Destaques

quinta-feira, julho 27, 2006

As eleições de 1989

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


A Thalita já falou nesse blog que o YouTube é uma das invenções mais sensacionais dos últimos tempos. Hei de concordar e indicar dois vídeos que realmente conseguem dar uma pequena mostra das primeiras eleições presidenciais realizadas no Brasil depois da ditadura militar. Em 1989, eram 23 os candidatos à presidência da República e ali concorreram figuras carimbadas, algumas quase míticas, outras bizarras que já sumiram no tempo.

Lula concorria pelo PT, Maluf pelo extinto PDS (depois PPB e hoje PP), Brizola pelo PDT, Covas pelo recém-criado PSDB, Ulysses pelo PMDB, Roberto Freire pelo PCB, Aureliano Chaves pelo PFL, Ronaldo Caiado pelo PSD e, claro, o vencedor Fernando Collor pelo PRN. Figuras caricatas como Marronzinho, Afonso Camargo (o homem do vale-transporte), Antonio Pedreira e o estreante Éneas também marcaram presença.

Mas um ficou ainda mais notável durante os poucos dias em que conseguiu ser candidato, antes de sua impugnação pela Justiça Eleitoral. O apresentador Silvio Santos entrou no lugar de Armando Côrrea (PMB) e tentou, durante os poucos dias em que esteve na disputa, "conscientizar" a população de que votando no número 26 na cédula - já impressa com o nome de Côrrea - estaria votando em Silvio Santos. O vídeo da propaganda do candidato relâmpago está nesse link.

O debate realizado no SBT também foi outra pérola do pleito. Ver a edição feito pelo TJ Brasil, noticiário da emissora comandado por Boris Casoy, é digno de nota não só pelos temas tratados, mas pelas piadas contadas pelos candidatos, pelos confrontos abertos entre eles e pela eloqüência de Brizola, as expressões de Lula e os momentos de constrangimento de Maluf contra praticamente todo o resto da mesa, exceção feita a Afif, seu ex-pupilo que atribui ao mentor o "enfrentamento contra a ditadura". O vídeo pode ser visto nesse link.

quarta-feira, julho 26, 2006

Zagallo perde emprego na CBF

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Zagallo não é mais o coordenador técnico da seleção brasileira. A decisão pela saída do "Velho Lobo" da equipe nacional foi definida na tarde desta quarta-feira, em reunião na sede na CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, lamentou a decisão, mas indicou que a saída de Zagallo faz parte do processo de reformulação implantada na estrutura da comissão técnica da seleção.

"A trajetória profissional de Zagallo se confunde e está profundamente marcada com a história da seleção. Ele deixa o cargo que ocupa na comissão técnica, mas tem experiência e condições de prestar mais serviços ao futebol no Brasil", comentou o dirigente ao site oficial da entidade, "CBF News".
A nota veiculada diz que a CBF tem planos de contar com Zagallo no projeto de organização da Copa do Mundo de 2014, assim que a postulação do Brasil seja atendida.

Ronaldo ou tortas, eis a questão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Os torcedores do Leyton Orient, time da terceira divisão da Inglaterra, estão dispostos a tirar dinheiro do próprio bolso para que o clube contrate o atacante Ronaldo. Eles farão vaquinha para tentar tirar o brasileiro do Real Madrid, e, caso não tenham sucesso, podem gastar a arrecadação em tortas para os fanáticos.

"Se não conseguirmos juntar o dinheiro ou se ele não quiser vir jogar no time, todo dinheiro será doado para o clube", afirmou um porta-voz da campanha, que sugeriu um destino para o montante caso não consigam trazer Ronaldo. "Nós consultaremos o clube para vermos qual a melhor forma de gastar este dinheiro, talvez ele seja usado para comprar um mini-ônibus para a equipe de base ou tortas frescas para os torcedores nos dias de jogos".

Bussunda vai virar nome de avenida na vila do Pan no Rio

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

da Folha Online

"O nome do humorista Bussunda vai batizar uma avenida no Rio. Um decreto assinado pelo prefeito Cesar Maia (PFL) determina que uma via na Barra da Tijuca (zona oeste da cidade) se chame "Avenida Cláudio Besserman Vianna - Bussunda".

"O integrante do programa "Casseta & Planeta" (Globo) morreu no dia 17 de junho, aos 43 anos, vítima de ataque cardíaco, em um hotel na Alemanha, onde gravava o "Casseta" com seus colegas, durante a Copa do Mundo.

"

Divulgação
Humorista Bussunda interpreta Ronaldo Fofômeno, paródia do craque Ronaldo

A avenida que levará seu nome ainda está em construção. A via fica na parte central da Vila do Pan, paralela à avenida Ayrton Senna. A Vila do Pan vai abrigar os atletas dos Jogos Pan-Americanos de 2007."


O que a Folha Online não contou são os planos de construção de uma estátua em tamanho real do humorista vestido como Ronaldo Fenômeno, conforme a foto. Os relatos de fontes confiáveis atestam que a estátua será engordada em uns quilinhos pra adequar a sátira às últimas semanas em que o Gordo teria entrado em depressão e abusado dos chocolates ao lado de Raica (que, segundo as mesmas fontes, teria só ficado olhando).

Dunga afirma que 4-4-2 será o esquema

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Dunga afirmou nesta quarta que vai manter o 4-4-2 como esquema da equipe brasileira e que, em algumas ocasiões, pode posicionar o time com três defensores (3-5-2). "O Brasil tem qualidade, mas em alguns momentos jogaremos com três zagueiros. Jogaremos com quatro atrás, mas, pela minha convicção e pelo que vimos na Copa, não jogaremos em linha. Terá sempre uma cobertura", disse o ex-jogador em entrevista à Rádio Record.

Além do esquema, Dunga defendeu que os jogadores da Seleção têm de aproveitar as características ofensivas inerentes de um atleta do País e usá-las em campo. "Jogador brasileiro tem que ter a atitude de partir para cima do adversário, aproveitar a individualidade", opinou o comandante. Exemplos desta agressividade, Ronaldinho e Robinho devem atuar nas armações das jogadas, evitando contato direto com o marcador rival, segundo o treinador. "Eles têm de partir mais de trás. Vimos na Copa que fica difícil para eles jogarem de costas para o gol, por causa da forte marcação".

Ex-jogador do Santos chega à seleção.

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook













Eu e minha habilidade genial no photoshop

Esqueçam todos os clichês já feitos sobre a escolha de Dunga para a seleção brasileira - da inexperiência, de ser pau-mandado da CBF, de esquentar banco para o Felipão, e etc..

O curioso é que a chegada de Dunga no time canarinho é que pela primeira vez, salvo engano, um ex-jogador do Santos assume a chefia da principal equipe do país. Breve levantamento feito pelo Futepoca confirma que nunca o Peixe havia cedido um ex-atleta para o cargo de técnico.

Diríamos mais: dos grandes clubes brasileiros (usamos a classificação tradicional e careta, que considera "grande" os quatro maiores de São Paulo, os quatro do Rio, os dois de Minas e os dois de Porto Alegre), apenas o Santos ainda não tinha um ex-jogador que tinha virado técnico da seleção. A relação:

São Paulo: Falcão
Corinthians: Leão
Palmeiras: Leão
Flamengo: Evaristo
Vasco: Leão
Fluminense: Telê
Botafogo: Zagallo
Atlético-MG: Telê
Cruzeiro: Luxemburgo
Internacional: Falcão
Grêmio: Leão

Citamos apenas um exemplo por clube, mas existem mais, claro. Elogiamos também a versatilidade de Émerson Leão, sem o qual não poderíamos completar a lista. Agora, com a chegada de Dunga, o Santos faz parte desse seleto grupo.

Dunga no Santos
A passagem do capitão do tetra pela Vila não foi nada memorável - tanto que não são todos os santistas que lembram que um dia ele chegou a vestir a camisa do clube. Não que tenha jogado mal, mas é que ficou pouco tempo mesmo.

Aquele tempo, a segunda metade da década de 80, foi duríssimo para o clube. Caixa praticamente zerado, torcida raivosa, técnicos fracos e por aí vai. As "estrelas" eram sempre medalhões em franca decadência - na foto em questão, temos, além de Dunga, o lendário Hugo de León e o sempre artilheiro Serginho Chulapa.

Essa fase negra do Peixe só foi virar a partir da segunda metade da década de 90.

Qualquer semelhança com a época atual não é mera teixeirência...

Com a colaboração de Glauco Faria

Robinho leva seu Fusca 79 a leilão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O atacante Robinho, do Real Madrid, irá leiloar seu Fusca 1979 - modelo 1980 - em um site. Toda a renda será destinada para o Centro Regional de Oncologia Infantil, em São Vicente, cidade em que o ex-jogador do Santos nasceu. O leilão irá começar no próximo dia 14 de agosto.

terça-feira, julho 25, 2006

Nada é (ou foi) pior do que Parreira e Zagallo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não voltaremos à chamada Era Dunga. Por um motivo muito simples: não acredito que tenha existido uma Era Dunga, mas, sim, uma Era Parreira. Que felizmente, parece, enfim acabou.

Ninguém se dá conta da existência de uma outra época, a Idade Zagallo, mais longa do que outras eras da história do futebol. A era do ufanismo e da mediocridade. Antigamente, as escolas estaduais eram boas, mas éramos obrigados a cantar o hino nacional todos os dias antes de ir para a sala de aula. Era a ditadura. Quando ouço o “velho lobo” falar da “amarelinha”, lembro desse tempo obscuro, mentiroso, cínico.

A Era Zagallo, aliás, começou antes mesmo do regime militar, em 1958, mas não vi Zagallo jogar. Como se sabe, em 58 teríamos Pepe, o ponta esquerda do melhor time do mundo, e entrou o então “revolucionário” ponta recuado Zagallo. Conta a história que teria sido o infortúnio de uma contusão de Pepe que deu chance ao “craque” Zagallo, um paradigma do qual nunca mais nos livramos, já que – mais dia, menos dia – sempre voltou, como um sonho (no caso, pesadelo) recorrente. Houve outros que fizeram mesma função, como o Zinho de Parreira em 1994. Zinho que, como Dunga, foi injustiçado pela sanha jornalística ou popular de criar rótulos. Se Zinho foi uma “enceradeira” na seleção tetracampeã, ele não era isso no Palmeiras de Luxemburgo em 1993 e 1994. Os palmeirenses sabem disso. Zinho se transformou no Zé Roberto de 2006.

