Destaques

quinta-feira, setembro 27, 2007

Noite gloriosa

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Dane-se que a Copa Sul-americana vale só para encher os cofres dos clubes. O jogo entre São Paulo e Boca Juniors ontem à noite me fez vibrar como na época em que eu comecei a torcer pelo Tricolor. Terminei o jogo tremendo, com o coração acelerado e a alma lavada. Nem a vitória em cima do Atlético Paranaense na final da Libertadores de 2005 se compara com esse jogo. Talvez o jogo contra o Liverpool, na final do Mundial. Como me arrependi de não ter ido ao Morumbi!

O jogo começou quente. O Boca quase marcou aos 30 segundos. No contra-ataque, foi a vez do São Paulo desperdiçar uma boa chance. Mas nessa altura eu ainda estava no ônibus, tentando voltar para casa. Pelo que ouvi, o primeiro tempo foi praticamente dominado pelo São Paulo, que criou algumas chances, mas ficou no zero. Já o Boca catimbava e tornava o jogo lento.

No início do segundo tempo (já estava em casa), Aloísio - que acabara de substituir Borges - ganha da zaga na força e faz o gol tricolor. Ouvi mais tarde que ele levou a bola no braço, mas não vi isso não. A partir daí o Boca parou de demorar 20 segundos para cobrar um lateral e teve que sair para o jogo. Foi só emoção. 40 minutos - contando os acréscimos - de nervosismo e tensão. Teve bate-boca na área do são Paulo, pelo menos 5 escanteios seguidos para o Boca entre os 35 e 40 minutos, 3 jogadores do São Paulo contundidos ao mesmo tempo (Souza, Aloísio e Leandro contribuiram para que o jogo ficasse parado uns 5 minutos). Aloísio aguentou até o fim com um problema muscular, e mesmo assim deu arrancadas, marcou e foi fundamental para prender a bola quando o jogo apertou.

Aos 49 minutos e 20 segundos, o juiz apitou e o Morumbi - e eu também - soltou o grito que estava entalado contra o Boca fazia tempo. As imagens de torcedores do São Paulo chorando na arquibancada estão aí para provar que eu não estou exagerando.

Eliminar o Boca: eu recomendo!

Por conta da "batalha", Souza e Aloísio preocupam para o jogo contra o Inter no Brasileiro, o campeonato que importa. Mesmo assim, a confiança está em níveis estratosféricos hoje. A minha, pelo menos. Alguns membros desse blog conhecem a minha teoria, de que se o São Paulo eliminasse o Boca, ninguém mais segurava no Brasileiro. Eliminou. Agora é contar as rodadas para ser campeão.

Posso até queimar a língua, mas hoje tá difícil de segurar!

30 anos de um título histórico

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Juntar as expressões "quebra de jejum" e "1977" na mesma frase é algo que, para nós, paulistas, traz de imediato à mente nomes como Basílio, Corinthians, Ponte Preta, Rui Rei e outros. Mas em outro lugar do país 1977 também é sinônimo de quebra de fila. Trata-se do Rio Grande do Sul, quando, em 25 de setembro daquele ano - 30 anos, portanto - o Grêmio levantou o título estadual após oito anos de jejum.

"Mas oito anos nem é tanto assim", dirão os amigos leitores, em especial os palmeirenses, cuja fila chega a exatos oito anos nesse 2007. Oito anos podem não parecer tanto para nós, mas para os gremistas, que viram cada um dos títulos estaduais parar na mão do rival Internacional, esses oito pareceram uma eternidade.

Que foi rompida com o gol de André Catimba, cuja comemoração está na foto (e também no vídeo aqui). Aliás, essa comemoração merecia um post à parte. Catimba pulou para dar uma cambalhota, o que era sua marca registrada; mas no meio do salto percebeu que não conseguiria executar o movimento e se estatelou com tudo no chão. Tanto "com tudo" que ele precisou deixar a partida. Imaginem se o Grêmio perde o título?

