Destaques

terça-feira, setembro 25, 2007

Argentinos mostram força no Mundial Gay

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Começou ontem o Mundial de Futebol Gay, promovido pela Associação Internacional de Futebol Gay e Lésbico (IGLFA) em Buenos Aires, na Argentina. Essa é a oitava edição da competição, iniciada em 1997 e 28 equipes disputam o título.

Os selecionados que representam o país-sede já mostraram toda sua força na primeira rodada. Diante de três adversários norte-americanos os argentinos levaram a melhor. Os Dogos SN venceram por 7 a 0 o Atlanta Hot, já os Dogos RN ganharam por 5 a 2 dos DC Feds. Outro representante portenho, o Amerika, venceu por 2 a 0 o SF Spikes.

Na cerimônia de abertura, estiveram presentes o subsecretário de Esportes de Buenos Aires, Claudio Andrilli, o presidente da Comunidade Homossexual, César Cigliutti, e o representante da Associação de Futebol Argentina (AFA) Daniel Pellegrino. A Argentina é o primeiro país da América Latina cuja federação de futebol reconhece de forma oficial uma seleção homossexual.

Ainda durante a abertura foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Aids e todos os membros das 28 equipes se reuniram em torno da bandeira do arco-íris, símbolo dos movimentos homossexuais.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Com a voz da experiência

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No programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o apresentador Flávio Prado perguntava aos presentes se o São Paulo já é campeão brasileiro. Como se desse um recado aos dirigentes do Cruzeiro, o conselheiro curintiano Romeu Tuma Júnior (foto) respondeu: "- Só perde se houver uma reviravolta muito grande. Precisava aparecer outro juiz igual aquele de 2005 (referindo-se a Edílson Pereira de Carvalho), daí mudava tudo". Juro: ele usou a expressão "precisava", mesmo. E falou isso sério, pensativo. Ninguém deu risada ou entendeu a coisa como brincadeira. Preferiram fingir que não ouviram e mudaram de assunto.

Empate de erros

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Nada a comemorar no jogo do Galo contra o Inter no Mineirão.

O alvinegro fez bom primeiro tempo, perdeu uns cinco gols claros, inclusive um pênalti. A tragédia começou no segundo, em que em duas bobeiras da defesa o time gaúcho fez dois gols de cabeça, num deles com todo mundo olhando o Fernandão subir sozinho de cabeça.

Quando tudo parecia perdido, com mais de 40 minutos do segundo tempo, a torcida em casa gritando olé para o adversário e o Inter pedendo várias chances de fazer o terceiro, eis que numa cobrança de falta o zagueiro sobe, a bola chora, o goleiro tira de dentro da linha, mas o juiz felizmente marca corretamente o gol.

Saída, aos 44, o lateral do galo invade a área pela direita, cruza e Vanderlei, que entrara há pouco tempo, empata. Nova saída e, aos 47, o Galo tem a chance de fazer o terceiro e ganhar o jogo. O goleiro Renan, que falhara antes, se redime e defende.

No festival de erros que foi o jogo, acabou sendo um empate justo.

Mas alguns destaques. Primeiro, nenhum time que queira algo no campeonato pode perder tantos pênaltis. Lembrem-se do perdido contra o São Paulo aos 45 do segundo tempo.

Segundo, nunca vi dar certo, mas ontem, no desespero, o Leão chegou a botar quatro atacantes, três deles centroavantes. Teve de corrigir porque um dos atacantes, Éder Luiz, o melhor até então no jogo e o único de velociodade, se machucou, e ele pôs um meia, o Tchô. Mas ficou com três atacantes e só um volante.

Terceiro, nada disso teria dado certo se a defesa do Inter não errasse tanto. Parece muito maltreinada. E entrega no final do jogo.

Conclusão com uma historinha. Quando o Galo caiu, em 2005, eu vi que a coisa daria errado no dia em que estava ganhando de 2 a 0 do Fortleza, em casa, aos 20 minutos do segundo tempo e tomou uma virada para 3 a 2.

Ontem, pela situação, fiquei com a sensação que este ano não cai. É daqueles empates, que mesmo proporcionado por erros do próprio time, dão moral.

Outro dado interessante deste campeonato. Existem nove times entre os 33 e os 36 pontos. Com uma vitória é possível chegar ao 12, 13 lugar. Com duas derrotas, o Inter, o nono, pode ir para o G4 fatal.

Se na parte de cima da tabela os Bambis já são campeões, o título da segundona em 2008 ainda será muito disputado.