Enfim, o termo Era Dunga foi uma invenção de jornalistas, como milhões de outras. O problema naquele time pífio de 1994 – campeão que só me fez vibrar por gols espetaculares como o de Bebeto contra os EUA (jogada de Romário) ou de Branco contra a Holanda ou pelos poucos instantes em que Viola esteve em campo contra a Itália –, enfim, o problema naquele time pífio não era Dunga, mas Parreira. Dunga, pelo contrário, era um primeiro volante dos melhores. Um dos jogadores de melhor índice de acerto de passes de seu tempo.

Já como técnico, Glauco disse bem, abaixo: “Líder, sim. Positivo, nem sempre. Como técnico? Ainda não se sabe”. E, de fato, Dunga conhece a CBF. O alemão Klinsmann também era inexperiente e seu relativo sucesso se deve, como se sabe, a seu auxiliar, Joachim Löw. Klinsmann era o líder, Löw era o técnico de fato (agora, é de fato e de direito, já que assumiu a seleção alemã depois da Copa).

É provável que Dunga não dê certo. Mas, se tiver um bom auxiliar técnico, se representar uma transição, se der brios a um time sem alma e se estivermos livres de Parreira e Zagallo para sempre, já será um avanço. Nada é pior do que Parreira e Zagallo.

Deu na Folha On Line...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ator preso na Globo é conselheiro do Corinthians

O ator Ricardo Ackel Dualib, 29, ex-figurante da novela "Cobras & Lagartos" preso nesta terça-feira no Rio, após disparar tiros nos estúdios da Globo, é conselheiro vitalício do Corinthians, além de neto do presidente do clube, Alberto Dualib. Procurada pela reportagem, a família não quis se manifestar. O artista se encontra detido desde o final da manhã na 32ª DP, no Taquara, Rio, e ainda hoje será encaminhado para a Polinter (Polícia Interestadual).

No site de relacionamento Orkut, a página do ator, que não traz sua foto, já recebeu vários recados de amigos, alguns deles surpresos com a notícia da prisão. Dualib faz parte do Conselho do Corinthians e se declara, em sua página, um apaixonado por futebol.

A Folha Online ligou para a casa de Ricardo Dualib nesta tarde, e foi orientada a procurar a irmã dele, Vanessa, no celular. Questionada pela reportagem sobre a prisão, ela pediu um tempo antes de falar.

Sem perceber que a conversa era ouvida, Vanessa disse a alguém que estava ao seu lado que a Folha Online queria uma posição da família sobre o caso, e comentou "não temos o que falar, né?". Depois disso, o telefone foi desligado. Em uma nova tentativa, o aparelho encaminhou a ligação para a caixa postal.

Prisão

Dualib chegou armado à portaria 3 do Projac --estúdios da Rede Globo em Jacarepaguá, no Rio-- por volta das 9h45. Segundo informações de policiais da 32ª DP, ele saiu de São Paulo para o complexo de estúdios. Ele carregava desenhos de sua autoria e, ao chegar ao local, os lançou sobre uma estátua dizendo que queria que o material fosse analisado pela Globo e efetuou dois disparos para o alto.

De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, o rapaz também gritava que queria atirar nas câmeras dos estúdios. Diferentemente da polícia, a Globo informou ainda, em nota, que Dualib chegou ao local trajando uma sunga --a polícia informou que ele estava nu na hora do crime.

Ainda Segundo informações da polícia, Dualib não aparentava estar sob o efeito de drogas, apesar de confessar, em depoimento informal, que bebe "algumas coisinhas" e fuma maconha às vezes.

Dualib afirmou aos policiais que pretendia apenas chamar atenção para o seu trabalho, mas admitiu ter exagerado em sua atitude. Ele não trabalhava como figurante para a Globo desde abril.

Dunga: "Gosto da defesa da Itália"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

“Técnico não barra ninguém, é o jogador que se escala”, disse o novo técnico da seleção brasileira, o ex-jogador Dunga, em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, dia 25. O capitão do tetra não se sente intimidado para iniciar o novo desafio à frente da seleção e disse que barrou o atacante Cristiano Ronaldo “e não aconteceu nada por isso”. Dunga disse que a seleção vai dar “sangue, suor, lágrima e alegria” sob o seu comando. Ele deixou claro que os jogadores que estiverem sob seu comando terão que viver só para a seleção.Sobre a vitória da Itália na última copa ele disse que, como em todas as outras Copas, “foi a parte coletiva que prevaleceu”. Em relação a atuação do Brasil no jogo contra a França na copa, Dunga disse que “mais que não deixar o Zidane solto, era importante marcar quem recebia a bola dele”. Leia a íntegra da entrevista com Dunga:

Paulo Henrique Amorim – Dunga, você deve estar acompanhando evidentemente a repercussão à escolha do seu nome. Está todo mundo muito feliz, porque você tem todas as qualificações, porém, você nunca treinou um time de futebol. O que você diz sobre isso?
Dunga – Fico muito feliz com a repercussão. Lógico, essa é uma oportunidade única, a seleção brasileira é representativa. E vai depender tudo do nosso trabalho que vamos obter. Porque a seleção já teve treinadores bem experientes de outros clubes e que não tiveram o resultado esperado por todos na seleção. Vai depender muito daquilo que a gente fizer em campo.

Paulo Henrique Amorim – Não assusta?
Dunga – Não, acho que a vida é feita de desafios. E para vencermos na nossa vida, em qualquer profissão, tem que ter coragem de tomar decisão, de ter iniciativa, acho que minha forma de atuar como jogador foi exatamente essa. Uma certa tensão, receio, isso tem, mas jamais faltar coragem em um momento em que tem que se tomar decisão.

Paulo Henrique Amorim – Em seu benefício temos que evocar os exemplos de Klinsmann e do próprio Beckenbauer, que foram jogadores de seleção sem terem trabalhado em clube, não é isso?
Dunga – Seleção é um pouco diferente de clube, e esses jogadores demonstraram, tiveram sua capacidade. É claro que quando a gente tem a prática, a experiência, tem que alinhar um pouco da teoria, mas tem que fazer um grupo bom, não só de jogadores e comissão técnica, mas principalmente fazer os jogadores entender que quando estiverem na seleção brasileira eles têm que viver exclusivamente naquele período para a seleção. Essa filosofia de que naquele período curto ali eles têm que estar não só com o corpo, mas com a mente, a alma e o coração na seleção brasileira.

Paulo Henrique Amorim – Outro problema, desculpe se eu falo de problema, mas é uma questão que a gente tem que discutir, é que a seleção precisaria enfrentar as chamadas vacas sagradas, os nomes intocáveis, o Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno, que está gordo. A pergunta que se faz é a seguinte: o Dunga barra estrela?
Dunga – Acho que não é o Dunga, treinador nenhum barra estrela. Ao mesmo tempo o treinador não escala nem convoca jogadores. Quem se escala e é barrado são os próprios jogadores com seu comportamento, com a atuação que têm nos clubes e na seleção brasileira. Então o treinador só pode colocar quando os jogadores estiverem em melhores condições.

Paulo Henrique Amorim – Para não falar da seleção brasileira passada, que evidentemente poderia criar para você um problema ético, mas o que você gostou das outras seleções dessa Copa do Mundo que a gente acabou de assistir?
Dunga – Eu acho que a motivação, a motivação dos jogadores, a determinação, principalmente sabendo seus limites e suas virtudes, explorar muito as virtudes e a característica de cada jogador para que o conjunto saia vencedor. E mais uma vez, essa Copa do Mundo não foi diferente das outras, apesar de não ter agradado muito a alguns. Se ganha uma Copa do Mundo com o grupo, não é nem com o time, é com o grupo da seleção. A individualidade é importante, agora, se nós colocarmos em primeiro lugar a individualidade, fica difícil. A Itália, que venceu a Copa do Mundo, demonstrou isso. Tinha o Totti, que era a grande sensação, mas no final o que prevaleceu mesmo foi a parte coletiva da Itália.

Paulo Henrique Amorim – Você gosta da defesa da Itália?
Dunga – Gosto.

Paulo Henrique Amorim – Que defesa boa, hein?
Dunga – Mas a nossa defesa também foi bem na Copa do Mundo, não temos o que reclamar.

Paulo Henrique Amorim – Você toparia falar sobre a seleção brasileira nessa Copa? O que você não gostou?
Dunga – Eu acho que é uma coisa anti-ética eu não estava lá, eu estava como torcedor.

Paulo Henrique Amorim – E você gostou de um conterrâneo seu, do desempenho do Felipão?
Dunga – Ele foi muito bem, como é característica sua. Coloca sempre a importância do coletivo. No Brasil sempre se faz umas ponderações. O Felipão tirou o Cristiano Ronaldo e não aconteceu nada , que o Cristiano Ronaldo sem jogar da forma que todo mundo conhece ele é útil na equipe de Portugal. Como ele não estava jogando, o Felipão deixou ele descansando. Então acho que isso fortaleceu a equipe de Portugal.

Paulo Henrique Amorim – Isso aí eu posso entender como recado para quem, Dunga? Dunga – Para ninguém. É aquilo que eu falei, é o jogador que se escala. Depende do rendimento, do comportamento e da atitude. Tem que pegar os melhores em rendimento, não é?

Paulo Henrique Amorim –
Você jogou contra ele lá em 1998, eu estava lá, assisti àquela seleção sofrer. Você deixaria o Zidane solto?
Dunga –
Mais do que deixar o Zidane solto, teria que marcar os jogadores para quem o Zidane dava a bola. Então depois que a bola chega no Zidane fica mais difícil de marcar. O que eu vi no jogo contra a França, o Zidane foi importante, mas era muito mais importante os jogadores que davam a opção, que pasavam, que estavam sempre livre. Então, quando o Brasil ia marcar o Zidane, ele só tinha duas opções para fazer o passe.