Mas não perdeu. Pelo contrário, venceu, interrompeu a série de oito títulos seguidos do rival e iniciou um momento tido pelos gremistas como um dos melhores de sua história. É só pensarmos que quatro anos depois dessa taça o Grêmio seria campeão brasileiro; e seis depois, da Libertadores e do Mundial. Sem contar o bi-gaúcho de 79/80 e a assombrosa sequência de seis títulos entre 1985 e 1990.

A façanha tricolor ganha ainda mais peso se levarmos em conta que o rival Inter tinha, para repetir a frase feita, também um dos maiores (senão O) times da sua história, a base bicampeã nacional em 1975/6.

Ficha técnica da peleja:

Grêmio 1x0 Internacional
Final do Campeonato Gaúcho de 1977
25 de setembro de 1977
Gol: André Catimba, aos 42 do primeiro tempo

GRÊMIO
Corbo, Eurico, Cassiá, Oberdan, Ladinho, Vitor Hugo, Tadeu Ricci, Iura (Vilson), Tarciso, Andre (Alcindo), Éder.
Técnico: Telê Santana

INTERNACIONAL
Benitez, Bereta (Batista), Marinho, Gardel, Vacaria, Caçapava, Escurinho, Batista (Jair), Valdomiro, Luizinho, Santos (Dario)
Técnico: Gainete

quarta-feira, setembro 26, 2007

Dualib, sobre o título de 2005: "- Roubado!"

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Tá, tudo bem, o assunto já foi tratado aqui. Mas merece um post exclusivo e, por isso, cumpre-me o árduo dever de registrar, com o devido destaque, o diálogo de Alberto Dualib (foto), ex-presidente do Curíntia, admitindo para o empresário Renato Duprat que o título de 2005 foi garfado. Segue a transcrição do grampo da Polícia Federal (o grifo é meu):

Dualib: Eles vão falar: 'Mas como é que ganhou ano passado?'. Ganhou porque, se não fosse aquela p... de anulação de 11 jogos, nós estávamos fora. Porque campeão de fato e de direito seria o Internacional. Porque nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente e chegamos, entendeu, um ponto só. Roubado!

Essa fica para a posteridade.

Embaixadora da ONU, tenista e mais o quê?

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Sharapova e LeBron James
A tenista russa Maria Sharapova, por quem muitos amantes do tênis e de todos os outros esportes em geral suspiram, não é só rica, famosa e bela.

Tem sido também requisitada para boas causas. Embaixadora da Boa Vontade na Organização das Nações Unidas (ONU), a tenista acaba de posar ao lado do astro da NBA LeBron James (do Cleveland Cavaliers) para uma sessão de fotos (acima) que teria (ou tem, sei lá) o objetivo de usar a imagem dos atletas para arrecadar fundos ao Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas contra a pobreza, a exploração infantil e as doenças.

Sharapova é atualmente quarta colocada no ranking da WTA. Ela tem 3.235 pontos, atrás de Justine Henin (5.200), Svetlana Kuznetsova (3.609) e Jelena Jankovic 3.445).

Ao contrário da ex-musa do tênis Anna Kournikova, que sempre foi bela e nunca ganhou quase nada (mas somou prêmios de, no total, U$ 3,5 milhões), Sharapova já conseguiu três títulos top: Wimbledon (2004), o Mundial (2004) e o US Open (2006). Ela já embolsou a quantia de U$ 9,7 milhões.
Na carreira de simples, como profissional, Sharapova tem um retrospecto de 269 vitórias e 64 derrotas. Este ano, a tenista não foi bem em Grand Slams. Mesmo assim, chegou à final do Aberto da Austrália, mas perdeu para a norte-americana Serena Willliams. Em Roland Garros (Paris), caiu na semifinal, derrotada pela sérvia Ana Ivanovic.
Ainda nesta quarta-feira, ficou confirmado que Sharapova vai mudar seu calendário de 2008 para jogar pela Rússia na Federation Cup, condição para as tenistas ganharem condições de disputar as Olimpíadas.

Os amantes do tênis, esse esporte que impulsiona multidões, podem obter mais informações no site da WTA ou mesmo no de Maria Sharapova.

