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Mais uma vez o presidente norte-americano George W. Bush mostra seu incrível senso de oportunismo em meio a um grupo folclórico africano. Vejam que bela performance desse verdadeiro artista...
Mais uma vez o presidente norte-americano George W. Bush mostra seu incrível senso de oportunismo em meio a um grupo folclórico africano. Vejam que bela performance desse verdadeiro artista...
A entrevista do deputado federal pelo Ceará dono da maior votação proporcional do país em 2006, Ciro Gomes, admite sem pestanejar que é candidato à Presidência da República em 2010. "Se eu disser que não sou (candidato), não estaria sendo honesto", disse o parlamentar em entrevista ao jornal SP-Semana Popular (fora do ar às 16h40 desta quarta-feira).
Na mesma entrevista, Ciro aponta que a hegemonia do PSDB Paulista, de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, "tem horror a pobre", e que "se for nordestino e preto, então, nem se fala!" Sem papas na língua, deixa claro que é candidato sim, mas da situação: "Se o projeto que o presidente Lula iniciou for interrompido, e o Brasil voltar atrás para essa hegemonia que o Serra e o FHC representa, isso seria um retrocesso cruel, mortal para nosso país".
Algumas páginas depois
Na mesma terceira edição do SP, jornal semanal novo na cidade, um perfil do deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP) é curioso. Ele diz que trabalha pelo povo "loucamente", que já apresentou quatro projetos de lei (a maior parte sabidamente repetidos, mas esse mal é do Parlamento), a liberação de verbas do Ministério das Cidades e um projeto da Casa Clô, para a geração de renda de mulheres.
Fotos de mulheres, críticas ao Metrô e à situação da escola pública – com a Apeoesp como fonte – dão idéia de que tucano o jornal parece não ser. Não há muitos anúncios. Um divertido infográfico de "quem é quem" na máfia dos bingos, fotos de mulheres boazudas e colunistas, muitos colunistas. Não li as edições anteriores.
Segundo a AFP, pesquisa do instituto Sofres aponta vantagem de apenas 2 pontos percentuais para o conservador Nicolas Sarkozy contra a socialista Ségolène Royal (cuja acentuação é o inferno dos redatores).
O Vermelho traduziu um curioso gráfico do Le Monde (à esquerda) que mostra o cenário político da França. As extremas esquerda e direita diminuíram sua participação, em benefício dos centros -- centro-esquerda, centro-direita e centro propriamente dito. A participação de François Bayrou foi determinante, como já apontava o primo francês do Conselheiro Acácio, para a chegada ao segundo turno.
Segundo a pesquisa do Instituto Sofres, cuja abrangência e credibilidade são completas incógnitas para a minha pessoa, 46% dos eleitores do centrista migrariam para a socialista e apenas 25% iriam para Sarkozy. O UDF de Bayrou faz parte da coalizão de governo encabeçada por Jacques Chirac, da UMP, partido de Sarkozy.
O mesmo Vermelho jura que a esquerda se uniu a Ségolène . Como a esquerda só se une na cadeia e seu extremo nem representa 10% do eleitorado, tudo depende de mais eleitores de centro optarem pela socialista.
O mais divertido é que os imigrantes, sem direito a voto torcem contra o conservador. Embora Ségolène não represente tanta abertura assim para estrangeiros instalados ilegalmente no país.
Nessa segunda, dia 23, as centrais sindicais organizaram manifestações em todo o país para tentar evitar que o Congresso derrube o veto presidencial a uma emenda feita pela oposição na Lei da Super-receita, a chamada Emenda 3. A mudança vai facilitar para que empresas contratem trabalhadores como pessoas jurídicas, e naõ mais com carteira assinada. Se a prática, hoje já muito comum na área jornalística, se espalhar para os outros setores, será uma morte virtual dos direitos trabalhistas. Nada mais de férias, FGTS, seguro-desemprego. Em São Paulo, essas manifestações incluíram paralisação de duas horas no Metrô e nos ônibus municipais.
De manhã, o Luciano Faccioli, na Record, falava que “greve prejudica trabalhadores”. Mostrava filas enormes de carros, um trânsito enorme, ônibus lotados. E, sobre o motivo da paralisação, algumas palavras perdidas no meio da matéria. Nenhuma imagem dos atos feitos pelos sindicalistas. Nenhuma análise sobre a ameaça aos direitos trabalhistas e outros impactos da Emenda 3, nem que fosse a favor. O enfoque se repete em toda a mídia: paralisação prejudica trabalhadores. No ônibus, um manguaça comenta: “E quem se ferra é o povo, que não tem nada a ver com isso”. Eu acho que tem, apesar da Record discordar.
Foi enterrado nesta terça-feira, dia 24, o ex-presidente Russo Boris Ieltsin, aos 76. Ele morreu na segunda, 23. Ao contrário do que apostavam seus fãs espalhados pelos botecos do mundo, seu fígado permanecia intacto, quiçá em verdadeira conserva em meio alcóolico. A causa da morte, a depender do tradutor, foi insuficiência cardiovascular ou ataque cardíaco (que pode ser muitas coisas).
Ele foi o primeiro presidente eleito da Rússia e o primeiro chefe-de-Estado do gigante asiático depois do fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Para os anais da história, entrou como o presidente bêbado, que despachava, dava entrevistas e participava de atos públicos sob efeitos de algumas doses a mais do que recomenda o equilíbrio sobre duas pernas.
As cerimônias serão comandadas por três bispos da Igreja Ortodoxa Russa, na Igreja do Cristo Salvador, reformada em sua gestão . É o primeiro funeral cristão para um líder russo desde a revolução de 1917. O dia é de luto oficial no país governado por Vladimir Putin. O corpo de Ieltsin não será enterrado no Kremilin, diferente de quase todos os líderes comunistas.
Ele governou de 1991 a 1999, quando renunciou depois de uma segunda ofensiva militar na Chechenia.
A maioria dos russos acha o legado do presidente-manguaça ruim, embora outros, como o presidente atual, prefiram se referir ao papel para a "consolidação" (seja lá o que isso signifique) das instituições "democráticas" (idem) no país.
Os dois lados discutem isso exaustivamente, nas mesas de bar, como forma de homenagear o morto.
A BBC fez uma seleção de fotos. Só a 8 e a 9 é que dão a dimensão histórica do líder para a embriaguez global.
As notícias da vez dão conta que a relação entre Abel Braga e o Internacional está cada vez pior. No final de semana, o Globo Esporte anunciou com todas as letras que o técnico havia sido demitido; teve que voltar atrás depois, porque essa notícia não procedia. De qualquer modo, das duas uma - ou Abel cai fora (e o exterior é uma boa saída) ou será chutado pelo Inter ainda nesse semestre.
A instabilidade entre técnico e clube, somado ao mau desempenho do Internacional dentro de campo, fazem com que um paralelo salte aos olhos. Será o Internacional de 2007 uma reedição do Cruzeiro de 2004?
Relembrando: em 2003, o Cruzeiro teve um ano mágico. Sob o comando de Luxemburgo no banco e Alex no campo, o clube celeste ganhou Mineiro, Copa do Brasil e Brasileirão. A expectativa era que o domínio do time se consolidasse no ano seguinte com a conquista da Libertadores e o Mundial. Mas o castelo cruzeirense ruiu em poucos meses. O ano de 2004 começou com a estranha contratação de Rivaldo, que dava na cara que não ia dar certo. Ainda em fevereiro Luxemburgo foi demitido - por desavenças com os dirigentes, dizem - e Rivaldo pediu para sair, em solidariedade. Paulo César Gusmão assumiu o time e ainda foi campeão mineiro, mas o restante da temporada foi extremamente chocho. Muito, muito pouco para o que o Cruzeiro sugeria que iria se tornar no final de 2003.