Carros como armas

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Reprodução
Não tenho nada a ver com a vida do ótimo ex-centroavante Casagrande (na foto, socorrido pelos bombeiros), mas a cobertura de seu acidente na chamada mídia televisiva é “blindada” por um corporativismo ridículo. Até a concorrência fez uma cobertura lamentavelmente acrítica: no programa Bate Bola de domingo, o estridente pretenso narrador Paulo Andrade, da ESPN Brasil, deu vivas às boas notícias da noite, segundo as quais o acidentado já estava bem melhor. Não que eu quisesse que o cara tivesse se dado mais mal ainda, mas não tem questionamento nenhum, não?

Quem conhece a região onde se deu o acidente de sábado à noite há de se perguntar: como ele pode ter capotado um Jeep Cherokee ali daquele jeito? A rua Tito – paralela à rua Coriolano, próximo às ruas Camilo, Aurélia e Catão –, é tranqüila, estreita e tem pouco movimento à noite. É difícil imaginar como alguém pode ter batido e arrastado quatro automóveis, sendo que dois ficaram “completamente destruídos”, e ainda ter capotado naquele local da Vila Romana, entre a Lapa e a Vila Pompéia, na zona Oeste da capital.

Já que ninguém pergunta, pergunto eu: como?

O próprio ex-atleta, segundo as reportagens que li, disse aos policiais que toma tranqüilizantes e havia ingerido pequena quantidade de vinho. Ah, tá.

A sorte é que, justamente por ser um local tranqüilo, o acidente não feriu nem matou ninguém. Sorte de quem, por fatalidade, não estava ali.

Se não tenho nada a ver com a vida do Casão, como cidadão acho terrível que celebridades usem seus carrões nas ruas como se usassem armas. E ninguém fala nada.

Duro de assistir...

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Gostaria de discordar do tom do post do Anselmo sobre o Derby de ontem, mas não posso. O Corinthians praticamente não jogou. O Palmeiras, que também fez muito pouco, foi mais alto que o Nelson Ned, numa comparação politicamente incorreta. O jogo foi duro de assistir, óbvio que ainda pior para os corintianos.

É uma tristeza ver o meu time tão desorganizado, tão sem pé nem cabeça. Ficou todo mundo lá atrás quase o jogo todo e mesmo assim não conseguia se defender de forma segura, estourava tudo em Felipe. Os contra-ataques morriam numa enxurrada poucas vezes vista de passes errados.

Meu pai disse que falta atitude para os jogadores do Corinthians. Talvez, mas eu acho que o problema é de limitação técnica e tática mesmo.

Sobre tática, levanto uma questão. Depois do gol alvi-verde, o Timão resolveu ir para a frente e passou a sofrer menos. Não teve nenhuma chance claríssima, mas tomou menos sufoco. É praticamente consenso que, quando seu time é ruim, monte uma retranca. Será que isso sempre se aplica?

Bêbado em ladeira

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A vitória de 1 a 0 do Palmeiras sobre o Corinthians no Morumbi, no domingo, 23, teve resultados extremados na tabela. Enquanto o alviverde foi parar entre os quatro primeiros, o alvinegro de crises mil, foi para o G4 que ninguém quer estar: o do rebaixamento.

Vitória foi magra, mas foram quatro as defesas de Felipe, o arqueiro instável. Apenas uma de jogada individual de Caio. O restante, embora em importantes jogadas, saíram de escanteios e quetais. O próprio tento verde-limão-siciliano saiu em cruzamento a partir lance de bola parada.

A questão é que, se o Palmeiras não foi brilhante, fez o suficiente para criar a impressão de que foi bem superior ao adversário sem-estádio, sem-técnico, sem-presidente. É a comparação com um time bêbado em ladeira, devidamente empurrado.

Mesmo assim, é bom ganhar do Corinthians. Vida longa à ladeira e à embriaguez alvinegras.

sábado, setembro 22, 2007

Reprise

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A imagem é do blog Peixe-Palhaço e a Placar de fevereiro de 1971 mostra que escândalo no Corinthians não é propriamente uma novidade...

sexta-feira, setembro 21, 2007

João Paulo Cunha, mídia, ‘mensalão’ e CPMF

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Eduardo Metroviche
Esta semana, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) deu uma entrevista ao repórter Leandro Conceição, do jornal Visão Oeste, de Osasco, que por acaso eu edito. Um dos temas sobre os quais ele falou, claro, é um dos que mais abordamos aqui no Futepoca: mídia. “Aquela faixa na comemoração da vitória do Lula na Paulista era e é uma frase emblemática: ‘o povo derrotou a mídia’. É verdade, a mídia continua fazendo o papel que a oposição não consegue fazer”, disse.

