Destaques

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Som na caixa, manguaça! (Volume 1)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quase Um Alcoólatra
Wander Wildner & Chulé de Coturno
(Composição: Jean Carlo Morelli)


Eu sei que eu ando bebendo demais
Você já me disse
Eu sei que eu ando caindo no chão
E que só causo uma má impressão

Mas eu preciso disso
Quero que você entenda
Só quero que você entenda
O quanto eu preciso disso!

Sou quase um alcoólatra
Quase um alcoólatra
Eu sou quase um alcoólatra
Quase um alcoólatra
(do CD "Buenos Dias", Trama, 1999)

Pontapé inicial

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Começa nesse sábado a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Como sempre, é um perfeito "aperitivo" para o início do ano esportivo. Enche bem o espaço do noticiário do Esporte e substitui as ladainhas furadas sobre contratações (especialmente depressivas para os santistas, já que a nossa diretoria parece que não tá a fim de comemorar títulos em 2007).

Ao se falar da Copinha, há uma opinião-chavão que se repete sempre: que a Copa São Paulo foi completamente descaracterizada, que hoje não tem mais o sentido de outrora, que serve apenas como balcão de empresários e antigamente revelava os verdadeiros talentos do futebol nacional.

Descontando-se o fato do "balcão de empresários", que é um fato confirmado e indiscutível, pode-se reconsiderar o romantismo ao falar da Copinha de outros tempos. E a opinião não é minha, mas do ótimo Cláudio Carsughi, do Sportv. A análise dele, que eu passei a encampar, é a seguinte: o romansitmo trata a Copa São Paulo de antigamente como se dela saíssem, todo ano, dezenas de craques prontos e acabados. Mentira! As revelações da Copa São Paulo em sua história que realmente se confirmaram são poucas. Falcão, Casagrande e Dener são sempre citados. Não chega a ser uma proporção tão diferente assim dos dias atuais.

Enfim, de qualquer modo a Copa São Paulo é um torneio divertido. Goleadas antológicas, times engraçados e jogos emocionantes. E que o Santos, pelo menos uma vez, faça bonito!

Ladeira abaixo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Considerando que o tal Carlitos Tevez (foto) chegou a ser celebrado como o melhor jogador do Brasileirão 2005, sua situação 12 meses depois é um dos maiores micos futebolísticos de todos os tempos: ontem, seu clube, o West Ham, foi humilhado mais uma vez no "forte" Campeonato Inglês, sendo goleado impiedosamente pelo "grande" Reading, por sonoros 6 a 0. O timeco de várzea está em 18º lugar, entre 20 clubes, com 14 derrotas em 22 jogos. Por pior que fosse sua vida no Corinthians, acho que Tevez se arrepende até o último fio de cabelo da barca furada em que se enfiou. Depois de brigar com Emerson Leão e fugir vergonhosamente do Brasil, sem dar explicações, o argentino topou ser repassado sem custos ao fraco time inglês no início de setembro, junto com o compatriota Mascherano. Na época, nossa fantasiosa imprensa esportiva tentou nos fazer acreditar que times da Itália e da Espanha estavam se estapeando pelo seu querido Carlitos. Pois então: em três meses, os argentinos não conseguiram marcar um gol sequer na Inglaterra e hoje amargam o banco de reservas do timeco, de onde acompanham as sucessivas derrotas de rodada em rodada. O West Ham despenca ladeira abaixo rumo à segundona e, convenhamos: se a divisão de elite de lá já é um show de horrores, imaginem o resto! E pensar que a MSI pagou cerca de R$ 50 milhões por Tevez e mais R$ 36 milhões por Mascherano! Hoje, essas cotações devem ter caído, no mínimo, pela metade. Isso se alguém ainda tiver interesse...

terça-feira, janeiro 02, 2007

Advogado quer que ONU investigue enforcamento de Saddam Hussein

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um advogado de Saddam Hussein, o francês Emmanuel Ludot, pediu às Nações Unidas a criação de uma comissão de investigação sobre as condições de execução do ex-ditador iraquiano, segundo uma cópia de uma carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ludot solicita "que seja estabelecida uma comissão de investigação sob a égide das Nações Unidas", estimando que as "condições de execução" de Saddam Hussein foram, "em termos de princípios, intoleráveis". O advogado afirma que o ex-ditador "permaneceu até sua morte submetido ao estatuto de prisioneiro de guerra e, como tal, deveria se beneficiar da Convenção de Genebra de 1949". Como prisioneiro de guerra, julga o advogado, ele não deveria ser enforcado, mas "fuzilado". Ludot denuncia igualmente as filmagens realizadas durante o enforcamento. "A fotografia com o rosto do condenado viola de maneira clara a Convenção de Genebra", assegura ele, pedindo: "Por que a ONU não tomou precauções indispensáveis para se assegurar de que haveria um mínimo de dignidade para o prisioneiro de guerra?". O advogado pede "uma investigação aprofundada para conhecer as verdadeiras funções ocupadas na vida civil pelos carrascos" de Saddam Hussein, que foram "autorizados a proferir insultos" durante a execução. "Não se pode descartar a possibilidade de que altas autoridades opostas ao regime de Saddam Hussein tenham conseguido obter, numa negociata com a potência ocupante, o privilégio de participar pessoalmente da execução do condenado", escreveu ele. (da AFP)

Lutador é morto em briga de bar

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O boxeador Kemal Kolenovic foi morto durante uma briga de bar no Bronx, Nova York. Natural de Montenegro, o lutador de 28 anos foi assassinado depois que um grupo de homens começou a discutir sobre o Leste Europeu. Segundo o tio de Kolenovic, ele acompanhou os homens para o lado de fora e tentava acalmá-los quando um deles pegou um carro e atingiu o lutador na calçada. Socorrido, o montenegrino foi declarado morto no Hospital St. Barnabas. Kolenovic disputava na categoria médio e tinha um cartel com dez vitórias, seis derrotas, cinco nocautes e dois empates. (do site Gazeta Esportiva)

