Destaques

Mostrando postagens com marcador Jucilei. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jucilei. Mostrar todas as postagens

terça-feira, março 08, 2011

Jucilei e a Gaviões: torcida cobra jogador? Jogador cobra a torcida (Ou não)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quem segue o Twitter do ex-corintiano Jucilei, viu um tweet em que o atleta teria aproveitado para dar uma vingadinha em cima da Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians famosa por cobrar, muitas vezes de forma pouco delicada, os atletas do time. A onda pelo Twitter teria se dado por conta do desempenho da "torcida que samba" no carnaval: quinto lugar, ficando atrás da rival Mancha Verde.

Todas as condicionais do parágrafo acima se devem ao fato de que Jucilei, mais tarde, apagou o dito tweet dizendo que sua conta na rede social tinha sido invadida. Disse ele: "Galera meu primo acabou de ligar dizendo que tem uma mensagem estranha no meu twitter.... Eu li e alguem escreveu essa besteira..". Na sequência, falou que "Eu so (sic) tenho a agradecer ao Corinthians e toda a torcida por tudo quebaconteceu (sic) na minha carreira. Valeu galera". Pra quem não viu, a mensagem apagada está aqui:


Especulações claro que já surgiram, mas se o jogador diz que não escreveu, que se dê crédito a ele. De qualquer forma, fica a lição: torcedor que acha que agredir jogador, quebrar carro, fazer emboscada, não interfere (negativamente) no desempenho e na decisão de atletas para permanecerem no clube, melhor repensar seus métodos...

O narrador Milton Leite também aproveitou pra questionar:


Atualizado às 20:55.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Um lento começo de ano

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A diretoria do Corinthians deve ter pensado que uma proposta irrecusável garantiria Ronaldinho Gaúcho no time, peça que a meu ver cairia como uma luva no time, mesmo que o seu prazo de validade fosse o mesmo de seu xará Gorducho: um semestre. O desenrolar do episódio foi, a meu ver, bem descrito pelo Marcelo do Vertebrais, aqui. Conversas para trazer Luis Fabiano, com a ajuda do celular do Roberto Carlos, também dispersaram ao vento. Tivesse sido bem sucedido nas duas “negociações”, o Corinthians teria resolvido suas principais lacunas, um meia criativo e um atacante decisivo. Palavras ao vento.

Após um bom brasileiro, em que o Timão esteve muito próximo do título, pode considerar sua base montada. E, de fato, o time não é mau: Julio Cesar é um bom goleiro, Chicão já não é um menino mas é um bom líder na zaga, Roberto Carlos continua rendendo bem acima da média dos laterais esquerdos em geral; Ralf e Jucilei formam uma excelente dupla de volantes, com características complementares; Bruno César é um bom meia-atacante, com rompantes geniais e com condições de crescer, Dentinho e Jorge Henrique são muito bons como "segundos-atacantes". Se pudéssemos de fato contar com Ronaldo, teríamos um time bem difícil de bater.

Mas o que todos veem (está em toda a mídia) é um time pesado, sem condicionamento físico para entrar num campeonato como a Libertadores. Nessa hora, a juventude faz falta, pois se a experiência e a qualidade sobram a Ronaldo, já não temos esperança de vê-lo desempenhar a sombra do que fazia, não digo cinco mas dois anos atrás. Assim, que se aprenda rápido com esse começo de ano lento, pois os campeonatos passam rápido...

segunda-feira, outubro 25, 2010

A rodada ideal

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vencer o Palmeiras é o que o Corinthians precisava neste momento. Em crise depois de sete partidas sem vencer, com mudança de técnico e a visão da taça se afastando cada vez mais, depois de estar muito mais próximas das mãos alvinegras, vencer o rival de casa revigora a alma e traz de volta a confiança abalada.

Não vi o jogo, mas os melhores momentos abaixo mostram um Corinthians claramente melhor no primeiro tempo, quando fez o gol com Bruno César, e um Palmeiras que se recupera e quase empata no segundo, com a bola parada de Marcos Assunção e bela defesa de Julio César.



Ronaldo quebra o tabu de ainda não ter vencido contra o Palmeiras e Tite tem a melhor recepção possível. Jucilei também se destacou com sua raça e habilidade, como tem sido a regra desde que começou a atuar pelo Timão.