Mais uma má notícia para o Curinthia

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Não vai dar em nada, provavelmente, até porque parece que esse procurador quer dar uma de Zveiter e só aparecer, mas Paulo Schmitt prometeu pedir a abertura de inquérito para investigar a parceira Corinthians/MSI.

E o principal alvo será a declaração do ex-presidente corintiano Alberto Dualib de que o título daquela temporada foi roubado dos colorados.

"...porque campeão de fato e de direito seria o Internacional...", diz Dualib a Duprat.

Como se vê, essa parceiria pode render muito ainda. Se comprovada a fraude, dificilmente o time do Parque São Jorge perderá o título, mas há risco de punição (mais que merecida) aos dirigentes e até mesmo de rebaixamento do time, o que ainda pode ser conseguido no campo...

terça-feira, setembro 25, 2007

Portuguesa bate Vitória em jogo de viradas

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Torcida do Vitória deixa o Barradão
Sou obrigado a atualizar a notícia. A proeza de que falei abaixo aconteceu e a Portuguesa conseguiu uma excelente vitória contra o Vitória, dentro do Barradão.

O jogo foi tecnicamente fraco, mas o que faltou em técnica sobrou em luta e emoção. O jogo começou 1 a 0 para a Lusa (em falta cobrada por Preto), mas o time de Vágner Benazzi levou o empate ainda no primeiro tempo. No segundo, virada do Vitória. Parecia ser a confirmação da lógica (o time da casa tinha o apoio da torcida que lotou o estádio), mas Diogo empatou para a Lusa num cruzamento, contando com a falha da zaga adversária.

Pressionada, a Portuguesa dava a impressão de que não resistiria à pressão dos baianos. Mas o domínio do Vitória era desorganizado. Numa roubada de bola na defesa, Vaguinho recebeu no melhor estilo de seu homônimo corintiano dos anos 1970, mas pela esquerda, conduziu até a área e, quase sem ângulo, de canhota, chutou no canto oposto (foto). Nova virada, 3 a 2, e o time do Canindé deu importante salto rumo à volta à elite, principalmente por vencer fora de casa um adversário que disputa com ela uma das vagas. Precisa saber se a famosa instabilidade não volta.
No outro jogo, em Campinas, a Ponte Preta levou 2 a 1 do Marília.
A classificação passa a ser a seginte (até o 10°):

Classificação

1 - Coritiba - 49
2 - Ipatinga/MG -46
3 - Portuguesa -44 (um jogo a mais)
4 - Vitória – 41 (um jogo a mais)
5 - Criciúma - 41
6 - Marília – 40 (um jogo a mais)
7 - Brasiliense/DF - 40
8 - Ponte Preta – 38 (um jogo a mais)
9 - Grêmio Barueri -38
10- Gama - 37

Lusa: agora vai ou agora não vai?

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No Brasileiro da Série B, a Portuguesa está tão próxima da zona de acesso (onde estava antes da rodada passada) que seus torcedores mais ferrenhos têm motivos para ficar com um pé atrás. Como a Lusa gosta de fazê-los sofrer.

Antes da 27ª rodada (hoje e sexta-feira), o time do Canindé está em quinto lugar, com o mesmo número de pontos (41) de Vitória e Criciúma. Poderia estar em terceiro, se tivesse conseguido os três pontos contra o São Caetano na sexta-feira, 21, mas ficou no 0 a 0.

Daqui a duas horas, a Portuguesa tem um adversário indigesto: o Vitória, na Bahia, no chamado duelo de seis pontos. O empate é um bom resultado, mas com ele a Lusa pode terminar a rodada em 7° lugar, se o Brasiliense ganhar do Fortaleza em Brasília (na sexta) e a Ponte Preta bater o Marília em Campinas por 2 a 0 ou mais (hoje). Mesmo se perder logo mais, apenas a Ponte e o time da capital federal podem superar a Lusa na rodada. Se ela vencer (o que seria uma proeza), supera o Vitória e entra no G-4 de novo.