Agora é a vez do Inter! Como todo time que ganha títulos importantes no Brasil, o Colorado foi extremamente adulado pela mídia, que fez questão de falar de seu "profissionalismo" e "planejamento". No Gauchão, o Inter começou com o time reserva, foi mal, pôs o titular para ver se se salvava mas não deu certo. E ainda contou com uma boa dose de azar ao cair num dos grupos mais difíceis da história recente da Libertadores.
O Internacional tenta se reerguer. Provavelmente sem Abel Braga e certamente sem reforços de impacto para o restante da temporada. Pode ser que faça um bom Brasileirão? Sim, pode. Eu tenho certeza que não será rebaixado e nem passará perto disso. Mas qualquer coisa abaixo do título será pouco para o clube que dominou o mundo em 2006 e parecia que repetiria a dose nos anos seguintes.
Quase no final da recuperação de mais uma contusão, a 13ª da sua carreira, o goleiro Marcos, do Palmeiras, perdeu a paciência. Vítima contumaz de choques nem sempre acidentais com atletas adversários, agora diz ter achado a fórmula para não se machucar: ser "maldoso". Ontem, ele disse ao Terra que está cansado de "jogadores burros".
"Jogador esperto sabe quando não vai chegar na bola. Todo mundo fala que ele (Reginaldo) não teve intenção de me machucar, mas ele foi em cima de mim. Não iria alcançar a bola", declarou o goleiro, também lembrando do lance contra o Corinthians, em 2006, em que dividiu uma jogada com o atacante Rafael Moura e fraturou a clavícula.
Para exemplificar o que julga como postura de proteção do arqueiro, Marcos comentou ao portal G1 a dividida entre Aloísio e Fábio Costa na partida entre Santos e São Paulo pelo campeonato paulista. "Eu vi o lance. Não acho que o Fábio tenha sido maldoso. Ele é esperto e se protegeu. Coisa que eu vou começar a fazer agora. Vou ser maldoso mesmo. Chega de querer me preocupar com os outros, querem ser bonzinho, porque dá nisso. O único prejudicado sou eu. Vê se alguém sai daquele jeito para dividir com o Fábio? Agora comigo todo mundo vem matando" analisou.
Parecendo mesmo farto de ter a carreira prejudicada por contusões, o que lhe valeu a exclusão da Copa em 2006, Marcos resumiu sua nova filosofia de jogo. "Goleiro tem que levantar o joelho na dividida. Eu não estava fazendo isso para não machucar ninguém, porque se pega nas costas pode ser complicado. Mas ninguém pensa em mim. O cara (Reginaldo) deu no meio. Vou agora esperar o lance e dar no meio também. Estou cansado de me quebrar. Não vou ser tão limpo porque isso está só me prejudicando".
Em diversas vezes que um time pequeno perde para um grande, tomando aquela pressão típica, o goleiro acaba parecendo. São inúmeras finalizações e boa parte delas inevitavelmente pára no arqueiro. Afinal, ele está lá pra isso e, mesmo que seja meia-boca, vai rebater bolas e acabar parecendo bonito pra torcida (inclusive do adversário). Daí aquele lugar comum quando o time toma quatro do grande: "se não fosse fulano de tal no gol, poderia ser de sete ou oito".
Mas difícil mesmo é quando o outro time ataca pouco, quase não finaliza, e o goleiro tem que manter a concentração para, em uma eventual bola, decidir a partida. Aí se pode diferenciar um grande jogador.
Ontem, a um minuto de partida, as poças do Morumbi ajudaram o ataque do Bragantino. Do nada, a equipe do interior chegava à meta de Fábio Costa. Um gol àquela altura, com um gramado onde o futebol era quase impraticável, dificultaria demais a vida do Santos. Mas o arqueiro alvinegro foi rápido, saiu corajosamente e fechou o ângulo, fazendo uma defesa gigantesca. Salvou o seu time.
46 minutos do segundo tempo. Depois de passar a partida inteira assistindo ao jogo, sem qualquer ameaça ao seu gol e saindo bem nas teimosas bolas aéreas que o Bragantino insistia em jogar na área peixeira, Fábio Costa vê Bill à sua frente, sozinho. Cresce pra cima do atacante e pratica outra defesa. Um milagre.
Naquele momento, uma subversão da lógica. Em geral, quando o adversário perde uma chance, a torcida se aquieta diante da ameaça. Mas Fábio Costa inverte o jogo. Quando faz uma defesa difícil, daquelas que o torcedor já coloca a mão na cabeça pensando no inevitável, comemora a façanha e acua a trupe adversária, fazendo a sua torcida vibrar junto com ele.
Mais magro, ágil, seu temperamento também mudou. Quando sofreu o gol de Ricardinho em 2001 insinuou que a culpa era de seu companheiro André Luiz, que havia escorregado no cruzamento de Gil. Um argumento aceitável para um torcedor, inadmissível para um colega de trabalho. Ontem, ao contrário, depois do jogo condenou as vaias a Cléber Santana por ele ter errado um pênalti. Postura de líder, não de torcedor.
Por tudo isso, é hoje o melhor goleiro do Brasil. Diferenciado, vibrante, já faz por merecer uma chance na seleção. E calou a minha boca. Quisera eu que todos os jogadores santistas que critico fizessem isso. Mas esperar algo semelhante do Rodrigo Tiuí é demais...
Amanhã começa a fase semifinal da Copa dos Campeões da Europa. O título tem tudo para ser inglês, afinal só o combalido Milan poderá evitar esse acontecimento, e poucos esperam que isso aconteça.
Os confrontos são:
Manchester United x Milan (amanhã) e Chelsea x Liverpool (quarta).
No primeiro, o favoritismo é francamente inglês. O Manchester tem voado em campo. Venceu a Roma, nas quartas-de-final, por inacreditáveis 7 x 1 e é o atual líder do Campeonato Inglês. Neste jogo, no entanto, o zagueiro Rio Ferdinand é desfalque. No time italiano, Dida é dúvida, por conta de uma luxação no ombro direito. No Italiano, está em quarto lugar, lutando para, pelo menos, assegurar uma vaga na Champions do ano que vem. Mas dizem que esse negócio de tradição pesa muito. Há poucas camisas tão importantes como a rossonera. O jogo promete.
No segundo confronto, o Chelsea deve passar, com seu futebol sem brilho mas eficientíssimo. Os times estão em segundo e terceiro lugares no Inglês, mas a vantagem do Chelsea é enorme: 12 pontos de vantagem. Tem Lampard e Drogba no meio. Só que passaram no sufoco pelo Valência, empatando em casa em 1 x 1 e vencendo na volta por 2 x 1, com direito a gol aos 45 do segundo tempo. Já o Liverpool passou tranqüilo pelo PSV, somando 4 x 0 nos dois confrontos. No meio, tem o Gerrard e o Mascherano, que parece ter se adaptado ao futebol inglês.
É, só vai ter diversão na Champions, até o final. Até dá vontade de simular uma gripe pra assistir sossegada em casa.
(com colaboração de Glauco Faria)
No ônibus, um padre senta ao lado de um sujeito completamente bêbado, que tenta, com muita dificuldade, ler um jornal. Logo, com voz empastada, o bêbado pergunta ao padre:
- O senhor sabe o que é artrite?
Irritado com o bafo de cana do homem, o pároco responde:
- É uma doença provocada pela vida pecaminosa e desregrada: mulheres, promiscuidade, farras, excesso do consumo de álcool, drogas, fumo e outras coisas do demônio!
O bêbado cala-se e continua com os olhos fixos no jornal.