Santos pode bordar 3ª estrela no escudo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Começo meu primeiro post de 2007 desejando um feliz Ano Novo para toda a companheirada e, especialmente, para os santistas (maioria entre os blogueiros que aqui escrevem). Isso porque, mesmo com o presidente Marcelo Teixeira relutando em aceitar, a diretoria do Santos pode somar mais uma estrela de campeão mundial às duas já existentes sobre o distintivo do clube. Está no diário Lance! de hoje: o alvinegro praiano é tricampeão mundial de futebol! O título da primeira Supercopa de Campeões Intercontinentais, ganha pelo Santos em 1969, foi reconhecido pela Conmebol em 2005 como "O esquecido terceiro título intercontinental do Santos de Pelé" (ver link http://www.conmebol.com/articulos_ver.jsp?id=58211&slangab=S). O asterisco no final da página é categórico: "La Supercopa de Campeones Intercontinentales será reconocida en el Ranking de Clubes de la CONMEBOL". A Fifa, por sua vez, ainda não se pronunciou.
O assunto também gera divergências no próprio clube. Segundo o Lance!, durante a última reunião do Conselho Deliberativo do Santos, o presidente Marcelo Teixeira afirmou que prefere ganhar a terceira estrela de campeão mundial dentro de campo. Mas o conselheiro Celso Leite defende a mudança na camisa: "O Santos ganhou em campo, falta a diretoria reconhecer". A Supercopa de Campeões Intercontinentais foi concebida em finais de 1967 pelas diretorias do Peñarol (Uruguai), Racing (Argentina) e Santos, os três únicos clubes sul-americanos campeões mundiais até o momento. Os europeus concordaram e ficou combinado que Real Madrid e Internazionale de Milão se enfrentariam para classificar um deles para a final da primeira edição da competição, de 1968, contra um sul-americano.
Entre novembro daquele ano e abril de 1969, o Santos eliminou o Racing e o Peñarol e, em 24 de junho de 1969, foi à Milão decidir o torneio em partida única (a Inter se classificou para a decisão sem precisar jogar, depois da desistência do Real Madrid). A equipe italiana passava por uma má fase, tinha perdido seu técnico dois dias antes e não pôde contar, na final, com craques como Fachetti, Suárez, Landini e Bertini. Mesmo assim, esse jogo foi uma espécie de prévia da final entre Itália e Brasil que seria disputada um ano depois, na Copa do México. Em campo estavam Carlos Alberto, Clodoaldo, Rildo, Pelé e Edu, pelo Santos, e Burgnichi e Domenghini, pela Inter. A equipe brasileira tinha garantido o tricampeonato paulista três dias antes, num empate sem gols contra o São Paulo, e jogou completa no estádio San Siro. O gol do título saiu aos 12 do segundo tempo: Pelé cobrou falta com violência, o goleiro Bordon rebateu e Toninho Guerreiro completou (como mostra a foto acima). "Obviamente, as pessoas foram para ver o Santos jogar, mais do que a Supercopa", disse, recentemente, o ex-zagueiro santista Ramos Delgado.
A última edição da Supercopa foi disputada ainda em 1969, tendo o Peñarol como campeão. Só que os europeus nem participaram e, assim, a competição perdeu força e a terceira edição nem chegaria a ser disputada.

Ficha técnica
INTERNAZIONALE 0 X 1 SANTOS
Local: Estádio San Siro, Milão (Itália)
Data: 24 de junho de 1969
Público: 44.774
Juiz: José Mario Ortiz de Mendibil (Espanha)
Inter: Bordon; Burgnichi e Poli; Bedin, Guarnieri e Cella; Jair da Costa, Mazzola, Domenghini, Corso e Vastola; Técnico: Maino Neri.
Santos: Cláudio (Laércio); Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Negreiros; Pelé, Edu, Toninho Guerreiro e Abel; Técnico: Antoninho.
Gol: Toninho Guerreiro (57)

segunda-feira, janeiro 01, 2007

O discurso de posse de Lula

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O discurso de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no parlatório foi mais emotivo e improvisado, mas o oficial, do Congresso, foi mais impactante politicamente. Leia-o abaixo:

"Quatro anos atrás, nesta Casa, em um primeiro de janeiro, vivi a experiência mais importante de minha vida - a de assumir a presidência do meu País.Não era apenas a realização de um sonho individual.O que então ocorreu foi o resultado de um poderoso movimento histórico do qual eu me sentia - e ainda hoje me sinto - parte e humilde instrumento.Pela primeira vez, um homem nascido na pobreza, que teve que derrotar o risco crônico da morte na infância e vencer, depois, a desesperança na idade adulta, chegava, pela disputa democrática, ao mais alto posto da República. Pela primeira vez, a longa jornada de um retirante, que começara, como a de milhões de nordestinos, em cima de um pau-de-arara, terminava, como expressão de um projeto coletivo, na rampa do Planalto. Hoje estou de volta a esta Casa, no mesmo primeiro de janeiro e quase na mesma hora. Tenho a meu lado, como em 2003, o amigo e companheiro José Alencar, cuja colaboração inteligente e leal tornou menos árduas as tarefas destes quatro anos. E assim o será no Governo que se inicia.Tudo é muito parecido, mas tudo é profundamente diferente.É igual e diferente o Brasil; é igual e diferente o mundo; e, eu, sou também igual e diferente. Sou igual naquilo que mais prezo: no profundo compromisso com o povo e com meu país. Sou diferente na consciência madura do que posso e do que não posso, no pleno conhecimento dos limites. Sou igual no ímpeto e na coragem de fazer. Sou diferente na experiência acumulada na difícil arte de governar.

Sou igual quando volto a conjugar, nas suas formas mais afirmativas, o verbo mudar, como fiz aqui quatro anos atrás. Mas sou diferente, pois, sem renegar a paciência e a persistência que aqui também preguei, quero hoje pedir, com toda ênfase, pressa, ousadia, coragem e criatividade para abrir novos caminhos.

