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quinta-feira, setembro 30, 2010

Marcos Assunção salva e Palmeiras bate o Inter

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Jogando ao mesmo tempo em casa e fora de casa, o Palmeiras venceu o Internacional de Porto Alegre na quarta-feira, 29, por 2 a 0. Ambos os tentos verdes foram assinalados por Marcos Assunção, de falta no lado esquerdo da intermediária. Na Arena Barueri como mandante da partida, o Verdão alcançou a terceira vitória seguida, feito inédito no campeonato.

Antes, venceu o Flamengo no sábado, por 2 a 1, e o Grêmio Prudente, por 1 a 0.

Mais surpreendente, Valdívia criou duas boas chances de gol para Kléber, que perdeu três oportunidades. Um feito interessante para a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, ainda sem meias e com poucas opções de escalação.

O time do Inter jogou menos do que em partidas anteriores. Tudo seria diferente se Deola não tivesse feito uma defesa à lá Marcos, o Goleiro, em cabeçada de Edu. Ou se Leandro Damião tivesse acertado o chute na primeira etapa.

Quando os visitantes mostravam porque não arredariam da quarta posição no campeonato, Marcos Assunção começou a cobrar faltas. Errou a primeira, mas acertou a segunda. E também a terceira – com ajuda do morrinho artilheiro, que tirou definitivamente Renan da bola.

A próxima partida do time é contra o Santos. Se, no Paulista, o alviverde venceu e forjou a zebra em uma época em que passava por crises, resta saber se vai ter futebol para manter a boa e inédita fase no campeonato.




Que coisa

Foi só eu não conseguir tempo para assistir três jogos seguidos do Palmeiras que, não deu outra, três resultados positivos. Pé frio? Em minha defesa posso alegar que o palmeirense e candidato a segundo colocado na eleição presidencial, José Serra (PSDB) não menciona as partidas do time no Twitter. Coincidência? Medo.

Foi só o Luiz Gonzaga Belluzzo assinar sua licença da presidência para ser submetido a uma cirurgia cardíaca que o mantém internado há uma semana, que seu vice, Salvador Hugo Palaia, fez um auê no clube. Ele fica apenas 45 dias no cargo – até que o economista melhore – mas mandou Gilberto Cipullo, vice-presidente de futebol, embora, além de outros dois diretores. Tudo isso perto da eleição (do clube, em janeiro, quando o atual presidente já falou que não concorre e Palaia é candidatíssimo). Coincidência? Sabotagem?

quinta-feira, agosto 19, 2010

Inter leva a Libertadores por 3 a 2

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E deu Inter de Porto Alegre na final da Libertadores, de virada, sobre o Chivas Guadalajara. O segundo título continental do Colorado coloca o time ao lado de Santos, Cruzeiro e Grêmio. Gols de Rafael Sóbis, Leandro Damião e Giuliano garantiram o 3 a 2 para o time da casa. O gol marcado no fim do primeiro tempo por Fabián deu mais dramaticidade ao Beira-Rio, mas nada que matasse torcedor do coração – talvez porque eu não tivesse nenhum colorado por perto.

Dez em cada dez secadores de plantão alimentavam poucas e vãs esperanças de sucesso no intento de querer bem aos mexicanos. Muitos paulistas já consideravam que o caneco havia sido conquistado na semifinal, contra o São Paulo, mas ter saído atrás no marcador nas duas partidas indicam que as coisas não foram tão simples. O começo cheio de nervosismo e o gol sofrido pelos gaúchos na noite de quarta-feira permitiriam levar a partida para a prorrogação, já que a diferença de gols marcados fora de casa não conta na final do torneio. Mas logo as coisas se resolveram.



Ao final, o capitão Bolívar, autor do segundo gol vermelho na partida de ida, em Guadalajara, levantou a taça da Libertadores da América. Com o general Símon Bolívar entre os homenageados pelo nome da competição, a menção trocadilhesca é praticamente inevitável. Quando Pelé apareceu de paletó vermelho, alimentei uma esperança de ver Hugo Chávez – ou outro representante da República Bolivariana da Venezuela – entre os celebrantes da conquista.

Sóbis foi heróico ao empatar. Seu substituto, Leandro Damião, ainda fez o segundo, numa arrancada de meio campo. O último gol do Inter, também em contra-ataque, e o segundo do Chivas foram coadjuvantes.

Ficou feia a confusão que se deu entre jogadores de ambas as equipes, mas só para quem não estava envolvido emocionalmente com a conquista. O mundo ainda é mais bonito para piás, gurias e guascas adeptos do Internacional porque o Grêmio está a um ponto da zona de rebaixamento no Brasileirão.

Para a nação colorada, é hora de ir para o bar. Ou, como entoava a paródia de "Pelados em Santos" cantarolada nas arquibancadas, com "minha camisa vermelha, com a cachaça na mão", o Inter é campeão.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Líder e secador

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Por Moriti Neto



Nesta quinta, o São Paulo acordou líder do Campeonato Brasileiro e, para dormir na primeira posição da tabela, resta assumir declaradamente a função de secador de Palmeiras e Atlético Mineiro. Que a zica do Verdão continue frente ao Goiás e que o Fluminense, com a motivação de continuar respirando os ares da Série A, apronte com o Galo.

É duro secar. Depois de sofrer pelo próprio time, o secador tem que torcer por outras equipes em benefício do clube que ama. É sofrimento em dobro, triplo ou mais se a competição for tão disputada quanto esta. Mas quem disse que era fácil?

São Paulo x Inter

Ontem, no Morumbi, em partida que começou com muita marcação, o São Paulo pressionava a saída de bola do Internacional, que, por sua vez, buscava os contra-golpes. O primeiro tempo foi uma correria só e não houve superioridade. E quando a coisa dava pinta de que as equipes desceriam para os vestiários com o 0 x 0, eis que, no último lance da etapa inicial, Hernanes bateu mal um escanteio, a zaga do Colorado foi pior ainda, e Washington fez o que mais sabe fazer, ou seja, empurrar a bola até as redes. O centro-avante, criticado por muitos, foi comemorar no símbolo do Tricolor, próximo da lateral do campo, levando à loucura os mais de 34 mil torcedores que compareceram ao Cícero Pompeu de Toledo.

Nos 45 finais, os paulistas esboçaram alguns ataques logo após o retorno ao gramado, mas os gaúchos partiram para a ofensiva e mantiveram a bola rondando a área são-paulina. Foi uma chuva de cruzamentos colorados e, ainda bem, Miranda, André Dias e até Renato Silva estiveram inspirados, ganhando quase todas pelo alto.

Não há dúvida de que o Tricolor recuou no segundo tempo, mas ao menos não faltou aplicação. O time foi compacto, aguerrido, e todos contribuíram na marcação. Considerados os confrontos contra Santos e Inter, parece que o espírito letárgico mostrado nas partidas com Coritiba. Flamengo e Atlético está exorcizado.

Os salvadores

No final da partida, Washington deixou claro que deseja ficar no elenco e que podem, sim, cobrar dele, mas com o entendimento de seu papel no time, jogando dentro da área. Aliás, o homem é o artilheiro são-paulino no ano com 26 gols em 51 jogos. Simplificando: a cada duas partidas, ele anota um tento. Nada mal para quem viveu quase a temporada inteira na briga pela posição com Borges.