Alguns minutos depois, achando que tinha sido muito duro com o manguaça, o padre tenta amenizar:
- Há quanto tempo o senhor está com artrite?
- Eu não tenho isso não, padre. Segundo o jornal, quem tem é o Papa!
Foi o pior jogo do São Paulo que assisti nos últimos 20 anos. Nem as goleadas de 7 a 2 para a Portuguesa, em 98, e de 7 a 1 para o Vasco, em 2001, foram tão vexaminosas. Naqueles jogos, apesar da pane total, o time ainda procurou jogar bola, arriscar jogadas de ataque. No sábado, depois de abrir 1 a 0 com Ilsinho, o tricolor sumiu. Parecia o Brasil no jogo contra a França, em julho do ano passado.
Dali em diante, não ouvi mais o locutor falar o nome do próprio Ilsinho e muito menos de Hugo, Leandro e, principalmente, Jadílson. Ou JaDILLson, pois está me lembrando muito a pior contratação do São Paulo em todos os tempos, o tal artilheiro do Goiás na Copa João Havelange de 2000. O Júnior está sendo injustiçado. Pela regularidade, merece ser titular absoluto.
Não cheguei a me chatear com o resultado; ao contrário, fiz até piada e achei muito bem merecida essa derrota. Mas fiquei perplexo com o São Paulo: ninguém, mas ninguém mesmo, jogou absolutamente nada. O São Caetano passeou, sobrou em campo. Mais humilhante ainda foi que, após marcar o terceiro gol (e daquele jeito, com chapéu no André Dias e tudo), o Azulão tirou o pé.
O quarto gol só saiu porque o São Paulo tava dando muito mole, mas o time do ABC já não fazia esforço algum para atacar. Ou seja: se continuasse pressionando no ataque, teria feito cinco, seis, sete. Fácil. Quando Rogério Ceni ajoelhou mais uma vez na frente de um adversário (isso me irrita) e Douglas passou por ele para fechar a goleada, comecei a rezar para o jogo acabar. Pensei que o São Caetano ia fazer o mesmo que o Corinthians fez com o Santos no Pacaembu, em 2005. Mas o time do Dorival Júnior tirou o pé, graças a Deus!
Vergonha. Deu vergonha de torcer para o São Paulo no sábado. Por isso mesmo não vou fazer côro com a mídia e a maioria da torcida, que já está pedindo a cabeça do Muricy. Não acho um erro absurdo entrar com Josué como único volante e confiar em André Dias na zaga. Nem condeno o fato de Jorge Wagner e Júnior não estarem entre os titulares. O fato é que o Muricy não podia prever que Ilsinho, Souza, Hugo, Leandro e Jadílson fossem se esconder no jogo. Isso aí é metade do time! O técnico não é culpado por isso, nem o Aloísio, que ficou isolado.
Foi um vexame difícil de acreditar que estava acontecendo. Mas talvez sirva como oportunidade para o Muricy dar um belo de um esporro nesses caras. Se mesmo assim não surtir efeito, o São Paulo será mais um Internacional neste ano. (Foto de José Patrício/AE)
Pra quem não viu, especialmente a Thalita que não conseguiu ontem, o post do terceiro gol do Werder Bremen contra o Aach na sexta-feira. No rebote da falta, o ex-santista pega a bola e, na altura do círculo central atira... Repararem que os atletas do Bremen comemoram o gol antes dele ser feito.
Essa notícia reflete um fato inédito na clínica médica e mostra os efeitos que a manguaça - ou a falta dela - podem ter em um homem. A notícia saiu no site Terra: Wei Guangyi sofreu um acidente de moto e, em um primeiro momento, sofreu amnésia total. Depois de dois dias internado, o manguaça (ou seria abstêmio) voltou a se lembrar de tudo, com uma exceção. Nem por decreto reconhecia sua mulher, Yang Jing.
A coitada, casada há nove anos com Guangyi, se diz surpresa com o marido (criança...). "Ele se lembra dos nomes das pessoas que vieram visitá-lo e informações sobre seu trabalho. Mas ele apontou para mim e perguntou à minha filha: 'quem é essa mulher?' Eu fiquei muito surpresa de ouvir isso", choramingou.
As declarações do manguaça são cômicas. "Quando eu mostrei nossas fotos de casamento e perguntei quem estava ao seu lado ele me respondeu: 'essa é minha colega de classe'", comentou. "Ele também diz todas vezes que eu não preciso cozinhar para ele, já que sou uma convidada em sua casa". Deve preparar um bom frango xadrez a moça...
O economista Roberto Mangabeira Unger aceitou, nesta sexta-feira, convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser a futura Secretaria de Ações de Longo Prazo. O cargo com status de ministro foi confirmada por uma fonte não-identificada do Palácio do Planalto (o companheiro Off, no caso). Mangabeira irá controlar o atual Núcleo de Assuntos Estratégicos e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Leia mais, na Reuters.
O economista foi guru da candidatura Ciro Gomes em 2002, e passou a maior parte dos quatro primeiros anos da gestão Lula malhando o governo.
De matiz ideológica de difícil identificação, Mangabeira não é de esquerda. Pronto, falei. Como o trabalho é o de pensar (pensar, pensar, pensar) o Brasil até 2022, posso imaginar que o exercício não será feito rumo a um país socialmente justo? Podemos ir para a oposição?
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P.S.: Segundo informações obtida em conversas exclusivas com fontes obscuras do Palácio do Planalto, a estratégia de Lula seria a de tirar um inconveniente oposicionista ouvido pela imprensa mais por causa do sotaque inconfundível do que por suas idéias.
Segundo a mesma fonte (que nem Veja confiaria, mesmo que fosse pra malhar o governo), a idéia surgiu quando um assessor próximo ao presidente teria chegado a uma reunião fazendo piadinhas sobre o rabino Henry Sobel, preso em Palm Beach, na Flórida, Estados Unidos, por roubo de gravatas. O suposto assessor teria dito ao presidente, em uma barata imitação do peculiar modo de falar do rabino:
— Ow senior extá com unma guravatha bouniita, puresidentei!
A estúpida pilhéria teria provocado dúvidas em outro assessor também presente:
— Mas esse elogio vem do Henry Sobel ou do Mangabeira Unger?
A contra-piada teria dado idéia ao presidente. A falta de verossimilhança é por conta da casa.
"Estou satisfeita, ele é um dos nossos", declarou Maria da Conceição Tavares, economista ligada ao PT, ao jornal Valor Econômico desta sexta-feira, 20. Por “nossos” ela se refere ao grupo de desenvolvimentistas que vêm ganhando espaço no segundo mandato do governo Lula. Para ela, o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é diplomata a ponto de ser "capaz até mesmo de fazer com que o ministro (Miguel Jorge) diga que ele (Coutinho) foi escolha dele". Leia mais.
Estamos liberados pra comemorar a indicação?
O Sport Recife, time que venceu o campeonato pernambucano sofrendo apenas uma derrota e que está nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, quer fazer bonito também no Brasileiro. Além de ter contratado Giovanni, ex-craque do Santos, agora está atrás do atacante Deivid, também ex-Santos, que estaria insatisfeito com o técnico Zico no Fenerbach da Turquia.
Embora a diretoria negue, o site Sportnet diz que o técnico Alexandre Gallo (ex-jogador e ex-técnico do Santos) tem conversado todos os dias com o atacante que poderia ver com bons olhos a transferência, já que encontraria velhos conhecidos da época em que jogou no Santos, como Heleno Faísca e Lucaino Henrique. Pode até ser um balão de ensaio, mas por via das dúvidas...