Minhas Senhoras e meus Senhores, Quatro anos depois, o Brasil é igual na sua energia produtiva e criadora.Mas é diferente - para melhor - na força da sua economia, na consistência de suas instituições e no seu equilíbrio social.Em que momento de nossa história tivemos uma conjugação tão favorável e auspiciosa: de inflação baixa; crescimento das exportações; expansão do mercado interno, com aumento do consumo popular e do crédito; e ampliação do emprego e da renda dos trabalhadores?O Brasil ainda é igual, infelizmente, na permanência de injustiças contra as camadas mais pobres. Porém é diferente, para melhor, na erradicação da fome, na diminuição da desigualdade e do desemprego. É melhor na distribuição de renda, no acesso à educação, à saúde e à moradia. Muito já fizemos nessas áreas, mas precisamos fazer muito mais.O Brasil ainda possui sérias travas ao seu crescimento e fragilidades nos seus instrumentos de gestão. Mas nosso país é diferente - para melhor: na estabilidade monetária; na robustez fiscal; na qualidade da sua dívida; no acesso a novos mercados e a novas tecnologias; e na redução da vulnerabilidade externa. O trabalhador brasileiro ainda não ganha o que realmente merece, mas temos hoje um dos mais altos salários mínimos das últimas décadas, e os trabalhadores obtiveram ganhos reais em 90% das negociações salariais nestes últimos quatro anos. Criamos mais de 100 mil empregos por mês com carteira assinada, sem falar das ocupações informais e daquelas geradas pela agricultura familiar, totalizando mais de 7 milhões de novos postos de trabalho. O Brasil ainda precisa avançar em padrões éticos e em práticas políticas. Mas hoje é muito melhor na eficiência dos seus mecanismos de controle e na fiscalização sobre seus governantes. Nunca se combateu tanto a corrupção e o crime organizado. Muita coisa melhorou na garantia dos direitos humanos, na defesa do meio-ambiente, na ampliação da cidadania e na valorização das minorias. O Brasil é uma nação mais respeitada, com inserção criativa e soberana no mundo.E o mundo, vasto mundo, como está quatro anos depois? Melhor em certos aspectos, mas pior, infelizmente, em tantos outros.Foram quatro anos sem graves crises econômicas, mas com graves conflitos políticos e militares internacionais. Ao mesmo tempo em que o crescimento da economia mundial permitiu um certo desafogo aos países emergentes, a relação entre nações ricas e pobres não melhorou. A solução dos grandes problemas mundiais, como: as persistentes desigualdades econômicas e financeiras entre as nações; o protecionismo comercial dos grandes; a fome e a inclusão dos deserdados; a preservação do meio-ambiente; o desarmamento; e o combate adequado ao terrorismo e à criminalidade internacional; não evoluiu. Os organismos internacionais - especialmente a ONU - não se atualizaram em relação aos novos tempos que vive a humanidade.

Meus Senhores e minhas Senhoras,Um dos compromissos mais profundos que tenho comigo mesmo é o de jamais esquecer de onde vim. Ele me permite saber para onde seguir. Hoje, posso olhar nos olhos de cada um dos brasileiros e brasileiras e dizer que mantive, mantenho e manterei meu compromisso de cuidar, primeiro, dos que mais precisam.Governar para todos é meu caminho, mas defender os interesses dos mais pobres é o que nos guia nesta caminhada.Se alguns quiseram ver na minha primeira eleição apenas um parêntesis histórico, a reeleição mostrou que um governo que cumpre os seus compromissos obtém a confiança do povo. Em outubro, nossa população afirmou de modo inequívoco que não precisa nem admite tutela de nenhuma espécie para fazer a sua escolha. Ela foi livre e soberana, como deve ser a força do povo. É uma responsabilidade enorme tornar-se o presidente com o índice de aprovação mais elevado ao final de seu mandato.Tenho plena consciência do que isso significa. Sei que, a partir de hoje, cabe-me corrigir o que deve ser corrigido e avançar com maior determinação no que está dando certo, para consolidar as conquistas populares. O desafio é grande, porém maior é a minha disposição de vencê-lo. Ouço as vozes das cidades, das ruas e dos campos e escuto, muito perto, a voz da minha consciência. Ela me diz que não fui reeleito para ouvir a velha e conformista ladainha segundo a qual tudo é muito difícil, quase impossível, que só pode ser conquistado numa lentidão secular.Quatro anos atrás eu disse que o verbo mudar iria reger o nosso governo. E o Brasil mudou. Hoje, digo que os verbos acelerar, crescer e incluir vão reger o Brasil nestes próximos quatro anos. Os efeitos das mudanças têm que ser sentidos rápida e amplamente. Vamos destravar o Brasil para crescer e incluir de forma mais acelerada.
Minhas Senhoras e meus Senhores,O Brasil não pode continuar como uma fera presa numa rede de aço invisível - debatendo-se, exaurindo-se, sem enxergar a teia que o aprisiona. É preciso desatar alguns nós decisivos para que o País possa usar a força que tem e avançar com toda velocidade. Muito tentamos nos últimos quatro anos, mas fatores históricos, dificuldades políticas e prioridades inadiáveis fizeram com que nosso esforço não fosse inteiramente premiado.Hoje a situação é bem melhor, pois construímos os alicerces e temos um projeto claro de país a ser realizado. Precisamos de firmeza e ousadia para mudar as regras necessárias e avançar. Não podemos desperdiçar energias, talentos, esperanças.Sei que o crescimento, para ser rápido, sustentável e duradouro, tem de ser com responsabilidade fiscal. Disso não abriremos mão, em hipótese alguma.Mas é preciso combinar essa responsabilidade com mudanças de postura e ousadia na criação de novas oportunidades para o país. É necessário, igualmente, que este crescimento esteja inserido em uma visão estratégica de desenvolvimento que nosso país havia perdido. É preciso uma combinação ampla e equilibrada do investimento público e do investimento privado. Para lograr este equilíbrio, temos de desobstruir os gargalos e de romper as amarras que travam cada um destes setores.Isso significa ampliar e agilizar o investimento público, desonerar e incentivar o investimento privado. Sei que o investimento público não pode, sozinho, garantir o crescimento. Porém, ele é decisivo para estimular e mesmo ordenar o investimento privado. Estas duas colunas, articuladas, são capazes de dar grande impulso a qualquer projeto de crescimento.Para atingir estes objetivos, estaremos lançando, já neste primeiro mês de governo, um conjunto de medidas, englobadas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Nosso esforço não se esgota nas medidas que anunciaremos em janeiro. Ao contrário, elas serão apenas o começo. Serão desdobradas e complementadas ao longo de todo o mandato, incorporando, inclusive, reformas mais amplas que seguramente estarão na pauta desta Casa.Vamos: realinhar prioridades; otimizar recursos; aumentar fontes de financiamento; expandir projetos de infra-estrutura; aperfeiçoar o marco jurídico; e ampliar o diálogo sistemático com as instituições de controle e fiscalização para garantir a transparência dos projetos e agilizar sua execução.O fornecimento de energia nos próximos dez anos está garantido pelos projetos em andamento e pelos novos e ambiciosos projetos que serão licitados em 2007.