Na tabela, ajudaram bastante a derrota do Cruzeiro para o surpreendente Atlético Mineiro e os empates do Flu e Inter, além da igualmente surpreendente derrota do Peixe.

Agora o negócio é manter a concentração, pois cada jogo será uma final. Que belo campeonato!

segunda-feira, agosto 09, 2010

Domínio com poucos gols e Elias volta a ser meia

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Corinthians fez o dever de casa e venceu o Flamengo por 1 a 0, no Pacaembu. Como se trata de um grande time, vale comemoração maior. Mas convenhamos que o time que jogou contra o Timão com aquela terrível camisa azul e amarela não figura na galeria das grandes equipes do rubro-negro.

Com a volta de Dentinho, Adilson Batista montou a equipe no 4-2-3-1 (4-3-3?) do ano passado. No ataque, Dentinho na direita, Jorge Henrique na esquerda e Iarley no meio – o que não é a dele. No meio-campo, Jucilei e Ralph de volantes e Elias como armador central.

Quando ouvi falar da formação no meio da semana, não gostei. O camisa 7 já foi testado aí por Mano Menezes uma penca de vezes depois da saída de Douglas e nunca foi bem. Sempre entendi que era sacrificar o cara, que é um baita segundo volante e um meia não tão qualificado. Pois não é que dessa vez funcionou? Elias se mexeu bastante e apareceu diversas vezes livre na área, sendo o melhor jogador em campo. Foi ajudado pela boa exibição de Jucilei, que vem subindo muito de produção. O gol foi do camisa 7, em belo chute da entrada da área.

Dentinho se machucou ainda no primeiro e Adilson fez uma substituição discutível, colocando Paulinho. O time deu uma recuada, mas manteve o domínio sobre o fraco time auri-celeste. O Flamengo teve poucas chances, numa atuação segura da defesa – como é bom ter Roberto Carlos de volta! A melhor chance aconteceu em bola rebatida por Julio César e mal afastada pela zaga que sobrou nos pés de Vinicius Pacheco. O goleirão se redimiu do erro e defendeu.

O susto só foi tão grande porque o Corinthians insiste em perder gols. Criou várias chances, foi superior, mas não consegue botar a bola pra dentro. Um centroavante faz falta. Dizem que Ronaldo pode voltar contra o Avaí, domingo, na Ressacada, mas não sei se isso ainda me anima.



O que achei interessante foi o desempenho de Elias com mais liberdade no meio campo. Imaginei um 4-4-2 com Bruno César e Elias nas meias. Acho que os dois têm características complementares, o canhoto com mais visão de jogo e passes longos, o destro com qualidade de infiltração e drible. Além disso, os dois finalizam bem. Com Dentinho e, bem, mais alguém no ataque, e Jucilei de segundo volante, pode dar samba.

Sobre o campeonato, mantemos a segunda colocação, após a decepcionante derrota do Grêmio em casa para o Fluminense. De positivo, vai ficando maior a distância entre os dois líderes e o resto da galera: hoje o Timão está em 7 pontos à frente do Ceará, terceiro colocado (pelo menos até a realização de Santos x Inter, que foi adiado).

A sequência de jogos é perigosa. Depois do Avaí fora, tem o São Paulo no Pacaembu. Que Adilson ache logo seu time pra gente seguir na briga pelo campeonato.

segunda-feira, março 29, 2010

Visão corintiana: Timão faz melhor partida do ano

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A vitória sobre o São Paulo foi a melhor partida do Corinthians esse ano e mostra o estilo de jogo do time, ainda em fase de consolidação. A boa notícia é que, se o Timão não teve o domínio amplo que transparece no tom catastrófico da visão sãopaulina sobre o clássico, jogou melhor que o São Paulo, especialmente no primeiro tempo e enquanto Dentinho esteve em campo.

A formação do meio campo tem Ralph, Jucilei (agora ele é titular, Maurício!), Elias e Danilo. Enquanto o primeiro se desdobra na destruição das jogadas adversárias, os outros participam tanto da criação quanto da marcação. Elias ocupa a faixa central do campo, mas com características diferentes de Douglas: enquanto esse se esmerava no passe e cadencia do jogo, o camisa 7 dá velocidade ao time, num jogo mais vertical, como no primeiro gol alvinegro.