Só pra esclarecer, a repetição da palavra "Santos" no texto não é falta de auto-edição, mas sim uma forma de mostrar o quanto desse atual Sport tem de ex-santistas. Além dos citados, estão lá o lateral-esquerdo Dutra, vulgo "aquele que fez um gol de placa antes do meio de campo e mais nada"; Fernando Fumagalli e Weldon, revelados na Vila Belmiro; e Diego, também ex-Inter e figura quase nula na Vila. Freud explica?
Só pra constar, vídeo (é do YouTube, mas eu vi no Último Segundo) do golaço que o argentino Lionel Messi marcou na vitória do Barcelona sobre o poderoso Getafe por 5 a 2, pelo Campeonato Espanhol. O tal do cara dribla cinco jogadores (dribla mesmo, engana), inclusive o goleiro, e passa por uns sete no total. Todo mundo lembrou do gol histórico do Maradona e a jogada é mesmo parecida. Não é todo dia.
No trecho de avião entre São Paulo e Recife, senta uma gaúcha ao meu lado. Estava voltando de sua cidade natal, Porto Alegre, após o enterro do pai, um gremista fanático que teve sete filhas.
Além de conviver com elas, morava também com a esposa e a mãe. Mas não se incomodova por viver rodeado de mulheres. O problema mesmo eram os genros. Das sete filhas, seis acabaram se apaixonando e casando com torcedores do Inter. A última continua solteira.
Claro que o velho tricolor era incomodado constantemente pelos homens que, além de terem tomado suas filhas, ainda faziam troça do seu time. Amargou tempos ruins com campanhas péssimas do Grêmio, a queda pra segundona e toda sorte de sarro dos genros.
Ultimamente, estava se vingando. Vibrou com a desclassificação do Inter no campeonato gaúcho e vinha se dleiciando com a tortura colorada na Copa Libertadores. Em uma ocasião, ligou para Recife somente para azucrinar um dos genros.
Mas o câncer já estava avançado e ele faleceu na quarta passada. Não viu o Grêmio perder por 3 a 1 do Cúcuta e cair pra terceira posição do seu grupo na Libertadores. Também não presenciou a derrota por 3 a 0 para o Caxias no último domingo.
No velório, na quinta, sua filha colocou a camisa do Grêmio sobre o caixão, após uma longa discussão com as irmãs, que não aceitaram a vontade do pai de ser enterrado vestindo o que considerava seu manto sagrado. Ao lado, era velado outro corpo, envolto em uma grande bandeira do Inter.
Inevitável, familiares que estavam no velório ao lado se aproximaram, viram a camisa do rival, e não perderam a chance:
- Até aqui estão enterrando o Grêmio.
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Se a rusga entre os dois grandes gaúchos é maior que quase tudo, em Campina Grande, segunda maior cidade da Paraíba, Treze e Campinense dividem o coração dos moradores locais. No entanto, quando um dos dois joga com um clube da capital João Pessoa, os torcedores se unem pra torcer contra. A rivalidade entre as cidades acaba superando a dos times.
Ninguém segura o Futepoca. No máximo, empurra ladeira abaixo. A dica é do Glauco: a cachaça Seleta, em sua página lista sites relacionados ao tema cachaça. O único blog é o Futepoca.
O rótulo é produzido pelo mesmo fabricante da Boazinha, sempre em Salinas (MG). Juntas, são disparadas as maiores engarrafadoras de cachaça artesanal do país.
O clipping publicado aqui em 5 agosto de 2006 é, digamos, complementar.
O jornalista Luis Nassif está lançando Os Cabeças-de-planilha (Ediouro), livro sobre o qual ele já vem falando faz algum tempo em seu blog e que eu achava que seria apenas uma análise sobre o Plano Real e as idéias fixas de boa parte dos economistas brasileiros hoje. Como se fosse pouco, dirão os sensatos. O “apenas” só se justifica pelo que acabou saindo no livro de Nassif. Além da análise, o jornalista desvenda um esquema de favorecimento e tráfico de informações grotesco, que rendeu a André Lara Resende, banqueiro e sábio tucano, a bagatela de R$ 500 milhões. E ele não foi o único beneficiado.
A brincadeira ocorre logo no início do Plano, em 1994. A intenção do plano era manter uma paridade entre a nova moeda e o dólar. No entanto, desde o início o real valeu mais do que a moeda americana, diferença que aumentou com o tempo. Entre os resultados dessa sobrevalorização estão o alto déficit em conta corrente do período e a necessidade de manter juros altos, para atrair capitais especulativos, desacelerando a economia.
Enquanto o país parava, banqueiros e outros operadores ganhavam fortunas no mercado de câmbio, municiados por informações privilegiadas fornecidas pelos formuladores da política cambial. É como se a o bicheiro divulgasse o resultado com antecedência.
Abaixo, trechos do livro publicados no Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim. Que, aliás, afirmou sobre a história: “Esta é provavelmente a denúncia mais grave já feita sobre as maracutaias na política econômica brasileira.”
“...(André) continuou tendo participação ativa nas formulações econômicas, em um caso flagrante de ‘inside information’. Aliás, ele era mais do que um insider. Era o economista com dupla militância, ajudando a definir as regras do Real e, depois, operando no mercado em cima dessas margens”. (Pág. 187)
. “... algumas instituições começaram a atuar pesadamente no mercado de câmbio, apostando na apreciação do real... a mais agressiva foi a DTVM Matrix... com capital de R$ 14 milhões passou a ter uma carteira de R$ 500 milhões. Seu principal sócio era André Lara Resende“. (Pág. 197)
. “Para fortalecer a posição dos “vendidos” (como o Matrix de André), nos meses que antecederam a implantação da nova moeda, Winston Fristch reuniu-se reservadamente em São Paulo com instituições financeiras... fornecendo o mapa da mina da apreciação do Real... Um dos presidentes de instituição financeira presente me contou a surpresa deles ao ver um membro do Governo passando o mapa da mina cambial”. (Pág. 198)
Ora, e onde estava Fernando Henrique Cardoso, o pai do Real, nosso salvador, amém? Amorim relembra uma entrevista concedida por FHC a Nassif em fevereiro deste ano: “Por três vezes ele diz que não sabia do que acontecia – e não sabia o que acontecia sobre o Plano Real, que mudou a economia, a moeda e o país (para o bem e para o mal...). E por cinco vezes ele diz que não foi consultado. Não foi consultado sobre questões centrais da reforma do Plano Real. É espantoso !!!”
Para arrematar, mais um trechinho do livro pinçado pelo Conversa Afiada: “André Lara Resende via o plano como uma forma de enriquecimento e ascensão social. Depois de enriquecer com o Real, realizou sonhos adolescentes de comprar carros e cavalos de corrida – que transportou de avião para Londres, quando resolveu passar uma temporada por lá” (Pág. 211)
Agora, quero ver os companheiros jornalistas que tanto chiaram com a história (não comprovada) de favorecimento ao filho do Lula crucificarem banqueiros e tucanos em geral.
Edu Maretti Estava eu passando pela rua Maria Paula e viaduto Jacareí ontem, no início da noite, quando vi o ônibus do Santos Futebol Clube estacionando na frente da Câmara Municipal de São Paulo (foto).
O veículo não trazia jogadores do time, mas uma equipe de reportagem e membros da assessoria de imprensa do clube. A equipe chegava para a sessão solene em homenagem aos 95 anos do clube da Vila Belmiro. A iniciativa partiu do vereador Celso Jatene (PTB).O Santos foi fundado no dia 14 de abril de 1912
O presidente do SFC, Marcelo Teixeira, participou da sessão. Mas claro que não veio no ônibus.