Certos acontecimentos justificam o velho ditado: “há males que vem para o bem”. Bosco foi decisivo ontem. Fez três defesas importantíssimas para garantir a vitória. Com todo respeito ao Capitão, Simon, no jogo passado, talvez tenha feito um favor ao expulsá-lo. Vai saber se Rogério seria, ontem, o “homem certo no lugar certo”, assim como seu reserva.

Bicho matreiro

Fazendo jus ao apelido que carrega, o Cruzeiro vai chegando devagarzinho. Recuperou-se da derrota na decisão da Libertadores, das desavenças internas, principalmente com Kleber Cotovelo, e já tem a melhor campanha do segundo turno.Além disso, o elenco é bom e pode aprontar uma das grandes como fez o próprio São Paulo em 2008. Enfim, deixar Raposa tomando conta de galinheiro...

Será que foi mesmo tão diferente?

O comentário geral indica que esta edição do campeonato é a mais equilibrada da era de pontos corridos. Muitas teorias defendem que a competição deste ano é diferente por causa do nivelamento. Fiz uma pesquisa e descobri algo que vale reflexão. Exatamente na 32ª rodada, o torneio do ano passado tinha a seguinte classificação: Grêmio com 59 pontos, São Paulo com 59, Palmeiras e Cruzeiro com 58, e Flamengo com 56 estavam entre os cinco primeiros. Há realmente tanta diferença assim?


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

domingo, setembro 13, 2009

Palmeiras briga mas perde. Inter também

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No Barradão o Palmeiras perdeu para o Vitória por 3 a 2. O alviverde só manteve a liderança porque o Inter de Porto Alegre foi derrotado pleno Cruzeiro em pleno Beira-Rio, pelo mesmo placar.

O resumo da rodada é que o São Paulo tem o mesmo número de pontos que o Colorado, 43, um a menos do que o líder Palmeiras. Como a próxima rodada tem o confronto dos Palestras, em Minas Gerais, precisará errar menos do que neste domingo para seguir na ponta. No confronto dos atléticos, deu o mineiro, que é quarto.

Em Salvador, o Vitória saiu na frente com Uellinton, aos 19. Seis minutos depois, Obina sairia contundido para entrada de Robert, autor do gol de empate aos 40 do primeiro tempo. Era o pior momento do jogo para os visitantes, mas o gol saiu. Na segunda etapa, Neto Berola, aos 26, e Derlei, aos 39, ampliaram. O mesmo Robert diminuiu aos 43.

Ortigoza poderia ter empatado nos acréscimos, mas desperdiçou.

A apresentação mostrou limitações de elenco, já que sem Diego Souza, o time perde a principal arma quando atua fora de casa. Cleiton Xavier sozinho não faz milagre (não todo jogo). Pierre não atua mais na temporada, o que também vai sempre significar menos desarmes – não necessariamente menos gente na marcação, afinal o time foi cheio de volantes.

Não é todo jogo que a eficiência é grande. Pelo volume de jogo que se apresentou, a derrota foi merecida. Mas se mostrar erros na zaga como os de Marcos e do restante da defesa nos lances de gol, poderia até ter dominado as ações que sairia com o resultado ruim. Que só não foi pior pela "ajuda" do Inter.

Tem time bobeando no topo da tabela.

quinta-feira, setembro 03, 2009

Jogo de dois tempos

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Galo e Inter fizeram uma partida que pode ser claramente dividida em duas etapas. Na primeira, o time de Minas marcou muito bem e perdeu duas chances claras de gol. Na frente do goleiro, Rentería chutou por cima e Tardelli foi travado ao demorar muito para chutar. Aliás, parece que ainda não voltou do amistoso da seleção.


O inter finalizou apenas uma vez. Vale o adágio, jogou como nunca, para encerrar a partida perdendo como sempre. Mérito, no primeiro tempo, para o Roth, que jogaria com três zagueiros, mas mudou pro 4-4-2, dando sufoco nos gaúchos.

Como alegria de atleticano dura pouco, no segundo tempo Tite voltou com D´Alessandro no lugar de um dos três zagueiros e matou o jogo em 10 minutos, o primeiro gol saiu aos 5", o segundo aos 7" e, o terceiro, aos 15". Com toque de bola de um lado para o outro e grandes cruzamentos do Kleber, lateral que parece ter voltado a jogar.

Daí vem outra máxima, técnico, como juiz, a gente nunca pode elogiar. Reflexo do que ocorre em campo, porque quando toma um gol o time do Galo se perde completamente, Roth também fez das suas. Trocou o lateral direito Felipe, de 17 anos, por mais um volante. Depois, tirou Renan Oliveira, o mais lúcido na criação, e pôs Pedro Oldone (chamado pela torcida de Pedro, o cone). Para encerrar, com o time perdendo de três, tira um atacante para pôr mais um zagueiro. Medo de perder de mais e ficar sem emprego? Isso responde por que às vezes o time é tão covarde em campo.

Resta ganhar do Santo André no domingo para não despencar ainda mais na tabela e esperar a estreia das contratações e a volta dos jogadores contundidos. Se não, é só fugir do rebaixamento mesmo.

Quanto ao Inter, começou a jogar como campeão, como se esperava desde o começo do campeonato. Edu, contratado agora, entrou muito bem no time.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Domingo teve de tudo, menos futebol

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Até poderia ser, mas não é uma crítica à qualidade da apresentação de São Paulo e Palmeiras pelo campeonato Brasileiro. O domingo sem futebol nada é o meu, não necessariamente o 0 a 0 sediado no Morumbi e bastante criticado por quem o assitiu. De mudança para um apê onde a energia elétrica estava cortada, não vi nada.

Claro que a transferência da mobília foi no sábado, mas ao domingo coube todo o resto da acomodação. E sem força nem poder fazer barulho, foi uma experiência nova, nada agradável, cujos detalhes nem merecem mais linhas.

Eu ainda poderia ter ido ao bar mais próximo acompanhar a partida, mas a casa de cabeça para baixo me impedia.

Mesmo assim, imaginava, eu poderia acompanhar o placar pela vizinhança e seus gritos. A única manifestação ocorreu às 13h, antes da peleja ter início, depois de estourarem fogos de artifício na região. Imediatamente após o estrondo, um vizinho gritou: "Vai, Tricolor!"

Felizmente para mim, o Tricolor não foi. Infelizmente, tampouco o Verdão resolveu, e tudo ficou como começou. Durante o jogo, o silêncio foi sepulcral.

Também teve briga de torcida, o que poderia dar outra conotação para o título do post. Mas também só fiquei sabendo disso nesta segunda-feira, 31.

Sem assunto
Tive a confirmação de a ausência de gritos da vizinhança representava um jogo morno ao escutar comentários sobre o excesso de marcação de ambas as partes, a atenção desproporcional conferida ao técnico Muricy Ramalho e até à camisa social de Ricardo Gomes. Vai ver aconteceu pouca coisa relevante durante os 90 minutos.

Muito mais futebol assistiu quem optou por Vitória e Cruzeiro ou Botafogo e Grêmio.