A cadência do passe passa a ser função primordial do ex-sãopaulino Danilo, autor do segundo gol. Ele ainda ocupa o lado esquerdo do campo, mas se mexeu mais, ficando menos isolado do que em partidas anteriores. O entrosamento com Roberto Carlos – que, já é razoável dizer, está jogando muita bola – está melhorando, criando uma boa opção.

Jucilei participa mais da marcação sem a bola, cumprindo função semelhante à de Elias no esquema de 2009. Marca e saí para jogar mais pela faixa direita, com Moacir – que é bom lateral e acho que já merece a vaga de Alessandro no time titular (ainda que não saiba cruzar).

Com mais gente que marca e joga no meio campo, Dentinho tem mais liberdade para flutuar nos dois lados do ataque e está indo muito bem. Participou dos dois gols e de outras jogadas importantes até ser expulso – numa jogada que, pra mim, não valia o barulho que o árbitro fez. Com essa formação, o time tocou a bola com ciência e controlou o jogo até abrir 2 a 0.



Os maus momentos vieram, além dos méritos tricolores, da mania de Mano Menezes de recuar o time quando está ganhando, buscando atrair o adversário e jogar no contra-ataque. Jogando a convite no campo do alvinegro, o São Paulo conseguiu as faltas que levaram aos dois gols de Rodrigo Souto. A estratégia só foi desmontada depois do empate.

Outro erro do treinador foi a manutenção de Ronaldo no time durante quase toda a segunda etapa. A lentidão do centroavante o deixa quase sem função num esquema voltado ao contra-ataque. Isso sem considerar a má fase do Gordo – apesar do passe para Elias no primeiro gol.

E o adversário?

Sobre o São Paulo, não entendo como Ricardo Gomes não coloca Cicinho no time titular. O time melhorou bastante quando ele entrou – apesar da inexplicável saída de Hernanes, o mais lúcido sãopaulino até então (os técnicos estavam inventivos ontem...).

Para mim, está claro que ele e Júnior César têm de jogar. Com aquela quantidade de volantes no elenco, deve ter dois que consigam cobrir os avanços dos dois. Eu escalaria Rodrigo Souto e Jean, por exemplo, ambos marcadores e com bom passe.

Outra dúvida é como Léo Lima ainda tem moral para ser titular de um time grande. E jogando de meia, não na invenção luxemburguiana de colocá-lo de segundo volante. O cara é lento e não tem habilidade o bastante no passe para compensar. Bota Hernanes e Marcelinho Paraíba na armação, com Dagoberto/Fernandinho na frente ao lado de Washignton.

Se o São Paulo não foi a negação que o Marcão pintou – tanto que fez três gols... –, continua dependendo demais de jogadas aéreas e bolas paradas. O primeiro gol, em bela jogada de Dagoberto, foi uma exceção.

E a classificação?

O Corinthians pega o Ituano fora e Rio Branco no Pacaembu nas duas últimas rodadas, dois times já sem pretensões e nem muito medo do rebeixamento. Mas não depende só de si mesmo para se classificar.

Grêmio Prudente e São Paulo ocupam nesse momento a terceira e quarta colocações, respectivamente. O time do interior joga contra o Bragantino na terra da lingüiça e recebe o São Caetano, times também na zona intermediária – apesar do Azulão, com 27 pontos, poder até sonhar com uma vaga.

O São Paulo em tese pega os adversários mais difíceis: Botafogo, ainda na briga pela vaga, no Morumbi e Santo André no ABC. Mas o Ramalhão já garantiu a vaga e pode tirar o pé.

terça-feira, março 23, 2010

Pelo futebol

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Falar de futebol, hoje, é (deveria ser) falar do Santos. Os santistas Glauco e Olavo se regozijam não apenas com o desempenho do seu time como também com o ímpeto de outras torcidas em criticá-lo. Não há argumentos contra 10 a 0, contra 9 a 1, nem contra séries de 10 vitórias enfrentando times de todos os calibres. Acima de tudo, não há argumentos contra a arquitetura em movimento (música?) dos gols e assistências de Neymar. Dizer que são apenas garotos só amplia a sua glória, ainda mais quando eles não se apequenam diante dos adversários, nem daqueles cuja suposta experiência se traduz apenas em mais peso na botina.

