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quarta-feira, junho 27, 2007

E agora, Congresso?

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É impressionante como o Legislativo brasileiro só se mexe por conta de escândalos. Quando não é na produção destes, é na tentativa de apagar o incêndio por estes proporcionados. Atualmente o assunto é a cassação (ou não) de Renan Calheiros; o tema será sucedido pela discussão das irregularidades de Joaquim Roriz; e antes desses vieram tantas outras confusões que nem vem ao caso ficar citando.

O mais complicado é detectar que o trabalho do Legislativo praticamente pára por conta disso tudo. Convenhamos, os deputados e senadores brasileiros já não são os maiores adeptos da labuta, haja vista suas férias prolongadas e a semana de três dias; mas quando uma confusão se configura, aí que isso fica mais perceptível que nunca.

Tomemos como exemplo o caso da emenda 3. O assunto estourou no início do ano, vindo na esteira da criação da Super Receita. O projeto era polêmico e retirava dos fiscais do trabalho o poder de apontar se uma relação entre duas pessoas jurídicas era fraudulenta. Lula vetou a emenda, o Congresso estudava derrubar o veto presidencial, o ministro Guido Mantega ficou de apresentar uma contra-proposta consensual... e até agora nada!

Ficamos tão preocupados em ver se Calheiros pagou ou não sua pensão à Mônica Veloso que deixamos passar esse debate, dos mais importantes para todo o universo trabalhista. Sabe aquela história de "urgente/importante", que diz que se ficarmos unicamente focados no "urgente" não cuidamos do "importante", que é o que realmente deve ser levado em conta? Então.

1 comentários:

Marcão disse...

A mídia pauta o Congresso. Se a Veja insistir na história de que o Lula é um bêbado, é capaz de abrirem a "CPI da Manguaça" e convocarem os diretores da Ambev e os futepoquenses pra depor.

E enquanto isso, o buraco do metrô...ah, como era grande!