Continuaremos dando prioridade ao setor de Bio-energia, no qual o Brasil ocupa a vanguarda mundial, como decorrência dos esforços de meu Governo.O Programa Luz Para Todos, que já propiciou energia elétrica para cinco milhões de pessoas, tem como objetivo chegar até o fim de 2008 a todos os brasileiros ainda sem acesso à eletricidade.Vamos estabelecer, com o BNDES, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a EMBRAPA, o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio e o Ministério da Ciência e Tecnologia, um amplo programa de incentivo à produtividade das empresas brasileiras, facilitando a importação de equipamentos; melhorando a qualidade dos tributos; favorecendo o acesso à tecnologia da informação, apoiando a inovação; e estimulando a integração empresa-universidade.E vamos consolidar, em harmonia com esta Casa e com os Estados, a legislação unificada do ICMS, simplificando as normas, reduzindo alíquotas, com previsão de implantar um único imposto de valor agregado a ser distribuído automaticamente para união, estados e municípios.Este conjunto de iniciativas significa o reforço das linhas mestras da política macro-econômica, com a redução da taxa real de juros.Tenho claro que nenhum país consegue firmar uma política sólida de crescimento se o custo do capital - ou seja, o juro - for mais alto do que a taxa média de retorno dos negócios. Da mesma forma que é necessária uma expansão planejada do crédito. Nossa meta é criar condições para que sua expansão, até 2010, chegue a 50% do PIB, especialmente para o investimento, a infra-estrutura, a agricultura, a habitação e o consumo.Outro ponto vital é a implantação de vigorosas medidas de desburocratização, sobretudo as que facilitem o comércio exterior, a abertura e fechamento de empresas, além de levar adiante o aperfeiçoamento das legislações sanitária e ambiental.
Meus Senhores e minhas Senhoras,Durante a campanha afirmei que meu segundo governo será o governo do desenvolvimento, com distribuição de renda e educação de qualidade. Disse que, para termos um crescimento acelerado, duradouro e justo, devemos articular cada vez melhor a política macro-econômica com uma política social capaz de distribuir renda, gerar emprego e inclusão. Dessa forma, nossa política social, que nunca foi compensatória, e sim criadora de direitos, será cada vez mais estrutural. Será peça-chave do próprio desenvolvimento estratégico do país.O Bolsa Família, principal instrumento do Fome Zero - saudado pelas comunidades pobres e criticado por alguns setores privilegiados - teve duplo efeito. Por um lado, retirou da miséria milhões de homens e mulheres. Por outro, contribuiu para dinamizar a economia de forma mais equânime. Por isso, obteve reconhecimento internacional, e já inspira programas semelhantes em vários países.Nosso governo nunca foi, nem é "populista". Este governo foi, é e será popular.Temos de criar alternativas de trabalho e produção para os beneficiários dos nossos programas de transferência de renda. E aí, ocuparão lugar importante: a educação, a formação de mão-de-obra, a expansão do micro-crédito e do crédito consignado, o fortalecimento da agricultura familiar, o avanço da reforma agrária pacífica e produtiva, a economia solidária, o cooperativismo, o desenvolvimento de tecnologias simples e a expansão da arte e da cultura popular. Para isso, as políticas setoriais de governo devem ser fortemente integradas. É preciso: continuar expandindo o consumo de bens essenciais da população de baixa renda; fomentar o empreendedorismo das classes médias; dar continuidade à recuperação do salário mínimo; ampliar o crescimento de empregos formais e da massa salarial; e aprofundar a política nacional para micro, pequena e média empresas, nos moldes da Lei Geral aprovada por este Congresso, que estabelece tratamento diferenciado em matéria de crédito, acesso à tecnologia e às exportações.É preciso garantir o crescimento de todos, diminuindo desigualdades entre as pessoas e as regiões. Para diminuir a desigualdade entre as pessoas a alavanca básica é a educação; para diminuir a desigualdade entre as regiões o principal instrumento são os grandes programas de desenvolvimento, especialmente os de infra-estrutura. Estes grandes programas e projetos de desenvolvimento regional já estão definidos e envolvem setores estratégicos como energia, transporte, inovação tecnológica, insumos básicos e construção civil.Na área de energia, eles privilegiam o petróleo, gás, etanol, biocombustíveis e eletricidade. Na área de inovação tecnológica: os softwares, fármacos, bens de capital, semi-condutores e TV Digital. Na área dos transportes, englobam indistintamente os setores automotivo, ferroviário, naval e aéreo. Na construção civil, os setores de infra-estrutura, habitação e saneamento básico. Na área dos insumos, a siderurgia, papel e celulose, petroquímica e mineração.

