Destaques

quarta-feira, julho 04, 2007

Pílula

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"O Brasil tinha mais volante do que a polícia que caçava Lampião." (Antero Greco, no programa Linha de Passe da ESPN/BR, depois do emocionante Brasil 1 x 0 Equador).

De fato: Mineiro, Gilberto Silva, Josué e Júlio Baptista é pra retranqueiro nenhum botar defeito.

Fora Luxemburgo

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Pois é, o pessoal da redação aqui do jornal me diz que o Luxemburgo não tem culpa pela campanha grotesca do Santos e pela goleada diante do péssimo time do Vasco por 4 a 0. “O que ele vai fazer sem time?”, questionou o repórter Leandro.
Ora, o manager não sabia há muito tempo que o time ia perder Zé Roberto, que Cléber Santana (ligado ao Iraty, diga-se) ia ser “vendido” (ou melhor, já estava “vendido” sabe-se lá há quantos meses) e jogou jogos e jogos a fio de chinelinhos, como diz o Glauco, que o Kléber ia pra seleção etc? Que diabo de manager é esse? Aliás, quando o grande meio-campista Renato negociava sua ida ao Sevilla, em 2004, mesmo ele podendo atuar, o Luxemburgo disse à época que em time dele jogador que negociava com outros clubes não jogam. Faltou a ressalva: desde que ele, Luxemburgo, não tenha intere$$e$...

E isso é que é custo-benefício. R$ 500 mil por mês ao Luxemburgo, mais não sei quantas centenas de milhares de reais à comissão técnica, um elenco de R$ 3 milhões (pelo que ouço). Tudo isso pra ganhar o Paulista. (Só observo que eu sou dos que dá a maior importância ao estadual, vibrei, me emocionei e achei sensacional, principalmente pelo fato de ter sido bi, mas é muito pouco para um time milionário.)

OK, concordo em parte com os críticos que dizem que o Brasil tem uma cultura sacana, que sempre coloca o técnico como bode expiatório. Mas isso é uma verdade relativa. Primeiro, porque é também fato que os técnicos não são santos e trocam de clube como de camisa. Vejam o exemplo do Gallo. E depois porque se uma crise se desencadeia a partir mesmo do comando, tem que mudar o comando.

Concordo com Olavo, que me disse: “nós poderíamos ter ganhado a Libertadores, perdemos (pro Grêmio, não sei como seria contra o Boca) por questões do futebol. O problema é ver o clima péssimo que tá agora, o Santos é um puta balaio de gatos, totalmente perdido”. O xis da questão é esta última frase, e volto ao início. O manager, o gênio, não previu que o time viraria um balaio de gatos perdidos? Ou previu e era isso mesmo que queria?

Deixo os comentários sobre o presidente do Santos aos companheiros. E chega. Fora Luxemburgo.

Esta é nova: a mídia quer me derrubar

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E quem diria, Renan Calheiros quer abrigo sob asas de Lula.

A Agência Brasil publica: "O que está acontecendo agora é uma covardia de setores da mídia que tentaram derrubar o presidente Lula e não conseguiram. Perderam no primeiro e segundo turnos [das eleições] e agora querem com o presidente do Senado uma espécie de terceiro turno”.

Perseguem-no pelo que ele representa para a governabilidade no Senado?

Outra possibilidade, cogita o presidente do Congresso: "É porque eu tive um filho fora do casamento? Já me penitenciei, pedi perdão, fui perdoado por quem devia?"

Outra idéia criativa seria ele dizer que querem derrubá-lo por aquilo que ele representa para a esquerda, ou para a governabilidade no Senado...

Hoje é dia de agonia

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Inspirado no Parreira de 1994, Dunga deve escalar o meio de campo hoje com Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Júlio Baptista. Juro que pensei nunca escrever isso na minha vida, mas acho que ainda teremos saudades do Zinho "enceradeira".

A tática de hoje vai ser a de sempre, todos nas defesa e tomando sufoco do grande Equador (afinal não tem bobo no futebol de hoje, além de nós, torcedores) e dando chutão para o ataque. Ou então manda a bola para o Robinho que ele resolve, afinal temos o "talento do jogador brasileiro". Pergunta: para isso precisamos de técnico? Acho que não... Para marcar posição, fora Dunga!