Eu mesmo fiquei espantando vendo são-paulinos e corintianos felizes da vida com a vitória do Palmeiras sobre o Santos. Torcer contra o líder é natural, mas havia algo mais nessa caldeira. Afinal, o que tal imprevisível comunhão está a nos dizer?

Que o Santos está jogando bola de um jeito que nenhum outro time jogou nos últimos anos, e isso incomoda. O Corinthians que venceu o Paulista e a Copa do Brasil era osso duro de roer, principalmente pela solidez de sua defesa e a precisão do toque de bola. Mas dificilmente encantava, salvo pelos arroubos geniais do Gordo, as assistências do Douglas, os petardos de Cristian. O Flamengo que venceu o Brasileiro tinha qualidade, teve momentos geniais, mas sobretudo muita raça. E venceu numa última rodada pra lá de embolada. Não é difícil admitir a vitória do Corinthians ou do Flamengo, pois são times que não destoaram do que tem sido a tônica do futebol mundial.

Mas, no caso do Santos, reconhecer que o esquema ultraofensivo de Dorival Junior está dando certo é engolir em seco anos de futebol travado, de ênfase nos volantes, de medo de jogar aberto e pra frente. É admitir que o futebol pode sim ser ao mesmo tempo bonito, objetivo (ou seja, sem firula) e vencedor. O esforço em denegrir o futebol do Santos é uma estranha forma de dizer que as vitórias de Corinthians e Flamengo foram "dos nossos", do futebol "normal", da "realidade do futebol moderno". Realidade é e sempre será a mais ideológica das palavras.

Em vez de falar mal do Santos – ou da folclórica e ingênua dancinha dos meninos –, os times deveriam empenhar-se seriamente em vencê-lo. Quem quiser provar o seu valor, nesta temporada, terá que vencer o Santos, principalmente em partidas decisivas. Acredito que o Corinthians poderá fazer isso, mas terá que soltar as rédeas do time, com todos os riscos implicados.

Fico pensando se o Timão focasse mais nos seus jovens do que na vovozada experiente e lenta que frequenta o Parque São Jorge. Felipe, Jucilei, Elias, Defederico, Dentinho, Jorge Henrique... este já está chegando nos 30, mas com vigor de moleque. Se em vez de Tcheco trouxesse de volta o Douglas, em vez de Roberto Carlos trouxesse algum jogador mais coordenado... Quer dizer, um time com fome de bola, capitaneado por uma ou duas, no máximo, três figuras mais experientes. Acho que investiríamos no lugar certo, por um futebol digno do nome.

terça-feira, setembro 15, 2009

Depois de folga de duas semanas, Corinthians pega o Coritiba

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de quase duas semanas de folga – e de dois estranhos fins de semana sem jogo do Timão – pegamos o Coritiba, nesta quarta, no Paraná. A Fiel torcida tem motivos para prestar muita atenção à partida, que pode ter grande importância para ver quais as pretensões da equipe no Campeonato Brasileiro.

O time aproveitou o tempo parado para fazer uma “mini intertemporada” (o pessoal está ficando criativo) em Itu. Mano Menezes teve tempo para treinar a equipe, definir as melhores alternativas e encaixar os reforços De Federico e Marcelo Mattos.

Destes, o volante tem mais chances de jogar amanhã, enquanto o argentino tem problemas com sua inscrição no BID. Além dele, o time contará com a volta de Alessandro para a lateral direita, o que pode colocar o ídolo do Maurício Jucilei no banco ou no meio campo.

Também tem mais um reforço, o meia atacante Edno, ex-Lusa. Com as contratações e a volta dos inúmeros machucados, Mano Menezes terá um elenco muito mais qualificado para poder montar o time. Fica a curiosidade sobre como vai ser o esquema. O parceiro Blog do Carlão levantou duas hipóteses interessantes. Nos dois cenários, jogadores de bom nível ficam no banco, como Edu e Dentinho. Não é todo time que pode se dar esse luxo.