Minhas Senhoras e meus Senhores,Reitero que a educação de qualidade será prioridade de meu Governo. Mais do que a qualificação para o mundo do trabalho, a educação é um instrumento de libertação, que o acesso à cultura propicia. Ela dá conteúdo à cidadania formal de homens e mulheres.Um país cresce quando é capaz de absorver conhecimentos. Mas se torna forte, de verdade, quando é capaz de produzir conhecimento.Para isso é fundamental valorizar todos os níveis de nosso sistema educacional - sem exceção, fortalecer a pesquisa pura e aplicada, consolidar a incorporação e o desenvolvimento de novas tecnologias.Temos aqui um gigantesco desafio. O que outros países fizeram ainda nos séculos dezenove ou vinte, nós teremos de realizar nos próximos anos. Trata-se de superar os grandes déficits educacionais que nos afligem e, ao mesmo tempo, dar passos acelerados para transformar nosso país em uma sociedade de conhecimento, que nos permita uma inserção competitiva e soberana no mundo. O Brasil quer, num só movimento, resolver as pendências do passado e ser contemporâneo do futuro. Graças ao esforço de todos nós, com a decisiva participação do Congresso Nacional, o Brasil conta com um instrumento fundamental para melhorar a educação básica, que é o FUNDEB.Com ele, poderemos aumentar dez vezes o investimento nas áreas mais carentes do ensino, e 60% destes recursos serão aplicados na melhoria de salários e na formação do professor. Para que o Brasil tenha uma educação verdadeiramente de qualidade, serão necessários professores bem remunerados, com sólida formação profissional, condições adequadas de trabalho e permanente atualização. Os educadores poderão, dessa forma, melhorar o seu desempenho e os resultados da sua atividade pedagógica. A Universidade Aberta é decisiva no aperfeiçoamento dos docentes, pois permite que os professores se reciclem sem sair de suas cidades. Nesta luta pela qualidade, vamos também ampliar a renovação tecnológica do ensino, informatizando todas as escolas públicas. Quero reafirmar, neste dia tão importante, que o meu sonho é ajudar a transformar o Brasil no país mais democrático do mundo no acesso à universidade. Para isso contribuirão as novas universidades e extensões universitárias e as escolas técnicas em todas as cidades pólo do país. Para isso contribuirá também a expansão das bolsas do ProUNI. O Brasil assistirá dentro de dez ou quinze anos o surgimento de uma nova geração de intelectuais, cientistas, técnicos e artistas originários das camadas pobres da população.Este foi sempre o nosso propósito: democratizar não só a renda, mas também o conhecimento e o poder.Outras áreas vitais para a população - e objeto de permanente demanda - são as da saúde e da segurança pública. Como fizemos no nosso primeiro mandato, vamos continuar modernizando os dois setores para que a população brasileira, em especial a mais pobre, tenha uma melhor qualidade de vida.Sinto que em matéria de segurança pública - um verdadeiro flagelo nacional - crescem as condições para uma efetiva cooperação entre a União e os estados da Federação, sem a qual será muito difícil resolver este crucial problema.

Meus Senhores e minhas Senhoras, Apesar dos avanços científicos e tecnológicos de nosso mundo, ainda não foi inventada nenhuma ferramenta mais importante do que a política para a solução dos problemas dos povos. Nunca o mundo viveu - como vive hoje - um período de tão grande descrédito na política. Mas, paradoxalmente, nunca a política foi tão imprescindível. Temos no Brasil um desafio pela frente. Desafio para as forças que se identificam com este Governo e para aquelas que se situam na oposição.Temos de refletir sobre nossas instituições e nossas práticas políticas. Temos de construir consensos que não eliminem nossas diferenças, nem apaguem os conflitos próprios das sociedades democráticas.Precisamos de um sistema político capaz de dar conta da rica diversidade de nossa vida social. Nossas instituições têm de ser mais permeáveis à voz das ruas. Precisamos fortalecer um espaço público capaz de gerar novos direitos e produzir uma cidadania ativa.As formas de democracia participativa não são opostas às da democracia representativa. Elas se complementam.Meu Governo, atento às manifestações das ruas e, em especial, aos movimentos sociais, construiu grande parte de suas políticas públicas e importantes decisões governamentais, consultando a opinião da sociedade organizada em Conferências Nacionais, Conselhos e Foros. Continuaremos nesse rumo. Reafirmamos, finalmente, nossos compromissos éticos em uma perspectiva republicana. Nada mais ético do que a promoção do bem comum e da justiça. A reforma política deve ser prioritária no Brasil. Convido todos os senhores para nos sentarmos à mesa e iniciarmos o seu debate e urgente encaminhamento, ao lado de outras reformas importantes, como a tributária, que precisamos concluir. O fortalecimento de nosso sistema democrático dará nova qualidade à presença do Brasil na cena mundial.Nossa política externa - motivo de orgulho pelos excelentes resultados que trouxe para a nação - foi marcada por uma clara opção pelo multilateralismo, necessário para lograr um mundo de paz e de solidariedade.Essa opção nos permitiu manter excelentes relações políticas, econômicas e comerciais com as grandes potências mundiais e, ao mesmo tempo, priorizar os laços com o Sul do mundo.Estamos mais próximos da África - um dos berços da civilização brasileira. Fizemos do entorno sul-americano o centro de nossa política externa. O Brasil associa seu destino econômico, político e social ao do continente, ao MERCOSUL e à Comunidade Sul-americana de Nações.

Senhoras e Senhores,É tempo do nascimento de um novo humanismo, fundado nos valores universais da democracia, da tolerância e da solidariedade.O Brasil tem muito o que contribuir neste debate.Colocamos o respeito aos Direitos Humanos no centro de nossas preocupações.Ampliamos políticas públicas nesta direção e criamos instituições de Estado fortes e capazes de garantir que este país combaterá de maneira decidida e permanente todas as formas de discriminação de gênero, raça, orientação sexual e faixa etária.Por isso cresce a participação das mulheres na vida econômica, social e política do país. Cada vez mais, os negros ocupam o lugar que lhes é devido em um Brasil democrático. Assim como os povos indígenas, que reconquistam e consolidam a sua dignidade histórica.A despeito dos avanços que nossas políticas públicas propiciaram, especialmente na esfera educacional, ainda há muito que fazer pelos jovens, importante segmento de nossa sociedade, a quem caberá conduzir este país nas próximas décadas.Em um mundo que busca caminhos para o convívio, espaços para o diálogo, para a coabitação do múltiplo e do diverso, o Brasil tem o que oferecer.Nosso País pode ser uma voz e um exemplo autêntico e poderoso para o mundo na questão da diversidade. Pode ajudar a mostrar que neste planeta desigual, é possível avançar no sentido do entendimento, quando os interesses dos diferentes e, sobretudo, dos excluídos passam a integrar efetivamente a agenda nacional.