Mas para que tenha algum sentido escrever tantas obviedades, vai uma idéia. Não seria bom que técnicos brasileiros, mesmo tendo sido jogadores, passassem por cursos em que aprendessem aspectos físicos, psicológicos, técnicos e táticos. Que a CBF ou quem quer que seja criasse uma escola usando a experiência de profissionais como Evaristo Macedo, Rubens Minelli, Parreira (argh), Zagallo, Felipão, Luxemburgo etc.

E que trouxesse treinadores italianos para ensinar táticas defensivas, argentinos para ensinar fundamentos como troca de passes etc. Podem me esculachar, mas essa postura de que sabemos tudo de futebol e que somos a melhor escola do mundo não nos levará a nenhuma evolução.

Aqui cabe um paralelo, que pode até ser sem sentido. Quando todos os times criaram a função de treinador de goleiros houve grande evolução nos jogadores que trabalham ali onde não nasce grama. Será que uma escola de formação de técnicos não ajudaria a elevar esse nível à la Dunga?

Acredito que só ser jogador (grande, médio ou pereba) não credencia ninguém a saber o que fazer fora de campo.

Desespero

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A informação de que o senador Renan Calheiros (PMDB) pagava R$ 12 mil de pensão à jornalista Mônica Veloso - R$ 3 mil como desconto oficial e mais R$ 9 mil "por fora" - ouriçou algumas pessoas País afora:

terça-feira, julho 03, 2007

Fisioterapia

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Descobri uma fisioterapia-manguaça muito interessante. Como alguns sabem eu quebrei o dedo. Já tirei a tala, e agora preciso fazer fisioterapia na articulação (vulgarmente chamada "junta") do dedo médio da mão direita.
Como prescreve a ortopedia, um dos pilares da fisioterapia é o gelo. Nesse caso, pega-se um copo de cerveja bem gelada, um copo de preferência de espessura fina, e segura-se o copo gelado com a articulação onde se deve aplicar gelo. Pronto. Bebe-se a cerveja aos poucos, e a fisioterapia se realiza.

Por que o Corinthians perdeu

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A derrota vexatória do Corinthians diante do arqui-rival Palmeiras no domingo é desvendada pelo Futepoca. A culpa foi a presença de ativistas do movimento "Fora Dualib!".

Ok, foi um magro 1 a 0 marcado aos 46 do primeiro tempo num jogo que só não foi comparável ao Palmeiras e São Paulo, porque saiu gol.

Mas a derrota do Timão mostra que o movimento que quer a queda deste herói (para os adversários) é composto por um monte de pé-frio junto. A prova está na página oficial do movimento.

Fica Dualib!

O cúmulo da falta de assunto OU Ana Paula se vê sem roupa

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Depois de uma greve de quase uma semana, Ana Paula Oliveira volta às manchetes do Futepoca. A notícia capaz de quebrar o jejum é que a Playboy com a auxiliar de arbitragem mais falada e comentada pela mídia sem assunto chega às bancas no dia 10 de julho.

A redação não será contemplada com edição de cortesia.

O orgulho de apontar os seis dias de jejum de Ana Paula não pode ser ostentado por concorrentes (presunção pouca é bobagem). O Globo Esporte dá notícias da moça todos os dias sob os mais diferentes pretextos.

O último subterfúgio foi apelar para outro campeão de apelação dos que carecem de assunto: o baixinho Romário.

Em homenagem no Jockey Clube do Rio de Janeiro, o artilheiro dos mil gols disse que admira a bandeirinha, que não vai comprar a revista, mas vai pedir a algum amigo. O motivo: economia de alguns trocados para manter a fama de pão-duro desconhecida deste ébrio até há pouco. Ele acha que a moça é competente, mas está afastada por errar, o que todo mundo faz.

Foto: Alf Vicente
A foto
Ana Paula já foi conferir as fotos de JR Duran e diz que gostou. Na página da revista masculina, a moça aparece vendo suas próprias poses sem roupa.

Ainda bem que o Futepoca não cede às pressões mercadológicas de recorrer a qualquer desculpa para estampar imagens da Ana Paula Oliveira no ar.

