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terça-feira, abril 15, 2008

Vanderlei, o vidente

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Egolatria, de acordo com definição do dicionário Houaiss: amor exagerado pelo próprio eu; culto de si mesmo; egotismo. Esse prêmbulo é necessário para avaliar a declaração do treinador Vanderlei Luxemburgo, após a derrota do Palmeiras para o São Paulo, no domingo. Na coletiva, foi questionado a respeito de Kléber não ter cumprimentado Denílson, que entrou em seu lugar. Daí, o "vidente" justificou a substituição com essa:

- Eu pensei que poderia ter um pênalti, como aconteceu, e o Alex teria de ficar para bater. Por isso, saiu o Kléber.

Pobre Palmeiras que depende de um jogador só para cobrar... pênaltis! Mas bem aventurado seja por ter um treinador que consegue prever o que vai acontecer na partida, na linha do inesquecível Valter Mercado (foto). E olha que o Robério de Ogum nem anda mais com Luxa...

4 comentários:

Marcão disse...

Ué, mas o Valdívia, o Diego Souza, o Léo Lima e o Denílson não batem pênaltis?

Anselmo disse...

a explicação é esdruxula.

sei lá se o luxemburgo querque o alex mineiro seja artilheiro...

luxemburgo foi surpreendido pelo muricy e isso não vale nada pra imprensa. não tô dizendo qeu o técnico tricolor seja um gênio incompreendido, mas o luxemburgo demorou pra acertar o time no segundo tempo e não conseguiu organizar o time pra se defender das bolas aéreas. Diz que treinou de portas fechadas à exaustão, mas ta lá o gol do adriano...

em tempo, o luxemburgo tbem disse que não gostou da reação do atacante: "Egoísmo e vaidade não levam a nada", ensinou V. (Mercado) Luxemburgo.

Marcão disse...

Eu também não entendi a tardia reação tática do Luxemburgo no jogo de domingo. Na goleada da primeira fase, o São Paulo também dominou o primeiro tempo mas, logo no início da segunda etapa, Luxemburgo forçou o ataque nas laterais e, por ali, Elder Granja, Léo Lima e Diego Souza construíram as jogadas que terminaram em pênaltis. Por que Luxemburgo esperou até 30 do segundo tempo, dessa vez, para forçar nas laterais com Denílson e Lenny (já que Elder Granja, Leo Lima e Diego Souza não estavam inspirados)? O São Paulo levou sufoco até o final, o empate quase saiu. Se as alterações tivessem ocorrido no intervalo, talvez o Palmeiras tivesse virado o jogo.

pedro disse...

Marcão, Anselmo e Glauco.

Não tenho procuração do Luxemburgo mas vou explicar como vejo as coisas. No primeiro tempo o Palmeiras dominou o jogo, controlou a bola e teve as melhores chances (claro que para quem acha que o time do São Paulo é péssimo e o do Plameiras era dez vezes melhor, isso é pouco o treinador foi um burro). Tomou um gol de mão e fez alguma faltas perigosas perto da área.

Comparando com o jogo dos 4X1 o gramado estava péssimo, o São Paulo fez um primeiro tempo mais perigoso, com mais posse de bola, jogo igual, mas o Palmeiras estava com muito mais gana naquele jogo (em reação ao São Paulo, que fique claro). No intervalo o Luxa tirou o Wendell e pôs o Martinez para ganhar as bolas altas única alternativa do São Paulo que tinha pouca chance de contra atacar devido ao lastimável estado do gramado. O Denílson entrou depois.

Voltando ao jogo de domingo passado. O Luxa não quis arriscar o Martinez no Pierre. O Pierre é melhor do que o Wendell, o campo não estava tão ruim o que dava alguma chance ao contra ataque do São Paulo, um jogador mordedor e rápido no meio de campo seria útil. E o Palmeiras entrega em uma decisão um gol aos 2 minutos. Vocês tem que concordar que tudo que poderia dar errado deu: erro do juíz, falha individual. E tudo isso contra um time forte.

O Denílson entrou junto com o Martinez lá pelos 15 minutos (e não 30). A cartada desesperada do Lenny no Granja foi lá pelos 25 minutos. Bastante ousada e deu certo.

Dito isso, acho que tanto Muricy quanto o Luxa são ótimos treinadores e entendem do riscado. E devem mesmo ser arrogantes quando vão discutir com gente como nós que pouco entendemos ... futebol é um barato porque dá para todos discutirmos, mas há que se reconhecer competência onde ela existe.

No meu ramo de atuação é mais fácil ser arrogante.

Pedro.