Como o Goiás tomou uma surra de 4 a 0 do Inter, em Porto Alegre, o Palmeiras expandiu para três pontos de vantagem sobre o segundo colocado. À frente do Colorado e do São Paulo, terceiro e quarto, respectivamente, são quatro pontos. Caso os gaúchos vençam o Atlético-MG no meio de semana para se igualar em número de jogos, a diferença será de apenas um ponto.



Na próxima partida, contra o Barueri no Palestra Itália, há a obrigação do líder do campeonato de vencer para manter a vantagem em número de pontos segura e a expectativa de estreia de Vagner Love.

Visão alheia
Ao que consta, foi um jogo de volantes. E o empate não ficou tão ruim para o Palmeiras. Apesar das poucas chances criadas, os goleiros foram destacados em coberturas de jornal, mas os jornais que vi destacaram fotos em que Diego Souza aparece marcado ou dividindo bola, aos agarrões.

sábado, agosto 22, 2009

Palmeiras reencontra vitória diante do Inter

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Os 2 a 1 do Palmeiras diante do Internacional de Porto Alegre, no Palestra Itália foi o reencontro do líder do campeonato brasileiro com a vitória, depois de quatro partidas. Não pode chamar de final a segunda partida do returno. Mas é uma vitória importante.

Para chegar aos 40 pontos, o time lançou mão do uniforme novo, azul com uma faixa branca, que substitui o verde-limão-siciliano que marcou o último ano.

Talvez o time tenha se aproveitado do empenho dos secadores gremistas, comovidos com a semelhança azulada. Talvez a referência à Itália tenha inspirado. Talvez a Cruz de Savóia no peito tenha sido o diferencial.

Ou talvez tenha sido Diego Souza nas jogadas dos dois gols, e os atacantes Obina e Ortigoza marcando gols. Bom, quando o principal jogador do time vai bem e os atacantes comparecem as coisas melhoram... Faz sentido.

A vitória recupera o time do tropeço diante do Coritiba, na quarta, e garante a equipe de Muricy Ramalho na liderança por mais uma rodada. O Inter, depois de mais uma derrota, mesmo se ganhar os dois jogos que tem a menos, não passa de 39 pontos.




O Inter apostou na defesa para tentar surpreender. O Palmeiras contava com a volta de Diego Souza
. Mas foram poucas chances no primeiro tempo. Um pênalti sofrido pelo camisa 7, que representou o nono gol de Obina aos 37 do primeiro tempo, e uma rebarba de chute do mesmo meia aproveitada por Ortigoza aos 2 da etapa final garantiram a vantagem. Juliano diminuiu para o Colorado.

Por um lado, incomoda o fato de o Palmeiras ter recuado na etapa final para evitar o empate. O time fez mais de dois gols num jogo pela primeira vez desde que Muricy assumiu, mas nada de vitória por mais de um gol de diferença.

Valem os mesmos três pontos, mas é o estilo de jogo em que o mínimo basta. A saída de Cleiton Xavier aos 12 prejudicou, mesmo que o time tenha apresentado uma formação das mais ofensivas do ano. Com o Inter mais aberto depois dos 2 a 0, houve chances nos contra-ataques, mas nada de gol. Foi a apresentação mais convincente desde que o técnico assumiu.

Que Jorginho inspire Obina e o resto do time para o desempenho no próximo domingo, contra o ascendente São Paulo.

quinta-feira, junho 18, 2009

Jogaço! Corinthians bate o Inter e fica mais perto de levar a Copa do Brasil

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Corinthians e Internacional fizeram um dos melhores jogos do ano no Pacaembu. Um jogaço mesmo, digno de final (para não fugir do chavão). Claro que ficou bem melhor da minha perspectiva pela vitória alvinegra por 2 a 0, que deu uma bela vantagem para o jogo de volta, no Beira Rio.

Foi um jogo bastante pegado no meio campo, como se poderia imaginar pelas escalações dos dois times. De um lado, Guiñazu, Magrão, Sandro e Andrezinho. Do outro, Christian, Elias e Jorge Henrique, contando com ajuda de Douglas, que correu muito, mas não foi o destaque. Mas a marcação não conseguiu evitar que os dois times tivessem boas chances de gol desde o início do jogo. Quem roubava a bola tentava imediatamente uma jogada de ataque – às vezes até com certa afobação.



O Corinthians começou melhor, o Inter equilibrou, mas quem abriu o placar foi o Timão. Jorge Henrique fez um bom giro na frente da área e viu Marcelo Oliveira chegando na esquerda. O lateral passou pelo zagueiro Danilo e teve tranquilidade para levantar a cabeça e dar um passe certeiro para o mesmo atacante botar pra dentro de primeira. Jogada bem tramada e belo gol.

O Inter pressionou bastante no fim da primeira etapa. Na segunda, o equilíbrio voltou, mas foi o Corinthians que ampliou. Douglas sofre uma falta no meio campo, pela direita. Elias cobrou rápido – e com o bola rolando, é fato – e acertou um belo passe para Ronaldo. Ele recebeu, entrou na área, olhou para o meio pra ver se vinha alguém chegando, cortou o zagueiro Indio com a direita e arrematou no canto de Lauro de canhota. Belo gol, ainda que irregular. José Roberto Wright argumentou que o juiz Heber Roberto Lopez não havia marcado a falta, porque o árbitro não sinaliza com os braços a infração. Mas dá pra ouvir o apito.

A partir de uns 20 minutos, o Inter aplicou um sufoco monstruoso no Timão que durou até a expulsão de Leandrão. Aí, foi a vez de Felipe salvar a pátria. Ele fez pelo menos três defesas brilhantes e mais algumas menos difíceis, mas cruciais. Foi o maior responsável pela vitória, ao lado de Jorge Henrique, que foi muito bem em sua função múltipla de armador, atacante e marcador. Ronaldo melhorou muito em relação aos últimos jogos – o que não chega a ser vantagem – e deixou o seu. De resto, as habituais boas atuações de Christian, Elias e Alessandro, o último mais preso na marcação pela descida constante de Taison e Marcelo Cordeiro por seu lado - e como joga o camisa 7 colorado.

Mas meu destaque especial vai para o garoto Marcelo Oliveira. Ficar dois anos parado, quase perder a perna, voltar ao time titular fora de posição e dar passe para gol não é para qualquer um. Em 2007, aos 20 anos, ele já mostrava personalidade, inteligência, noção de posicionamento e bom passe. Hoje, aos 22, depois de tudo que passou, espero grandes coisas do rapaz.

Outro fato muito positivo foram as entrevistas de Dentinho e Felipe na saída de campo. Os dois foram muito sóbrios ao lembrar a final contra o Sport no ano passado, quando a vitória em São Paulo fez o time jogar recuado e displicente em Pernambuco, levando ao final que todos conhecem. Que todos – e principalmente Mano Menezes – não se esqueçam e façam lá o que fizeram cá: jogar com vontade, concentração e buscando sempre o gol.