Argentina, quase sem surpresas

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Assisti ontem Argentina 4 x Colômbia 2, pela gloriosas, salve, salve, Copa América. Jogo animado, no mínimo. A Colômbia saiu na frente, numa jogada de falta que o Neto falou que foi ensaiada. A Argentina empatou num pênalti meio inventado pelo nosso caríssimo Carlos Eugênio Simon. Depois, virou e revirou em dois gols de Riquelme, um de cabeça e um de falta, magistralmente batida.

Os argentinos davam o tempo todo a entender que tinham o controle do jogo. Ficaram tocando bola de lado, cozinhando o galo quase o segundo tempo todo. Bem, nem tanto. No final, tomaram um belo calor da Colômbia, que pecava por enfeitar demais as jogadas. O quarto gol, de Diego Milito (inoperante o resto do tempo) sacramentou a vitória só aos 46 minutos.

Como a Colômbia perdeu seus dois jogos, não interessa falar deles. Vamos ao time de Riquelme. Sim, ele é a principal referência do time. A maioria das jogadas passa por seus pés e ele vai ditando o ritmo, cadenciando, tocando, envolvendo. Da gosto de ver o cara em campo. Não sofre pra jogar bola. Citando um excelente filme dos vizinhos, O Filho da Noiva, é como ver Fred Astaire: parece tão fácil...

Mas se Riquelme organiza, dá previsibilidade, Lionel Messi cria sem limites. Dribla verticalmente, sempre em direção ao gol, dá passes precisos. Se movimenta por todo o meio e ataque e é quase tão acionado quanto Roman.

De resto, o time é bom, mas nada de anormal. O tal Diego Milito, que entrou no lugar de Crespo, machucado, é medíocre, pra dizer muito. Zanetti, Verón e Cambiaso são conhecidos nosso, sem surpresas. Mesmo assim, é impressionante como o time todo erra poucos passes. Em determinado momento do jogo, ficaram uns bons 5 minutos sem perder a bola, só tocando de um lado para o outro.

Enfim, vale a pena assistir jogos dos hermanos. Para os que, novas versões da Velhinha e Taubaté, ainda acreditam na seleção, a comparao: se nós temos Robinho inspirado, eles têm Roman, Messi e um conjunto mais organizado. Estamos em desvantagem. Mas no futebol isso muitas vezes não quer dizer muita coisa.

Mais do mesmo

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As bobagens do Galvão Bueno não chegam a ser novidade (nem aqui nesse blog). Mas espantam porque, por incrível que pareça, ele consegue sempre se superar. Cinco exemplos das transmissões da Copa América:

- Essa eu tive a sensação da bola entrando.
- No México, sai Castro e entra Castro. Isso é legal!!
- No Brasil, o pessoal usa apelido. O Mineiro, por exemplo, é gaúcho.
- Gilberto erra mais um. É o típico passe de quem ainda não se acostumou com a grama.
- O Afonso é um atacante que tem a função de fazer gol.

FHC dos EUA

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Em entrevista à rádio CBN às 13h20 desta terça-feira, 3, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso falou sobre o atual momento do país. Direto dos Estados Unidos, a conversa foi por telefone, o que implicou em perdas de palavras aqui e ali contidas na transmissão do som.

O tucano se disse surpreso com a quantidade de casos de corrupção tanto no governo atual quanto nos casos que ocorridos (um ou outro, em suas contas) em sua gestão e descobertos só depois.

Sem ser perguntado por Carlos Alberto Sardenberg, disse que jamais será candidato a Presidência da República nem pleiteará cargo caso o PSDB ganhe o Planalto (o que ele espera que aconteça, mas eu não).

Disse que não é possível o Brasil viver só de economia – que vai bem só porque o governo atual continuou o que ele diz ter começado. Aliás, na linha da "continuidade do que começamos", Fernando Henrique Cardoso incluiu as ações da Policia Federal, que foi, sempre segundo esta confiável fonte, reorganizada por ele.

