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Times repetem decisão da Eurocopa e lidam com diferentes problemas extra-campo
Por Thalita Pires
Hoje, às 16h, Fortaleza recebe a partida entre Itália e Espanha, a segunda semifinal da Copa das Confederações. Naquele que é um repeteco da final da Eurocopa, os times terão uma preocupação a mais: o calor. As duas delegações já reclamaram das altas temperaturas e da alta umidade do ar no Nordeste. No jogo contra o Japão, no Recife, a Itália atribuiu uma parte da culpa pela partida ruim ao clima. Contra o Uruguai, na mesma cidade, a Espanha tirou o pé no segundo tempo.
Para a partida de hoje, a Itália tem mais com o que se preocupar. O time perdeu o atacante Balotelli, contundido no jogo contra o Brasil. Além disso, a Azzurra precisa provar que tem futebol para bater o time de Iniesta, que desde 2010 domina o futebol mundial.
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(Danilo Borges/Portal da Copa) |
Se ambos começaram o torneio com algo a provar, os brasileiros parecem ter avançado mais em seu propósito do que os eternos carrascos da Copa de 1950
Por Nicolau Soares
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(Danilo Borges/Portal da Copa/ME) |
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Palmeiras treina para retomada da Série B |
(Alexandra Martins / Câmara dos Deputados) |
Nigéria bem que criou oportunidades, mas pagou o preço da ineficiência diante da implacável Fúria
Por Mauricio Ayer
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Mano Menezes já planeja conquista de sua 3ª Série B... |
Em função da Copa das Manifestações, o Brasileirão curte seu quase parlamentar recesso após apenas cinco rodadas. À exceção dos cinco jogadores “cariocas” que estão com a seleção, a preparação dos clubes do Rio segue a todo vapor. O Flamengo descansou oito dias e retornou com mudanças significativas: contratou o técnico Mano Menezes e mandou embora, a princípio sem qualquer justificativa, Renato Abreu, um dos poucos lúcidos da equipe. A diretoria mandou às favas sua tão divulgada e elogiada política de austeridade e optou pelo “valorizado” treinador, cujas principais conquistas são duas séries B. Estaria o rubro-negro já se planejando para 2014? Voltando a falar de Abreu, qual seria a relação entre a chegada do novo técnico e sua repentina saída da Gávea pela porta dos fundos? Quando ainda estava à frente da Seleção, para surpresa até mesmo do próprio jogador, que tem mais neurônios que a maioria de seus colegas, e certamente sabe que nunca teve condições de vestir a amarelinha, Mano o convocou para um confronto com a Argentina pela imprestável Copa Rocca. Será que o treinador se arrependeu?
Fluminense virou atração na Disneylândia Mesmo com a alta do dólar, o Fluminense resolveu levar o elenco para a Disney World, onde o Mickey e o Pateta poderão conhecer os patetas, digo, atletas tricolores. Abel reclama do fato de não poder contar com 11 jogadores: seis chinelinhos liderados por Thiago Neves, três servindo à seleção brasileira, um vendido semana passada e mais o Diguinho, que não conseguiu o visto americano. Estaria o volante tricolor impedido de entrar na terra do Tio Sam por causa do processo que responde pelo envolvimento no esquema de importação ilegal de carros? O fato é que depois destas férias em Orlando, regadas a muamba da melhor qualidade, os jogadores do Flu ainda terão alguns dias de férias no Brasil. Será que a Polícia Federal vai fazer um pente fino na quando a delegação desembarcar no Galeão? Se por acaso fizer, torço para que apreendam aquelas drogas da zaga tricolor...
Sem grana, alvinegros não vão nem à Paquetá Após nove dias de férias e mais de 60 sem ver cor do dinheiro, os jogadores do Botafogo se recusaram a fazer uma intertemporada em Pinheiral/RJ. A postura dos atletas fez o vice de futebol, Chico Fonseca, vir a público negar esta informação e dizer que o período de preparação foi cancelado pela necessidade do clube de economizar, e por isso o time fará os treinamentos em General Severiano, mesmo. O dinheiro que poderia salvar o salário do elenco, proveniente da venda de Fellype Gabriel, está correndo grande risco de não chegar aos cofres alvinegro pois o clube já recebeu um mandado de penhora da Fazenda Nacional. Do jeito que está, o Botafogo não conseguirá fazer sua preparação para o restante da temporada nem na Ilha de Paquetá!