O Inter tem um belo time – ainda mais com o retorno de Nilmar e D’Alessandro – e vai vir com tudo em casa. Mas precisa ganhar por três gols de diferença para levar direto e o Corinthians de Mano Menezes nunca perdeu por essa diferença de gols. Se o Timão marcar um, o Colorado passa a precisar de quatro. E o pior é que eles têm condições de fazer. Vai ser outro jogaço e o resultado fica aberto até o fim dele, homenageando o Conselheiro Acácio.

quinta-feira, maio 14, 2009

Corinthians: 1 a 0 é bom, mas podia ter sido melhor

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O Corinthians foi melhor que o Fluminense durante os 90 minutos de jogo na noite desta quarta, no Pacaembu. Merecia melhor sorte do que o 1 a 0, que se é bom, poderia ser melhor.



No primeiro tempo, o Flu não viu a cor da bola. O Corinthians marcou em cima e trabalhava a bola com paciência e objetividade, o que às vezes falta. Já aos 10 minutos, Christian fez belo lançamento para Dentinho que saiu na cara de Fernando Henrique e chutou cruzado para fazer o único gol da partida. O atacante ainda meteu uma bola na trave pouco depois. Ronaldo ainda teve duas chances de ampliar, mas parou na boa atuação de Fernando Henrique.

No segundo tempo, o Tricolor voltou melhor e o Corinthians mais desanimado. O jogo ficou equilibrado e o Flu chegou a pressionar, tendo boas chances com Fred e Thiago Neves – este saiu na cara de Felipe mas chutou em cima do goleiro.

Mano Menezes trocou Dentinho por Morais e Douglas por Boquita, e a equipe melhorou. Já Parreira tirou Thiago Neves e colocou o excelente Conca, que está voltando de contusão, e sacou o atacante Michael para colocar Alan, mantendo o esquema.

O jogo ficou mais equilibrado, mas o Corinthians voltou a ter as melhores chances. Após bom passe de Ronaldo, André Santos chutou para mais uma defesa de FH. Morais e o centroavante fizeram boa tabela pela direita, mas a zaga cortou antes do chute do meia. Boquita chutou bem de fora da área e FH tirou com o pé.

E ficou por isso mesmo. O Corinthians agora pode empatar por qualquer resultado no Maracanã. Se fizer um gol lá, obriga o Flu a fazer três. Não levar gol em casa é uma boa vantagem, mas a classificação continua em aberto. Pelo que foi o jogo, podia ter sido mais. Faltou, talvez, vontade de atacar mais, especialmente no segundo tempo.

Destaque para o primeiro tempo de Dentinho, para a noção de posicionamento de Ronaldo, para a boa entrada de Morais e para a impressionante entrega de Alessandro, que correu o tempo todo e se tornou uma das principais opções para a saída de bola corintiana.

Do lado do Flu, o nome do jogo foi Fernando Henrique, comvárias defesas difíceis. Além disso, vi Fred mostrar inteligência e habilidade, jogando mais fora da área. Thiago Neves esteve apagado, mas Conca detonou. Queria ver jogando no meu time. Pena para o Flu que Thiago Neves deve sair em breve. Com Conca em forma e Leandro Amaral voltando de sua contusão, ia ficar um belo ataque.

Outros jogos

Se ainda está tudo em aberto entre Corinthians e Fluminense, no outro jogo da chave a fatura está quase liquidada. O Vasco goleou o Vitória em São Januário por 4 a 0, diminuindo muito as chances do time baiano. Mas é sempre bom lembrar que o Vitória enfiou 3 a 0 no Atlético MG na Bahia e depois recebeu de volta o chocolate em Minas. A história pode se repetir.

Na outra chave, a Ponte Preta e Coritiba empataram ontem em 2 a 2 em Campinas. Mau resultado para a Macaca, que levou dois gols em casa. E a partida mais esperada, entre Flamengo e Inter, terminou em 0 a 0. O Flamengo meteu duas bolas na trave e ainda obrigou Lauro a pelo menos uma defesa milagrosa, mas não resolveu. Não tomou gols em casa, mas vai ter que decidir no Beira Rio.

Reforços – O Corinthians anunciou hoje a contratação do volante Moradei, do Bragantino, que esteve no Parque São Jorge no esquecível 2007. É um bom marcador e só, vem para ser reserva de Christian caso se concretize a ida de Fabinho para o Fluminense. O outro nome comentado pelo pessoal da SporTV é mais interessante: o meia-atacante Edno, da Portuguesa. Bom de bola, seria uma excelente opção.

Ah, sim: uma matéria no Lance afirma que Andres Sanches foi à Inglaterra conversar como meia Deco, que está no Chelsea semmuito espaço depois da saída de Felipão. Ouviu que é quase impossível o jogador se livrar de seu contrato de três anos. A matéria diz também que o comentarista e ex-craque Neto disse na Band que Sanches andou conversando também com Assis, irmão e procurador de Ronaldinho Gaúcho. Enfim, acredite quem quiser.

segunda-feira, maio 11, 2009

Nilmar vence o Corinthians no Pacaembu

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“Alguém tinha que ter feito a falta no Nilmar”, clamava meu pai após ver pela primeira de incontáveis vezes na noite desse domingo o golaço do atacante. A derrota para o Inter por esse gol a zero marcou a reestréia do Timão na Série A e foi a primeira derrota do time no Pacaembu neste ano.

A partida que marcou a reestréia do alvinegro na Série A, um prato cheio para o marketing fazer uma festinha, foi atropelada pela praticidade de Mano Menezes, que anunciou desde quarta-feira que pouparia titulares. No entanto, não imaginava que seriam tantos: apenas Christian e Felipe entraram em campo. No meio do segundo tempo, Mano lançou Dentinho e Alessandro, mas não foi o bastante para reagir.

Pelos melhores momentos, o Inter dominou o primeiro tempo, com chances de ter ampliado. Na segunda etapa, o Corinthians teve mais chances, mas não tão boas assim, fora uma boa jogada de Lulinha na ponta direita que Alessandro bateu fraco para o gol.



Reservas – Do time que jogou, o Ricardo do Retrospecto gostou da atuação do volante Jucilei, recém chegado do J. Malucelli, a filial corintiana no Paraná. O jogo deu mostras de que o time precisa de reforços para o banco. Mas não chega a ser tão definitivo. Poucos times tem a possibilidade de ter reservas na mesma altura para todas as posições – talvez só o São Paulo, se tiver. Mas as contratações de alguns jovens, como Jucilei, mostram que o pessoal está preocupado com isso e com a possível saída de jogadores na janela do meio do ano. Falta bastante, mas eu focaria num zagueiro (Jean e Escudero não...), num lateral-direito (já que Mano parece não gostar do pouco aproveitado Diogo) e num centroavante para o lugar de Souza. No mais, eu buscaria um meia para ser titular e um atacante para disputar com Dentinho e Jorge Henrique. Se possível, para levar a vaga de um deles.

Para poucos – O Timão sentiu na pele como é enfrentar um craque. Segundo a Folha, Nilmar recebeu 15 bolas no jogo, deu sete dribles, seis passes e apenas uma finalização. Segundo ouvi por aí, driblou diretamente quatro defensores corintianos e passou por oito na jogada do gol. Driblou mais um quando deu o passe para D’Alessandro deixar Tayson na cara, em jogada desperdiçada pelo garoto. Resumindo, Nilmar fez basicamente duas jogadas na partida: uma decidiu o jogo, a outra poderia ter ampliado. Dunga, você viu?