Tudo bem que o jogador, ao comparecer outro dia a um programa de debate esportivo na TV, estava parecendo um clone de Edson Cordeiro. E as duas primeiras sílabas de seu nome também não ajudam muito. Mas a perseguição sobre Richarlyson pela sua suposta homossexualidade já está beirando a zombaria. Ontem, a chamada de capa do Lance! sobre o gol contra que selou o empate entre São Caetano e São Paulo foi: "Richarlyson, que time é teu?". Não bastasse o trocadalho, o mesmo jornal publica hoje a seguinte legenda: "Depois de gol contra, Richarlyson vai ao Peru". Maldade pura.
Da dupla Falcão e Galvão Bueno a respeito da contratação de Paulo César Carpegiani como técnico do Corinthians, durante o intervalo da partida entre São Caetano e São Paulo:
"Sem omelete, não se faz ovos".
Seria a subversão da culinária tradicional?
Com todo destaque da mídia e a crecente espetacularização do esporte, nossos ídolos esportivos, principalmente os do futebol, nos parecem cada vez mais distantes. Não que sejam realmente seres de outro planeta, mas adoram se comportar como tal. Muitos acham que jogam mais do que jogam, outros acreditam que valem mais do que valem. Às vezes, quando começam a despontar nas categorias de base, já passam a olhar de forma diferente. Do alto. E a partir de então exorcizam o passado, não se recordam mais de onde vieram e adotam o pedestal como seu lar definitivo.
Assim, ver ídolos humildes é algo cada vez mais raro. Na saída do jogo do Santos com o Bragantino, no sábado, esperava o ônibus sozinho em um ponto da avenida Doutor Arnaldo. Nisso, chegam um negro alto, aparentando 40 e poucos anos, junto com uma moça de idade semelhante. Olho pra eles e reconheço o homem. Ele, vendo minha camisa santista, puxa papo. "Então só empatamos hoje, hein?".
Era Zequinha Barbosa, um dos maiores fundistas da história do atletismo brasileiro. Participou de quatro Olimpíadas (4º colocado em Barcelona, 1992), foi nº 1 do mundo nos 800 metros, campeão mundial indoor em 1987 e prata em 1991, além de ter sido o primeiro brasileiro a ganhar ouro no Grand Prix de Roma, um dos eventos mais importantes do atletismo mundial. E ali estava ele, pegando ônibus e puxando papo com um desconhecido que, em comum com ele, tinha o time do coração.
Logo, mais uma pessoa, uma jornalista da Federação Paulista de Futebol, se integraria ao papo. Durante quinze minutos, Zequinha falou de futebol, tirou um sarro de leve da palmeirense que o acompanhava e corou a jornalista tricolor quando disse que a atual geração de torcedores do São Paulo "era difícil de aguentar". Contou também do seu Santos, elogiou Luxemburgo e lembrou que havia feito uma aposta com o técnico Emerson Leão, em 2002, prometendo um jantar a ele caso o Alvinegro fosse campeão.
Comentou sobre seu curso de Educação Física na FMU, depois de passar vinte anos morando nos EUA. E assim seguia a conversa. Animada, tanto que, sabendo que os quatro fariam itinerário parecido, Zequinha sugeriu à moça que o acompanhava, quando chegou um ônibus que servia para os dois, que esperassem o próximo apenas para ir conosco e continuar o papo. Diante da delicada negativa, se despediu e subiu no ônibus, ainda falante.
A jornalista, um pouco incrédula, virou pra mim e exclamou "era o Zequinha Barbosa!". De fato, é difícil acreditar que você pode encontrar um ídolo de infância no ponto de ônibus.
Antes da derrota para o Botafogo foi lançado aqui o desafio entre o milésimo gol de Romário e o milésimo "post" do Futepoca.
Agora, com o baixinho desclassificado de qualquer atividade até o começo do brasileirão, virou covardia. Vamos em breve ao Vavá fazer o milésimo. Espero que nenhum futepoquense esteja ansioso ou refugue na hora, como vem fazendo o baixinho.
Aliás, a ironia, o milésimo quase sai de cabeça, faltaram uns cinco centímetros de altura. Mas o que mais vem me chamando a atenção é como Romário está amargurado e ansioso. Exatamente o contrário do que foi durante toda a carreira, em que parecia jogar final de Copa do Mundo como se fosse amistoso em Madureira.
De qualquer forma, para dar uma chance ao Baixinho, podemos depois de fazer nosso milésimo marcar uma pelada do time (?) do Vasco contra o Clube Atlético Fupetoca. E a gente nem escala o Talitão, porque aí seria covardia...
Tudo no Morumbi. As partidas das semifinais do Paulistão serão no estádio do São Paulo o que, pra entendedor meia-boca, já apontam que as finais lá serão. Feliz estará o São Caetano, que jogará duas partidas fora de casa. Por que essa poderosa esquadra não reclamou antes, hein? Certamente a FPF escutaria seus argumentos.
Muito curiosa a reação de alguns tucanos às pesquisas que mostram o governo Lula com aproximadamente 50% de aprovação. Nas palavras do deputado federal paulista José Aníbal, "estamos aniquilados".
Mas o melhor foi o discurso do também tucano de São Paulo Arnaldo Madeira (a imprensa só acha pessedebista paulista?). "A Câmara se transformou numa extensão do Executivo. Aqui se vota o que o governo quer", declarou, esquecendo do rolo compressor do governo FHC, que chamava qualquer tipo de opositor de "fracassomaníaco" (ô, democrata...).
E prosseguiu Madeira. "As pesquisas refletem uma realidade que não podemos alterar neste momento. O PSDB terá de dialogar com setores da sociedade, manter sua coerência e aguardar que esta situação se modifique com o tempo". O petista recalcado que sofreu com a crise política de 2005/2006 e agora estiver a fim de tripudiar, essa é a hora.
O time sub-19 do Palmeiras conquistou o Torneio de Bellinzona, na Suíça - mais informações aqui.
Mas é bom que tudo seja esclarecido: apesar de ser um torneio internacional, com adversários de porte como Barcelona, Tottenham e Borussia Monchengladbach, a diretoria do clube negou a possibilidade de pleitear junto à FIFA o reconhecimento da taça como um Campeonato Mundial.
O Vasco foi eliminado da Taça Rio, o segundo turno do campeonato Carioca. O jogo terminou o tempo regulamentar em 4 a 4. Apenas um gol, da equipe vascaína, saiu na segunda etapa. Com 3 minutos, estava 2 a 0 para o time de Eurico Miranda. Aos 33, 3 a 2. Aos 44, virada: 4 a 3 para o Botafogo. Romário continua, em sua contagem, na marca dos 999.
Sem o veterano, imprestável com as cãibras pós-jogo, a representação de São Januário desperdiçou as três primeiras cobranças na decisão por pênaltis. Desclassificação.
O mais divertido foi o terceiro do Vasco, de Jorge Luiz. Depois de bela jogada, o cruz-maltino tocou por cima do goleiro Júlio César. O baixinho se atirou para tentar tirar uma casquinha e garantir o milésimo. Quando chegou na bola, já estavam, ele e a redonda, depois da linha do guarda-metas.
O Vasco vai esperar até o Brasileiro ou vai marcar um amistoso contra o América para o Romário jogar o primeiro tempo de um lado e o segundo para satisfazer a promessa feita ao pai, seu Edevair?
O relógio marcava 47 minutos do segundo tempo. O São Bento se preparava para cobrar uma falta a dois metros da entrada da área palmeirense quando sirenes dispararam na rua de baixo. O som aumenta, se aproxima. Pelo vão de prédios, vi passar duas viaturas do corpo de bombeiros disparadas pela rua vazia. Um palmeirense se atirou, pensei.