Chicarito já sabe onde jogar daqui a 10 anos... O Vasco não deu moleza a seus jogadores e, após apenas três dias de descanso, a equipe voltou a treinar - e com o meia colombiano Montoya (???) como novidade. Para um clube endividado pelo menos até as próximas três gerações, é de se estranhar que o outrora Gigante da Colina já tenha realizado 17 contratações apenas este ano. É bem verdade que, se juntarmos todos, não teremos, por exemplo, meio Balotelli ou Chicharito, que, a exemplo do mexicano Ochoa, foram presenteados pela diretoria com camisas personalizadas do time. A torcida dorme sonhando com nomes do porte de Balotelli e acorda com Reginaldo (???) treinando em São Januário. "É dura a vida da bailarina"... A boa novidade para o cruzmaltino foi a saída do diretor de futebol Renê Simões, que, após falar e fazer muita besteira, foi demitido. A verdade é que a diretoria e a torcida não aguentavam mais as declarações e atitudes do Super Mário, que afirmou ter pedido demissão, e não ter sido demitido. É aquela história do namorado(a) que, para sair “por cima”, termina a relação antes que o(a) outro(a) o faça.
Por último, fui intimado pelo meu redator a cobrir o período de treinamentos do Fluminense nos EUA. Como ninguém é de ferro, vou dar uma esticadinha e retorno com a coluna na semana do dia 24/07. Até!
Um vídeo mais que didático... (Via Twitter da Cynara Menezes)
Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.
Por volta das 16h30 a concentração em torno do Largo da Batata, na
zona Oeste de São Paulo, já era grande. Mas uma hora mais tarde a
quantidade de pessoas já era muito maior, lotando vias de acesso
próximas pouco antes de finalmente a marcha se pôr em movimento.
Cartazes, faixas e bandeiras de partidos apareciam em meio à
multidão, mas enfrentavam a reação de boa parte dos presentes. “Sem
partido! Sem partido!” e “Aqui não é comício”, gritavam, buscando
reforçar o caráter apartidário da marcha. Um rapaz, mesmo com evidente
desvantagem física, arrancou duas bandeiras de um militante do Partido
Pátria Livre, quase criando uma animosidade.
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Início do protesto, no Largo da Batata (Mídia Ninja)
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Dia 17 de junho de 2013 foi um dia histórico para o Brasil. Protestos em nove ou onze capitais são um feito raro, comparável a poucos outros momentos – como os caras pintadas de 1992, as Diretas Já de 1984, ou, no máximo, à visita de presidente dos EUA ao Brasil. Parece bem claro que as manifestações cresceram (explodiram) depois das pancadas e dos erros da Polícia Militar de São Paulo no dia 13 e também da do Distrito Federal no dia 15.
Os protestos são por mudança. Mudança para frente, para melhor. São protestos movidos por ideias de esquerda, por direitos e inclusão. Mas não barram bandeiras de outras matizes, até porque são abertos, porque não são só por 20 centavos no preço do ônibus (mas também por isso).
Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil em SP, Fabio Rodrigo Pozzebom/Agência Brasil no DF e Tomaz Silva/Agência Brasil no RJ
Entre a turma de esquerda, parece haver pelo menos três visões. De um lado, os que não dão 20 centavos pelo governo Dilma Rousseff e pelo PT, porque a gestão orienta-se mais pelos marcos regulatórios (do petróleo, da mineiração, dos portos) do que por transformação social, porque deixou-se sequestrar pela direita e pela coesão artificial de sua base no Legislativo.
De outro, os que preferem o governo Dilma e o PT ao risco de um Aécio Neves ou de um aventureiro de plantão, que possa pôr alguma conquista a perder. Essa turma se empolga e se emociona com os protestos. Participa quando consegue. Mas receia ver as marchas capturadas por forças reacionárias – talvez de modo análogo ao que aconteceu com o Palácio do Planalto.
E, por fim, há os que defendem a gestão da presidenta e a conduta de seu partido não importa qual tenha sido o recuo da vez, seja para retirar uma cartilha sobre DST para prostitutas, apostila sobre direitos dos homossexuais, disputa bairrista por royalties e demora em pôr peso na destinação da verba para educação... Nesse caso, os protestos já foram tomados pela direita, que manipula tudo por meio da mídia.
Oportunidade
Diante dos protestos e do clamor por mudança, há uma janela, uma oportunidade de ouro para Dilma Rousseff e para o PT. Virar à esquerda e escantear as alas retrógradas e tecnocráticas para encampar bandeiras sociais e de transformação.
Sem abrir mão desse tipo de guinada, o governo e o partido ficarão à direita, engessados onde estão. Contribuirão para a apropriação do ímpeto de reivindicação e de crítica que está nas ruas ser absorvido por forças conservadoras exclusivamente anti-inflação e com discurso de tom modernizante.
Ou viram à esquerda, ou permanecerão à direita demais para voltar e conseguir sequer dialogar com a população.
Se derem mais ouvidos à vaia no Estádio Nacional Mané Garrincha do que às ruas pelas onze capitais, não terá sido o protesto absorvido pela direita, mas a oportunidade desperdiçada.
Não é sempre que pinta uma chance assim a 16 meses da eleição.
(Em tempo: Copa das Confederações: O que eu ia dizer mesmo?)
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Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.
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E o Taiti vai ao delírio! |