Copa do Brasil – Agora, resta ver se o “investimento” corintiano de jogar com os reservas vai valer a pena no confronto com o Fluminense pela Copa do Brasil, nesta quarta, no mesmo Pacaembu. Flu que venceu o São Paulo, no Rio, por 1 a 0, com um belo gol (em outra rodada seria chamado de golaço, mas o de Nilmar subiu a média) do meio-campo Maurício. O Tricolor carioca fez boa partida e dominou o São Paulo, que só conseguiu pressionar no final do jogo. Achei curiosa a movimentação de Fred, que jogou bastante fora da área, quase como um meia-atacante.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Cariocas decidem Brasileirão 2008

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Pois é, chegamos naquele ponto do Campeonato Brasileiro em que já é possível afirmar, sem qualquer intenção de arrogância ou empáfia, que o São Paulo só perde o título para ele mesmo. E é aí que mora o perigo. Além de ter o Grêmio fungando no cangote, com dois pontos a menos, o Tricolor vai enfrentar duas pedreiras nas próximas rodadas: o Vasco, em São Januário, e o Fluminense, no Morumbi. Tudo bem que os dois times são fracos e que, por isso mesmo, continuam ameaçados de rebaixamento. Mas esse é o principal problema: as partidas contra o São Paulo serão o "tudo ou nada" para os cariocas, a última oportunidade de "dar o sangue" e permanecer na Série A.

Depois de ser goleado pelo Atlético-MG, o Vasco promete força total, em casa, contra os paulistas. Não podemos esquecer o campeonato de 2004, quando o Atlético-PR liderava a poucas rodadas do fim e perdeu uma partida teoricamente fácil contra os mesmos vascaínos justamente em São Januário, o que possibilitou a arrancada - e o título - do Santos. Já o Fluminense, apesar de embalado pela vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, pode muito bem perder em Porto Alegre para o Internacional e, da mesma forma, se ver obrigado a derrotar o São Paulo de qualquer maneira.

No mais, acho que o Grêmio tem uma seqüência menos complicada. Enfrenta Vitória e Ipatinga fora e encerra contra o Atlético-MG em casa. O Vitória poderia até complicar, mas não vem assustando ninguém (nos últimos quatro jogos, um empate e três derrotas). Como está numa posição intermediária na tabela (11º), briga, no máximo, pela Sul-Americana. Para mim, dá Grêmio. Já o Ipatinga, último colocado e virtualmente rebaixado, será presa fácil - ou uma zebra improvável. E o Atlético-MG, que hoje é o 10º, também chegará na última rodada sem qualquer pretensão. Acho que o Grêmio vence os três.

Não quero desmerecer Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras, pois todos ainda têm chances. O Palmeiras tem totais condições de vencer as três últimas partidas (Ipatinga, Vitória e Botafogo) e o Flamengo também (Cruzeiro, Goiás e Atlético-PR). Porém, acho que a briga será mesmo entre gremistas e são-paulinos. E um empate ou uma derrota do São Paulo nos dois confrontos contra Vasco e Fluminense poderá garantir, de bandeja, o tricampeonato do Grêmio. Convenhamos que é uma pressão considerável. Alguém discorda?

segunda-feira, setembro 29, 2008

Um zero a zero para a liderança

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É bom ver essa imagem na tabela do Brasileirão.

Reprodução


O Coisa Verde também não vê ninguém à frente.

Bastou um empate sem gols para o Palmeiras superar a diferença de pontos que faltava para o Grêmio e assumir a liderança pelo primeiro critério de desempate, o número de vitórias.

Estava errado quem, como eu, não apostava no otimismo para considerar que a liderança estava realmente muito próxima.

A goleada do Inter só mostra a descendente em que se encontra o Tricolor Gaúcho. Ainda é cedo para decretar como concretizada a realização da profecia Celso Roth – a mais cantada como certa no início do campeonato. Foi a quarta rodada sem vitórias, dois empates, duas derrotas.

Valeu, Inter!

Foi morno nos Aflitos
E foi nos Aflitos, o palco da sofrida glória gremista de ascensão à Série A que o Náutico viu o Verdão criar boas chances, sem conseguir marcar. Tentou das suas, com pelo menos duas jogadas na cara do gol. Mas ficou no oxo, para usar a terminologia de Walter Abrahão.

O 300 de Esparta não gostou da representação de Palestra Itália, especialmente do posicionamento dos laterais. E calcula: com seis partidas em casa e cinco fora, é hora de apoiar o time.

O Parmerista Conrado avalia que tirar Diego Souza de campo para pôr Evandro reduziu a capacidade ofensiva do time e deixou escapar mais dois pontos fora de casa numa eventual vitória.

Não se pode esquecer a partida no meio de semana, contra o Sport Ancash, em que metade do elenco, justamente a parte ofensiva, ficou no Brasil para não se desgastar.

Um pontinho, francamente, achei de bom tamanho. Para a liderança.

Agora precisa manter a liderança contra o Atlético-MG, no Palestra Itália. É que o Grêmio também joga em casa, contra o Botafogo.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Uma rodada para o Grêmio

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A goleada sofrida pelo Palmeiras em Porto Alegre, contra o Inter, e a vitória do ascendente Botafogo sobre o Cruzeiro permitiram que o Grêmio abrisse cinco pontos de vantagem do Cruzeiro após a 21a rodada do Brasileirão. Muito conforto para enfrentar hoje o Flamengo no Maracanã. E incômodo para enfrentar a Portuguesa no Pacaembu no final de semana para defender tentar recuperar a posição perdida no G4.

O pênalti que originou o gol de Alex aos 5 do primeiro tempo não existiu. Como não existiu o impedimento de dois minutos antes do zagueiro Jeci. Será que o árbitro fez para compensar?

Irrelevante. Porque 13 minutos depois, o Colorado começou a virada. Depois do empate de Índio, com passe de Alex, foi o camisa 10 que virou a partida um minuto depois, aos 19.




Antes do empate o alviverde poderia ter controlado a partida. Claro que aí sobraram méritos para a equipe do Beira-Rio. E para Marcos para evitar vexame ainda maior.

Ainda no primeiro tempo, Vanderlei Luxemburgo tentou adiantar o time com Denílson no lugar do volante Jumar. Não funcionou.

Placar final: 4 a 1.

Ninguém disse que seria fácil. Depois de uma seqüência de três partidas sem vitórias do Inter, na casa do adversário, com a volta de Alex, o time de Tite precisava mesmo reencontrar o caminho da vitória. Mas para quem saiu na frente, tomar uma goleada é bem desagradável.

Luxemburgo
O técnico do Palmeiras é defendido por muita gente por fazer grandes mexidas no time. Tirar lateral para escalar um meia – eventualmente um atacante – é a mais tradicional. Mas às vezes sai um volante para tornar o time mais ofensivo. Nas últimas mexidas do técnico isso não tem dado resultado. Não se espera exatamente organização tática com uma mexida dessas, mas tentativa de criar um abafa. Como o resultado tem sido o de fragilizar a própria zaga (que já é frágil desde a saída de Henrique), fica a pergunta: será que ele faz a alteração para dizer que tentou ser ofensivo ou para o técnico adversário achar que ele vai dar um nó tático inovador, quer dizer, pra causar certo "medo" no rival?

quinta-feira, julho 24, 2008

Vamos falar mais um pouco de arbitragem?

