, pelas leis de Tio Sam, poderiam ser condenados a até dez anos de prisão. Agora, a Justiça dos Estados Unidos deve estipular uma sentença para o casal em agosto. Eles podem passar até seis meses na prisão, seguidos de outro semestre de condicional.

E o Nassif não discorda

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Há alguns dias, foi postado aqui elogio à postura de Luiz Inácio Lula da Silva por sua posição de estadista em oposição à blasanadora atitude de Hugo Chávez.

Eis que Luis Nassif, em seu blog, comenta a entrevista do presidente brasileiro à Folha de S.Paulo. Alguns trechos para dizer que o título do post do Futepoca é rigoroso:

A entrevista de Clóvis Rossi com Lula, hoje na "Folha" mostra, em termos de política externa, a envergadura da ação de Lula, a objetividade em saber o que é interesse nacional, a naturalidade com que transita na cúpula mundial. Tem clareza sobre a importância do Brasil na mudança da matriz energética.

Mesmo sua entrevista sobre a não renovação da concessão da
RCTV, na Venezuela, mostra uma segurança invejável para colocar as críticas e a defesa, entendendo perfeitamente até onde pode-se ir para não atrapalhar os planos de integração econômica do continente. Habemus política externa, sim, mesmo não produzindo resultados imediatos, como pretendem muitos.
Rigoroso, porém, com brecha para o oposto. Não entendeu? Eu tampouco.
Se, no plano da política econômica interna, Lula tivesse a mesma clareza sobre os chamados interesses nacionais, teria sido o estadista de que o país necessita.
O jornalista mostra disposição em concordar com o governo, o que não é um problema. Ele acredita que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pode "minorar essas perdas", ao organizar a bagunça, listar projetos e definir modos de acompanhamento para melhorar o processo.

Depois de ler os últimos textos e comentários que escrevi no Futepoca sobre política, concluo, pois, com auxílio do Conselheiro, que estou mais na oposição do que outros. Pelo menos há menos vontade de ser situação. Essa vontade só não desaparece por completo, porque não é confortável o limbo da falta um bloco na oposição em que o incômodo seja menor do que estar na sustentação do governo.

Então, vou pro bar procurar definições políticas.

Cachaça dá Samba

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Cachaça dá Samba é um disco lançado pela DeckDisc – a gravadora 100% independente segundo seu próprio slogan – na terça-feira, 5 de junho, no Teatro Rival, no Rio de Janeiro. A missão de Alfredo Del-Penho e Pedro Paulo Malta é nobre: compilar canções que tenham a chambirra como musa inspiradora, compostas durante o século XX. Em outras palavras, são músicas que poderiam figurar na editoria "Som na caixa, manguaça".

As 14 faixas, o mesmo número das edições até o momento, da editoria mantida pelo Marcão. Porém, apenas É bom parar, de Altamiro Carrilho, também está entre as destiladas do Futepoca.

À lista:

1 - Ai, Cachaça! / Bebida, Mulher e Orgia
2 - Quem Não Sabe Beber
3 - A Verdade é Pura
4 - O Pingo e a Pinga
5 - Malvada Pinga (moda da Pinga)
6 - Delírio Alcoólico
7 - Por Esta Vez Passa
8 - Maria Fumaça
9 - Prá Esquecer
10 - É Bom Parar / Quem Mandou Você Beber/ Não Deixarei de Beber
11 - Moenda Velha
12 - Baranga Das Dez, Broto Das Duas
13 - O Que me Dão Pra Beber / Beberrão
14 - Deixa-me Beber / Cachaça

O duo andou gravando pela Biscoito Fino o Dois bicudos, em 2004, bastante elogiados à época, embora eu nunca tenha escutado. O novo Cachaça dá samba sai a R$ 21,90, com frete em torno de R$ 5, ou R$ 1,69 a faixa, na página da gravadora que redireciona para o Imusica (só as faixas 2, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 disponíveis).

O projeto gráfico é previsível, quiça obrigatório: rótulos de aguardentes de outros tempos.

Foto: Divulgação Deckdisc
Som na caixa, manguaça.

Henry Sobel novamente

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A TV Record divulgou com exclusividade imagens de Henry sobel furtando gravatas nos EUA e também sendo detido pela polícia.

A reportagem diz ainda que não é o primeiro evento do tipo que Sobel se envolve. Em 1995, ele foi acusado de furtar um cachecol e, em 2003, de furtar uma camiseta, ambos os acontecimentos em Palm Beach. Sobel nega.