Evidentemente, ele é questionado sobre o chamado “mensalão” e diz por que é a favor da CPMF. Ser contra a CPMF hoje é um dos lugares-comuns mais difundidos, embora a maioria que diz ser contra não saiba explicar a não ser com os chavões de sempre.

Enfim, a quem interessar possa, a entrevista está aqui.

Movimento Fica, Dualib sofre Golpe

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Ainda não é mortal, mas o movimento Fica, Dualib sofreu grande golpe nesta sexta-feira. Segundo o ex-jornalista e atual sei-lá-o-quê Juca Kfouri, nosso herói enviou nesta sexta-feira carta de renúncia à presidência do clube.

Hoje à tarde, o presidente do Conselho Deliberativo formalizará a decisão e convocará eleições.

Que pena, como farão agora os adeptos do movimento com o ex-presidente saindo do Curinthia antes de terminar sua obra, o time na segundona?

Mas acho que o próximo habitante da presidência do Parque São Jorge conseguirá o feito ainda neste ano...

Adriano bebia até para dormir

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Mostra de que dois dos pilares do Futepoca andam muito juntos são as notícias sobre o comportamento do centroavante Adriano, da Inter de Milão e titular da seleção brasileira na Copa de 2006. Nesta sexta-feira, 21, ele admitiu, segundo a Agência EFE, que bebia até para dormir.

O figura havia sido flagrado molhando a palavra por diversas vezes, e exagerando outras tantas. Os efeitos soníferos do álcool não são conhecidos pelos autores do Futepoca exceto por meio da literatura, já que reina aqui o comedimento.

De tantos problemas com a água que passarinho não bebe, Adriano não foi inscrito na Liga dos Campeões. Mesmo não sendo um problema exclusivo o brasileiro, o fato é que as noitadas reduziram o desempenho do "Imperador".

Adriano reconheceu ter perdido um ano e meio de sua vida, mas explicou que são coisas que podem ocorrer com qualquer um. E que o importante é que a gente aprende com essas coisas. De volta aos gramados, ninguém sabe se ele voltará a ser ídolo do clube italiano.

A distância do filho e da mãe, até este ano, e outros motivos que ele não revela por completo o deixaram deprimidos. Felicidade o salário milionário não garantiu. "É claro que o dinheiro ajuda, mas a felicidade não pode ser comprada. Quando você está mal, o dinheiro não te ajuda", ensina.

O diagnóstico da família do atleta é de que ele é uma boa pessoa, o que faz com que muita gente queira se aproveitar disso para enganá-lo. Ele não explicou quais foram os contextos em que ele foi enganado nem quantas ele tinha tomado antes desses episódios. Mas a existência desses aproveitadores reforça a teoria do mestre Mouzar Benedito, ex-jurado de concursos de cachaça, de que, para o pessoal parar de beber, teria que, antes, melhorar o mundo.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Ana Paula só volta aos gramados em 2008

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A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira foi reprovada no teste físico anual da Fifa na tarde desta quinta-feira, 20. Ela está com uma inflamação óssea no tornozelo. A recuperação deve durar mais do que cinco dias, prazo para o próximo teste, na terça-feira. Por isso, ela só deve retornar aos gramados em 2008, no Campeonato Paulista.

Na terça-feira, ela teria uma última chance. A contusão teria ocorrido na preparação e, não fosse a motivação, ela declarou que nem tentaria participar. A reprovação instiga a polêmica a respeito da capacidade ou não das mulheres acompanharem os 90 minutos de um jogo. Como ela adiou o teste da semana passada, fica claro que a inflamação existe.

Na primeira parte, de seis tiros de 40 metros em 6,4 segundos, Ana Paula conseguiu. Mas na fase seguinte, parou na sétima das 20 repetições de corrida. Ela teria 35 segundos para correr 150 metros, seguido de 45 segundos para andar 50 metros e disparar novamente.

A última partida que teve a moça abrilhantando as laterais foi a semifinal da Copa do Brasil, em maio. Na ocasião, a partida entre Botafogo e Figueirense, quando anulou dois gols da equipe carioca e foi posta na geladeira.

Os fãs da bandeirinha terão de se contentar em vê-la na edição de extra da Playboy ou em alguma aparição relâmpago, como o desfile de moda na semana passada.