Depois, outro jogo fora, dessa vez contra o Paulista em Jundiaí, na terça, 2. Vai ou não vai, Lusa?

Série B
Classificação antes da 27ª rodada

1 - Coritiba - 49
2 - Ipatinga/MG -46
3 - Vitória - 41
4 - Criciúma - 41
5 - Portuguesa -41
6 - Brasiliense/DF - 40
7 - Ponte Preta - 38
8 - Grêmio Barueri -38
9 - Marília - 37
10-Gama - 37

Agora, vai...

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Como os corinthianos futepoquenses não se manifestam, uma notícia da busca da tão almejada série B, o projeto campeão dos aflitos 2008. Assume hoje Nelsinho Batista, que acabou de ser dispensado da Ponte Preta.

Isso não é nada, nada mesmo. Nelsinho é um técnico B que um dia se perdeu no caminho.

Pareceu que se tornaria grande técnico, dirigiu os maiores times brasileiros, agora não serve nem para o Ponte, mas vai para o ex-timão. Melhor retrato do momento atual do Parque São Jorge é difícil.

Por falar no santo, até ele deve estar envergonhado da confissão do ex-presidente Dualib, aqui reproduzido em diálogo publicado pelo portal G1, da Rede Globo.

“- Nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente (do Inter) e chegamos (N.R.: faltando cinco rodadas a vantagem era de seis pontos e não de 14), entendeu, um ponto só... roubado - diz Dualib, durante conversa com Renato Duprat, empresário ligado ao grupo MSI, ocorrida no ano passado.”

“- Olha se não tivesse aquela m... daquela anulação de 11 jogos, nós estaríamos fora... porque o campeão de fato e de direito seria o Internacional - completa Dualib.”

São Jorge que se explique...

Argentinos mostram força no Mundial Gay

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Começou ontem o Mundial de Futebol Gay, promovido pela Associação Internacional de Futebol Gay e Lésbico (IGLFA) em Buenos Aires, na Argentina. Essa é a oitava edição da competição, iniciada em 1997 e 28 equipes disputam o título.

Os selecionados que representam o país-sede já mostraram toda sua força na primeira rodada. Diante de três adversários norte-americanos os argentinos levaram a melhor. Os Dogos SN venceram por 7 a 0 o Atlanta Hot, já os Dogos RN ganharam por 5 a 2 dos DC Feds. Outro representante portenho, o Amerika, venceu por 2 a 0 o SF Spikes.

Na cerimônia de abertura, estiveram presentes o subsecretário de Esportes de Buenos Aires, Claudio Andrilli, o presidente da Comunidade Homossexual, César Cigliutti, e o representante da Associação de Futebol Argentina (AFA) Daniel Pellegrino. A Argentina é o primeiro país da América Latina cuja federação de futebol reconhece de forma oficial uma seleção homossexual.

Ainda durante a abertura foi feito um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Aids e todos os membros das 28 equipes se reuniram em torno da bandeira do arco-íris, símbolo dos movimentos homossexuais.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Com a voz da experiência

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No programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, o apresentador Flávio Prado perguntava aos presentes se o São Paulo já é campeão brasileiro. Como se desse um recado aos dirigentes do Cruzeiro, o conselheiro curintiano Romeu Tuma Júnior (foto) respondeu: "- Só perde se houver uma reviravolta muito grande. Precisava aparecer outro juiz igual aquele de 2005 (referindo-se a Edílson Pereira de Carvalho), daí mudava tudo". Juro: ele usou a expressão "precisava", mesmo. E falou isso sério, pensativo. Ninguém deu risada ou entendeu a coisa como brincadeira. Preferiram fingir que não ouviram e mudaram de assunto.

Empate de erros

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Nada a comemorar no jogo do Galo contra o Inter no Mineirão.

O alvinegro fez bom primeiro tempo, perdeu uns cinco gols claros, inclusive um pênalti. A tragédia começou no segundo, em que em duas bobeiras da defesa o time gaúcho fez dois gols de cabeça, num deles com todo mundo olhando o Fernandão subir sozinho de cabeça.