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Mais uma rodada recheada de polêmicas. E o jogo Internacional 2 x 0 São Paulo não foi exceção. Bom, talvez tenha sido, porque não houve polêmica. O juiz Heber Roberto Lopes, por indicação do auxiliar (Gilson B. Coutinho ou Ivan Carlos Bphn), anulou um gol legítimo de Dagoberto, que veio do meio da zaga para marcar de cabeça. Na verdade, o bandeira já tinha parado o lance, antes de a bola chegar a um dos dois impedidos. Foi tão claro que não vi ninguém questionar, nem o Inter. Arbitragem de ótima qualidade...

Durante o jogo, Heber também deixou de dar algumas faltas claras. O Richarlyson (justo quem...) foi levantado por um marcador do Inter e ele nem falta deu. Mas também houve lances de violência por parte dos são paulinos, especialmente no final do jogo. Sem repressão.

Sobre o jogo, o gol anulado realmente prejudicou o São Paulo. É óbvio que sair na frente na casa do adversário é uma vantagem enorme. Provavelmente o time teria conseguido um resultado melhor se não fosse esse erro.

Evidentemente tenho que reconhecer que o Inter jogou melhor. Tinha hora em que eu perdia o fôlego, só de ver esse time correndo. É velocidade demais! E a marcação morde o tempo todo, em poucos momentos os jogadores do São Paulo tiveram tranqüilidade para tocar a bola - o momento do gol foi um deles. Estava mesmo difícil ganhar do Inter.

-eu, -eu, -eu, o São Paulo se f*

Mas a real é que os desfalques de Miranda (contundido), Alex Silva e Hernanes (para a Olimpíada) são os maiores problemas. O primeiro gol do Inter saiu de uma falha bisonha do Juninho, que deixou a bola passar não sei por onde e deixou Nilmar livrinho para marcar. O André Dias, que não é nenhuma sumidade, vira o comandante da zaga. Quer dizer, joga quase sozinho. Que tristeza.

O meio-campo também perde qualidade com o Hernanes, talvez hoje o principal jogador do Tricolor. Mesmo sendo volante, ele compartilha muito bem com Jorge Wagner e Hugo a responsabilidade por criar as jogadas. E, claro, dá (muita) consistência à marcação.

Com esses desfalques, o São Paulo tem tudo para perder algumas posições e se complicar no campeonato. Não tem pra onde correr. Eu, que estava ficando um pouco mais confiante nessa equipe, voltei a perder as esperanças.

Ah, sim, justiça seja feita, o Fluminense, que perdeu Thiago Silva e Thiago Neves para a seleção olímpica, está em uma situação pior. Bem pior. Continua na zona de rebaixamento, com 13 pontos e sem seus principais jogadores. Que situação...

domingo, maio 04, 2008

Os campeões do domingo

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Globo Esporte.com


Carioca

O Flamengo superou o Botafogo por 3 a 1 e igualou o Fluminense como maior detentor de títulos do Carioca, 30. De novo, apareceu o dedo do agora ex-treinador do Rubro-Negro Joel Santana, que colocou Obina, autor do gol de empate e também do terceiro. O técnico também promoveu a entrada do renegado Diego Tardelli (na foto, com Obina), que já havia decidido na final da Taça Guanabara e marcou de novo, o segundo que praticamente decidiu a partida e o título. O Botafogo, mais uma vez, ficou no quase... Mas resta a Copa do Brasil.

Mineiro

O estadual mais decidido entre os que ainda não tinham campeão terminou com mais uma vitória do Cruzeiro. O time de azul podia perder por 5 gols de diferença, mas derrotou o Atlético (MG) por 1 a 0. Sem surpresas, Marcelo Moreno marcou e confirmou o que já se sabia.

Gaúcho

Um sonoro atropelo. Foi isso que o Internacional fez contra o Juventude, em um Beira-Rio totalmente colorado, assegurando seu trigésimo oitavo título estadual, três a mais que o rival Grêmio. Se os gaúchos já tinham mostrado poder de reação quando desclassificaram o Paraná na Copa do Brasil (derrota de 2 a 0 na primeira partida e vitória por 5 a 1 na segunda), agora sobraram contra time de Caxias, um 8 a 1 inapelável como diriam os antigos narradores de rádio. E teve até gol de pênalti do arqueiro Clemer. Com Fernandão e um Nilmar que vem se recuperando, o Inter pode formar a dupla de atacantes mais temida em terras tupiniquins.

Paranaense

O Atlético (PR) tentou, fez 2 a 0, mas tomou o gol aos 19 minutos do segundo tempo, cabeçada de Henrique Dias. Fim do sonho do Furacão e o Coxa amplia a vantagem que tinha como maior campeão do estado, agora com 12 títulos a mais que o rival, 32 troféus no total.

Baiano

No quadrangular final, o Vitória da Conquista precisava derrotar o Bahia para ser campeão. Mas perdeu, e por goleada. Já o Tricolor precisava vencer por dois gols a mais do que o Vitória da capital, e os torcedores roeram as unhas até o final, acompanhando o próprio jogo e o adversário. Deu Vitória, 5 a 1 no Itabuna, com o mesmo saldo, mas tendo marcado mais tentos que o Bahia, que derrotou o Vitória da Conquista por 5 a 0. De tirar o fôlego. Festa de Rámon (aquele mesmo) e de Rodrigão (sim, também é aquele), que marcou duas vezes na partida decisiva.

Goiano

E a derrota para o Corinthians na Copa do Brasil abalou o Goiás. Sorte do Itumbiara, de Paulo César Gusmão, que conquistou seu primeiro título no estado, vencendo o clube esmeraldino por 3 a 0. Dois dos gols foram marcados por Basílio, o “Basigol”, como alguns santistas o apelidaram em sua passagem pela Vila Belmiro. E Caio Júnior balança...

Catarinense

No tempo normal, 3 a 1 para o Criciúma no Heriberto Hulse. Com a vitória do Figueirense no primeiro jogo por 1 a 0 (aqui o saldo nas partidas finais não valia), prorrogação. Tomando pressão, o Fiqueira aproveitou um contra-ataque rápido e marcou aos 4 da segunda etapa do tempo extra. E a equipe de Alexandre Gallo assegurou o título. Novamente, o Criciúma perde uma final em casa. No ano passado, também viu o Chapecoense fazer a festa em seu estádio.

segunda-feira, abril 28, 2008

Rápidas dos estaduais

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Fabio Motta/AE


Rio de Janeiro

O garoto botafoguense Eduardo, zagueiro, 19 anos, fez bela jogada, deixou Léo Moura pra trás, invadiu a área e... acertou a trave. Havia dois companheiros entrando no meio da área, mas ele preferiu arriscar um chute que caprichosamente não entrou. Quase foi herói.

Mas, sete minutos depois, o mesmo Eduardo perdeu uma bola no ataque. Diego Tardelli foi lançado e passou para Obina, que definiu em favor do Flamengo. Embora não se possa dizer que ele é culpado pela derrota, não há dúvidas de que o jovem, revelação do Bahia, foi um dos personagens principais na equilibrada partida do Maracanã. Agora o Mengão tem a vantagem do empate. Quarta, o rubro-negro vai com moral pegar o América no México. E o Alvinegro tem uma semana para se preparar.