Lamentou que a indignação vá sendo substituída pela desilusão entre os brasileiros, porque essa descrença nas instituições – que já teria ocorrido na Venezuela, no Peru, na Venezuela e no Peru (sic para a repetição), em períodos não discriminados – pode produzir alguma coisa pior (referência compreendida por este limítrofe que escreve como ditaduras, golpes etc.).

E que o contexto brasileiro exige grandeza política, que ficar culpando esta ou aquela pessoa pelo caos de impunidade e insegurança (no mesmo pacote parece entrar escândalos de corrupção, mega-operação no Complexo do Alemão, crise aérea e o que mais aparecer) por que passa o país.

Análise tendenciosa
Consultei um semiólogo de plantão – pouco confiável por seu estado ébrio – que sugeriu que, ao pedir grandeza diante da ameaça de instabilidade das instituições democráticas, o ex-presidente estaria, ainda que inconscientemente, pleiteando a adoção de uma monarquia que teria nele próprio a estirpe de reis. Que o plano incluiria a adoção do nome de Fernando Henrique III, o grande.

Achei exagerado.

segunda-feira, julho 02, 2007

"O brasileiro autêntico"

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Desculpem a redundância em relação ao post abaixo da Thalita, mas não resisti. A capa da edição impressa do diário Olé desta segunda-feira é ninguém menos do que Robinho.
Não seria nada demais se não fosse um jornal argentino e ainda por cima o Olé, conhecido por tripudiar sobre nós, quando pode. “Robinho é o brasileiro autêntico”, disse o periódico.
E, com a ironia costumeira dos textos argentinos sobre futebol (ao contrário do jornalismo dos nossos jornais, de textos burocráticos que chafurdam na mesmice eterna), o Olé escreve o seguinte: “[O técnico chileno] Acosta pensou que lhe convinha perder por pouco. Dunga também estimou que era uma aposta sedutora a de ganhar por pouco, por isso meteu Josué – volante defensivo – no lugar de Elano. Robinho jamais deu apoio a essa idéia...”

Agora, sinceramente, como querer que um time jogue futebol com esse meio de campo: Mineiro, Gilberto Silva, Elano (Josué) e Anderson (Júlio Baptista)?
E parece que a política do Dunga é a mesma de Parreira e Zagalo: a de queimar jogadores. Se o tal “craque” Anderson jogou aquele futebolzinho digno do time B do grande Porto, por que não tentar o Diego no segundo tempo? Hein? Não, o Júlio Baptista deve ser mais confiável para tentar ganhar a aposta de vencer por pouco, como disse o Olé.
E uma pergunta: Dunga é treinador?



Corrigido às 18h51

Só Robinho salva

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Em dado momento do jogo entre Brasil e Chile éla segunda rodada da Copa América, a seleção tinha nada menos que quatro volantes em campo: Gilberto Silva, Mineiro, Julio Baptista e Josué. Nada mais representativo do futebol mostrado ontem. (É o Dunga fazendo corporativismo na seleção!)

O primeiro tempo foi uma chatice sem tamanho. Agradecimentos especiais ao zagueiro chileno que fez um pênalti desnecessário em Vágner Love. Robinho bateu fraco, o goleiro estava inteiro na bola, mas não conseguiu defender.

No segundo tempo, o futebol foi um pouco melhor, mas não por obra de Dunga, e sim da necessidade chilena de sair um pouco mais para o jogo. O anão substituiu Anderson por Júlio Baptista - não me perguntem por que Diego não entrou - e Elano, machucado, por Josué. Foi aí, com quatro volantes, mas nenhuma relação de causa e conseqüência, que o Brasil ampliou o marcador. Porque havia outro motivo para a melhora do jogo: Robinho.

O jogador já vinha bem em toda a partida. Pedalou no comecinho do jogo, correu, marcou, tentou criar, coitado. Na minha avaliação, ainda foi perseguido pela arbitragem, que inverteu quatro faltas em cima dele e não marcou uma claríssima na lateral da área, o que provocou reclamação e um cartão amarelo para o jogador.

Finalmente com mais espaço, em três minutos Robinho liquidou o jogo. Chamou a responsabilidade e apareceu como a estrela do time. Tomara que continue assim, porque embora a Copa América não empolgue, perder é sempre ruim.