Quando tudo parecia perdido, com mais de 40 minutos do segundo tempo, a torcida em casa gritando olé para o adversário e o Inter pedendo várias chances de fazer o terceiro, eis que numa cobrança de falta o zagueiro sobe, a bola chora, o goleiro tira de dentro da linha, mas o juiz felizmente marca corretamente o gol.

Saída, aos 44, o lateral do galo invade a área pela direita, cruza e Vanderlei, que entrara há pouco tempo, empata. Nova saída e, aos 47, o Galo tem a chance de fazer o terceiro e ganhar o jogo. O goleiro Renan, que falhara antes, se redime e defende.

No festival de erros que foi o jogo, acabou sendo um empate justo.

Mas alguns destaques. Primeiro, nenhum time que queira algo no campeonato pode perder tantos pênaltis. Lembrem-se do perdido contra o São Paulo aos 45 do segundo tempo.

Segundo, nunca vi dar certo, mas ontem, no desespero, o Leão chegou a botar quatro atacantes, três deles centroavantes. Teve de corrigir porque um dos atacantes, Éder Luiz, o melhor até então no jogo e o único de velociodade, se machucou, e ele pôs um meia, o Tchô. Mas ficou com três atacantes e só um volante.

Terceiro, nada disso teria dado certo se a defesa do Inter não errasse tanto. Parece muito maltreinada. E entrega no final do jogo.

Conclusão com uma historinha. Quando o Galo caiu, em 2005, eu vi que a coisa daria errado no dia em que estava ganhando de 2 a 0 do Fortleza, em casa, aos 20 minutos do segundo tempo e tomou uma virada para 3 a 2.

Ontem, pela situação, fiquei com a sensação que este ano não cai. É daqueles empates, que mesmo proporcionado por erros do próprio time, dão moral.

Outro dado interessante deste campeonato. Existem nove times entre os 33 e os 36 pontos. Com uma vitória é possível chegar ao 12, 13 lugar. Com duas derrotas, o Inter, o nono, pode ir para o G4 fatal.

Se na parte de cima da tabela os Bambis já são campeões, o título da segundona em 2008 ainda será muito disputado.

Carros como armas

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Reprodução
Não tenho nada a ver com a vida do ótimo ex-centroavante Casagrande (na foto, socorrido pelos bombeiros), mas a cobertura de seu acidente na chamada mídia televisiva é “blindada” por um corporativismo ridículo. Até a concorrência fez uma cobertura lamentavelmente acrítica: no programa Bate Bola de domingo, o estridente pretenso narrador Paulo Andrade, da ESPN Brasil, deu vivas às boas notícias da noite, segundo as quais o acidentado já estava bem melhor. Não que eu quisesse que o cara tivesse se dado mais mal ainda, mas não tem questionamento nenhum, não?

Quem conhece a região onde se deu o acidente de sábado à noite há de se perguntar: como ele pode ter capotado um Jeep Cherokee ali daquele jeito? A rua Tito – paralela à rua Coriolano, próximo às ruas Camilo, Aurélia e Catão –, é tranqüila, estreita e tem pouco movimento à noite. É difícil imaginar como alguém pode ter batido e arrastado quatro automóveis, sendo que dois ficaram “completamente destruídos”, e ainda ter capotado naquele local da Vila Romana, entre a Lapa e a Vila Pompéia, na zona Oeste da capital.

Já que ninguém pergunta, pergunto eu: como?

O próprio ex-atleta, segundo as reportagens que li, disse aos policiais que toma tranqüilizantes e havia ingerido pequena quantidade de vinho. Ah, tá.

A sorte é que, justamente por ser um local tranqüilo, o acidente não feriu nem matou ninguém. Sorte de quem, por fatalidade, não estava ali.

Se não tenho nada a ver com a vida do Casão, como cidadão acho terrível que celebridades usem seus carrões nas ruas como se usassem armas. E ninguém fala nada.

Duro de assistir...