Foi de se estranhar também o Botafogo entrando de camisa branca, sem qualquer necessidade. O Victor do Blá Blá Gol comentou a respeito.

Mineiro

O resultado da primeira partida da decisão do Mineiro já foi comentada aqui. Vi poucas vezes o Cruzeiro jogar, mas impressiona a velocidade com que faz a transição da defesa para o ataque.

E não é a primeira vez que Geninho toma um “sacode” à frente do Galo, fazendo história de forma negativa. Em 2002, nas quartas-de-final do Brasileiro, ele tomou um 6 a 2 do Corinthians em pleno Mineirão. Mesmo assim foi “prestigiado” pela diretoria atleticana. Porém, no começo do ano seguinte, se transferiu justamente para o Corinthians. Lá, foi campeão paulista mas pediu demissão no Brasileiro, após ver sua equipe ser derrotada por 6 a 1 pelo Juventude.

Gaúcho

O Juventude, do técnico Zetti, venceu por 1 a 0 o Inter, com um gol aos 47 do segundo tempo. Foi a terceira vitória da equipe contra o Colorado. Antes, já desclassificou o Grêmio em pleno Olímpico nas quartas do Gauchão. No Beira-Rio, conseguirá suportar a pressão?

A propósito do futebol gaúcho, o Internacional, que completa cem anos em 2009, vai dar ao seu torcedor a oportunidade de escrever sobre sua paixão pela equipe. Os melhores serão publicados em livro comemorativo. E o parceiro Gerson Sicca, do Limpo no Lance, escreveu um belo texto a respeito. Para ler e votar, clique aqui e digite 358 (o número do texto) no campo “busca”. Vale a pena.

Paraná

Já em Curitiba, o Coxa, de Dorival Júnior, fez dois a zero em cima do Atlético. O Furacão tem que devolver o mesmo placar para forçar uma prorrogação na Arena da Baixada. Se persistir o empate, o campeão será conhecido nos pênaltis.

A nota negativa ficou na arquibancada. Houve invasão de um torcedor do Coritiba no gramado, no intervalo do jogo, e os atleticanos tentaram derrubar o alambrado que dá acesso ao campo.

Catarinense

No Catarinense, o Criciúma tem que devolver a derrota sofrida ontem por 1 a 0, diante do Figueirense do técnico Alexandre Gallo, para levar o confronto à prorrogação. Aqui, tanto faz o saldo de gols das finais. O Castiel, em seu blogue, comenta o primeiro jogo da final.

Bahia

A decisão do campeonato baiano ocorre em um quadrangular e nesse domingo houve mais um Ba-Vi. Ao contrário das três partidas anteriores contra o Tricolor, em que foi derrotado, o Vitória de Vagner Mancini venceu o Bahia por 3 a 0 e assumiu a liderança com a mesma pontuação de seu maior rival, mas com vantagem no número de gols marcados

Goiano

O Itumbiara, de Paulo César Gusmão, venceu o Goiás, de Caio Júnior, por um a zero em casa. O tento saiu dos pés de dois ex-santistas: Caíco lançou para Basílio, que acertou um belo sem-pulo. Devolvendo a derrota no Serra Dourada, o time esmeraldino assegura o título.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Golaços nas vitórias de Arsenal e Inter

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Na linha “analista de melhores momentos”, vão uns vídeos. Um deles é da vitória do Arsenal por 2 a 0 em cima do West Ham, pelo Campeonato Inglês. Prestem atenção no meia Adebayor. Eu já gosto do futebol dele faz um tempo, desde quando ele era meio que reserva do Henry no time inglês. Em mais umas duas jogadas do cabra que dão gosto de ver.

O outro é dos gols do Inter de Porto Alegre na vitória sobre seu xará de Milão. O gol do Fernandão é do tipo que, se o cara faz uma vez, a gente fala que é cagada. Se faz várias, é craque. O do Nilmar me deixou triste por esse rapaz ter entrado em tantos e tantos atritos com a estupenda diretoria do Parque São Jorge. Se ele voltar a jogar o que sabe, vai ficar difícil segurar o Inter esse ano.

PS.: Os dois links foram vistos no Blogol, de André Kfouri.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Como o Palmeiras não perde para carioca, respira no G4

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A vitória do Palmeiras diante do Fluminense no Palestra Itália na noite de quarta-feira, 14, é um respiro para o alviverde depois de dois tropeços diante do Juventude e do Sport. A vitória simples da noite foi obtida com gol de Rodrigão. Sem o chileno Valdívia, o time de Caio Jr. (ou Harry Potter ou Milhouse) teve a volta de Edmundo, que deu o passe para o gol, sofreu pênalti não-marcado e teve chute defendido por Fernando Henrique.

Montagem Futepoca






Caio Jr., Milhouse, Homem Fluido e Harry Potter,
não necessariamente nesta ordem: quem é quem?



Classificado para a Libertadores via Copa do Brasil, o time carioca vai cumprindo tabela até o fim do campeonato, embora siga bem na foto e na classificação, em Mesmo assim, com o gramado molhado da chuva pré-feriado na capital paulista, não foi tão simples.

A torcida xingou até a quadragésima sexta geração de Thiago Neves. O papelão de ter assinado pré-contrato com o clube paulista para desfazê-lo mediante renovação com o tricolor carioca, deixou corneteiros, turma do amendoim e alviverdes em geral ressentidos. Ouviu o que não gostou, e quase devolveu em campo, mandando uma bola na trave.

O respiro no G4 da Libertadores pode durar só até domingo, quando o Cruzeiro vai a Recife tentar o que o Verdão não conseguiu. O problema é todo palmeirense, já que a partida da penúltima rodada será contra o Inter no Beira-Rio. Em agosto, em casa, deu empate. O Grêmio mesmo se vencer o lanterna América-RN ficaria um ponto atrás.

Os colorados deveriam assegurar que o rival também dispute a Sul-Americana, dando mole aos paulistas garantirem vaga (doce ilusão).

Carioca é freguês
Enquanto nada está garantido no que importa, no retrospecto contra times do Rio, o Palmeiras não perdeu. Tudo bem que fazer os outros de freguês exigiria só vitórias, como aconteceu duas vezes com o Fla e com o Flu. Contra o Vasco, uma vitória e um empate, enquanto a estrela solitária – ou cavalo paraguaio – arrancou duas igualdades no marcador.


Atualizado às 18h12 de 15/11

quinta-feira, novembro 01, 2007

Qual o pior campeão brasileiro da História?

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E o São Paulo é campeão. Os tricolores estão eufóricos com uma campanha irretocável, uma conquista obtida com antecedência e tranqüilidade incomuns. Alguns times ensaiaram jogar bonito, como o Botafogo e o Cruzeiro, mas não tiveram uma seqüência digna de nota. Sobrou para o pragmático clube do Morumbi que, se não deu show, deu um banho de competência nos adversários.