O time para 2010 está ficando forte. Resta saber se dá tempo de correr atrás do Brasileirão. Se ganhar do Coritiba, o Timão vai ficar a 5 pontos do líder Palmeiras e sacramentará a melhor campanha do segundo turno, de acordo com esse levantamento do jornalista Ledio Carmona. Contando com o fato de que ainda tem confronto direto com dois dos principais candidatos ao título (o próprio Verdão e o São Paulo), pode entrar na briga.

domingo, agosto 23, 2009

3 a 3 e mais lambança da arbitragem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ainda com o desfalque de muitos titulares – nem sei dizer exatamente quantos, falaram em seis, mas tenho resistência enorme em chamar Morais e Moradei, só pra citar esses dois, de titurales –, o Timão empatou com o Botafogo em casa, por 3 a 3. O destaque ficou para a arbitragem. Dos dois pênaltis marcados por Dentinho, um aparentemente não foi, embora eu ache que cabe a dúvida. Ainda teve confusão porque o goleiro se adiantou, rebateu e Dentinho completou, mas neste caso vale a lei da vantagem. Houve dúvida se a falta sobre Jucilei que rendeu o belo gol de Marcinho teria realmente ocorrido, mas a imagem mostrou claramente que lhe puxaram a camisa. Para o Botafogo, André Lima fez um gol de mão. Houve ainda um pênalti não marcado para o Botafogo e o Noronha insistiu muito que houve também um não marcado para o Corinthians – mas a emissora não mostrou de novo o lance.

Assim, o Corinthians mantém o passo se segurando ali na sexta posição. Poderia ter ganho, mas pra quem tem metade do time no ambulatório até que não foi mal. Dentro de vinte dias o Ronaldo volta, outros jogadores como William, Chicão, Edu e Felipe devem voltar em breve. É aquela coisa, o time completo não é genial, mas é bem mais estruturado e num jogo como o de hoje poderia ter feito uma diferença brutal. Quer dizer, dependendo do andar da carruagem, não é que o Timão ainda tem alguma chance?

Confesso que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não aprendi muito bem a torcer em campeonato de pontos corridos. Minha natureza bipolar corintiana prefere os mata-matas, que exigem uma superação após a outra, e não a regularidade – muito embora os sucessos do primeiro semestre o que tenha marcado o Corinthians foi mesmo a regularidade. Reitero, o time não é melhor que Palmeiras, São Paulo, Inter e talvez nem seja melhor que o Atlético Mineiro, mas se engatar uma boa sequência e jogar com a garra que tem tido, errando menos, vai chegar junto.

quinta-feira, agosto 20, 2009

A atuação foi boa, já os gols...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O torcedor do Inter tem razão de sobra pra estar puto da vida com essa derrota por 2 a 1. Primeiro, porque o Corinthians jogou melhor, em pleno Beira Rio, e cheio de desfalques, entre os quais os titulares incontestáveis Felipe, William e Ronaldo. Pressionou mais, chutou mais a gol e teve agilidade em contra-ataques. Dentinho e Jorge Henrique fizeram boa partida, Elias voltou a encontrar seu futebol, distribuindo bem as bolas no meio-campo e Chicão também comandou bem a defesa, ao lado de reservas ou de jogadores improvisados.

Mas a outra razão que os colorados têm para praguejar é que o jogo foi decidido por três erros de arbitragem que favoreceram o Corinthians. Os dois gols do Timão tinham situação de impedimento e ainda houve uma trombada do Moradei no Andrezinho dentro da área que para mim foi pênalti claro - apesar de o Marsiglia, comentarista de arbitragem da Globo, ter visto ali um choque normal de jogo. No primeiro gol, o Dentinho toca de cabeça e Chicão, impedido, desviou, a bola pega na trave, cria-se um deus-nos-acuda na linha do gol e o próprio Chicão conclui (mas o juiz atribui a Jean, em mais um erro...). No segundo gol, quando Elias dá seu genial passe ao Jadson na ponta direita, Jorge Henrique já estava em posição de impedimento, embora neste momento ainda não participasse do lance. Ele então se recoloca em boa posição, mas no momento do cruzamento do Jadson ele está um pouquinho à frente do zagueiro. Tudo isso acontece muito rápido, o que tornaria compreensível o erro do bandeira.