E, se fez isso, foi sem ver a defesa de Diego Cavalieri na falta cobrada quando nada importava na partida realizada em Sorocaba. O time da casa, com nome de santo que inspirou o papa e calções azul-de-pijama, já estava rebaixado. E o alviverde eliminado com a vitória do Bragantino, em casa, contra o Barueri por 2 a 1. É claro que não confirmei minha ilação estapafúrdia do inconformado suicida.
O pior é que Valdívia mais avançado rendeu bem. Osmar, isolado no ataque, fez dois e deixou o terceiro no travessão direito do goleiro Rafael. Martinez marcou, mas desceu ao ataque até que com personalidade, como fazia Magrão quando era palmeirense. Os três volantes posicionados contra o rebaixado São Bento, um constrangimento para a história de time grande, não representaram a tragédia esperada. É claro que a entrada do meia William deu outra cara à partida, tanto assim que foi dele o segundo tento e nele a penalidade do terceiro. Mas agora isso vale tanto quanto os cinco gols que faltaram que, empilhados em uma hipotética goleada histórica (mais dilatada do que a do Manchester contra a Roma), poderia dar a classificação por saldo de gols.
Tampouco tive oportunidade de conversar com o Conselheiro Acácio. A esta altura, imagino-o desolado com o torcedor que saltara da janela, mas teria discurso pronto. Que a classificação foi perdida no Parque Antártica contra o Guaratinguetá, sob a trapalhada de uma defesa que se abriu como jaca mole madura que despenca de um time que não soube vencer em casa. Pior, que só não viu uma goleada ser aplicada no primeiro tempo por inaptidão do time da cidade de Frei Galvão.
Vai dizer, porém, que o time fez sua parte. Que os trinta dias de intertemporada até a estréia contra o Flamengo, no Brasileirão, tem tudo para fazer a diferença. Que o elenco é jovem, que 19 atletas têm menos de 25, que vão ganhar confiança. Que a base é boa, o técnico cascudo, mas capaz de pôs a meninada pra jogar.
E na Copa do Brasil, lembrará ele e seus aceclas, a fatalidade foi a arbitragem ter mandado voltar a cobrança defendida por Diego Cavalieri. Que ter ficado onde até o Corinthians passou foi um acaso.
Enquanto isso, na prática, o primeiro semestre do Palmeiras está no lixo. Ao ouvir o saopaulino do andar de cima comemorar o primeiro gol em Bragança, o desgosto, sem brincadeira, me remeteu à derrota por 4 a 3 no Barradão para o vitória, de 17 de novembro de 2002. Foi exagero.
Amanhã, setores palmeirenses vão se dizer "satisfeitos" com a desclassificação. "Foi melhor", bufarão. Somaram a derrota para o Noroeste no Palestra para dizer que, "com esse time que não ganha nem em casa quando precisa, tinha mais é que perder."
Eu preferiria ver o time capenga de um técnico covarde entre os classificados, mesmo que fosse para perder do Santos na semi-final. O palmeirense que, no meio da (minha) agonia, se atirou e foi socorrido pelos bombeiros concordaria. Junto até do Conselheiro. É triste.
Para o site RSSSF (www.rsssf.com), o maior artilheiro da história do futebol é o austríaco Josef Bican (foto), falecido em 2001, com mais de 800 gols em jogos oficiais (eles não dão o número exato). Pelé teria balançado as redes 765 vezes e Romário, 756 - considerando-se apenas partidas oficiais de clubes e seleções. Na Áustria, corre a lenda que Bican chegou a fazer 5.000 gols. O RSSSF foi lançado em 1994, com informações sobre campeonatos de todo o mundo, abastecido por colaboradores. Somando-se apenas gols em campeonatos nacionais, Bican aparece mais uma vez no topo, com 643, seguido de Pelé (538) e Romário (533). Bican, que nasceu em 1913, começou a carreira no Rapid Vienna. Em 1937, foi para o Slavia de Praga, na República Tcheca, onde virou ídolo, marcando 328 gols em oito anos. Em 1969, quando Pelé estava prestes a fazer o milésimo, a imprensa européia o entrevistou sobre o seu número de gols e lhe perguntaram por que ele não divulgava uma lista com seus 5.000. A resposta foi bem humorada: "Você acha que alguém acreditaria se eu dissesse que fiz cinco vezes mais gols que Pelé?".
Inzaghi marcou contra o BayernCom os resultados de terça e quarta-feira, três ingleses e um italiano farão as semifinais da Liga dos Campeões da Europa. O destaque foi a impressionante goleada do Manchester sobre a Roma, por 7 a 1, na terça-feira.
Muito boa a manchete do caderno de esportes da Folha de S. Paulo de hoje: “Palmeiras vai ao ataque com 3 volantes”. A matéria esclarece que “sem o suspenso Edmundo -principal nome ofensivo do time, seu artilheiro no Paulista (12 gols) ... -, Caio Júnior aposta num substituto que, em vez de ter o ataque como ofício, é um volante de contenção”.
Com Marcelo Costa, “o Palmeiras começa o jogo em que pode até precisar de uma goleada com mais defensores do que jogadores de frente. Martinez e Pierre são os outros dois volantes”, esclarece o jornal.
Pergunta deste escriba: agora vai?
O Lance! adianta que, em reunião marcada para as 11h de amanhã, a Federação Paulista de Futebol deverá confirmar Morumbi e Pacaembu como únicos estádios a receberem partidas das semifinais e finais do Paulistão deste ano. Isso garantirá uma óbvia vantagem para o São Paulo, dono do Morumbi, e já está provocando uma grita geral por parte de Santos, São Caetano e mesmo dos que decidem hoje a última vaga - Bragantino, Palmeiras, Paulista e Ponte Preta.
Após longo tempo sem escrever neste estupendo blog (período marcado por manifestações de fãs, dentre os quais algusn membros deste fórum, saudosos de meus textos), trago um link do YouTube com gols que o autor chama de engraçados, e eu de bizarros. Momentos patéticos de sorte dos atacantes, por vezes auxiliada pela inépcia das defesas. Lá vai: http://www.youtube.com/watch?v=acfCQIgQ_aU
Há alguns meses, a filósofa Marilena Chauí, em entrevista à revista Fórum, disse, em tom de contrariedade, que setores do PT defendiam a aproximação do partido com setores do PSDB (cito de memória). Segundo o site Congresso em Foco hoje, o deputado (Cândido) Vaccarezza (PT-SP) “defende não só a reprodução da coalizão do governo Lula nas eleições municipais de 2008 como também a ampliação da base governista, com o ingresso do PPS e até de parte do PSDB”.
“Setores do PSDB que são social-democratas poderiam estar em outro partido e compor com o PT”, teria afirmado ele, segundo o site. Perguntado sobre nomes tucanos, ele respondeu que tinha os nomes, “mas seria deselegante citá-los”.
Vaccarezza é o mesmo que foi objeto de um post indignado do Olavo, tempos atrás, comentando uma reunião entre dois sorridentes recém-eleitos: o próprio Vaccarezza e o velho Paulo Maluf.
Ensina-se na matemática que o "elemento neutro" é aquele que, quando faz parte de uma operação, não exerce nenhuma influência em seu resultado final. Os dois exemplos clássicos são o número zero, na adição, e o um, na multiplicação.
No futebol, elemento neutro seria aquele time que consegue parecer incólume na maioria dos campeonatos que disputa. Não briga por títulos, mas também não perambula na zona do rebaixamento; não despeja goleadas históricas mas também raramente é humilhado; não tem uma torcida fanática, mas também não é caracterizado por públicos vergonhosos.
Pois bem, poucos times viviam uma situação tão "elemento neutro" no futebol nacional quanto o Rio Branco de Americana no Campeonato Paulista.