Senhoras e Senhores,Fui reconduzido à Presidência da República pela vontade majoritária do povo brasileiro.A realização do segundo turno deu mais nitidez à escolha, contrapondo projetos de país com contornos bem definidos e diferenciados.O povo fez uma escolha consciente. Mais do que um homem, escolheu uma proposta, optou por um lado.Não faltaram os que, do alto de seus preconceitos elitistas, tentaram desqualificar a opção popular como fruto da sedução que poderia exercer sobre ela o que chamavam de "distribuição de migalhas". Os que assim pensam não conhecem e não entendem este País. Desconhecem o que é um povo sem feitores, capaz de expressar-se livremente. O que distribuímos - e mais do que isso: socializamos - foi cidadania.Este povo constitui a verdadeira opinião pública do país que alguns pretenderam monopolizar. Finalmente, quem tentou desqualificar a opção popular não foi capaz de valorar algo fundamental. A vontade de mudança - que esteve reprimida por décadas, séculos - expressou-se pacificamente, democraticamente e esta manifestação contribuiu de modo notável para o fortalecimento das instituições.O caminho da política exige paciência, concessões mútuas, compreensão do outro. Exige que sejamos capazes de levar ao extremo a prática da escuta. Pois só assim é possível sintonizar e harmonizar interesses.Mas exige opções, alinhamentos. Neste dia inaugural de meu novo mandato, não peço a ninguém que abandone suas convicções. Não desejo que a oposição deixe de cumprir o papel que dela esperam os que por ela livremente optaram.Quero pedir-lhes, apenas, que olhemos mais para o que nos une do que para o que nos separa. Que concentremos o debate nos grandes desafios colocados para o nosso país e para o mundo. Que estejamos à altura do que necessita e deseja o nosso povo. Só assim poderemos estar todos a serviço deste país que tanto amamos.Eu, de minha parte, governarei para todos, sem olhar para cor, credo, opção ideológica ou partidária.Mais que nunca, sou um homem de uma só causa. E esta causa se chama Brasil.

Minhas Senhoras, meus Senhores,Reconheço que Deus tem sido generoso comigo. Mais do que mereço. Eu pedi forças... e Deus me deu dificuldades para fazer-me forte.Eu pedi sabedoria... e Deus me deu problemas para resolver.Eu pedi prosperidade... e Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar.Eu pedi coragem... e Deus me deu perigos para superar.Eu pedi amor... e Deus me deu pessoas com dificuldades para ajudar.Eu pedi dádivas... e Deus me deu oportunidades.Eu não recebi nada do que pedi, mas eu recebi tudo que precisava.Muito obrigado."

sexta-feira, dezembro 29, 2006

O caso Luiz Alberto

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Depois de passar alguns dias na gloriosa São Vicente (e pronto pra voltar para lá) vi que foi escrito aqui sobre o caso Luiz Alberto, zagueiro que saiu do Santos e foi para o Fluminense. Eleito um dos dois melhores defensores do Brasileirão deste ano, a diretoria da Vila Belmiro não fez muito esforço para manter o atleta.

O primeiro impasse era o salário. Quando as partes chegaram a um valor comum, veio o tempo de contrato. O Santos oferecia apenas seis meses e o jogador queria pelo menso um ano. Vários dias se passaram sem qualquer contraproposta do time da Vila Belmiro, até que o atleta cansou e negociou com o Fluminense. No mesmo dia, foi procurado por um diretor do Santos que ofereceu dois anos de contrato. Mas o zagueiro já tinha fechado um acordo e manteve a palavra.

Existe uma certa recorrência em renovações de contrato na era Marcelo Teixeira. Muitas vezes, utiliza-se a tática da "canseira". Ou seja, o jogador é tratado como um idiota, não é procurado pela diretoria que tenta pressioná-lo a aceitar qualquer coisa depois. Desta forma, o Santos perdeu Ricardinho - que recebeu somente uma proposta por parte do Peixe - e outros atletas como Deivid, que confessou a uma emissora da Baixada que o time não lhe fez qualquer proposta de renovação, sendo que ele desejava permanecer na Vila (tanto que agora até abriu uma rede de locadoras na cidade).

O episódio mais patético dos trapalhões do Santos foi a saída de Fábio Costa. Com salário de 80 mil reais, ele não recebeu qualquer contato dos santistas e, indignado, acabou indo para o Corinthians ganhar... a mesma remuneração. Dois anos depois, foi recontratado ganhando o dobro do que recebia no Parque São Jorge, mesmo tendo passado boa parte do Brasileirão na reserva da equipe.

Mas, no episódio Luiz Alberto, há um elemento a mais para justificar a patetice da diretoria. Vanderlei Luxemburgo, como se sabe, não gosta de jogadores que façam sombra a seu comando. Ao contrário, gosta daqueles típicos pelegos que são sua voz, alma e sombra nos gramados. Luiz Alberto era respeitado no elenco e os demais o chamavam de "presidente", por conta de seu comando. ao que parece, isso não agradou o treinador ególatra que preferiu trazer seu amigo Antônio Carlos - contrariando parte da diretoria - a ficar com Luiz Alberto. O zagueiro oriundo do Juventude pode até ser útil de acordo com o esquema tático, mas o médico do Santos já disse que ele não tem condições de jogar duas partidas por semana. Valeu a troca? Depois ainda põem a culpa na Lei Pelé...