Paulo Henrique Amorim –
Você acredita que o Brasil tem os melhores jogadores do mundo?
Dunga –
O Brasil sem dúvida nenhuma tem jogadores de qualidade excepcional. Agora, a gente não pode se enganar também que outros países têm também jogadores de grande qualidade. Nós somos os melhores desde que entramos em campo e mostramos isso. E o Brasil só foi cinco vezes só... cinco vezes o melhor do mundo. Das outras vezes a gente fala que tivemos grandes individualidades, mas não tivemos uma seleção, tivemos uma equipe, um coletivo.

Paulo Henrique Amorim –
Na seleção do Dunga a gente pode imaginar que vai ter um apetite, uma garra como a da Itália?
Dunga –
Tem que ter esse apetite dessa da Itália aliada à nossa qualidade técnica. Não adianta só falar em garra, em vontade, mas tem que ter a qualidade técnica, aquilo que se equilibra no futebol.

Paulo Henrique Amorim –
Mas tinha também aquele Pirlo, que era bom pra burro, não?
Dunga –
O Pirlo, o Zambrota, o Cannavaro, o Camoranesi.

segunda-feira, julho 24, 2006

A volta da Era Dunga

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Ontem os boatos já ficavam mais fortes e hoje veio a confirmação: Dunga, capitão do Tetra, é o novo técnico da seleção brasileira. A escolha remete a 1991 quando, após a fracassada campanha na copa da Itália, Falcão, que também nunca havia treinado uma equipe de futebol, foi escolhido como comandante do escrete verde-amarelo.

Mas as semelhanças param por aí. Se àquela época o ex-técnico Sebastião Lazzaroni foi escurraçado, ninguém duvide que, mesmo derrotado, Parreira foi ouvido na escolha do seu sucessor. E deu aval ao seu ex-comandado, que tem como objetivo trazer de volta a "vibração" que teria feito falta à equipe na Alemanha.

Outra hipótese provável e apontada por muitos como a mais possível, é que Dunga estaria apenas esquentando o banco para um técnico de renome assumir a seleção mais adiante. No caso, Felipão tem contrato com a seleção portuguesa até a Eurocopa de 2008 e, em tese, estaria livre para comandar o Brasil na Copa de 2010. A versão pode até ter sua verossimilhança, mas alguém combinou com o Felipão? E se Portugal tiver outro desempenho brilhante no torneio, ele deixaria a equipe?

Dunga, como jogador da seleção, foi um tido como um dos grandes responsáveis pelo fracasso de 1990 quando, em um lance simbólico, ficou no chão tentando marcar um Maradona fora de forma que assistiu Caniggia no gol que eliminou o Brasil do torneio. Em 1994, mais técnico do que na edição anterior, fez assistências e caiu bem menos no gramado. Em 1998, protagonizou um racha na equipe, divergindo de outros que não concordavam com seu "comando".

Líder, sim. Positivo, nem sempre. Como técnico? Ainda não se sabe, mas uma declaração de Jorginho, ex-lateral da seleção, pode dar uma dica importante para a motivação da escolha. "O Luxemburgo já esteve lá, mas ele não conhece bem o dia a dia na CBF, o que passa na cabeça dos jogadores. Nesse ponto, o Dunga está na frente". É preciso conhecer bem a CBF...

Um minuto de silêncio...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

... pelo futebol brasileiro.
O novo técnico da Seleção é Dunga.

detalhes:
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2006/07/24/ult59u102966.jhtm

quinta-feira, julho 20, 2006

Maldade do manguaça

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Comentário ouvido ontem à noite, em um bar da cidade de São Paulo, sobre o posicionamento de Rogério Ceni em cobranças de pênalti:

"Qualquer dia o Rogério vai pegar a bola antes do cara chutar"

Reação custa US$ 2 mil mais que ofensa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A comissão disciplinar da Fifa optou por uma punição simbólica a Zidane, que foi julgado nesta quinta-feira pela cabeçada que deu no zagueiro Materazzi na final da Copa do Mundo. O ex-capitão da seleção francesa foi multado em 7.500 francos suíços (cerca de US$ 6 mil) e pegou três jogos de suspensão - que serão revertidos em prestação de serviços para a Fifa, pois Zidane encerrou a carreira na decisão do mundial.

Materazzi, que ofendeu a mãe e a irmã do francês no lance fatídico, pegou punição mais branda: foi suspenso por duas partidas e terá de pagar multa de 5 mil francos suíços (cerca de US$ 4 mil). Com isso, ficará fora das partidas contra Lituânia e França, as primeiras das eliminatórias para a Eurocopa-2008. Nada foi dito sobre possíveis conotações racistas das ofensas do italiano, que teria chamado Zidane e familiares, todos muçulmanos, de "terroristas".

Em 2005, o zagueiro Desábato, do clube argentino Quilmes, pagou fiança de R$ 10 mil (cerca de US$ 5 mil) para escapar da prisão, depois de ofender com palavras racistas o atacante Grafite, do São Paulo, durante partida da Libertadores da América. O lance tem semelhança com o que ocorreu na final da Copa, pois, ao ser ofendido, Grafite empurrou a cara de Desábato, atirando-o ao chão. Assim como Zidane, foi expulso. Mas não pagou multa depois.

Agora vai!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

1 - O glorioso volante Zé Elias, com passagem recente pelo Guarani de Campinas, está de volta ao futebol do velho continente. Ele assinou por um ano com o Omonia, do Chipre, e disputará a Copa da Uefa.

2 - Jardel, atacante cearense que fez sucesso no Grêmio e no Porto, também retorna ao futebol europeu. Ele foi apresentado como reforço do Beira-Mar, que subiu este ano para a primeira divisão do Campeonato Português.

quarta-feira, julho 19, 2006

Galeano sabe do que fala...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Mundial de Zidane

Por Eduardo Galeano (*)

Montevidéu, julho/2006 – No cenário da sanidade, um ataque de loucura. Em um templo consagrado à adoração do futebol e ao respeito de suas regras, onde a Coca-Cola proporciona felicidade, Master Card leva à prosperidade e Hyundai dá velocidade, são disputados os últimos minutos da última partida do campeonato mundial. Este é, também, a última partida do melhor jogador, o mais admirado, o mais querido, que está dizendo adeus ao futebol. Os olhos do mundo estão voltados para ele. E, subitamente, este rei da festa se converte em um touro furioso e investe contra um rival e o derruba, com uma cabeçada no peito, e se vai.

Deixa o campo por determinação do árbitro e pela vaia do público, que seria uma ovação. E não sai pela porta principal, mas pelo triste túnel que leva aos vestiários. No caminho, passa ao lado da taça de ouro reservada à equipe campeã. Ele nem a olha.

Quando este Mundial começou, os especialistas disseram que Zinedine Zidane estava velho. Mariano Pernia, o Argentina que joga na seleção espanhola comentou: “Velho é o vento, e continua soprando”. E a França derrotou a Espanha e Zidane foi, nessa partida, e nas seguintes, o mais jovem de todos.

Depois, no fim do campeonato, quando aconteceu o que aconteceu, foi fácil atacar o ruim do filme. Mas era, e continua sendo, difícil compreendê-lo. Será verdade? Não será um pesadelo, um sonho equivocado? Como pôde abandonar os seus quando mais necessitavam dele? Horacio Elizondo, o árbitro, lhe deu cartão vermelho com toda a razão, mas por que Zidane fez o que fez?

Ao que parece, o zagueiro italiano Marco Materazzi lhe dirigiu alguns desses insultos racistas que os energúmenos costumam gritar desde as tribunas dos estádios. Zidane, muçulmano, filho de argelinos, havia aprendido a se defender, desde a infância, quando recebia ataques desse tipo nos subúrbios pobres de Marselha. Conhece bem esses insultos, mas lhe doeram como a primeira vez, e seus inimigos sabem que a provocação funciona. Mais de uma vez fizeram com que perdesse a cabeça desta maneira suja, e Materazzi não é, digamos, famoso por sua limpeza.

Este Mundial esteve marcado pelas declarações das seleções, antes de cada partida, contra a peste universal do racismo, e Zidane foi um dos jogadores que o fez possível.O tema é candente. Às vésperas da Copa do Mundo, o dirigente político Jean-Marie Le Pen proclamou que a França não se reconhecia em seus jogadores, porque eram quase todos negros e porque seu capitão, um árabe, não cantava o hino nacional. Algum tempo antes, o treinador da seleção espanhola, Luis Aragonés, havia chamado de negro de merda o jogador francês Thierry Henry, e o presidente perpétuo do futebol sul-americano, Nicolas Leoz, apresentou sua autobiografia dizendo que nasceu em um povoado onde viviam 500 pessoas e três mil índios.

Mas pode-se reduzir a um insulto, ou a vários insultos, esta tragédia do vencedor que escolhe ser perdedor, do astro que renuncia à glória quando a tem ao alcance das mãos? Talvez, quem sabe, essa louca investida tenha sido, embora Zidane não quisesse, nem soubesse, um rugido de impotência.

Talvez tenha sido um rugido de impotência contra os insultos, as cotoveladas, as cusparadas, os chutes mal-intencionados, as simulações dos especialistas em contorções, mestres do ai de mim, e contra as artes de teatro dos farsantes que matam e exibem uma cara de não fui eu.

Ou, talvez, tenha sido um rugido de impotência contra o êxito esmagador do futebol feio, contra a mesquinhez, a covardia e a ganância do futebol que a globalização, inimiga da diversidade, está nos impondo. Por fim, na medida em que o campeonato avançava, ficava cada vez mais claro que Zidane não era deste circo. E suas artes de magia, sua presença, sua melancólica elegância, mereciam o fracasso, bem como o mundo de nosso tempo, que fabrica em série os modelos do sucesso, merecia este medíocre campeonato mundial.

E, de alguma maneira, também se pode dizer que a Itália merecia a Copa, porque todas as seleções, algumas mais, outras menos, jogaram à italiana e com o mesmo esquema de jogo, linha de quatro atrás, defesa fechada e gols roubados graças a contra-ataques.