A raça e a técnica

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Curioso ver como quando os times "raçudos" vencem, adiscussão raça/técnica volta com força. Para muitos, até hoje, a seleção perdeu a Copa de 2006 porque não teve "raça". Dane-se o conjunto, jogadas ensaiadas, esquema tático. Se tudo isso estava errado, a tal virtude mística pode compensar.

Existem várias confusões embutidas dentro dessa discussão. Além da técnica não excluir a raça e vice-versa, há outras armadilhas pelo caminho. Por exemplo, a diferença entre um time ofensivo e outro que joga bonito. Grosso modo e acacianamente falando, o primeiro é o que privilegia o ataque sobre a defesa; o segundo, o que dá gosto de ver.

Tem times que combinam as duas coisas. O Santos de Diego e Robinho em 2002/2003, por exemplo, ou o Palmeiras dos cem gols de 1996. O São Paulo de Telê não era tão ofensivo, se calcava fundmentalmente em contra-ataques, mas com o conjunto e a técnica dos jogadores fazia cada partida ser muito legal de ver. Como a própria seleção de 1982, para mim, não era nenhum primor de ofensividade (alguém lembra do personagem de Jô Soares que pedia "bota, ponta, Telê"?), mas que jogava bonito, jogava.

Outros são ofensivos e não dá gosto de assistir. Klinsmann na última Copa montou uma equipe que atacava muito, já contando com o fator casa no seu esquema, mas nem era um colírio para os olhos e acabou caindo diante de uma seleção que soube se defender e esperar pra dar o bote.O fato é que hoje, qualquer time que jogue um pouquinho só bonito, já chama a atenção. Quem não lembra de ter torcido pra Camarões no medíocre Mundial de 1990 ou admirar Hagi e sua Romênia em 1994? Um Zé Roberto e um time que joga pra frente como o de Luxemburgo tem efeito menor, mas parecido (sempre descontando-se os rivais que sempre querem ver seus desafetos perderem, o que também é do ludopédio), aquela coisa de "bom, ainda dá pra assistir futebol".

Voltando à semifinal da Libertadores como parte de tratamento terapêutico, no primeiro jogo o Grêmio fez um gol de um pênalti inexistente e contou com o desequílibrio da zaga que sentiu o golpe no segundo gol. Tirando isso, Fábio Costa teve que fazer apenas duas defesas, de chutes de longa distância. Na segunda partida, além do gol, novamente o goleiro santista teve que fazer só duas defesas, de novo de chutes de longa distância.

É assim o tricolor gaúcho de hoje: seu ataque são cruzamentos e chutes de longe. Podem ver os teipes. No mais, bate muito (no total das duas partidas, o triplo de faltas em relação ao Santos) e se defende.Quem assistiu à partida entre Boca e Cúcuta pôde ver a enorme diferença. Os argentinos, com Riquelme e Palacio, aliam ofensividade a um estilo de jogo bonito, e massacraram o mesmo Cúcuta que não foi superado pelos gaúchos na primeira fase. Fizeram três, tiveram mais um legítimo anulado e, se não fosse o ótimo goleiro rival, teria feito uma goleada digna de nota, oito ou nove gols não seriam exagero.

Por isso, a final da Libertadores vai opor duas escolas distintas, de sinal trocado. O Boca é o Brasil na Libertadores. Representa mais a tradição canarinho do que esse Grêmio que é, como lembra o Edu, argentino entre os torcedores e uruguaio no futebol. Pode até ser dor de cotovelo, mas pra mim é isso.

Pra não falar que não falei dos gaúchos

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Falcão, no Inter de 1979
(Sobre campeonato Brasileiro e Libertadores)

Vi jogar (pela TV, porque era muito moleque) o Internacional de Rubens Minelli, campeão brasileiro de 1975 e 1976. In loco, vi no Morumbi (Inter 2 x 0 Santos) o time de Ênio Andrade, campeão em 1979. Rubens Minelli já tinha sido campeão paulista pelo São Paulo (início dos anos 70), no estilo 0 a 0 é goleada, quando ganhou o nacional pelo Inter em 75 e 76.