Mas a melhor frase fica para o final. De Dunga, depois do jogo: "Temos um futebol ofensivo, de atletas com qualidade e que desequilibraram. A diferença hoje é que os gols saíram."

Futebol ofensivo é brincadeira.

Site quer facilitar negociação de jogadores

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Já foi comentado neste blogue como empresários de atletas começam a explorar a internet para facilitar a negociação de jogadores, às vezes adolescentes como Maycon Santana. Mas o gerente de sistemas Jorge Mauricio resolveu levar esse tipo de divulgação mais a fundo. Ele criou o site Portal dos Jogadores, no ar desde março e oficialmente com clientes desde maio, voltado para boleiros e empresários destes que queiram estar na vitrine da rede mundial para atrair a atenção de clubes do Brasil e do exterior.

"Tenho um amigo que é jogador e vi como meu outro amigo (suposto empresário dele) fazia para começar uma negociação. Primeiro passo dele era apresentar um DVD com uma compilação dos melhores momentos desse jogador. Normalmente isso é exigido por um clube ou empresário avaliar se ele pode investir tempo para conhecer melhor esse jogador. Mas, na maioria dos casos, ele tem que enviar esse DVD pelo correio", explica Jorge Mauricio em entrevista concedida por e-mail ao Futepoca. "Isso tem um custo razoavelmente alto, ainda mais tratando-se de um contato fora do Brasil. Fora o tempo que demorava pra chegar até ele. Inclusive, ele teve um caso em que ele enviou um DVD para um contato na Polônia e nunca chegou ao destinatário".

Isso, aliado à sua afinidade com as novas tecnologias,o levou a criar um sistema cuja função básica seria armazenar o vídeo de um jogador, junto com seu perfil, que poderia ser administrado pelo seu negociador. "Sabia também que poderia, no futuro, se tornar uma referência para a procura de jogadores, pois a divulgação do site é feita pelos próprios clientes na medida que eles vão enviando o perfil dos jogadores para seus contatos". Confira abaixo outros trechos da entrevista:


Qual a sua média de acessos diários?

Estamos em um crescimento constante. Depois dos primeiros clientes, tínhamos uma média de 35 acessos/dia. Hoje em dia gira em torno de 200 acessos/dia. Mas, vale a pena ressaltar, que ainda não fizemos anúncio em nenhum veículo. Ainda não estamos nessa etapa, pois temos uma meta de 100 jogadores a serem incluídos no site antes de fazer um planejamento de mídia e divulgação.

Algum negócio já foi fechado por meio do site?

Sim. O Thuran teve ajuda do site para enviar seu material para onde está hoje (Vietnã). O Rui está vendo possibilidade de ir para CRB. Através do site ele conheceu o empresário que está negociando a ida dele e mandou seu vídeo para ele. Acredito que alguns outros também possam ter sido negociado com ajuda do site, mas não fico sabendo de todas as transações, somente as que chegam através de amigos.

Alguns atletas, como o Arouca (Fluminense), não tem qualquer contato para falar com o empresário. Ele está ali mais como experiência ou foi de fato um pedido de seu procurador?

O que ocorre é o seguinte: muitas vezes não será o seu procurador oficial que colocará o perfil/vídeo do jogador no site, e sim um parceiro desse procurador/empresário/clube, que talvez tenha um contato imediato para negociar este jogador. Neste caso ele disponibiliza o perfil/vídeos no site para enviar para seu contato, mas com as informações de contato do empresário ocultas. Isso é um recurso disponível no sistema para cada jogador administrado pelo empresário. Serve para não gerar qualquer tipo de especulação ou “fofoca” sobre qualquer tipo de problema.

domingo, julho 01, 2007

De mão beijada, sobrevida a Caio Jr.

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Ao contrário do previsto aqui, o Palmeiras venceu o Corinthians no mais tradicional clássico paulista. O gol de Dininho aos 46 minutos da primeira etapa que abriu e selou o placar saiu de uma jogada ensaiada. Gol de bola parada, para usar a terminologia do próprio treinador alvi-verde em partidas anteriores.