O Tigre disputava a elite do Paulistão initerruptamente desde 1993 (oficialmente, está na primeira divisão desde 1989, mas aí é naqueles módulos estranhos dos quais a torcida do São Paulo sente saudade). E em todos esses anos - com a única exceção de 1993, quando ficou entre os semifinalistas - não fez nada de notável no campeonato. Nem pro bem, nem pro mal.
Talvez os feitos que deram maior visibilidade ao Rio Branco foram a revelação de dois atletas em especial, o volante Marcos Assunção, que brilhou no Santos, e o meio-campista Souza, aquele, ex-Corinthians e São Paulo e que no ano passado foi o comandante do América-RN na campanha da volta à primeira divisão do Brasil.
Mas tudo isso acabou no domingo. O Rio Branco foi derrotado pelo seu quase xará Rio Claro e, com uma rodada de antecipação, está matematicamente rebaixado à Série A-2 do Paulista.
É curioso. Se por um lado o time se acostumou com a elite - e pode encontrar nisso uma motivação maior para conseguir a promoção no ano que vem -, por outro não tem a "pegada" da Série A-2 que outros rivais mais habituados a subidas e descidas, como Ituano, Santo André, Botafogo de Ribeirão e Juventus possuem.
E a própria segunda divisão é bem diferente. O Rio Branco encontrará o segundo nível do paulista em um formato bem diferente do que disputava nas décadas anteriores - aliás, será a primeira vez que o clube disputará a Série A-2, com esse nome, que já existe há um bom tempo.
Quanto aos torcedores, nós também estranharemos a saída desse simpático clube da primeira divisão. Era uma garantia de "estabilidade" no campeonato.
(...) Desde a ida de um chefe de Estado ao leste europeu e, lá, em um campo de extermínio, ajoelhar-se e pedir perdão, o ato tornou-se corriqueiro, até banal.
(...) No pedido de perdão dos tempos contemporâneos, falta o ato de contrição e a consciência profunda de que se praticou efetivamente uma ofensa. Tudo é cenografia televisiva. Nada é interiorizado.
Ignora-se, nesta inflação de pedidos de perdão, que o ato de perdoar é unilateral. Cabe ao agredido agir de acordo com sua consciência e oferecer o seu esquecimento, se assim achar conveniente.
Não pode o juiz de futebol anular um gol e, depois, solicitar perdão. Agrediu milhares de torcedores. Humilhou jogadores. É exemplo chulo, mas aconteceu nestas terras tropicais na última semana. (...)
Personalidades religiosas não escapam a este surto de perdões. Ferem a Lei Eterna e, depois de uma penitência, um pedido de perdão. Solene, se possível, trivial se assim exigirem as circunstâncias.
O último perdão vai além dos limites plausíveis. Os controladores de vôo há meses tumultuam o transporte aéreo nacional. Quando querem, param todos os aeroportos. Não se preocupam com as conseqüências. Prejudicados e prejuízos não importam. (...)
Nestas terras tropicais, todos querem ser Raskolnikov, a personagem dostoievskiana que recobra o gosto da vida após arrependimento de seu crime. Não dá. Só com muita vodca. Cachaça é pouco.
Listas elaboradas por manguaças ou similares sempre geram polêmica. Ainda mais se tais listas tratarem de gols. Os 999 do companheiro Romário já foram debatidos na imprensa. Os do Pelé, idem. Mas ninguém falou de Flávio Minuano, ex-atacante do Corinthians, Internacional e Fluminense, que afirma ter feito nada menos do que 1.070 gols desde as categorias de base.
Tudo bem, calculo que nas minhas peladas de praia tenha marcado mais de 600 gols, apesar da incredulidade dos manguaças desse blogue (difícil reconhecer o outro), mas Minuano assegura ter tudo documentado - como Romário e Pelé. Foi no mês de julho de 1973, em entrevista à revista Placar, que Flávio, à época no Porto, revelou que seu empresário junto com dois jornalistas o ajudaram a elaborar uma listagem com 972 gols até então. O milésimo acontecera, segundo ele, em 1976.
"Foi quando eu jogava pelo Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul, em uma partida contra o Caxias no Alfredo Jaconi. Acho que foi empate de 3 a 3. O pessoal lá comemorou, teve um oba-oba, mas foi uma coisa superficial. O Brasil não ficou sabendo. Recentemente, fizeram um levantamento e me falaram que eu fiz 1.070 gols no total", declarou ao Globo Esporte.
Mas a tal marca não surgiu apenas hoje, quando o debate sobre milésimos (isso não é automobilismo) se acirra. Matéria produzida pelo site Gazeta Esportiva, com toda falta de cuidado característica de nossa mídia, vaticina: "Consagrado artilheiro, ele é, segundo o Departamento de Estatísticas da Fifa, o oitavo maior goleador do mundo, com 1.070 gols durante toda sua carreira".Dia 10 de abril de ano ímpar marca cem dias de governo no Brasil, seja na Presidência, nos governos de estado ou nas prefeituras. Em 2007, os jornais não apontam a data como manchete, e ela mal entra nas páginas internas.
Quando aparece, a linha é de que o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva chega sem marcas nem feitos louváveis, como no editorial de O Estado de S.Paulo, (para assinantes). Nem os blogueiros de plantão lembram do assunto.
Numa pesquisa via News.Google, aparecem notícias de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul mais ou menos com a mesma tônica, mas voltadas aos governos de Eduardo Campos (PSB), Cid Gomes (PSB) e Yeda Crucius (PSDB). Dúvidas, poucos projetos, eventuais balanços...
Cem dias são pouca coisa para avaliar uma gestão, segundo informa o Conselheiro Acácio. Ouvi no início do ano, analistas dizendo que esse período marca uma certa "lua-de-mel" ou um pacto velado (coisas bem diferentes entre si, que fique claro) entre governo, eleitorado e oposição. Outros dizem que o período dá a tônica do governo: se começar bem, é bom; se for mal na primeira centena de dias, melhor voltar para casa. Tudo bobagem. Mas é bom para reflexão.
No caso do governo federal, a reforma ministerial só foi concluída em meados de março. Quase depois da semana santa (para assinantes, na nota "Calendário"), como previa a jocosidade de deputados da oposição.
Não dá para dizer que o governo esperou até ali para começar, mas o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não teve suas medidas provisórias aprovadas, o Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE) traz iniciativas importantes, mas poucas definições de fato. O Fórum para discutir Previdência acalmou os ânimos da neoliberalidade e (felizmente) ainda não sinalizou com mudanças efetivas, além de prometer que as eventuais mexidas seriam apenas para quem ainda não começou a contribuir.
Há ainda a crise nos aeroportos que se arrasta desde novembro de 2006, a de segurança desde sempre e as incertezas sobre os Jogos Panamericanos.
A oportunidade é boa para malhar o governo (ou elevar o "Índice Vamos Derrubar o Lula", do Paulo Henrique Amorim). É claro que a CPI do Apagão Aéreo é mais eficiente para isso. Mas soa curioso o esquecimento.
Na conjuntura atual, fico pensando se o período não poderia ser usado em referência ao governo de cem dias de Napoleão Bonaparte, em 1815, que terminou com a derrota em Waterloo, na Bélgica. A oposição iria adorar.
Gol contra é sempre um negócio meio ridículo. Mas tem uns que são mais ridículos que outros. Nesse final de semana, o Portsmouth ganhou do Manchester United por 2 a 1, pelo Campeonato Inglês. O segundo gol dos Pompey (viva a Wikipedia) foi um dos gol contra mais hilários que eu já vi. O Rio Ferdinand deve estar realmente puto até agora. A bola estava na mão do goleiro e ele zuou tudo!