Se o Corinthians tem um mérito, foi o de jogar pra frente fora de casa, o que bagunçou a marcação do adversário, que provavelmente esperava um time recuado. Mano Menezes desobstruiu o meio-campo, o que fez que Elias voltasse a jogar bem e o ataque voltasse a ter mais velocidade. Apesar de que o Elias tinha que saber que ele não sabe chutar, principalmente de fora da área. O negócio dele é o passe. Já o Jucilei, depois desta segunda partida na lateral, acho que já dá pra ver que a posição dele não é mesmo essa. Mesmo sendo um bom marcador por ali, tem dificuldade de sair verticalmente pelo setor, acaba sempre puxando pro meio, o que atrapalha a funcionalidade do esquema tático. Tenho medo que comecem a achar que ele é o novo Wilson Mano, que tapa buraco em qualquer posição... Pode abafar o talento do garoto.

Com o atual elenco do Corinthians, eu jogaria com três volantes (não que eu seja a favor desse esquema, é a força das circunstâncias...): Edu na cabeça de área, como primeiro volante, Elias pela direita e Jucilei pela esquerda (um 4-3-2-1, tendo Dentinho e Jorge Henrique como meias-atacantes e Ronaldo na área). Esses três volantes tocam bem a bola e marcam bem, mas Elias e Jucilei têm mais velocidade e vontade de avançar, além de conduzirem bem a bola.

Quem ainda não mostrou a que veio é o Morais. Com o time completo, a grande falha do Timão ainda é a meia. Há que observar esse Jadson, que entrou bem no lugar do Morais - na verdade, cruzou para o gol de Jorge Henrique e ainda não dá para dizer muito sobre ele. Mas a meia é uma posição difícil de entregar a um menino. São raros os casos em que isso dá certo. De memória, só lembro do Diego no Santos de 2002.

Há tempo para arrumar a casa até o ano que vem, que é quando a coisa realmente interessa para nós... a não ser que voltemos a disputar as primeiras posições, o que seria muito surpreendente e indicaria mais uma vez que os times estão mesmo nivelados por baixo. Por enquanto, a única coisa que estamos conseguindo é ajudar o São Paulo a subir na tabela: empate com o Avaí e derrota para o Náutico, depois vitória sobre o Atlético Mineiro e o Inter.

domingo, agosto 02, 2009

Tá bom, tá bom, é reconstrução

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Hoje, o corintiano assiste ao Brasileirão 2009 mirando mais longe. Não que vivamos o pior dos mundos. Ao final da partida contra o Avaí, um horripilante empate em 0 a 0 em pleno Pacaembu, o Corinthians oscila para cima (da 6ª para a 5ª posição), sem poder ser ameaçado pelos resultados dos jogos que ainda faltam nesta 16ª rodada. Mas o principal significado da partida é que o momento é de se segurar, pois quem tem entrado em campo é só meio time, pelo menos em relação ao grupo que começou o campeonato. Enquanto esperamos o retorno do Gordo lipoaspirado (e acho que essa cirurgia vai servir só pra compensar o sobrepeso que o Ronaldo sempre ganha quando fica alguns jogos parado), a incorporação ao elenco de Edu (que se entrar bem pode ocupar a lacuna deixada por Cristian), a volta do Dentinho (suspenso), e as contratações “à altura dos jogadores vendidos” (o boato atual é que vem o Riquelme, o que seria perfeito, mas entre o perfeito é um tempo verbal que não existe no futuro), resta-nos acreditar que estamos nos preparando para o próximo ano.

Quer dizer, como já enfatizei o “lado vazio do copo”, resta agora ver o lado cheio. Se eu acreditar que o Corinthians é agora um time em preparação, que usa o Brasileiro apenas como um campo de testes e experimentos para o próximo ano, começo a achar que esta temporada ainda tem um importante papel a cumprir. Que outra equipe terá condições de testar reservas e esquemas alternativos como o Corinthians? A série A deste ano, neste sentido, seria para o time como a série B do ano passado: sem apresentar por si grandes dificuldades – no ano passado pela sobra de qualidade, neste, por não ter a responsabilidade de vencer –, o time põe a bola no chão e se estrutura para a temporada seguinte.