Tyson é preso bêbado e com cocaína

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não tem jeito: o ex-boxeador Mike Tyson foi detido na madrugada de hoje dirigindo alcoolizado e portando cocaína. Eram duas da matina e o manguaça tinha acabado de sair de uma casa noturna na cidade de Scottsdale (Arizona). Tyson foi detido quando seu carro estava quase batendo em uma viatura policial. O pé-de-cana recebeu voz de prisão assim que o policial confirmou o grau alcoólico acima do permitido. Para piorar a situação, os agentes ainda descobriram que Tyson portava cocaína em seus bolsos e no carro. (com informações do site Terra)

'Maldição' tricolor: Richarlyson sofre acidente

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quem joga pelo São Paulo realmente deve ter medo de andar de automóvel: na madrugada de hoje, o meia Richarlyson (foto), 24 anos, sofreu um acidente de caminhonete na rodovia Castello Branco, na região de Osasco, Grande São Paulo. O jogador quebrou o braço direito e teve escoriações nas pernas. Dois amigos o acompanhavam: um feriu o abdomen e o outro está em observação. A caminhonete bateu em uma proteção lateral e foi parar dentro de um posto de gasolina. Ainda não foi confirmado se era Richarlyson quem estava dirigindo. A "maldição" de acidentes de trânsito com atletas do São Paulo impressiona: em agosto desse ano, um desastre na rodovia Régis Bittencourt, perto de Juquitiba (SP), matou o goleiro Weverson, de 19 anos (a jogadora de vôlei Natália Lane, do Finasa/Osasco, também morreu na ocasião). O motorista era outro jogador do São Paulo, o goleiro Bruno, 20 anos, que ficou tetraplégico. Em julho de 1992, o goleiro Alexandre, também com 20 anos, reserva imediato de Zetti na Libertadores da América, faleceu em acidente de carro na capital paulista. Dois anos antes, em junho de 1990, o zagueiro Mazinho, jovem promessa de 18 anos que assinaria seu primeiro contrato profissional junto com Cafu dali a uma semana, ficou tetraplégico depois de uma batida de automóvel em São Carlos (SP). O motorista era o atacante Anílton, que ficou hospitalizado por meses mas sobreviveu sem seqüelas graves. O meia/ lateral-direito Belletti foi outro que escapou: em setembro de 1999, quando ainda pertencia ao São Paulo e estava emprestado ao Atlético-MG, bateu o carro que dirigia em Belo Horizonte. Sua noiva teve fratura exposta em uma das pernas. O jogador, então com 23 anos, não teve muitos ferimentos e recuperou-se a tempo de disputar a final do Brasileirão pelo Galo, em dezembro daquele ano. Mas alguns anos antes, em janeiro de 1993, outro ex-são-paulino e ex-atleticano morreu em acidente de automóvel em Boituva (SP): o ponta-esquerda Edivaldo, 30 anos.

Bebum dá tapa em policial dentro de avião

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Muitas pessoas viajam no final do ano e ainda existem companhias aéreas que continuam servindo bebida alcoólica. E como geralmente, nessa época, todo mundo quer mais é encher a cara até cair, o perigo de vexame público é consideravelmente maior. Durante um vôo que ia de Washington até a Flórida, nos Estados Unidos, um manguaça que estava bebendo licor começou a ficar descontrolado depois que uma comissária de bordo se recusou a servi-lo mais álcool. Nervoso, o bebum deu um tapa no passageiro ao seu lado que, por acaso, era um policial encarregado de cuidar do vôo. O agente federal deteve o homem e o prendeu assim que o avião pousou. "Ele teve uma péssima noite", disse outro policial, que preferiu se manter anônimo. (com informações da CNN)

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Chamado de gay, jogador processa jornalistas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O meio-campista paraguaio Roberto Acuña (foto), do Rosario Central, processou por calúnia e difamação dois jornalistas que afirmaram que ele é homossexual. De acordo com a agência Ansa, os jornalistas são Richard Ferreira, das rádios RGS e Assunção, e Pablo Fontirroig, do Canal 4 Telefuturo. Eles afirmaram que o recente seqüestro da filha do jogador seria uma vingança de um amante dele.
A menina, nascida há 45 dias, foi seqüestrada da casa de Acuña sem que as fechaduras das portas fossem forçadas. Enquanto o jogador dormia, sua esposa era rendida e amarrada. O bebê foi abandonado horas depois em frente a outra casa, a 20 quadras da residência do atleta.
No programa de televisão Tale Show, apresentado por Fontirroig, Ferreira afirmou que, segundo investigações da polícia, o seqüestro tinha sido cometido "por um amante de Acuña quando ele jogava na Espanha". Posteriormente, esteve no mesmo programa o conhecido stripper Derlis Duarte, que disse ter ganhado um carro de um amigo jogador de futebol, sem revelar o nome do benfeitor.
Rafael Fernández, advogado de Acuña, disse que as afirmações feitas no programa Tale Show atingiram a reputação do jogador paraguaio. Acuña, que fez parte da seleção paraguaia nas últimas três Copas, jogava no Deportivo La Coruña antes de ser vendido ao Rosario Central.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

"Jogadores de seleção"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A desculpa do diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, pelo clube não demonstrar interesse em contratar o ex-zagueiro santista Luiz Alberto foi, no mínimo, "otimista": "É um grande jogador, mas não faz parte dos nosso planos. Temos uma defesa boa, com jogadores de seleção brasileira", afirmou, à rádio Jovem Pan. Será que Miranda, André Dias, Alex, Edcarlos, Alex Silva ou Carlinhos já foram convocados pelo Dunga e eu não fiquei sabendo?

Em Rio Branco, um dos melhores estádios do Brasil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Acabou de ser inaugurada na capital do Acre a "Arena da Floresta", um dos mais modernos e belos estádios do Brasil, e que pleiteia a condição de sede caso o Brasil receba a Copa de 2014. E é sério! Não se trata de boato, brincadeira ou ironia.

A Arena foi inaugurada num amistoso entre o Rio Branco FC e a seleção brasileira sub-20. A capacidade, inicialmente, é pra 25 mil pessoas; concluído, o local poderá receber 40 mil. Pode se dizer que é um exagero - e uma certa megalomania - inaugurar um estádio desse porte em uma cidade com pouco mais de 300 mil habitantes e zero de tradição no futebol nacional, mas quem sabe? Vai que a Arena serve de incentivo para dinamizar o futebol local?

Outras fotos do estádio em seu jogo de inauguração estão aqui.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Zico esculacha Ricardo Teixeira

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sem dar pelota para os resmungos do presidente da Federação Japonesa sobre o trabalho que desenvolveu na seleção daquele país, Zico, atual técnico do Fenerbahçe, concentrou seu poder de fogo sobre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O ex-craque do Flamengo confessou que guarda mágoas de Teixeira há anos. Para Zico, o dirigente não foi honesto com ele e outros jogadores que participavam da campanha do Brasil para ser sede da Copa do Mundo de 2006: "O senhor Ricardo Teixeira não teve dignidade ao não comunicar às pessoas envolvidas que tinham desistido da candidatura um dia antes do prazo final.".