A Itália se impôs, como tinha de ser. No final, o esquema tático causou muitos bocejos, mas também lhe deu quatro títulos mundiais. E ao longo desta quarta vitória sofreu dois gols, um contra e outro de pênalti, e na retaguarda, não na vanguarda, teve seus melhores jogadores: Buffon, goleiro, e Cannavaro, zagueiro.

Oito jogadores da Juventus chegaram à final em Berlim: cinco jogando pela Itália e três pela França. E se deu a casualidade de a Juventus ser a equipe mais comprometida nos escândalos que vieram à público pouco antes do Mundial. Das mãos limpas aos pés limpos: a justiça italiana parecia decidida a mandar para o exílio, a série B e a série C, os clubes mais poderosos, incluindo a Lazio, a Fiorentina e o Milan, do virtuoso Silvio Berlusconi, que praticou a fraude e a impunidade no futebol, nos negócios e no governo. Os juízes comprovaram toda uma classe de trapaças, contra árbitros, compra de jornalistas, falsificação de contratos, adulteração de balanços, divisão de posições no campeonato italiano, manipulação dos programas da tele...

Um ministro do governo anunciou a anistia caso a Itália vencesse o Mundial. A Itália ganhou. Tudo isso dará em nada, uma vez mais, e como sempre? Zidane foi punido por muito menos.

Alguém, não sei quem, soube resumir da seguinte maneira a Copa 2006: “Os jogadores têm uma conduta exemplar. Não bebem, não fumam, não jogam”. Os que de vez em quando acertavam a bola no gol, não jogavam bonito, e os que jogavam bonito nunca acertavam o gol. Toda a África ficou fora logo cedo, e não demorou muito para toda a América Latina também partir para o exílio. O campeonato mundial se converteu em uma Eurocopa.

Os resultados recompensavam este que agora chama de sentido prático: altos muros defensivos e na frente algum atacante, um Cavaleiro Solitário, implorando um favorzinho de Deus. Como costuma ocorrer o futebol e na vida, perde o que melhor joga e ganha o que joga para não perder.

Os pênaltis ajudaram a injustiça. Até 1968, as partidas difíceis eram definidas no cara ou coroa. De alguma maneira, continua sendo assim. Concluída a prorrogação, os pênaltis se parecem muito com o capricho do acaso. A Argentina foi mais do que a Alemanha, e a a França mais do que a Itália, mas uns poucos segundos puderam mais do que duas horas de jogo, e a Argentina teve de voltar para casa e a França perdeu a Copa.

Pouca fantasia foi vista. Os artistas deram lugar aos levantadores de peso e aos corredores olímpicos, que ao passarem chutavam a bola ou um adversário.

O Mundial foi tão aborrecido que os donos do negócio não tiveram outra coisa a fazer a não ser imaginar projetos para injetar entusiasmo no decaído espetáculo. Uma das idéias nascidas dentro da Fifa propõe castigar o empate não concedendo ponto às equipes. Outra sugere aumentar a distância entre as traves para aumentar o número de gols. E outra, se não te agrada este cardápio, pretendem uma Copa a cada dois anos.

Mas o futebol profissional, espelho do mundo, joga para ganhar, não por prazer, e o cálculo de custos zomba destas inúteis piruetas imaginárias dos burocratas que comandam o futebol mundial. Menos mal que o futebol profissional não é todo o futebol. Basta sair às ruas, ir às praias, aos campinhos, para comprovar que a bola pode rolar com alegria. No futebol profissional, o que aparece na televisão, pouca alegria se vê. Parecemos condenados à nostalgia do velho tempo dos cinco forwards e à triste comprovação de que agora nos resta apenas um, e no passo que seguimos nem um restará: todos atrás, nenhum na frente. Como comprovou o zoólogo Roberto Fontanarrosa, o atacante e o urso panda são espécies em extinção. (IPS/Envolverde)

(*) Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio, autor de As veias abertas da América Latina e Memórias do fogo.


terça-feira, julho 18, 2006

O "Canhão da Vila"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sem medo de fazer propaganda, saiu na Fórum de julho uma entrevista da qual participei com o lendário José Macia, o Pepe, segundo maior artilheiro da história do Santos, ficando atrás apenas de Pelé. A matéria se deu por conta do lançamento do seu livro de memórias, "Bombas de Alegria", Realejo Editorial. Abaixo, um dos muitos causos contados pelo jogador.


As sete ondas - 1969

O jogo era contra o Corinthians no Pacaembu. Lula havia deixado o Santos e era agora técnico da A.A.Portuguesa também da cidade praiana. Chamou o seu massagista Beicinho, um crioulinho ágil e esperto, e intimou:
– Beicinho, hoje é sexta-feira. Você vai logo mais à meia-noite no mar, conta direitinho sete ondas e as pega num balde. Pois o Corinthians é um time perigoso, de mandingas, e temos que estar prevenidos, não quero perder esse jogo domingo!
Assim foi feito.
No domingo a delegação da Lusa santista chega nos vestiários do
Pacaembu com o chefão Lula à frente. Examinou bem o recinto e antes de nele entrar gritou:
– Ninguém entra! Aqui há coisa feita!
Chamou Beicinho e ordenou que lavasse os vestiários arremessando a água do balde com as sete ondas apanhadas na sexta-feira à noite. E Lula exclamava enquanto a água escorria:
– lemanjá vai nos garantir e proteger tranquilamente! Ela não falha! Após o apito final, com sete a zero para o Corinthians, Beicinho quase “recebeu as contas” quando disse ao Lula:
– Professor, ainda bem que eu só peguei sete ondas. Já pensou se eu pegasse umas dez ou quinze?

segunda-feira, julho 17, 2006

Como time pequeno 2 (A missão)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No último sábado, contrariando minha índole são-paulina de só ver jogo em casa, fui ao Morumbi ver São Paulo e Figueirense. O ingresso a R$ 10 me convenceu a rever o estádio onde não punha os pés desde a fatídica final do Brasileirão de 89, contra o Vasco (sim, eu vi aquele humilhante gol de cabeça do Sorato in loco). Não tinha fila na bilheteria nem pra entrar. Saí de casa com antecedência de 40 minutos e entrei no estádio antes do apito inicial.

O São Paulo partiu com tudo pra cima do Figueira, perdeu um gol feito com Danilo aos 40 segundos e abriu o placar com Ricardo Oliveira aos 2 minutos, após uma bela roubada de bola do Lúcio na esquerda, que tocou para o Thiago cruzar na área. Depois disso, o Tricolor foi completamente dominado pelo time de Florianópolis, que só não aplicou uma goleada vexaminosa porque seus atacantes são muito ruins.

Poucas vezes vi o São Paulo jogar tão mal. Um verdadeiro timinho pequeno, horrível, desprezível. Danilo não pegou na bola, Thiago só fez aquela assistência e mais nada, Josué e Lugano erraram dúzias de passes bobos e deram contra-ataques fulminantes para o Figueirense, Mineiro estava perdido, Souza não produziu nada de útil e ninguém no time, mas ninguém mesmo, conseguiu marcar com um mínimo de competência. Os laterais adversários faziam o que queriam e saíam livres na cara do Rogério Ceni de minuto em minuto. Verdadeiro teste para são-paulinos cardíacos.

Quando o Figueirense empatou, achei que o São Paulo ia levar mais 3 ou 4 gols em seqüência. Não fosse um choque de cabeça entre Mineiro e um adversário, que parou o jogo e esfriou a pressão do time de Santa Catarina, tenho certeza de que o Tricolor teria sido derrotado. O gol de André Dias no último minuto foi um puta alívio, mas, ao mesmo tempo, uma tremenda injustiça. O Figueirense mandou no jogo de ponta a ponta.

Sinceramente, estou pra lá de cético quanto a partida de quarta-feira, contra o Estudiantes. Acho que a vaca já tomou o caminho do brejo e só me restará torcer por melhor sorte no Campeonato Brasileiro. O Gerardo Lazzari já pode comprar os rojões.

Como time pequeno

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Palmeiras venceu o Corinthians, que agora amarga a vice-lanterna do Brasileirão, empatado em pontos com o Santa Cruz. Como a zona do rebaixamento ainda é uma realidade de quatro pontos – diferença para o bolo dos quase-na-lama com 14 pontos –, acabo ficando mais contente com a queda do alvi-negro paulistano do que da vitória palestrina.

O novo-time de Tite é muito diferente do que saiu de férias antes da Copa. Menos em peças do que em estilo. Com o técnico gaúcho, o Verdão se convence de que, mesmo com grandes nomes do passado em seu elenco, precisa se portar como time pequeno. Acossado no começo do jogo, a aposta na vantagem oferecida pelo preparo físico e marcação dura permitiu ao Palmeiras vener com um gol no fim da primeira etapa em sua única chance real naquela etapa. Desestruturado, o Corinthians não conseguiu reagir.

Em competição em que time grande joga como pequeno para não cair, impera a saudade da Copa do Mundo.

sexta-feira, julho 14, 2006

Seleção: quem assumir agora sobrevive até 2010?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A CBF queria Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira em substituição a Carlos Alberto Parreira. Porém, com a recusa do atual comandante de Portugal, os nomes de Vanderlei Luxemburgo, hoje no Santos, e Paulo Autuori, no futebol japonês, ganharam força. Leão, que está no São Caetano, continua proscrito enquanto Ricardo Teixeira estiver na CBF. Será que além desses quatro nomes existem outros que poderiam assumir a seleção?

O treinador do Santos já comandou o Brasil entre 1998 e 2000, quando conquistou a Copa América de 1999, mas perdeu os Jogos Olímpicos de Sydney no ano seguinte. Paulo Autuori também tem experiência em seleções, já que treinou o Peru durante alguns jogos nas últimas Eliminatórias. Mas só está cotado devido as conquistas da Libertadores da América e do Mundial de Clubes da Fifa no ano passado, pelo São Paulo.

Entre nós, manguaças, há um certo consenso de que o treinador que assumir a seleção agora não sobrevive no cargo até a Copa de 2010. Quando Felipão foi procurado pela primeira vez, em 2000, recusou. Esperou Leão assumir e ser fritado pra pegar a seleção na reta final para a Copa de 2002, quando parecia impossível perder o cargo. Estaria fazendo o mesmo agora?