Não achei vídeo só com esse gol, então vai o link para os "melhores momentos" do jogo.
http://www.youtube.com/watch?v=ow9QRXFhjtg
Pela segunda vez na semana, o Palmeiras teve a faca e o queijo nas mãos para resolver sua situação. Por pouco, o time poderia ter se mantido vivo e bem nos dois campeonatos do primeiro semestre, mas foi eliminado da Copa do Brasil e continua em situação delicada no Paulista.
No domingo, contra o Guaratinguetá, em pleno Parque Antártica, o empate de 2 a 2 teve sabor de derrota. O time da cidade de Frei Galvão abriu dois de vantagem no primeiro tempo, com Dinei, em dois contra-ataques que me fizeram lembrar a zaga do ano passado que abria verdadeiras clareiras para os adversários. O Guará cedeu o empate, com Valdívia, de cabeça, e Edmundo de pênalti (desta vez no canto superior direito do goleiro).
O time do Vale do Paraíba teve dois expulsos, pênalti não marcado no primeiro tempo e se segurou diante da incapacidae palmeirense de superar a retranca. Com a derrota do Bragantino, o alviverde poderia ter voltado à quarta colocação isolada do Paulista e chegaria à última partida contra o São Bento dependendo apenas de suas forças.
Na quinta-feira, no mesmo estádio, a classificação da Copa do Brasil é que escapou, diante do Ipatinga, nos pênaltis. Na ocasião, o time teve todo tempo do mundo para chegar ao terceiro gol, mas, como admitiu o técnico Caio Jr. no programa do Milton Neves, não teve competência.
No sábado, o Corinthians venceu o América em um Pacaembu vazio, apenas 2.400 pagantes. No Palestra Itália, foram 5.000. O domingo frio e chuvoso não ajudou, mas para um time que briga para a classificação, é ainda mais triste do que o ocaso corintiano.
Fica Edmundo
Um dos que mais sentiram a oportunidade perdida foi Edmundo. Ao fim do jogo, nervoso com a incompetência do time (e da diretoria), se emocionou em entrevista. Chegou a dizer que pensava em parar de jogar futebol. O motivo foi a divulgação de que o clube liberaria o atleta para jogar nos Estados Unidos caso se confirmasse proposta. O melhor: Edmundo não quer ir. Gilberto Cipullo disse que tudo é um mal-entendido. Mas o camisa 7 deixa claro que está com a "paciência torrada", como diria minha avó.
Suspenso da última partida com o terceiro amarelo, o camisa 7 se disse cansado com o excesso de jogos. Levando em conta que, há dez ou quinze anos o volume de competições para times de ponta era pelo menos 50% mais intenso, os 36 anos estão claramente pesando para o craque. Na perspectiva de que as distâncias percorridas no Brasileirão serão muito superiores às realizadas até agora no ano, o Palmeiras não pode depender tanto assim do veterano bom de bola.
Isso fica grave para um time cuja falta de capacidade de resolver vem sendo recorrente. O "quase", típico de times pequenos ou que acumulam anos na fila, é insuportável.
Hoje pela manhã, no meio da transmissão de Botafogo-SP 3 x 3 União São João, em Ribeirão Preto, a Rede Vida colheu o seguinte depoimento do técnico botafoguense Nenê Belarmino: "A gente tem que ter tranqüilidade para conseguir ter calma".
Como suposto anteriormente, o Ipatinga levou a melhor no jogo de volta da Copa do Brasil. Derrotou o Palmeiras nos pênaltis.
Ao contrário do que suponha este embriagado, a definição foi emocionante que incluiu 2 a 0 no tempo regulamentar e empate na primeira série de cobranças na marca de cal. Na primeira partida, os mineiros haviam levado a melhor pelo mesmo placar.
Ainda diferente do que foi escrito, Edmundo entrou no segundo tempo. Não atuou bem e chutou para fora o último pênalti palmeirense da série de cinco. Se marcasse, a vitória dos donos da casa seria assegurada. O Ipatinga seria beneficiado por um erro do auxiliar Marcos Tadeu Nunes que mandou voltar a cobrança de Adeílson que, na primeira tentativa, foi defendida por Diego Cavalieri. Na segunda tentativa, o tento foi conferido.
Discordo da avaliação de que o erro da arbitragem tenha sido responsável pela desclassificação alvi-verde. Foram dois gols antes dos 30 minutos. Nos 60 restantes, faltou competência (e talvez sorte). Diria até que faltou perceber que aquilo não era suficiente. Alguns vão acusar o Caio Jr. É possível que tenha faltado um chacoalhão no intervalo, mas nem a entrada de Edmundo funcionou. Na hora dos pênaltis alternados, Valdívia foi preterido a Amaral, o zagueiro promessa. A responsabilidade foi alta, cobrança no travessão. Erro de Caio Jr.
Vale dizer que Edmundo e Valdívia, el mago, pela segunda partida seguida não resolveram. O time atual, muito superior ao da temporada passada, mostra que não é tão dependente dos dois para vencer. Mas não para resolver. É claro que não se pode esperar que eles salvem a representação de Parque Antártica sempre, e há um avanço no cenário. Mas o que conta é a desclassificação.
P.S.: O clube foi autuado até pelo Procon (Folha On Line). A diretoria também é melhor do que quando era o Mustafá. O que tampouco quer dizer muita coisa.
Tabata foi decisivoMesmo não jogando um primor de futebol, o Santos venceu o Defensor em Montevidéu por 2 a 0 e chegou a sua sétima vitória seguida, incluindo jogos pelo Paulista e pela Libertadores. A última partida que não venceu foi o 1 a 1 contra o São Paulo, pelo estadual, dia 11 de março. É 100% no torneio continental, o que, se confirmado no jogo contra o Deportivo Pasto na última rodada, na Vila, dioa 19, lhe dará a vantagem de disputar todos os mata-matas, até uma eventual final, com a vantagem de fazer o segundo jogo como mandante (se não for isso me corrijam).
Contra o Defensor, Rodrigo Tabata, que entrou no segundo tempo, (quem diria?) foi decisivo, deu mais movimentação e toque de bola ao time, e ainda fez o segundo gol, depois de receber um passe de Zé Roberto. Conhecido como Samurai pela torcida do Santos, o jogador já tinha feito uma grande partida contra a Ponte Preta no domingo.
A série de sete jogos seguidos de vitória do Peixe é a seguinte:
14/03 - 3 x 0 no Gimnasia y Esgrima (na Vila)
18/03 - 2 x 1 no Ituano (em Itu)
22/03 - 2 x 1 no Gimnasia y Esgrima (na Argentina)
25/03 - 2 x 1 no Rio Claro (no Parque Antarctica)
28/03 - 2 x 1 no Corinthians (na Vila)
01/04 - 4 x 2 na Ponte Preta (em Campinas)
05/04 - 2 x 0 no Defensor (no Uruguai)
Como o Romário não faz, os futepoquenses farão o milésimo.
Explico, está lançado o desafio ao baixinho para ver se ele faz o milésimo gol ou os futepoquenses encaçaparão o milésimo "post" antes.
Segundo nosso matemático-estatístico e "brimo" Anselmo faltam 42 publicações para chegarmos lá. Como o baixinho está dando bobeira, é nóis na fita...
Mas, falando sério, parece que o milésimo gol está fazendo mal a Romário e ao Vasco, afinal não faz o gol nem sai de cima.
Que o diga o Gama. Zebra como a do maraca ontem pode até acontecer, mas quando estão todos lá para ver algo que é dado como favas contadas e não acontece, com o Vasco tendo mudado de estádio para comemorar e o Romário alugado até boate para festa... Tudo se torna mais dramático.
E a gente vê tudo de cadeira, com um sorriso à lá Fradinho nos dentes.