A novidade mais interessante até agora, a meu ver, é o Jucilei. O garoto de 22 anos, formado na base do Corinthians Paranaense, tem mostrado que pode se tornar uma figura importante no meio campo, seja como um segundo volante, seja como meia. Ele sabe conduzir, tem tamanho e força para disputar bem as divididas, acerta bons passes, sabe cruzar. Terá qualidade para ser titular? É possível, embora minha experiência tenha me ensinado a não exagerar na esperança. Mano Menezes tem demonstrado que tem boa intuição para encontrar a posição em que jogadores rendem mais. Tem que ver, tem que ver...

Nos melhores momentos do empate com o Avaí, vejo que muitas jogadas passaram pelos pés de Jucilei, e em diferentes posições do campo. Ele cruzou da direita, armou pela meia esquerda, roubou bola no meio e criou contra-ataque. No momento, ele está cobrindo a vaga de Cristian, mas a tendência é que seja escalado mais à frente. Não sei se o garoto segura a bronca de substituir Douglas, sendo a referência de distribuição de bolas na meia. Além do que, ele tem mais arrancada, minha impressão é de que ele funciona melhor vindo de trás do que recebendo e distribuindo as bolas na frente. Quer dizer, sua posição seria a de segundo volante, mas não vai tirar a vaga do Elias (se ele não for vendido). É um bom problema para se resolver, e o Brasileirão está aí para isso, para experimentar, testar...

Dois receios

Tenho dois receios com relação ao momento que vive o Corinthians. O primeiro é saber se na remontagem do time o Mano Menezes vai ser tão bem sucedido quanto foi na montagem. Ele vinha construindo um trabalho, que dava resultados em grande medida pela continuidade, mais que pelos talentos individuais (exceção feita a Ronaldo e Felipe). Vai saber retomar o passo após essa quebra de ritmo?

O segundo receio é um pouco mais estrutural. Toda uma expectativa cresce em relação ao "ano do centenário" do Corinthians. Outros times tiveram desempenhos medíocres, a ponto de se falar em "maldição do centenário", acreditando que a efeméride dá um peso a mais à camisa. Quando vejo o Corinthians cheio de dívidas, vendendo jogadores de baciada e pensando em contratar jogadores caros (além do caríssimo Ronaldo), temo pela solução populista que pode estar reluzindo nas mentes de dirigentes do clube – populista por buscar agradar a torcida num curto prazo sem estar assentada em bases consistentes.

Qual seria esta solução? Contratar um timaço para disputar a Libertadores de 2010, enfiar o pé na jaca em dívidas, e depois, seja lá qual for o resultado – conquistas ou frustrações –, ter que se desfazer correndo do time, talvez com algum lucro, talvez com prejuízo, mas tendo como cenário geral uma quase bancarrota. Receio... ou será paranoia?

segunda-feira, junho 08, 2009

Sábado de retornos no Timão: Souza marca, Douglas arma e Marcelo Oliveira joga

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A vitória do Corinthians sobre o Coritiba neste sábado, no Pacaembu, por 2 a 0, foi um acontecimento até normal. O Timão jogava em casa, quase completo, e o time paranaense vem abalado pela desclassificação na Copa do Brasil. Mas um homem tornou essa história mais importante.

O centroavante Souza marcou seu primeiro gol pra valer com a camisa do Corinthians – os outros foram dois de pênalti e um num amistoso. O atacante vinha jogando até bem, segurando a bola no ataque, abrindo espaços para os meias e ajudando a marcar a saída de bola. Mas centroavante precisa marcar. Para os supersticiosos, registre-se a troca do número da camisa do atacante: no começo do ano, Souza pediu para jogar com a 50, em homenagem ao pai, se não me engano. Agora mudou para 43.