O fato é que Parreira assumiu em janeiro de 2003 e permaneceu até a Copa da Alemanha. Talvez tenha tido a sorte de o Brasil nem ter se classificado para a disputa das Olimpíadas de Athenas, em 2004. Assim, não houve a tradicional pressão para que a seleção conquistasse, enfim, sua primeira medalha de ouro no futebol. Além do mais, o Brasil tinha faturado a Copa de 2002 e a torcida estava satisfeita.

Mas agora é diferente. O Brasil perdeu o mundial e a cobrança pelo ouro olímpico voltará forte, como uma espécie de redenção obrigatória. Foi assim em 2000, na Austrália. A derrota em 1998 e o novo insucesso diante de Camarões, nas Olimpíadas de Sydney, determinaram a queda de Vanderlei Luxemburgo.

Portanto, quem assumir agora terá que classificar a seleção para Pequim 2008 e, de preferência, trazer a medalha de outro. Senão, será difícil resistir até 2010. Quem se habilitará? Façam suas apostas.

quinta-feira, julho 13, 2006

"Tomei um vinho. Talvez tenha a ver com isso"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"Eu não sou irresponsável (de beber antes de entrar no ar). Do contrário não teria 33 anos de profissão", afirmou Fernando Vanucci para a Folha de S.Paulo, ao comentar o episódio do último domingo. O jornalista afirmou que teve uma discussão por telefone com um de seus filhos. "Tenho pressão alta e fiz, em 2001, uma cirurgia no coração para corrigir um problema congênito. Tomo remédios fortes todos os dias. O telefonema foi muito estressante, minha pressão ficou alta", completou ele, dizendo que tomou "uma dose alta" de Lorax, uma hora e meia antes do início do programa.

"Isso me deu uma relaxada. Por azar, o pico do efeito ocorreu quando entrei no ar. Eu sentia que ia cair. Tinha visão dupla, por isso fechava um olho para tentar enxergar com o outro. Foi me dando um pânico, eu queria sair correndo", afirmou Vanucci. Depois do ocorrido, o apresentador recebeu uma advertência verbal da RedeTV! e voltou a trabalhar na terça-feira. "O pior é que não tomei (álcool). No domingo procuro não beber. No sábado eu tomei um vinhozinho. Talvez tenha a ver com isso", finalizou Vanucci.

Segundo o psiquiatra Dartiu Xavier, Universidade Federal de São Paulo, o que ocorreu com o jornalista não é comum a quem já toma calmantes - a não ser que se misture com álcool, porque o medicamento potencializa o efeito da bebida.


quarta-feira, julho 12, 2006

Ainda Zidane

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu no Le Monde a seguinte declaração de Zidane:

"Michel Denisot (o entrevistador) lhe perguntou se a realidade "confirmava" o que disseram os tablóides ingleses, que se apoiaram em especialistas de leitura labial, e acusaram o italiano de ter dito: "Todo mundo sabe que você é filho de uma puta terrorista". Zidane respondeu simplesmente: "Sim."


E agora, Fifa?

"-Vô chamá meu adevogado!!!"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um advogado francês anunciou nesta quarta-feira a intenção de recorrer à Justiça para que a final da Copa 2006, entre Itália e França, seja anulada, caso a expulsão do francês Zinedine Zidane tenha ocorrido depois da arbitragem ter recorrido à ajuda "ilegal" do vídeo. Méhana Mouhou pedirá diretamente a um tribunal de justiça comum de Paris o "interrogatório do quarto árbitro e de qualquer pessoa que teve direta ou indiretamente relação com a punição dada a Zidane". O advogado, que espera ter sua demanda concluída na semana que vem, quer esclarecer se a decisão foi tomada de forma ilegal, com o recurso ao vídeo. Nesse caso, "o objetivo da ação judicial é a anulação da partida", informou.

Zidane diz que não se arrepende da cabeçada

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O meia francês Zinedine Zidane pediu desculpas nesta quarta-feira pela sua agressão no zagueiro italiano Marco Materazzi na final da Copa do Mundo. Entretanto, o jogador declarou que não se arrepende da cabeçada. O jogador da seleção francesa deu uma entrevista para o Canal Plus para esclarecer o ocorrido.

"Não posso lamentar meu gesto porque isso mostraria que ele teve razão ao dizer tudo aquilo. Não posso, não posso, não posso dizer isso. Não basta punir somente a reação", justificou. De acordo com Zidane, Materazzi teria dito "duas ou três palavras muito duras" com insultos a sua mãe e a sua irmã. O meia ressaltou que o zagueiro italiano é o principal culpado pelo episódio.

"Se não há uma provocação, não pode haver uma reação. É necessário castigar o verdadeiro culpado e o culpado é ele, que provocou. Vocês acham que numa final de Copa do Mundo, quando faltam dez minutos para minha aposentadoria, eu faria um gesto desses porque me causa prazer?", enfatizou o meia.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, Malika, a mãe de Zidane, defendeu a cabeçada do filho no italiano. "Eu defendo Zidane", afirmou Malika. "Quero que me sirvam os ovos de Materazzi em uma bandeja", disparou. Para a mãe do atacante, Zidane fez o que fez para "defender a honra da família. Algumas coisas são mais importantes do que o futebol", justificou.

Revista diz que tetra italiano pode ser anulado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Edição publicada nesta terça-feira da revista alemã Der Spiegel traz reportagem intitulada "Por que a Fifa pode cancelar o título da Itália", elencando fatores que poderiam levar a uma eventual punição da equipe tetracampeã, por conta do episódio envolvendo o francês Zidane e o zagueiro italiano Materazzi, na final disputada domingo passado.

No episódio, Materazzi teria chamado o meia de "terrorista sujo", dentre outros xingamentos, referindo-se à origem muçulmana do agora ex-jogador francês, que é filho de imigrantes argelinos e nasceu em Marselha. O suposto insulto teria levado Zidane a dar uma cabeçada no italiano, sendo expulso no segundo tempo da prorrogação.

Para justificar o suposto risco de perda do título italiano, a Der Spiegel cita as recentes e pesadas punições contra o racismo estabelecidas em março deste ano pela Fifa. Segundo o artigo 55 da resolução 4 do Regulamento Disciplinar da Fifa, jogadores de federações oficiais ou de clubes que vierem a agir de alguma forma discriminatória terão suas equipes punidas automaticamente com a perda de três pontos ou a desqualificação em partidas eliminatórias.

Ontem, a Fifa anunciou que abrirá um processo disciplinar para averiguar as circunstâncias nas quais Zidane agrediu Materazzi - que já admitiu ter insultado o francês, negando porém tê-lo chamado de "terrorista". A Fifa não mencionou se o italiano também será investigado:

"Membros da Fifa começarão uma investigação disciplinar sobre a conduta de Zidane. Desejamos esclarecer, acima de tudo, as circunstâncias que rodearam aquele incidente. Também queremos enfatizar que a expulsão de Zidane foi correta, já que o quarto árbitro da partida, Luis Medina, observou o lance sem o auxílio da televisão e informou o ocorrido ao juiz principal, Horacio Elizondo", disse o comunicado da Fifa.

As conseqüências do título da Itália

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Passados três dias do fim da Copa e o mundo começa a vislumbrar os efeitos da vitória da Itália. Além do possível surto de times defensivos (comos e tivéssemos poucos) em virtude do esquema da equipe campeã, uma bela pizza começa a ser preparada no Calcio. O clima favorável depois do tetrafaz com que algumas figuras comecem a defender a não punição dos times envolvidos no escândalo da máfia da arbitragem e manipulção de resultados no país. Juventus, Milan, Fiorentina e Lazio correm risco de serem rebaixados para divisões inferiores do futebol italiano outras 26 pessoas também estão sendo acusadas de participarem do escândalo e podem até ser banidas do futebol.

Mas o oba-oba da Copa pode salvar a todos. O ex-presidente italiano Silvio Berlusconi foi o primeiro a defender penas leves para as equipes. “Não podemos punir os torcedores. As pessoas devem ser punidas, não os clubes”, disse o desinteressado político e empresário que também é dono do Milan. Já o ministro da Justiça (sic) da Itália, Clemente Mastella, fez questão de destacar a conquista e usar o título como justificativa para abafar o escândalo. “Vamos fazer o que faziam na Roma antiga: quem nos deu prestígio e dignidade deve ser tratado de maneira diferente, como alguém que fez algo exemplar”. Que argumento!

Enquanto isso, a Fifa investiga o caso Zidane, que pode perder a Bola de Ouro de melhor jogador por conta da sua cabeçada na final, segundo declarações do presidente da entidade Joseph Blatter. Por outro lado, a revista alemã Der Spiegel revela que a Itália poderia até perder o título se forem comprovadas as ofensas racistas de Materazzi ao francês, com base no artigo 55 da resolução 4 do Regulamento Disciplinar da Fifa. O regulamento diz que jogadores de federações oficiais ou de clubes que vierem a agir de alguma forma discriminatória terão suas equipes punidas automaticamente com a perda de três pontos ou a desqualificação em partidas eliminatórias.

terça-feira, julho 11, 2006

O país da retranca

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Olha o começo dessa matéria do Terra (o endereço mostrava só http://www.terra.com.br/istoe, dia 11 a noite): "O técnico Carlos Alberto Parreira tinha nas mãos o mais badalado e talentoso grupo do mundo. Mas a falta de pulso, a indecisão, a soberba, as concessões aos veteranos e um frouxo esquema de marcação levaram à eliminação prematura na Copa."

Viram porque a seleção naufragou? Porque faltou marcação. O bendito time tomou DOIS GOLS em cinco jogos. DOIS. Contra a França, se é verdade que Zidane jogou livre e bem pra caramba, també é verdade que nenhuma de suas jogadas com a bola rolando resultou em gol, que só saiu numa falta (extremamente bem batida).