Sem Finazzi, o Timão deixou a desejar no ataque e, apesar de ter criado chances de gol, não resolveu. Não que a manchete do Diário de S.Paulo deva ser levada ao pé da letra ("Palmeiras vence e dá olé"), mas tampouco se pode dizer que o Corinthians, depois de duas semanas de treinos voltados exclusivamente ao clássico, tenha merecido sequer o empate. O jogo não foi bom tecnicamente.

Mas o Verdão ganhou. E (só) isso importa.

Caio Jr. ganha força num momento importante. Sem Marcos, David, Edmundo, Valdívia, Max, Osmar, Michael, Alemão, vence e se mantém. Segundo o parceiro Observatório Verde, o treinador ex-Paraná, teria encontrado a fórmula da omelete sem ovos. É exagero.

Durante a semana, o diretor de futebol, Gilberto Cipullo bateu no peito para dizer que Caio Jr. tinha o apoio da diretoria. Arriscou o pescoço e se deu bem.

Claro que sem vitória na próxima rodada, a crise não tarda a voltar. Mas o Corinthians deu, de mão beijada, sobrevida ao Caio Jr.

O calvário da Vila

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Site oficial do Santos FC

O Santos sem Kléber, Maldonado, Cléber Santana e ainda enviuvado de Zé Roberto. o Grêmio sem Carlos Eduardo, Teco, Tuta, Tcheco e sentindo falta ao menos como opção do recentemente "exportado" Lucas. Deu no que deu. Um dos piores jogos tecnicamente do Brasileiro, um 0 a 0 digno de nota... zero. Uma defesa de Fábio Costa ( o único lance bonito do jogo, não a conclusão, mas a espalmada) e diversas bolas jogadas pra fora garantiram que o torcedor mais otimista superasse o bode da feijoada e não desmaiasse. Saudações a quem foi à Vila Belmiro e resistiu a esse verdadeiro martírio.

O alçapão no Brasileiro, de panela de pressão para os advesários virou aramadilha pro próprio Santos. Quatro partidas, nenhuma vitória, dois empates e duas derrotas. E a torcida nem fica cornetando como os palmeirenses, mas tem poiado a equipe de cabo a rabo. Explicações? Perguntar ao manager Vanderlei Luxemburgo.

Aliás, o treinador resolveu tirar Marcos Aurélio e Renatinho, colocando o prata da casa Wesley desde o início. O garoto já tinha sido jogado na fogueira na partida anterior contra o São Paulo e fez o que fez naquela partida: absolutamente nada. Pode ser bom, tem ténica, mas ou Luxa está queimando o rapaz ou está sinalizando que quer sair.

Como fator positivo, a partida não foi violenta (o que, por outro lado, realçou a monotonia) e a torcida santista viu Vitor Junior (foto), recém-contratado junto ao Sport, entrar bem, embora tenha sido insuficiente. De resto, os peixeiros lamentaram a decisão do Nelson Rodrigues, da seleção sub-20, de não ter levado o lateral-esquerdo Carlinhos pra equipe. Melhor vê-lo longe do que com a 3 do Alvinegro. Enquanto isso, "comemoram" também a volta do "matador" Geílson do futebol árabe. Pelo menos ele conseguia perder gol.

*****

E não é que o Milsouse ganhou sobrevida no Verdão?

sexta-feira, junho 29, 2007

Amanhã começa o Mundial

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Sem cair na ladainha de "craques do futuro", quem quiser acompanhar bons jogos de futebol terá a oportunidade de fazê-lo a partir de amanhã. Com a peleja entre Brasil e Polônia, começa o Mundial Sub-20, no Canadá.

O favoritismo cai, indiscutivelmente, sobre brasileiros e argentinos. Não por uma análise simplista de "viva o futebol latino-americano", mas é porque são mesmo esses times que vêm com os principais atletas. O Brasil chega com a estrela Alexandre Pato e nomes que geram interesse como Jô e Renato Augusto. O desfalque surpreendente de Lucas, que deixou a seleção de última hora, tira um pouco da qualidade do time, mas nada que abale o favoritismo brasileiro.

A Argentina também tem nomes de relevância - os dois principais são Kun Aguero, ex-Independiente e que hoje joga no Atlético de Madrid, e Mauro Zárate, titular do Vélez Sarsfield na boa campanha na Libertadores desse ano.