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Gostaria de discordar do tom do post do Anselmo sobre o Derby de ontem, mas não posso. O Corinthians praticamente não jogou. O Palmeiras, que também fez muito pouco, foi mais alto que o Nelson Ned, numa comparação politicamente incorreta. O jogo foi duro de assistir, óbvio que ainda pior para os corintianos.

É uma tristeza ver o meu time tão desorganizado, tão sem pé nem cabeça. Ficou todo mundo lá atrás quase o jogo todo e mesmo assim não conseguia se defender de forma segura, estourava tudo em Felipe. Os contra-ataques morriam numa enxurrada poucas vezes vista de passes errados.

Meu pai disse que falta atitude para os jogadores do Corinthians. Talvez, mas eu acho que o problema é de limitação técnica e tática mesmo.

Sobre tática, levanto uma questão. Depois do gol alvi-verde, o Timão resolveu ir para a frente e passou a sofrer menos. Não teve nenhuma chance claríssima, mas tomou menos sufoco. É praticamente consenso que, quando seu time é ruim, monte uma retranca. Será que isso sempre se aplica?

Bêbado em ladeira

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A vitória de 1 a 0 do Palmeiras sobre o Corinthians no Morumbi, no domingo, 23, teve resultados extremados na tabela. Enquanto o alviverde foi parar entre os quatro primeiros, o alvinegro de crises mil, foi para o G4 que ninguém quer estar: o do rebaixamento.

Vitória foi magra, mas foram quatro as defesas de Felipe, o arqueiro instável. Apenas uma de jogada individual de Caio. O restante, embora em importantes jogadas, saíram de escanteios e quetais. O próprio tento verde-limão-siciliano saiu em cruzamento a partir lance de bola parada.

A questão é que, se o Palmeiras não foi brilhante, fez o suficiente para criar a impressão de que foi bem superior ao adversário sem-estádio, sem-técnico, sem-presidente. É a comparação com um time bêbado em ladeira, devidamente empurrado.

Mesmo assim, é bom ganhar do Corinthians. Vida longa à ladeira e à embriaguez alvinegras.

sábado, setembro 22, 2007

Reprise

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A imagem é do blog Peixe-Palhaço e a Placar de fevereiro de 1971 mostra que escândalo no Corinthians não é propriamente uma novidade...

sexta-feira, setembro 21, 2007

João Paulo Cunha, mídia, ‘mensalão’ e CPMF

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Eduardo Metroviche
Esta semana, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) deu uma entrevista ao repórter Leandro Conceição, do jornal Visão Oeste, de Osasco, que por acaso eu edito. Um dos temas sobre os quais ele falou, claro, é um dos que mais abordamos aqui no Futepoca: mídia. “Aquela faixa na comemoração da vitória do Lula na Paulista era e é uma frase emblemática: ‘o povo derrotou a mídia’. É verdade, a mídia continua fazendo o papel que a oposição não consegue fazer”, disse.

Evidentemente, ele é questionado sobre o chamado “mensalão” e diz por que é a favor da CPMF. Ser contra a CPMF hoje é um dos lugares-comuns mais difundidos, embora a maioria que diz ser contra não saiba explicar a não ser com os chavões de sempre.

Enfim, a quem interessar possa, a entrevista está aqui.

Movimento Fica, Dualib sofre Golpe

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Ainda não é mortal, mas o movimento Fica, Dualib sofreu grande golpe nesta sexta-feira. Segundo o ex-jornalista e atual sei-lá-o-quê Juca Kfouri, nosso herói enviou nesta sexta-feira carta de renúncia à presidência do clube.

Hoje à tarde, o presidente do Conselho Deliberativo formalizará a decisão e convocará eleições.

Que pena, como farão agora os adeptos do movimento com o ex-presidente saindo do Curinthia antes de terminar sua obra, o time na segundona?

Mas acho que o próximo habitante da presidência do Parque São Jorge conseguirá o feito ainda neste ano...

Adriano bebia até para dormir

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Mostra de que dois dos pilares do Futepoca andam muito juntos são as notícias sobre o comportamento do centroavante Adriano, da Inter de Milão e titular da seleção brasileira na Copa de 2006. Nesta sexta-feira, 21, ele admitiu, segundo a Agência EFE, que bebia até para dormir.