Mas o time que Minelli treinou em 1975, por exemplo, era diferenciado. No Inter que bateu o Cruzeiro no Beira Rio por 1 a 0, na final nacional daquele ano, tinha jogadores como o zagueiro chileno Figueroa e um meio-de-campo formado por Caçapava, Falcão e Carpegiani. Dario, o Dadá, estava na final contra o Corinthians no ano seguinte, quando o Colorado ganhou do Timão por 2 a 0 num jogo memorável, em que o sol atrapalhava a transmissão da TV.
O Grêmio que venceu o São Paulo em 1981 por 1 a 0, no Morumbi, tinha como destaques Leão no gol, De Léon na zaga, Wilson Tadei no meio de campo e Paulo Isidoro, Tarcísio e Baltazar entre meio campo e ataque.
O Grêmio de Felipão, campeão brasileiro de 1996 contra a Portuguesa (2 a 0 no Olímpico), tinha Arce, Mauro Galvão, Émerson, Carlos Miguel e, na frente, Paulo Nunes, o craque do ataque. Francamente!

Em resumo, o Inter tem três títulos brasileiros (1975, 1976, 1979) e o Grêmio dois (1981 e 1996). O Tricolor tem duas Libertadores (!983 e 1995), o Colorado uma (2006).
Eu prefiro o Inter dos anos 70. Quem viu, sabe quão reducionista e tola é a dicotimia “colocada” (desculpem o termo) pelo Cléber Machado e pelo Casagrande na transmissão de Santos e Grêmio (o que é mais importante na Libertadores, raça ou técnica?). O grande time do Inter dos anos 70 não ganhou nada no continente. Já o Grêmio, que tenta ser argentino nas arquibancadas e é uruguaio no futebol, venceu a Libertadores duas vezes.
E é assim, Libertadores. O Palmeiras de 1972 e 1973, e de 1993 e 1994 não ganhou. O Inter de 1975, 1976 e 1979 também não. O Corinthians de 1998 e 1999, idem. Só aqui tem nove grandes times que perderam a Libertadores.

Enfim, parabéns ao Grêmio. Mas que futebolzinho horroroso.
Analogia: a vitória da Itália sobre o Brasil em 1982 fez com que o futebol de resultados, de marcação, feio, imperasse por longo e tenebroso inverno.

quinta-feira, junho 07, 2007

Juro constitucional ou crime de usura

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Enquanto o Banco Central Europeu elevava em 0,25 ponto percentual a taxa de juro da zona do Euro – o maior desde 2001 –, o da Inglaterra mantinha o patamar. Respectivamente 4% e 5,5% ao ano.

Ah, sim, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, reduziu a meta da taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) em 0,5 ponto percentual. Foi um avanço comparado ao ritmo de corte da reunião anterior. E o Mercado não compareceu ao bar do Vavá para se explicar por que cinco diretores votaram a favor contra dois que preferiam manter a cautela.

Em termos nominais, o país está em 7º num ranking nada grato dos campeões de juro nominal. No lugar em que estão Turquia (17,5%) e Venezuela (16,5%), do gabarola Hugo Chávez, o Brasil já esteve no fim da década de 90. Em juros reais, descontada a inflação, ainda não tem para ninguém: 8,3% de juro base.

As contratações de empréstimos no mercado financeiro cresceram horrores em 2006, e dão mostras de que vão continuar aumentando.

Nominalmente, são 12% ao ano de Selic, com inflação anual estimada em 3,7%. Não confundir com os 12% previstos no terceiro parágrafo do artigo 192 da Constituição de 1988, que previa a proporção como teto de juro real aplicado a qualquer contrato. Se passasse, além de inválido para qualquer contrato, seria crime de usura.

Mesmo depois de redução anunciada pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco, deixa uma ou outra operação – como penhor ou o crédito consignado para funcionário público na Caixa – livres da punição prevista na Carta Magna.

É, não pegou.

O meu futebol é outro

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Na transmissão de ontem da Globo, uma das perguntas do internauta perguntava "o que valia mais na Libertadores, raça ou técnica". O jogo estava um a zero para o Grêmio e Casagrande saiu dizendo que "era lógico que a raça valia muito mais". Além de ser uma falsa dicotomia, como se para ter técnica precisasse abrir mão da raça e vice-versa, esse é o primeiro efeito quando times do estilo do Grêmio saem bem sucedidos em uma competição. A respeito, fico com a opinião do insuspeito sãopaulino e assumidamente secador Menon, do blog parceiro do Futepoca que reproduzo abaixo. O meu futebol é outro.