Destaque também para uma bela apresentação de Douglas. Fez um gol, participou da jogada do outro e ainda deu passes para boas jogadas. E passes em profundidade, coisa que não vejo o rapaz fazer faz um bom tempo. No mais, Alessandro, Dentinho e Chicão continuam jogando muito bem, assim como Christian e Elias, gigantes. O novato volante Jucilei tem chamado atenção pela habilidade e boa visão de jogo. Tomara que confirme a expectativa.

Chamo atenção, por fim, para o retorno de Marcelo Oliveira aos gramados depois de dois anos afastado por contusão. Formado nas categorias de base do Timão, Marcelo estreou no time principal no início de 2007, junto com o meia William, fazendo boas partidas como volante e armador pela esquerda. Sofreu uma lesão no joelho, ficou meses parado e, quando estava iniciando a recuperação em casa, voltou ao hospital com dores: uma infecção hospitalar quase o faz perder a perna. A difícil recuperação ainda precisou de mais uma cirurgia. Depois de tudo isso, o rapaz retorna. Jogou improvisado na lateral esquerda, onde pode ser boa opção. É um jogador inteligente e de bom passe, de quem espero boas coisas.

segunda-feira, maio 11, 2009

Nilmar vence o Corinthians no Pacaembu

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

“Alguém tinha que ter feito a falta no Nilmar”, clamava meu pai após ver pela primeira de incontáveis vezes na noite desse domingo o golaço do atacante. A derrota para o Inter por esse gol a zero marcou a reestréia do Timão na Série A e foi a primeira derrota do time no Pacaembu neste ano.

A partida que marcou a reestréia do alvinegro na Série A, um prato cheio para o marketing fazer uma festinha, foi atropelada pela praticidade de Mano Menezes, que anunciou desde quarta-feira que pouparia titulares. No entanto, não imaginava que seriam tantos: apenas Christian e Felipe entraram em campo. No meio do segundo tempo, Mano lançou Dentinho e Alessandro, mas não foi o bastante para reagir.

Pelos melhores momentos, o Inter dominou o primeiro tempo, com chances de ter ampliado. Na segunda etapa, o Corinthians teve mais chances, mas não tão boas assim, fora uma boa jogada de Lulinha na ponta direita que Alessandro bateu fraco para o gol.



Reservas – Do time que jogou, o Ricardo do Retrospecto gostou da atuação do volante Jucilei, recém chegado do J. Malucelli, a filial corintiana no Paraná. O jogo deu mostras de que o time precisa de reforços para o banco. Mas não chega a ser tão definitivo. Poucos times tem a possibilidade de ter reservas na mesma altura para todas as posições – talvez só o São Paulo, se tiver. Mas as contratações de alguns jovens, como Jucilei, mostram que o pessoal está preocupado com isso e com a possível saída de jogadores na janela do meio do ano. Falta bastante, mas eu focaria num zagueiro (Jean e Escudero não...), num lateral-direito (já que Mano parece não gostar do pouco aproveitado Diogo) e num centroavante para o lugar de Souza. No mais, eu buscaria um meia para ser titular e um atacante para disputar com Dentinho e Jorge Henrique. Se possível, para levar a vaga de um deles.

Para poucos – O Timão sentiu na pele como é enfrentar um craque. Segundo a Folha, Nilmar recebeu 15 bolas no jogo, deu sete dribles, seis passes e apenas uma finalização. Segundo ouvi por aí, driblou diretamente quatro defensores corintianos e passou por oito na jogada do gol. Driblou mais um quando deu o passe para D’Alessandro deixar Tayson na cara, em jogada desperdiçada pelo garoto. Resumindo, Nilmar fez basicamente duas jogadas na partida: uma decidiu o jogo, a outra poderia ter ampliado. Dunga, você viu?

Copa do Brasil – Agora, resta ver se o “investimento” corintiano de jogar com os reservas vai valer a pena no confronto com o Fluminense pela Copa do Brasil, nesta quarta, no mesmo Pacaembu. Flu que venceu o São Paulo, no Rio, por 1 a 0, com um belo gol (em outra rodada seria chamado de golaço, mas o de Nilmar subiu a média) do meio-campo Maurício. O Tricolor carioca fez boa partida e dominou o São Paulo, que só conseguiu pressionar no final do jogo. Achei curiosa a movimentação de Fred, que jogou bastante fora da área, quase como um meia-atacante.