O figura havia sido flagrado molhando a palavra por diversas vezes, e exagerando outras tantas. Os efeitos soníferos do álcool não são conhecidos pelos autores do Futepoca exceto por meio da literatura, já que reina aqui o comedimento.

De tantos problemas com a água que passarinho não bebe, Adriano não foi inscrito na Liga dos Campeões. Mesmo não sendo um problema exclusivo o brasileiro, o fato é que as noitadas reduziram o desempenho do "Imperador".

Adriano reconheceu ter perdido um ano e meio de sua vida, mas explicou que são coisas que podem ocorrer com qualquer um. E que o importante é que a gente aprende com essas coisas. De volta aos gramados, ninguém sabe se ele voltará a ser ídolo do clube italiano.

A distância do filho e da mãe, até este ano, e outros motivos que ele não revela por completo o deixaram deprimidos. Felicidade o salário milionário não garantiu. "É claro que o dinheiro ajuda, mas a felicidade não pode ser comprada. Quando você está mal, o dinheiro não te ajuda", ensina.

O diagnóstico da família do atleta é de que ele é uma boa pessoa, o que faz com que muita gente queira se aproveitar disso para enganá-lo. Ele não explicou quais foram os contextos em que ele foi enganado nem quantas ele tinha tomado antes desses episódios. Mas a existência desses aproveitadores reforça a teoria do mestre Mouzar Benedito, ex-jurado de concursos de cachaça, de que, para o pessoal parar de beber, teria que, antes, melhorar o mundo.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Ana Paula só volta aos gramados em 2008

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A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira foi reprovada no teste físico anual da Fifa na tarde desta quinta-feira, 20. Ela está com uma inflamação óssea no tornozelo. A recuperação deve durar mais do que cinco dias, prazo para o próximo teste, na terça-feira. Por isso, ela só deve retornar aos gramados em 2008, no Campeonato Paulista.

Na terça-feira, ela teria uma última chance. A contusão teria ocorrido na preparação e, não fosse a motivação, ela declarou que nem tentaria participar. A reprovação instiga a polêmica a respeito da capacidade ou não das mulheres acompanharem os 90 minutos de um jogo. Como ela adiou o teste da semana passada, fica claro que a inflamação existe.

Na primeira parte, de seis tiros de 40 metros em 6,4 segundos, Ana Paula conseguiu. Mas na fase seguinte, parou na sétima das 20 repetições de corrida. Ela teria 35 segundos para correr 150 metros, seguido de 45 segundos para andar 50 metros e disparar novamente.

A última partida que teve a moça abrilhantando as laterais foi a semifinal da Copa do Brasil, em maio. Na ocasião, a partida entre Botafogo e Figueirense, quando anulou dois gols da equipe carioca e foi posta na geladeira.

Os fãs da bandeirinha terão de se contentar em vê-la na edição de extra da Playboy ou em alguma aparição relâmpago, como o desfile de moda na semana passada.

Divulgação

Desprendimento

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Um grupo de austríacos está tentando mostrar ao mundo, de forma radical, que o que interessa no futebol é a arte, não interesses políticos, econômicos ou coisa que o valha.

Criaram o site Rueckgrat (não sei o que significa) para realizar um abaixo assinado online. Querem que a Áustria desista voluntariamente de jogar e sediar a Eurocopa 2008. O motivo? É nobre:

"A performance da seleção da Áustria é um insulto ao seu senso estético assim como da sua expectativa em relação a esse esporte. A participação deles na Euro 2008 é, para você, uma contradição em si mesma" (tradução porca)

Os voluntários confeccionaram uma camiseta para a campanha. Estranhamente, o formulário para assinar a petição não traz o Brasil (ou qualquer país não europeu, como alertou o comentarista Guillermo) na lista de países. Não podemos ajudar no movimento, oras?

O exemplo dos autríacos nos forçaria a pensar em algo parecido para o campeonato brasileiro?