Por outro lado, no mesmo e fatídico jogo, o Brasil chutou QUATRO bolas no gol francês e só UMA deu trabalho para Barthez. Naõ existia saída de bola da defesa para o meio campo, que por sua vez era absolutamente inoperante (muito pior do que quando o execrado Ronaldinho Gaúcho jogou por ali). E o ataque ficou lá, esperando. Catso, como é que o grande problema desse time era falta de marcação?

Teve gente que disse que a solução era ter colocado o Mineiro, para segurar o Zidane. E não só isso, antes da eliminação a grande resposta de outros tantos era colocar o Juninho Pernambucano no lugar de alguém do quadrado mágico, jogador de características muito mais defensivas, que sempre jogou na seleção de segundo volante. O coro pelo, com a licença do companheiro Glauco, emplatro Brás Cubas era maior do o pela entrada de Robinho, mesmo este tendo melhorado o time em todas as partidas que entrou. Não existe nenhuma solução que privilegie o ataque?

Ao mesmo tempo, vejo a exaltação da raça de Portugal e o endeusamento de Felipão. Portugal tinha um time bom, com jogadores como Figo, Deco, Cristiano Ronaldo e Maniche (eleito um dos melhores da Copa). e mesmoassim jogava sempre defensivamente, no contra-ataque.

O que eu vejo com isso é algo perigoso: o Brasil se tornou uma nação de retranqueiros. Entrou na cabeça das pessoas que futebol bonito é coisa do passado, que primeiro tem que pensar na defesa, que ganha jogo quem faz mais faltas, que o gol é apenas um detalhe no futebol. Enfim, essa troletada de baboseiras que a Era Dunga começou e que agora ressurgem modificadas no que talvez possa ser chamado Era Felipão.

Outro dia, comentei um post do O.S. (nem lembro o tema) dizendo que retranca era coisa de alemão. Injustiça. A seleção anfitriã foi a que mais atacou nessa Copa, jogando a maior parte do tempo no campo do adversário, sufocando, buscando o gol o tempo todo. Infelizmente, parece que retranca agora é coisa de brasileiro.

Sandices fascistas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O político italiano Roberto Calderoli demonstrou sentir saudades dos tempos de Mussolini. Vice-presidente do Senado e dirigente da direitista Liga do Norte, ele afirmou que a França “sacrificou sua identidade” ao escalar “negros, islamitas e comunistas”.
Ele saudou o título italiano como "uma vitória da identidade italiana, de uma equipe que escalou lombardos, napolitanos, venezianos e calabreses e que ganhou de uma equipe da França que sacrificou sua própria identidade escalando negros, islamitas e comunistas para obter resultados".

O embaixador francês na Itália, Yves Aubin de Messuzière, considerou a declaração fascista de Calderoli "inaceitável e depreciável, destinada a fomentar o ódio", e enviou uma carta ao presidente do Senado, Franco Marini, exigindo desculpas formais.

Calderoli, não satisfeito, negou-se a pedir desculpas e afirmou que "quando digo que a equipe da França é formada por negros, islamitas e comunistas digo uma coisa objetiva e evidente".

"Quem se escandaliza e exige desculpas não tem a consciência tranqüila. A França é uma nação multi-étnica, devido a seu passado colonialista, do qual eu não estaria orgulhoso. Mas não é minha culpa se alguns ficaram perplexos com uma equipe que escalou sete negros, se Barthez canta a Internacional em vez da Marselhesa ou se alguns preferem Meca a Belém", acrescentou. "Não creio que deva me envergonhar pelo que disse, ainda que isso choque Paris, onde se trata Zidane de gênio, confundindo um golpe de gênio com uma cabeçada", concluiu Calderoli.

Não é a primeira vez que o digníssimo senhor, que foi ministro de Berlusconi, outro grande democrata de nosso tempo, brinda o mundo com sua sapiência e pensamento progressista. Depois da grave crise causada pelas controvertidas caricaturas do profeta Maomé, apareceu enrolado com uma dessas caricaturas na emissora pública de televisão RAI.

Fernando Vanucci totalmente bêbado!!!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

É inacreditável. Só vendo e revendo muitas vezes pra ter certeza do vexame que esse manguaça passou ao vivo, na RedeTV!, logo após a conquista da Itália no domingo. Não conseguia ler o teleprompter, não percebeu que as imagens eram da comemoração da Itália e ficou falando sobre o Brasil (sabe-se lá o que), com a língua enrolada e os olhos semi-cerrados. De tão bêbado, nem voltou para o segundo bloco do programa Bola na Rede. Chamaram o Augusto Xavier às pressas pra substituí-lo. Confiram:

Teria sido racismo?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Pensei em escrever algo no mesmo sentido, mas o Luiz Weis já o fez, no seu blog Verbo Solto. Reproduzo abaixo:

Racismo é pior que xingar a mãe

Postado por Luiz Weis em 11/7/2006 às 8:29:54 AM

A Globo não foi a única a ir atrás do que motivou a fulminante cabeçada de Zinédine Zidane, na final com a Itália.

Segundo um italiano que conhece leitura labial, informa hoje o diário londrino Guardian, citando por sua vez a BBC, Materazzi teria dito ao craque afinal eleito o melhor da Copa:

”Quero que você e sua família tenham uma morte horrível.” E teria emendado: “Vá se f….”

O que correu por aqui é que o italiano disse que a irmã de Zidane era prostituta.

De seu lado, a ONG francesa SOS-Racisme informou que, de acordo com “várias fontes bem informadas”, Materazzi chamou Zidane de “terrorista sujo”.

Se foi isso que ele disse, com ou sem o resto – que faz parte do costumeiro repertório de insultos que jogadores trocam em campo – o caso muda de figura: torna-se a negação viva do badalado espírito anti-racista da Copa e não pode ficar por isso mesmo.

É bom lembrar que na Itália, bem como na Espanha, atletas norte-africanos e negros são frequentemente hostilizados pelas torcidas adversárias.

Um técnico espanhol foi multado em 3 mil euros por ter xingado Thiery Henry, que joga na Inglaterra, com palavras racistas.

É bom lembrar também que a seleção francesa provavelmente chegou à final porque tinha pouco de “bleues” e muito de “noires” – além do genial filho de argelinos. Os únicos “autênticos” franceses, diria o fascista Jean-Marie Le Pen, eram Barthez, Sagnol e Ribéry.

Em suma, Zidane perdeu a cabeça e mereceu a expulsão, Materazzi, se apelou para o racismo, merece pena mais grave e a mídia italiana está diante do desafio de pôr o patriotismo no banco dos reservas e ir para cima do assunto.

É Júlio Sérgio!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de trazer Doni, a Roma, o mesmo time que já teve Falcão, foi campeão italiano e vice europeu na década de 80, de tantas glórias e tradições, anunciou a contratação do goleiro Júlio Sérgio.

Pra quem não se lembra, Júlio Sérgio foi jogador do Santos. Chegou no clube como um desconhecido, na metade de 2002, para ser reserva de Fábio Costa. Mas uma contusão do baiano fez com que a camisa 1 ficasse mesmo com o jovem arqueiro chegado de Ribeirão Preto.

E ele fez um bom papel no Brasileirão. Se não foi uma muralha, cumpriu perfeitamente sua função naquele time composto atletas jovens como ele - Robinho, Alex, Diego, Elano e companhia. Tanto que caiu nas graças da torcida.

Mas se a sorte o colocou pra jogar, o azar o tirou da parte nobre do campeonato: na penúltima partida da primeira fase daquele Brasileirão, Júlio se machucou e Fábio Costa acelerou sua recuperação. Arrebentou na decisão contra o Corinthians e recuperou de vez a camisa 1. No ano seguinte, Júlio ficou bem na reserva e foi vice-campeão brasileiro e da Libertadores.

2004 seria o ano mais triste da carreira de Júlio. Fábio Costa deixara o Santos para ir para o Corinthians; nada mais natural que a camisa 1 ficasse com Júlio Sérgio. Mas em mais um arroubo estranho da diretoria do Santos, Doni e Mauro chegaram à Vila. Júlio, então, passou o ano todo na reserva, mesmo com a dispensa de Doni e a contratação do atabalhoado Tápia.

No ano seguinte, Júlio perambulou por clubes menores. Foi para o Juventude e na sequência para Coritiba e América de Rio Preto. Não tenho certeza da ordem, mas é mais ou menos por aí.

Agora ele chega à Roma... curioso. Méritos técnicos não tem, indiscutivelmente. É bom sujeito, todos gostavam dele na Vila, mas não convence embaixo das traves.

Por outro lado, essa negociação me deixa feliz. Mostra que jogos de empresários, jogadores medíocres em times grandes e negociatas não existem só por aqui.

segunda-feira, julho 10, 2006

Materazzi se defende

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Um dos mais habilidosos e dóceis jogadores da Copa, símbolo da graça e leveza dos italianos, Materazzi se defendeu de forma sensacional da acusação de que teria xingado Zidane de terrorista:

"Não é verdade, não o chamei de terrorista. Sou ignorante e não sei nem o que as palavras terrorista ou islâmico querem dizer", disse o craque logo após a chegada do avião que trouxe a delegação italiana da Alemanha.

Quem quiser conferir mais dos lances que marcaram a sua carreira, Thalita recomenda:

http://www.youtube.com/watch?v=rKGcUr0S-FU&search=materazzi

Duas versões para as provocações de Materazzi

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O zagueiro italiano Materazzi teria chamado o atacante francês Zinedine Zidane de terrorista, segundo o colunista do jornal inglês The Guardian, Kevin McCarra. Esse xingamento teria feito Zidane perder a cabeça e agredir fisicamente o jogador italiano na final da Copa, sendo expulso na prorrogação. Já a leitura labial apresentada no programa Fantástico, da Rede Globo, mostra que Materazzi teria chamado de puta, por duas vezes, a irmã de Zidane. O camisa 10 da seleção francesa sempre foi muito ligado a sua família. Lila, 36 anos, é a única mulher entre os quatro irmãos de Zidane. O jogador deixou o campo em lágrimas, passando ao lado do troféu ao descer as escadas para o vestiário, e não esteve em campo para receber a medalha de prata, após derrota da seleção de seu país para os italianos nos pênaltis.