Luxemburgo tem razão

É evidente que eu torci para o Grêmio. É lógico que, a partir de agora, o Boca é o Brasil na Libertadores, mas não se pode contestar uma frase dita por Luxemburgo, ontem após a eliminação."Defendo um estilo de jogo em que o futebol predomina. Meus times sempre jogaram assim e acredito que é possível ganhar uma Libertadores assim, jogando bem", disse.

Perfeito.. Luxemburgo ganha títulos jogando bem. Isso é fundamental. Cada vez que um desses times chamados "copeiros" ganha títulos, o futebol perde. Copeiro, para mim, era o Santos de Pelé, o Palmeiras do Ademir, o São Paulo de Telê e o Corinthians de Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho.Não se pode diminuir o Grêmio de Mano ou o outro, muito melhor, de Felipão. Mas o futebol que eu gosto é outro. No momento, representado por Juán Román

quarta-feira, junho 06, 2007

Dói

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O jogo acabou. Não faz meia hora. Tinha o ingresso na mão, mas o fechamento, esse conhecido fardo dos jornalistas, me impediu de descer até a Vila Belmiro. Restou-me torcer pela televisão. O sentimento de não poder participar não diminuía a apreensão, ao contrário, só aumentava.

Partida iniciada. Marcos Aurélio perde um gol. Sim, o arqueiro gremista fez uma excelente defesa. Mas ele está lá pra isso, né? Assim como Fábio Costa, que fez duas grandes defesas em chutes de longa distância no segundo tempo. As únicas chances gaúchas no jogo. Tirando o gol. O fatídico que tirou o Santos.

O empate de Renatinho no finzinho do primeiro tempo me devolveu esperanças. O mesmo fez o gol da virada. Tensão no ar. Muita tensão. Era curioso ver os gremistas, com dois gols de vantagem, absolutamente nervosos. Esperando pelo pior. Sentiam não somente o time, mas o clima da Vila Belmiro, que só quem nunca foi até lá ignora o que é disputar uma partida ali. Como dizia o pseudo-filósofo Viola, "o time adversário entra na Vila e vira Miojo. Pode entrar duro, mas fica mole".

O Grêmio amoleceu. mas tinha quatro gols de vantagem. Ainda assim, tremeu. Não, não foi o suficiente. Mas torneios eliminatórios são assim. O Grêmio é superior ao Santos? Não. Foi nos dois jogos? Talvez no primeiro, jogou com o regulamento embaixo do braço, a mesma regra que não existia em muitos anos anteriores. Pode-se argumentar que houve um erro de arbitragem primordial, antes de qualquer outro no primeiro jogo, que prejudicou o Santos? Sim. Mas, passou. No total, 3 a 3.

Imagino quem esteve na Vila. Entristeceu, mas saiu feliz com a performance da equipe. Porque sentiu, porque vibrou, porque esteve junto o tempo todo. Não pude estar, apesar de ter estado à distância todo o tempo. Então, não fiquei feliz. Sinceramente, no momento, preferia ter perdido a ter sofrido tanto aguardando a redenção. Mas amanhã vou estar orgulhoso do Santos que não se entregou e não se apequenou. Mas agora, só me dói.

Na editora, viram o jogo comigo o atleticano Frédi e a corintiana Xamuska. O primeiro foi discreto, a segunda torceu contra o Santos, de um jeito contido que o meu nervosismo e minha diferença de 30 centímetros de altura e de outros tantos quilos permitiu a ela torcer. Não reclamo de ter visto o jogo com eles. Mas preferia estar com santistas pra derramar as lágrimas que verti no banheiro pra não passar vergonha de macho que não chora.

De novo, a Ana Paula

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Foto: reprodução SportTV
Essa é uma informação chupada da internet, mas merece. Segundo o site LanceNet, do jornal Lance!, a Comissão Nacional de Árbitros está investigando o patrocínio da assistente Ana Paula Oliveira, que é patrocinada pela Umbro. Detalhe: essa empresa de material esportivo também está no uniforme do Figueirense.

O time de Santa Catarina eliminou o Botafogo nas semifinais da Copa do Brasil. Ana Paula, que “bandeirou” aquele jogo, anulou equivocadamente dois gols do time carioca, que acabou fora do torneio mesmo vencendo por 3 a 1.

Ainda de acordo com o Lance!, o presidente da Comissão Nacional de Árbitros, Edson Resende, disse que a bandeirinha agiu errado ao assinar o patrocínio. “Ela [Ana Paula] me disse que tinha assinado com a Umbro em março e que não sabia se tinha o impedimento. Ela consultou a Federação Paulista, mas não a CBF”.