Merece destaque também o México, que escalará a base campeã mundial sub-17 em 2005, com os meninos-prodígio Carlos Vela e Giovanni dos Santos.

Do lado europeu, as seleções participantes formam um grupo um tanto quanto curioso. Nada de Alemanha, Itália ou Inglaterra; quem representa o velho continente são as potências Escócia, Áustria, Polônia, Portugal, República Tcheca e Espanha.

Pra quem gosta de jogos "alternativos", o Mundial será também uma boa pedida. Senão, em que competição poderíamos ver clássicos como Canadá x Congo (Grupo A), Jordânia x Zâmbia (Grupo B), Nova Zelândia x Gâmbia (Grupo C) e Coréia do Norte x Panamá (Grupo E)?

Ah, e eu fiz um perfil de todas as seleções participantes no http://www.futebase.blogspot.com/. Confiram lá!

São Vicente municia Santos

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Deu no Lance! de hoje. São Vicente fornece mais jogadores para o Santos do que a própria cidade que abriga o clube. No elenco atual do time, há quatro atletas que nasceram na primeira cidade do Brasil, fundada pelo saudoso Martim Afonso de Sousa. Os calungas (diz-se de quem nasce na cidade): o goleiro Felipe, o zagueiro Marcelo, o volante Adriano e o atacante Renatinho. Tirando o arqueiro, todos os outros três passaram pelo São Vicente Atlético Clube, que hoje disputa a Série B do Paulista (que corresponde à quarta divisão).

Curioso é que a vizinha de Santos (pra quem não sabe, duas linhas imaginárias separam uma cidade da outra, que ficam na mesma ilha) já deu ao time seu atleta mais caro. Robinho é de lá, deu seus primeiros passos no futsal no clube Beira-Mar, indo depois para o Portuários.

O segundo maior artilheiro da história do time, José Macia, o Pepe, com 405 gols (marca que lhe daria a artilharia máxima de qualquer dos rivais do trio de ferro), também tem uma história ligada a São Vicente. Embora na certidão seja natural de Santos, talvez seja aquele caso de naturalidade "de cartório" (só o registro seria de lá, segundo especulação desse que escreve) ou ainda o caso de ter somente nascido em algum hospital dali e voltado pra São Vicente.

O fato é que passou a infância e também foi iniciado no futebol em São Vicente, mais exatamente no glorioso clube Continental, do bairro da Vila Melo. Segundo testemunhos de quem morava ali na época, passava garoto acompanhando seu pai na carroça que o mesmo usava para divulgar e entregar os produtos de sua mercearia. O pai, espanhol rigoroso, não escondia o descontentamento em ver o filho fazer carreira no futebol. Preferia que ele continuasse no seu negócio. Sorte do futebol que o garoto o desobedeceu.

O febeapá mais atual que nunca

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Para quem não tem idade nem lembra (é bom esclarecer que lembro, mas não tenho idade para tanto), o Febeapá era o Festival de Besteiras que Assola o País, do genial Stanislaw Pontepreta, pseudônimo do jornalista carioca Sergio Porto, já falecido, mas que faz falta...

Estou procurando material para um artiguinho sobre a leviandade jornalística atual, daí voltar ao autor. Mas vale a pena relembrar alguns trechos de suas colunas, que estão no link http://www.releituras.com/spontepreta_festival.asp


Disse Stanislaw no FEBEAPA 2:

"É difícil ao historiador precisar o dia em que o Festival de Besteira começou a assolar o País. Pouco depois da "redentora", cocorocas de diversas classes sociais e algumas autoridades que geralmente se dizem "otoridades", sentindo a oportunidade de aparecer, já que a "redentora", entre outras coisas, incentivou a política do dedurismo (corruptela de dedo-durismo, isto é, a arte de apontar com o dedo um colega, um vizinho, o próximo enfim, como corrupto ou subversivo — alguns apontavam dois dedos duros, para ambas as coisas), iniciaram essa feia prática, advindo daí cada besteira que eu vou te contar".

Alguns trechos:

"O mal do Brasil é ter sido descoberto por estrangeiros" (Deputado Índio do Brasil, Assembléia do Rio).