Japonês esculacha trabalho de Zico

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Tudo bem que dinheiro não é problema para os japoneses, mas parece que o custo-benefício da curta passagem de Zico pelo comando da seleção deles não compensou. Sem motivo aparente, o presidente da Associação Japonesa de Futebol, Saburo Kawabushi (foto), desandou a esculachar o trabalho feito pelo brasileiro. "Quando ele estava no Kashima Antlers, cobrava tudo dos jogadores, desde o controle de bola até a dieta. Achei que ele fosse fazer o mesmo como técnico do Japão. Mas, desde o início, o Zico não fez isso", reclamou o dirigente. "Fiquei um pouco surpreso. Achei que pelo menos ele fosse dar algumas dicas aos jogadores, mas ele não fez isso. Não sei por que", emendou. Kawabushi revelou que quase demitiu Zico antes mesmo da Copa da Alemanha. "Durante as Eliminatórias, eu pensei em substituí-lo. Mas, depois que nos classificamos, achei que não tinha mais motivo." É, parece que o bom desempenho da Coréia na Copa de 2002 ainda está entalado na garganta dos vizinhos japoneses...

"O juiz foi consciente. Acho que ele não viu"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vi ontem na SporTV duas edições da série Jogos Para Sempre, já comentada aqui neste blog pelo companheiro Frédi, que assistiu a reprise da final do Brasileirão de 1980 entre Flamengo e Atlético-MG. Eu vi São Paulo x Botafogo-RJ, pela semifinal do Brasileiro de 1981, e Botafogo-RJ x Flamengo, decisão do Carioca de 1989. A primeira partida foi uma virada histórica: com 15 minutos de jogo, os cariocas venciam os paulistas por 2 a 0 no Morumbi lotado. Serginho Chulapa diminuiu de pênalti ainda no primeiro tempo e, no segundo, o meia Éverton fez mais dois (um deles antológico) e garantiu a vitória - e a vaga na final - do tricolor. No terceiro gol, Éverton tirou a bola dos pés de Serginho, já na pequena área. O meia lembrou na SporTV que, após o jogo, o Chulapa chegou pra ele e falou: "-Se você não tivesse marcado, eu te matava!". O goleiro Paulo Sérgio, do Botafogo, confessou que, após o empate (um sem-pulo fantástico de Éverton, de fora da área, no ângulo), o time carioca desmontou. "-Ali acabou. O time morreu psicologicamente." Já no programa sobre a decisão do Carioca de 89, que marcou o fim de 21 anos de jejum do Botafogo, o goleiro flamenguista Zé Carlos acusou Maurício de ter empurrado o rubro-negro Leonardo no lance do gol do título (foto). "-Ele vai falar que não, mas foi falta." Engraçada foi a justificativa do atacante: "-O Leonardo ia cair em cima de mim, então eu pus a mão. O juiz foi consciente no lance. Acho que ele não viu nada", confundiu-se Maurício. Em seguida, lascou mais essa: "-Nosso mérito foi manter as posições, todos bem fixos. Mas a gente se movimentava bastante".

S.Paulo proíbe 3-5-2 nas categorias de base

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vendo que só falar não adiantava, o técnico Muricy Ramalho decidiu radicalizar: instruiu pessoalmente os treinadores das categorias inferiores do São Paulo a adotarem o 4-4-2 como esquema tático, abolindo o 3-5-2 nos times infantil, juvenil e júnior. Muricy quer recuperar a cultura de formação de meias armadores e laterais, que considera em perigo de extinção. Para isso, foi ao Centro de Treinamento de Cotia conversar com os técnicos das divisões de base. "Depois da Copa de 2002, com a vitória da seleção, o 3-5-2 virou a tendência. Agora, deve mudar para o 4-4-2, também por causa da Copa (a Itália foi campeã nesse sistema)", afirmou Muricy. Na base, só o time júnior recebe instruções táticas. As categorias juvenil e júnior priorizam os fundamentos técnicos. "Começamos a jogar com três jogadores pelo profissional, que atua assim há três ou quatro anos", disse o técnico dos juniores, Vizzolli. "O Muricy não impôs, mas mostrou uma dificuldade no Brasil, que é a falta de lateral e meia", acrescentou. (com informações da FolhaOnline)

Zagueiro é preso ao dirigir embriagado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ex-zagueiro do Zaragoza, o peruano Miguel Rebosio (foto), que joga agora no PAOK, da Grécia, foi preso ontem ao dirigir embriagado em Lima. O atleta foi acusado de atropelar uma ciclista e de agredir policiais, versão que foi confirmada pela rádio CPN. Apesar de assumir que estava alcoolizado ao volante, o jogador negou que tenha atropelado Sofia Lorena Tuesta, 24 anos. Ela confirmou que não foi atropelada por ele.
Após o incidente, Rebosio foi levado a uma delegacia de Costa Verde, que fica no distrito de Miraflores. O manguaça afirmou que seu pescoço e seu peito estavam com marcas causadas por agressões das autoridades locais. (do site Terra)

"O Corinthians está uma bagunça"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Como se alguém estivesse interessado desesperadamente em seu futebol, o atacante Gil (foto), revelado pelo Corinthians, afirmou que a "bagunça" no time do Parque São Jorge impede um eventual retorno. Depois de fazer neste ano 14 jogos e apenas 3 gols pelo Cruzeiro, Gil amarga a última colocação no Campeonato Espanhol jogando pelo Gimnástic de Terragona (seja lá o que for isso). Mas não perde a oportunidade de se fazer "lembrado" pelo ex-clube: "Infelizmente, não dá (pra voltar). O Corinthians está uma bagunça. Ninguém sabe quem manda, quais são os parceiros de verdade...Por isso, nem penso em voltar. Ainda mais que estou bem na Espanha, apesar de o time ocupar a lanterna, e sei que alguns clubes mais fortes já estão de olho no meu futebol", disse o atacante, ao jornal O Estado de S.Paulo. Está "bem" na Espanha? Imagine se não estivesse...