Em telefonema ao seu pai logo após a partida, o árbitro Horacio Elizondo descreveu da seguinte forma a reação de Zidane: "Estava louco e não podia acreditar que havia feito aquilo". Na França, a secretária nacional do Partido Comunista, Marie-Georges Buffet recriminou a agressão: "O gesto de Zidane foi inexplicável e imperdoável. Não é preciso explicar que não se pode usar a violência em resposta às injustiças". Porén, durante um discurso feito aos jogadores nesta segunda-feira, em Paris, o presidente da França, Jacques Chirac, consolou o craque: "Sei que você viveu o momento mais intenso e mais duro da sua carreira. Mas quero dizer que, apesar disso, você tem a admiração e a afeição de toda a nação, assim como o meu respeito também".

domingo, julho 09, 2006

Tutti quanti

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Acontece que a Itália é tetra. Não adianta falar de arbitragem, que nesta Copa foi melhor do que na anterior. A Austrália perdeu da Itália com um pênalti duvidoso, mas Japão e Austrália estava 1 a 0 pros japoneses quando estes tiveram um pênalti escandaloso a seu favor, não marcado. Se os comandados de Zico fizessem 2 a 0 ali, a Austrália teria ficado na primeira fase.
Falando de futebol, a Itália tinha Buffon (que fez uma defesa decisiva na cabeçada de Zidane), enquanto a França tinha Barthez (que tomou um gol defensável na cabeçada de Materazzi). Se Barthez tivesse defendido a cabeçada de Materazzi, talvez tivesse dado, pra França. Se Zidane tivesse vencido Buffon, também. A Itália teve uma dupla felicidade na zaga: ter a melhor defesa do mundo e ainda conseguir a façanha de melhorá-la durante a competição, pelas circunstâncias, com a saída de Nesta, contundido, para a entrada de Materazzi, que foi decisivo sempre, enquanto jogou. Eu sou daqueles que admiram uma defesa como essa, liderada pelo capitão Cannavaro.
De fato, a França merecia ganhar o jogo, considerando a bola rolando nos 120 minutos. Mas não ganhou. A Holanda também merecia ganhar em 1974 e em 1978, e não tem nenhum título. Acho até que o golaço de Zidane de pênalti (esse argelino conseguia fazer golaço de pênalti) se originou de um erro do juiz, porque foi cavado; não foi pênalti.
Materazzi mandou uma no travessão. Ribéry teve azar no fim do jogo, quando chutou rente uma bola que nenhum goleiro pegaria. Mas não entrou.
E infelizmente Zidane surtou. Não é porque o cara nos fez amar o futebol um pouco mais que não vamos reconhecer isso.
Foi emblemático Trezeguet perder o pênalti. Digo isso porque fala-se do conservadorismo de Parreira, dos italianos, do Felipão, mas não entendo por que Trezeguet não jogou a não ser por alguns minutos, nesta Copa. Se não estava com problemas físicos, é injustificável. Ele faria uma dupla muito difícil de marcar, ao lado de Henry. Deve ter sido uma decisão cartesiana de monsieur Domenech.
De qualquer maneira, comi uma macarronada hoje. Com pomarolla, porque não dava pra fazer molho muito caprichado.

A França é grande

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Mais do que tática, técnica e raça, em Copa do Mundo duas coisas são fundamentais: camisa e ser o time da casa. É só pensarmos a história da competição, com pouquíssimos campeões dentro do grupo total de participantes. A tese comprova-se através da lista dos campeões do mundo - só em 1954 (Alemanha) e 1958 (Suécia) que o campeão do mundo foi uma seleção que conquistava o título pela primeira vez e não era o dono da casa. Em todos, todos os outros casos a taça foi pro mandante ou pra um já campeão.

Expandindo-se, a relação chega até os vice-campeões. Desde o "bi-vice" da Holanda em 74/78 nenhum time não campeão e não sede chega a uma final de Copa do Mundo.

Tudo isso foi pra dizer que a entrada da França no clube dos campeões, em 1998, não foi tão gloriosa quanto a de outros membros. Deixando as teorias conspiratórias de lado, ganhar em casa não é a mesma coisa. Pelo menos pra mim, é uma opinião particular, vocês não precisam concordar.

Veio a Copa de 2002 e a França fez aquele papel ridículo. Papo cheio para detonar os azuis, para contestar o título de 1998, para dizer que a França não era nada, só ganhou em casa, comprou a Copa, fez parte de um esquema CBF-Nike-FIFA-CUT-MST e por aí vai...

Mas agora, em 2006, a França mostrou decididamente que é uma seleção grande. Nós, que gostamos de futebol, sabemos que o time grande não necessariamente é o que joga melhor. Pelo contrário! Nada mais pequeno do que joar melhor, dominar a partida mas perder com um gol na sorte ou na ajuda da arbitragem.

A trajetória da França no Mundial verifica isso. Uma primewira fase pífia - chatíssimo jogo contra a Suíça, empate com a Coréia do Sul e uma vitória suada contra Togo. O suficiente para a classificação. Daí pra frente os mata-matas e boas vitórias contra Espanha e Brasil.

Veio então a semifinal contra Portugal. De um lado, os "velhinhos" franceses. Do outro, lusos treinados pelo campeão do mundo, embalados por boas partidas nas oitavas e quartas e com apoio quase integral da torcida. E o que deu? França.

Por essas e outras que, ao meu ver, a Copa de 2006 confirmou em definitivo a presença da França como um dos países grandes do futebol. Hoje a festa é da Itália, mas a França, de forma alguma, deixa essa Cioa como derrotada.

A Copa de Zidane

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Copa foi mesmo de Zizou. Não houve jogador mais decisivo. Depois de derrotar Espanha, Brasil e Portugal, estava escrito que, mesmo que perdesse a final, seria o craque do torneio.
A decisão foi muito mais francesa do que italiana. Zidane inaugurou o placar com um gol de pênalti (duvidoso). Apesar do empate, a taça parecia ter como destino o país gaulês.
Mas aí Zidane decidiu. Deu uma cabeçada no peito de Materazzi, e terminou a carreira no vestiário. A Itália adbdicou do ataque mesmo com um a mais, mas tinha a confiança de quem não tinha mais como adversário um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. E levou a taça.

sábado, julho 08, 2006

Itália x França

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Nem a dona da casa, a Alemanha de Ballack, nem os “favoritos” Brasil e Argentina de Ronaldinho Gaúcho e Riquelme, nem a badalada Inglaterra de Beckham. Itália e França fazem a final da Copa do Mundo de 2006. Quem diria?
Mas a final é mais do que justa. Pode ter sido uma surpresa, mas Nelson Rodrigues diria que já estava escrito. Pra falar a verdade, gosto dos dois times. A Itália poucas vezes foi tão bem representada por seu próprio estilo como por este time de Buffon, Cannavaro, Gattuso, Pirlo, Grosso, Del Piero e Totti. Venceu uma Alemanha cujo poder, como se viu, se restringia à tradição e à força da torcida, pois o time, tecnicamente e como elenco, deixou a desejar. Se a Itália tem como virtude ser um time de conjunto e força – mas também talento e técnica –, a França tem um elenco forte, também técnico, e com uma defesa sólida, até aqui... ressalve-se. O meio de campo é equilibrado, com a força e o poder de marcação de Makelele e a eficiência de Vieira, jogador que costuma surpreender na frente. Falar de Zinedine Zidane é desnecessário.
Os “azuis” têm o problema do goleiro Barthez, sempre doido pra entregar o ouro, mas a zaga tem a liderança de Thuram. A partir de Thuram, Zidane e Vieira no meio de campo com o perigoso Henry à frente formam a espinha dorsal desse time que começou desacreditado, cresceu no momento certo e chegou à final. Contra a França, o time de Felipão lutou, teve garra, usou catimba e pressão contra o árbitro, mas os franceses venceram categoricamente. Ainda bem, para o bem do futebol.
O favoritismo da Itália para a final, se há, deve-se ao aspecto físico. Na semifinal contra Portugal, o time francês demonstrou grande desgaste no segundo tempo, enquanto os italianos terminaram a prorrogação contra a Alemanha com mais gás.
Entre Alemanha x Itália eu preferia a Itália, entre Portugal x França, torci pra França. Meu palpite é Itália, mas torço pra não acabar em pênaltis.

sexta-feira, julho 07, 2006

Podolski é eleito melhor jogador jovem da Copa

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O atacante alemão Lukas Podolski foi eleito, nesta sexta-feira, o Melhor Jogador Jovem do Mundial pelo Grupo de Estudos Técnicos da Fifa. Podolski chegou às semifinais com a seleção da Alemanha, que neste sábado vai enfrentar Portugal na disputa pelo terceiro lugar, em Stuttgart.

O equatoriano Luis Valencia, o português Cristiano Ronaldo e o argentino Lionel Messi foram os três preferidos pelos torcedores na votação pela Internet. Eles foram os finalistas do prêmio, ao lado das revelações escolhidas pelo Grupo de Estudos da Fifa: Podolski, o suíço Tranquillo Barnetta e o espanhol Cesc Fábregas.

Lúcio fala

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O zagueiro Lúcio, um dos únicos jogadores sair ileso do vexame tupiniquim na Copa da Alemanha, resolveu falar a diversos órgão de imprensa sobre o que aconteceu no Mundial. Para o diário Lance, confessou o óbvio, houve erro de marcação no gol da França. Disse o atleta:

"Não treinávamos para fazer linha de impedimento. Treinamos apenas para não ficar muito em cima de Dida, para não haver um desvio e atrapalhá-lo. Eu tinha de marcar Vieira e Juan, Gallas ou Thuram, que eram os mais fortes na bola aérea. No momento em que a bola foi lançada tínhamos de acompanhar, não entrar antes. Não lembro quem teria de acompanhar Henry ou se houve alguma precipitação de algum jogador. Agora, infelizmente, não há mais nada a fazer".