Divulgação

Desprendimento

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Um grupo de austríacos está tentando mostrar ao mundo, de forma radical, que o que interessa no futebol é a arte, não interesses políticos, econômicos ou coisa que o valha.

Criaram o site Rueckgrat (não sei o que significa) para realizar um abaixo assinado online. Querem que a Áustria desista voluntariamente de jogar e sediar a Eurocopa 2008. O motivo? É nobre:

"A performance da seleção da Áustria é um insulto ao seu senso estético assim como da sua expectativa em relação a esse esporte. A participação deles na Euro 2008 é, para você, uma contradição em si mesma" (tradução porca)

Os voluntários confeccionaram uma camiseta para a campanha. Estranhamente, o formulário para assinar a petição não traz o Brasil (ou qualquer país não europeu, como alertou o comentarista Guillermo) na lista de países. Não podemos ajudar no movimento, oras?

O exemplo dos autríacos nos forçaria a pensar em algo parecido para o campeonato brasileiro?

Cerveja salva vida de dona do bar

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Deu no Diário do Grande ABC. A maior chacina do ano no estado de São Paulo, que vitimou oito pessoas em um bar de Ribeirão Pires, só não teve um desfecho ainda mais trágico por conta de uma cerveja. “Eu só sobrevivi porque estava pegando uma cerveja no freezer na hora em que os tiros começaram”, conta R., de 30 anos, dona do estabelecimento. Como o refrigerador fica na parte de trás do bar, a moça não foi vista pelos atiradores.

O bar foi uma herança do marido, morto há cinco meses. Nas redondezas, sua fama não era muito auspiciosa: o local era conhecido como "bar dos nóias". No entanto, R. nega que houvesse tráfico de drogas ali. “Lá não tinha tráfico como foi falado. Algumas pessoas usavam, mas fora do bar.”

O atual namorado de R., Reinaldo Teodoro de Souza, foi apontado como um dos principais alvos dos criminosos, mas a comerciante nega a possibilidade. “Ele não usava drogas. Eu consumia cocaína e ele ficava bravo comigo. No dia da chacina, eu tinha usado escondida dele. Até o cigarro ele queria que eu largasse.”

Para lamento dos manguaças de lá, o bar não abrirá mais.

Fim do momento programa policial.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Fotógrafo (e manguaça) João Colovatti vira livro

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Colovatti em pleno expediente, descansando seu barrigão entre mendigos em frente ao Diário do Grande ABC (Foto de Luciano Vicioni)

"Como fotógrafo, ele tinha um olhar voltado para as pessoas simples, uma visão muito humanista. Mas sem qualquer posição política. O Colovatti não era engajado em questão nenhuma que não fosse a cachaça". Com estas observações, o repórter fotográfico Marcello Vitorino resume o folclórico colega de profissão João Colovatti, falecido em 2001, aos 56 anos.

Manguaça assumido e empedernido, Colovatti trabalhou no Diário do Grande ABC, em Santo André (SP), entre 1971 e 1993. Todos os que trabalharam com ele contam histórias absurdas sobre porres e palhaçadas. Vitorino, que trabalhou no DGABC entre 1997 e 1999, sempre ouvia esses causos. Por isso, resolveu escrever o livro "Revelações de um anti-herói".

"Entrevistei umas 20 pessoas, inclusive familiares e o próprio Colovatti. Estou fechando os textos e negociando com uma gráfica de São Caetano", revela, com exclusividade, ao FUTEPOCA. Um de seus principais entrevistados foi o repórter fotográfico Luciano Vicioni. "O Colovatti era louco, escondia pinga no meio dos produtos químicos de fotografia e encheu o laboratório de gaiolas com passarinhos", lembra Vicioni, às gargalhadas.

"Um dia, no meio do expediente, ele me perguntou se eu duvidava que ele ia dormir no meio dos mendigos, na rampa de grama em frente ao Diário do Grande ABC. Eu disse que ele tava louco, mas fui atrás. E ele deitou lá com os caras e tirou uma soneca, eu até fotografei", acrescenta. "Teve uma vez que ele foi fotogarafar uma casa abandonada com fama de mal assombrada, em Mauá. Ele entrou sozinho, deu uma cagada no meio da sala e voltou dizendo que, depois disso, nenhum fantasma ia voltar lá!", diverte-se o "discípulo" Vicioni.