O cidadão Aírton Gomes de Araújo, natural de Brejo Santo, no Ceará, era preso pelo 23.º Batalhão de Caçadores, acusado de ter ofendido "um símbolo nacional", só porque disse que o pescoço do Marechal Castelo Branco parecia pescoço de tartaruga e logo depois desagravava o dito símbolo, quando declarava que não era o pescoço de S. Exa. que parecia com o da tartaruga: o da tartaruga é que parecia com o de S. Exa.

Quando a Censura Federal proibiu em Brasília a encenação da peça Um Bonde Chamado Desejo, a atriz Maria Fernanda foi procurar o Deputado Ernani Sátiro para que o mesmo agisse em defesa da classe teatral. Lá pelas tantas, a atriz deu um grito de "viva a Democracia". O senhor Ernani Sátiro na mesma hora retrucou: "Insulto eu não tolero".

Em Campos (RJ) ocorria um fato espantoso: a Associação Comercial da cidade organizou um júri simbólico de Adolph Hitler, sob o patrocínio do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito. Ao final do julgamento Hitler foi absolvido.

A mini-saia era lançada no Rio e execrada em Belo Horizonte, onde o Delegado de Costumes (inclusive costumes femininos), declarava aos jornais que prenderia o costureiro francês Pierre Cardin (bicharoca parisiense responsável pelo referido lançamento), caso aparecesse na capital mineira "para dar espetáculos obscenos, com seus vestidos decotados e saias curtas". E acrescentava furioso: "A tradição de moral e pudor dos mineiros será preservada sempre". Toda essa cocorocada iria influenciar um deputado estadual de lá — Lourival Pereira da Silva — que fez um discurso na Câmara sobre o tema "Ninguém levantará a saia da Mulher Mineira".

Textos extraídos dos livros "O Festival de Besteira que Assola o País", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966, "2.º Festival de Besteira que Assola o País", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1967, e "Na Terra do Crioulo (A máquina de fazer) Doido - FEBEAPA 3", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1968, págs. diversas.

O "fenômeno" Maycon Santana

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Já não é novidade ver um jogador contratado por vídeo. Muitos times - inclusive grandes, ou principalmente estes - acabaram por cometer esse tipo de leviandade. Hoje, já temos os DVDs, também instrumento importante para propiciar a transferência de um atleta. Mas, agora, com o advento do YouTube, temos os jogadores que começaram a fazer sua campanha de marketing pessoal pela internet.

É o caso do "fenômeno" Maycon Santana. Ele tem somente 15 anos e joga nas divisões de base do Vitória. Um dos vídeos do garoto no site já conta, até a noite de ontem, com a inacreditável marca de 78,241 visitas. É pouco, seu nome já alcançou muitos outros cantos da rede. Provavelmente tem algum conhecido ou parente que manje minimamente de computador e faz trabalho de spam (algo que o glorioso Afonso Alves já fez, com um pau mandado plantando comentários com teor laudatório em blogs de esporte, inclusive neste Futepoca).

Assim, com divulgação pouco confiável, um vídeo em que suas firulas são enaltecidas mas pouco se pode ver das conclusões das jogadas (se a bola realmente entra no gol, por exemplo, um pequeno detalhe para um boleiro), muitos se derreteram pelo pretenso craque. No Orkut, por exemplo, são mais de mil citações sobre o garoto e sempre com alguém inocentemente propondo que se assista o vídeo com seus malabarismos. São inserções em comunidades do Flamengo, Corinthians, São Paulo, Coritiba etc.

Mas quem parece que caiu no conto foi o Flamengo. Deu a notícia de que um dos responsáveis pelas divisões de base do Mengo, o ex-jogador Adílio, vai até a boa terra para olhar o garoto. Teve até publicitário flamenguista comparando o moleque com o Messi. Seria tudo isso desespero?

Mas é inegável como o rapaz contou com uma estratégia - provavelmente até amadora - para fazer seu nome. Coisas da internet. Se é algo que valha, o Adílio vai avaliar. Os flamenguistas estarão de frente a um novo Zico ou é somente sinal de desespero?