A dita "ausência de show" é justamente o argumento utilizado por boa parte dos rivais para desmerecer o título sendo que alguns chegaram a dizer – como o comentarista Fernando Calazans – que o São Paulo seria o "pior campeão brasileiro da História". Discordo da tese e acho que quem pensa assim oscila entre a mais pura dor de cotovelo e o desencanto dos que têm saudades de um tempo não tão remoto em que o futebol era mais bem jogado.

Mas a discussão pode gerar celeumas interessantes (ou não). Qual seria o "pior campeão brasileiro da história"? Com uma diversidade de fórmulas que faria corar qualquer literato adepto do realismo fantástico, o Brasileirão teve diversos campeões contestados. Ou por desobedecer um suposto critério de "justiça" ("ah, o campeão deveria ter sido o outro que jogou melhor o tempo todo...") ou porque chegou lá com ajudas extra-campo, ou até mesmo porque não deixaram sequer um atleta na memória do torcedor no ano seguinte. Aqui, uma lista dos campeões mais contestados da história dos 500 anos deste país. Escolha o seu "pior campeão" e dê seu voto na nossa enquete.

O São Paulo de 1977

A equipe não era brilhante e a fórmula do campeonato era esdrúxula. Tanto que o vice, Atlético (MG), perdeu o título sem ter perdido uma partida sequer, assim como o Botafogo, quinto colocado. A decisão foi em partida única, no Mineirão. No tempo normal, Chicão pisa em cima do mineiro Ângelo, já caído, e não é expulso. O São Paulo levou na decisão por pênaltis, com Valdir Peres se adiantando nas cobranças. O árbitro era Arnaldo Cézar Coelho. A regra não parecia muito clara.

O Coritiba de 1985

A gloriosa final do Coxa foi contra o Bangu. Que duelo! Os 20 clubes mais bem colocados num tal ranking da CBF foram reunidos em dois grupos A e B, e o campeão e o vice da Taça de Prata (similar à segunda divisão), mais 22 clubes de 22 estados estavam em outros dois. Todos tratados de forma igual. É como se hoje classificassem times da segunda e terceira divisão para uma fase final. Um espetáculo ímpar.

O Botafogo de 1995

Uma final que relembrava os anos 1960, Santos e Botafogo. Na primeira partida da final, três impedimentos mal marcados impediram que o craque do campeonato, Giovanni, saísse na cara do gol de Wagner. No segundo jogo, um assalto que repercutiu até no exterior, com um gol irregular de Túlio e outro mal anulado de Camanducaia. O ábitro, Márcio Rezende de Freitas, daria uma mão para outro campeão contestado dez anos mais tarde.

O Vasco de 2000

A CBF não podia organizar o campeonato brasileiro e sobrou para o Clube dos 13, outra organização impoluta, tal tarefa. Surgiu a Copa João Havelange, a maior competição das terras tupiniquins, com 116 clubes em uma única divisão. A fórmula era assustadora e não me arriscaria a descrevê-la. São Caetano, vindo direto do que seria a “segunda divisão” chega à final com o Vasco, que nas oitavas desclassificou o Bahia (rebaixado no ano anterior e guindado de volta com o Fluminense), e nas quartas superou o Paraná (outro da “segunda divisão”). A segunda partida da final, disputada em São Januário (como?), teve como coroação um estádio com mais gente do que pdoeria suportar. Grade de arquibanda desabando, gente pisoteada... Punição para o Vasco? Não, o castigo foi ter sido campeão.

O Atlético (PR) de 2001

No ano seguinte à famigerada Copa João Havelange, a decisão foi um confronto com ares épicos entre o campeão e o convidado São Caetano – aliás, o de melhor campanha na primeira fase.. No mata-mata, as quartas e semifinais foram em partida única. A final, ida e volta. Junto do time do ABC, o Paraná e o Botafogo de Ribeirão Preto foram vips. Detalhe: o time que revelou doutor Sócrates e Raí havia sido rebaixado em 1999.

O Corinthians de 2005

Na manhã de domingo, o Internacional, líder do certame, acordava vice. Onze jogos anulados que renderam quatro pontos a mais para o Corinthians. Na partida decisiva contra o Inter, Fábio Costa faz pênalti em Tinga. Márcio Rezende de Freitas (aquele de 1995), não marca e dá o segundo cartão amarelo para o melhor atleta em campo. O título, então sob judice, foi conquistado com uma derrota em que os atletas, perdidos, não sabiam se podiam ou não comemorar de fato.

O São Paulo de 2007

Por mim, não entraria na lista. Mas, pra satisfazer os birrentos e justificar o post, está aqui também. Aparentemente, só se justificaria pela baixa qualidade do nível técnico da competição. Até aí, mais culpa dos outros times do que dele.




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quinta-feira, setembro 27, 2007

30 anos de um título histórico

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Juntar as expressões "quebra de jejum" e "1977" na mesma frase é algo que, para nós, paulistas, traz de imediato à mente nomes como Basílio, Corinthians, Ponte Preta, Rui Rei e outros. Mas em outro lugar do país 1977 também é sinônimo de quebra de fila. Trata-se do Rio Grande do Sul, quando, em 25 de setembro daquele ano - 30 anos, portanto - o Grêmio levantou o título estadual após oito anos de jejum.

"Mas oito anos nem é tanto assim", dirão os amigos leitores, em especial os palmeirenses, cuja fila chega a exatos oito anos nesse 2007. Oito anos podem não parecer tanto para nós, mas para os gremistas, que viram cada um dos títulos estaduais parar na mão do rival Internacional, esses oito pareceram uma eternidade.

Que foi rompida com o gol de André Catimba, cuja comemoração está na foto (e também no vídeo aqui). Aliás, essa comemoração merecia um post à parte. Catimba pulou para dar uma cambalhota, o que era sua marca registrada; mas no meio do salto percebeu que não conseguiria executar o movimento e se estatelou com tudo no chão. Tanto "com tudo" que ele precisou deixar a partida. Imaginem se o Grêmio perde o título?

Mas não perdeu. Pelo contrário, venceu, interrompeu a série de oito títulos seguidos do rival e iniciou um momento tido pelos gremistas como um dos melhores de sua história. É só pensarmos que quatro anos depois dessa taça o Grêmio seria campeão brasileiro; e seis depois, da Libertadores e do Mundial. Sem contar o bi-gaúcho de 79/80 e a assombrosa sequência de seis títulos entre 1985 e 1990.

A façanha tricolor ganha ainda mais peso se levarmos em conta que o rival Inter tinha, para repetir a frase feita, também um dos maiores (senão O) times da sua história, a base bicampeã nacional em 1975/6.

Ficha técnica da peleja:

Grêmio 1x0 Internacional
Final do Campeonato Gaúcho de 1977
25 de setembro de 1977
Gol: André Catimba, aos 42 do primeiro tempo

GRÊMIO
Corbo, Eurico, Cassiá, Oberdan, Ladinho, Vitor Hugo, Tadeu Ricci, Iura (Vilson), Tarciso, Andre (Alcindo), Éder.
Técnico: Telê Santana

INTERNACIONAL
Benitez, Bereta (Batista), Marinho, Gardel, Vacaria, Caçapava, Escurinho, Batista (Jair), Valdomiro, Luizinho, Santos (Dario)
Técnico: Gainete