O jornalista Walter Venturini também guarda lembrança das loucuras de Colovatti: "Às 10 da manhã ele já parava no primeiro boteco e pedia meia cerveja e um copo de Velho Barreiro. Era a conta. Uma vez, no meio de uma pauta, ele me convenceu a roubar abacate dentro do cemitério da Vila Assunção, em Santo André. Quando a gente tava em cima da árvore, o coveiro apareceu e expulsou todo mundo".

No início dos anos 80, a partir da esquerda: os fotógrafos Luciano Vicioni, Ricardo Hernandes e João Colovatti (Foto do arquivo do Diário do Grande ABC)

Entre as dezenas de histórias compiladas em 150 páginas de entrevistas, Marcello Vitorino destaca uma contada pela repórter Sônia Nabarrete, formanda da primeira turma de Jornalismo da Metodista, de São Bernardo. "Ela lembra que um dia uma mulher foi até o balcão do Diário do Grande ABC reclamar que a vizinha tinha feito um despacho contra ela. E, para provar, carregava o 'kit macumba' embaixo do braço: galinha morta, pipoca, pinga, vela preta e tudo mais", narra Vitorino.
"A mulher dizia que ia botar fogo naquilo. Nesse momento, o Colovatti estava voltando de uma pauta com a Sônia e, ao ouvir a ameaça, passou a mão no litro de cachaça e disse: '-Se vai queimar, então deixa a pinga. É minha!'. E levou embora, não tava nem aí!", conclui o fotógrafo/escritor.
Por essas e outras, "Revelações de um anti-herói" promete uma ótima leitura para os apreciadores da "marvada". Sua benção, João Colovatti! E um gole pro santo!

Uma obra absurda

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Foto: Eduardo Maretti
Lembram do famoso buraco do Metrô, que deixou sete mortos em janeiro de 2007, quando um desabamento destruiu um quarteirão inteiro em Pinheiros (zona Oeste de São Paulo)?
Alguém se lembra de um pronunciamento importante do governador José Serra sobre o caso? A culpa, segundo ele e segundo a imprensa, foi do Consórcio Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez).


Hoje, nova notícia (Na Folha de S. Paulo, para assinantes). “Erro no metrô causa desencontro de túneis”. Isso mesmo, túneis escavados a partir de pontos diferentes, e que deveriam se encontrar, se desalinharam em 80 centímetros nas obras da Via Amarela, no local de conexão dos túneis Caxingui/Três Poderes, (mesma zona oeste). O consórcio responsável diz que não é grave.

A matéria da Folha não cita sequer uma vez os termos “governador”, “José Serra” ou mesmo “governo de São Paulo”. Provavelmente eles não têm nada a ver com isso. São observadores privilegiados da imensa obra.

Mas deu certo alívio ao ler a matéria, porque, pelo menos por enquanto, ninguém atribuiu a culpa pelo desencontro dos túneis ao presidente Lula.

Sábado, 22, dia da virada de copo

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Fora o truco, a sinuca e o dominó, esportes de buteco que todo futepoquense conhece as regras e já praticou na vida, dá uma preguiça danada dessa virada du Kassab, no dia 22, que inclui até declamação de poesia e batalha de DJs. Parece coisa de Kassab...

Como coincide com o dia sem carro, vai aí a sugestão aos manguaças futepoquenses e associados e associadas.

Praticar um esporte recordista em adesão.

A virada de copo.

Não tem regra, só precisa de um conteúdo líquido, necessariamente alcoólico, se possível praticado em grupo na mesa de boteco.

O Vavá pode até organizar o treinamento dos atletas desde hoje.

Aliás, essa história de dia sem carro é plágio do Dia sem Busão e não afeta muito os futepoquenses empedernidos, que têm no bilhete único o passaporte de acesso aos butecos.

Bebamos, pois...

Cerveja faz mais bem a saúde até 15 dias depois de fabricada

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As substâncias benéficas à saúde contidas na cerveja só vão parar no copo até 15 dias depois da data de fabricação. A conclusão que deve nortear a vida dos ébrios de plantão é do mestrado da pesquisadora Priscila Becker Siqueira, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seis meses, a cerveja perde metade de seus compostos benéficos.

Foto: Jornal da Unicamp/Divulgação
O cerne do trabalho da pesquisadora eram as substâncias antioxidantes. Segundo o Jornal da Unicamp, a cada oito ou dez dias, Priscila colhia amostras e realizava cinco testes bioquímicos diferentes para verificar as mudanças decorrentes do envelhecimento.

Ao mesmo tempo, eram feitas as análises sensoriais para quantificação do aroma e sabor. Infelizmente, nenhum dos autores do Futepoca foi convidado, mas os resultados foram alarmantes. Quanto mais passa o tempo, mais aumenta o aroma e o sabor de papelão, o principal indicador sensorial do processo de oxidação da cerveja, e menor quantidade de compostos fenólicos na cerveja mais envelhecida. O prazo de validade médio da cerveja é de seis meses.

A cerveja, ao que consta, é antioxidante e tem compostos fenólicos, quer dizer, previne doenças cardiovasculares e tem atividade antiinflamatória.

terça-feira, setembro 18, 2007

O Triângulo das Bermudas do Palmeiras

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Meu irmão Paulo, palmeirense roxo, costuma reclamar e dizer que o departamento médico do Palmeiras é incompetente. Quem entra ali, não sai mais, diz ele. Eu diria que é uma espécie de triângulo das Bermudas. Já ouvi até comentários de que Osama Bin Laden pode estar escondido lá, e não nas montanhas ou cavernas onde todos acham que está.

O cara que vai para o DM do Alviverde corre risco de desaparecer ou tirar longas férias dos gramados. O caso mais recente é o chileno Valdívia, que já era considerado a arma para o clássico contra o Corinthians domingo, mas... Ao contrário do que previam os médicos, o atacante voltou a sentir dores lombares e virou dúvida para o clássico. Ele está contundido desde 29 de agosto, dia do jogo com o São Paulo.

Um cara com dores lombares no Palmeiras fica tanto tempo no DM quanto um que tem distensão muscular em outro clube.

Mas tem uma boa notícia para os palmeirenses. O goleiro Marcos, depois de um tratamentozinho de seis meses, finalmente está pronto para voltar, segundo os médicos do clube. Deve ficar no banco, domingo. Mas é bom esperar, porque pode voltar ao tratamento antes disso.

'Quadrilha' furta camisa do Palmeiras

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Quando eu digo que na minha cidade só tem palmeirense, tem quem não acredita. Pois vejamos essa nota da Tribuna de Taquaritinga:

Ladrões são filmados furtando camisas de times

O gerente de uma loja de calçados e artigos esportivos registrou o furto de 11 camisetas de clubes de futebol e de passeio, na tarde da última terça-feira (11), na Rua Prudente de Moraes. De acordo com o boletim de ocorrência, dois homens e uma mulher entraram na loja e, enquanto a moça distraía a vendedora, os rapazes furtavam as camisas, dentre elas, uma do Palmeiras. Segundo as informações do gerente, o sistema de segurança flagrou e registrou as imagens através das câmeras no momento do furto. A Polícia Civil de Taquaritinga investiga o caso.

Ps.1: Taquaritinga fica no interior de São Paulo.

Ps.2: E quem disse que a Polícia Civil de Taquaritinga não trabalha, hein?

A sutileza da grande mídia

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Como diria a filósofa e futepoquense honorária Brunna, se você fica prestando muita atenção nas coisas realmente não dá vontade de fazer mais nada. Mas os chatos já nascem assim e só aprimoram sua verve durante a estada no mundo material. Assumindo plenamente a condição e não tendo a mais tênue intenção de mudar, não dá pra não se sentir idiota lendo os jornalões brasileiros. Hoje a Folha On Line traz um claro exemplo disso.

A matéria é intitulada "Ministro atuou no mensalão mineiro, diz PF", destacando que o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia (PTB), para indicar políticos que receberiam dinheiro da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB). O esquema é tucano, pra campanha tucana, feita por tucano e o destaque é... o ministro do Lula. Que, à época, era aliado... dos tucanos.

Vamos relevar isso. Relevemos também o fato do envolvimento de Aécio Neves, figura de proa do tucanato, estar escondido depois do meio da matéria. Vamos às questões semânticas. O site/jornal já definiu o marcador "mensalão mineiro". Sim, o tal esquema pertence ao estado, não a um partido. No texto, a expressão "mensalão mineiro" aparece cinco vezes.

Já quando se faz analogia ao similar petista, as expressões são mais, digamos, "assertivas". A expressão "mensalão petista" aparece duas vezes e "esquema petista" aparece uma. Ainda que a notícia se relacione com o partido de Azeredo, a sigla PSDB aparece duas vezes, o mesmo número de PT. Em nenhum trecho pode ser lida a palavra "tucano". Nem Goebbels faria melhor. E parece que é muito natural isso, fazem sem qualquer esforço.