O jogador também falou por telefone à coluna da jornalista Mônica Bergamo. A ela, revelou:

"O juiz apitou e eu vi que não poderia fazer mais nada. Na hora, nem sabia o que pensar. Fui procurar um jogador reserva da França, que tinha pedido, na entrada do segundo tempo, para trocar a camisa dele com a minha. Fui para o vestiário, mas demorei muito para trocar de roupa. Que ânimo eu tinha para trocar de roupa? Ficou todo mundo triste, chorando, foi muito ruim. E a derrota ainda dói muito. (...) Choro todos os dias, quando falo com minha mulher. Para meus filhos, foi difícil. Minha filha [Victória, 8] chorava de soluçar. É difícil saber que você não pode voltar no tempo e mudar as coisas".

Pior do que esta, só a Copa de 1990

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Copa do Mundo deste ano registra, por enquanto, uma média de 2,27 gols por partida. É a pior marca desde o Mundial de 1990, quando a competição atingiu a média mais baixa da história: 2,20 por jogo. A situação fez com que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, cogitasse eventuais mudanças no futebol. O dirigente chegou a mencionar a possibilidade de alterar a regra de impedimento, aumentar o tamanho do gol ou mesmo reduzir para 10 o número de jogadores de cada equipe.

quinta-feira, julho 06, 2006

Manguaça: Brasil despiroca chineses

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um idoso chinês causou um alvoroço em Nanjing após a derrota do Brasil para a França, por 1 a 0, nas quartas-de-final da Copa 2006, no sábado.

O homem correu por uma praça da cidade batendo nas pessoas e gritando: "Os brasileiros perderam! Não há nada que valha a pena assistir! Não quero assistir mais a jogo algum!"
O homem foi preso pela polícia, mas depois de agarrar uma pessoa e tê-la mordido "com força", informou o jornal Nanjing Morning Post.
Outro morador da cidade chinesa ficou similarmente perturbado e foi preso após correr pelas ruas nu carregando uma faixa com a frase: "o Brasil precisa vencer".
Apesar de a China não ter disputado a Copa do Mundo e do fato de que a maioria dos jogos são disputados durante a noite no país, muitos chineses ficaram obcecados pelo Mundial.

Contraponto

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Vou agora contra a corrente dos demais manguaças deste blog. Torci demais pela seleção portuguesa, não só pelo fator familiar. Torci também porque foi a única seleção, a meu ver, que demonstrou uma vontade irracional de ganhar os jogos. Quando assisti Portugal x Holanda, meu comentário foi: isso é que é Copa do Mundo! Não acho bonito um monte de botinada, mas a entrega da seleção portuguesa foi comovente. Se é bonito enxergar no jogo os duelos táticos, a inteligência e a categoria, também é fundamental ver tesão por jogar bola. Senão, meus amigos, me desculpem, mas não tem graça. Por isso achei também que os lusitanos ganhariam da insuportável Inglaterra, um time que vive de nome (lembra alguma seleção que a gente conhece?) e parece estar praticando cooper em campo o tempo inteiro.

Não acho que se Portugal chegasse à final haveria alguma injustiça. Claro, haveria Zidane se aposentando de forma menos brilhante, numa disputa de terceiro lugar. Mas haveria, do outro lado, jogadores como Miguel, que se contundiu sozinho, depois de fazer a jogada mais bonita da sua vida. Haveria Figo e Cristiano Ronaldo, que fizeram com que a raça fosse maior que a máscara. Haveria Maniche, volante esperto que sabe vir de trás e surpreender. Haveria Ricardo, o ótimo goleiro luso, que se transformou em líbero e depois atacante nos últimos momentos do drama português.

E sinceramente o futebol francês não me agrada. Um time compacto leva a uma defesa quase intransponível. Deixa o adversário com a posse e aposta em contra-ataques. É uma estratégia vencedora, mas não é lá muito empolgante.

A beleza do jogo não está só na técnica, que os franceses têm mais refinada, sem dúvida, mas também na raça, que há de sobra em Portugal. Se isso é mérito ou não de Felipão não me interessa. Mas que ver uma seleção limitada chegar longe por conta da vontade é uma das coisas mais bonitas que existem no futebol. Pode não ser justíssimo com o talento, mas a gente sabe que talento não basta.

Brasileirão: paulistas afiam suas armas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Passada a Copa do Mundo (pelo menos para a seleção brasileira), os manguaças aguardam com ansiedade a retomada do Brasileirão. Os quatro grandes clubes paulistas já afiam suas armas.

No Corinthians, o principal esforço foi o de contratar o atacante Nilmar em definitivo. Kia Joorabchian depositou 2 milhões de euros na conta do Lyon para formalizar a prorrogação do vínculo com o jogador até 14 de agosto. Após essa data, a parceira corintiana entregará os 8 milhões de euros restantes para a concretização do negócio. Quanto aos argentinos Tevez e Mascherano, os boatos sobre suas saídas cessaram (por enquanto). A bola da vez é o meia Ricardinho, que teria despertado o interesse do Manchester United. O valor da compra do atleta já até teria sido apresentado à diretoria do clube inglês: 5 milhões de libras (cerca de R$ 20 milhões). Outro que deve sair é o volante Xavier, com proposta do Maccabi Haifa, de Israel.

Já pelos lados do Parque Antarctica, a grande novidade é a contratação do meio-campista chileno Valdivia, vindo do Colo-Colo (o valor não foi divulgado). Apesar do acerto, o Palmeiras só poderá contar com o reforço no dia 13 de agosto, data estipulada pela CBF para a reabertura das negociações com o exterior. Sem acerto com o paraguaio Gamarra, cujo contrato venceu em 30 de junho, o clube fez nova proposta para contar com o zagueiro Dininho, ex-São Caetano, atualmente no Sanfrecce Hiroshima. Outro que pode ser repatriado é Marcelinho Paraíba: o Hertha Berlin revelou que o atacante está negociando sua transferência para o Palmeiras. De concreto mesmo, só a volta do volante Marcinho Guerreiro, que não acertou com o Olympique de Marselhe.

Em Santos, o boato continua sendo um possível convite da CBF para que o técnico Vanderlei Luxemburgo assuma a seleção brasileira. Enquanto isso, o Peixe fechou um novo contrato com o lateral-esquerdo Kléber, para as próximas quatro temporadas. Cedido inicialmente por empréstimo pelo Basel, da Suiça, o ala teve seus direitos federativos adquiridos por 1,5 milhão de euros. Quem saiu foi o volante Fabinho, que acertou sua rescisão para viabilizar transferência para o clube francês Toulouse. O atleta estava ligado ao Santos até dezembro e os valores da negociação não foram divulgados. Por fim, o Shakthar Donetsk segue negando um empréstimo do meio-campista Elano. Eles querem uma transferência em definitivo.

No São Paulo, a contratação mais recente foi a do lateral-direito Ilsinho, vindo das categorias de base do Palmeiras. Ele não conseguiu passaporte comunitário para se transferir para o Villareal da Espanha e optou por um contrato com o Tricolor até 2010. Para a mesma posição, o São Paulo aguarda o equatoriano Neicer Reasco, que foi liberado para ficar na LDU até o final da participação da equipe na Copa Libertadores da América. Por sua vez, o atacante Ricardo Oliveira negou as especulações sobre um suposto interesse da MSI em adquirir seus direitos federativos por 10 milhões de euros. Ele deve retornar ao Betis no dia de 10 de agosto. O clube espanhol não demonstrou interesse pelo atacante Diego Tardelli, que deve retonar ao São Paulo.

Sete finalistas concorrem à Bola de Ouro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Fifa divulgou nesta quinta-feira a lista dos 10 candidatos à Bola de Ouro, prêmio que será concedido ao melhor jogador da Copa do Mundo-2006. Entre os indicados ao prêmio, sete disputarão a final do torneio, neste domingo - três franceses e quatro italianos. Nenhum brasileiro foi indicado.

Os escolhidos são: Fabio Cannavaro, Andrea Pirlo, Gianluca Zambrotta e Gianluigi Buffon, da Itália; Zinedine Zidane, Thierry Henry e Patrick Vieira, da França; Michael Ballack e Miroslav Klose, da Alemanha; e Maniche, de Portugal. O anúncio oficial do vencedor deve acontecer na segunda-feira (10).

Blatter cutuca Parreira sobre atuação de Gaúcho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, apontado por grande parte da torcida como responsável pelo fracasso do Brasil na Copa 2006, também não escapou das críticas do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter. Nesta quinta-feira, o comandante da entidade máxima do futebol atribuiu o discreto desempenho do meia Ronaldinho no Mundial ao esquema adotado pelo treinador do Brasil.

"A verdade é que Ronaldinho não encontrou espaço para jogar, pois o treinador colocou vários atletas ao seu lado, e isso não funciona", disse Blatter. "Há um princípio do futebol que deve ser sempre respeitado: existem jogadores que correm e marcam, e outros que criam as jogadas. Ronaldinho está no segundo grupo e não pode ficar 'amarrado'", completou.

quarta-feira, julho 05, 2006

Como chora o Felipão...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"Ele é um excelente árbitro, ele sabe fazer direitinho o que quer fazer... A arbitragem é a arbitragem sul-americana que vocês conhecem bem, sabe matar o jogo, vocês conhecem melhor do que eu. Foi pênalti no Henry, assim como foi pênalti no Cristiano Ronaldo que ele não deu. Agora o árbitro é ele, faz o que quer". Essa declaração mostra bem que o queridinho treinador gaúcho viu outro jogo. Mas, como disse no post abaixo, Felipão nunca perde. Ele sempre é roubado.

Mas o festival de idiotia, já demonstrado também por suas declarações em posta anterior, continuou. "Se existe uma vergonha para a América do Sul é isto que aconteceu hoje. Toda vez que alguém da América do Sul chega a um lugar de destaque, eles querem terminar com essa pessoa, no caso a minha equipe", reclamou.

E continua: "Portugal era um patinho feio, a gente sabia disso e vinha fazendo força para permanecer. Não penso que a França foi melhor, foi um jogo bem equilibrado, foi um pênalti que houve. Essa é uma situação que poderia ser para o nosso lado, mas seria muito difícil já que somos um país muito pequeno. Eu acho que o normal teria sido um resultado de empate", completou.

Como diz o Olavo, é difícil perder na bola...

Allez, les bleus!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Desculpem se acham que é perseguição, mas, pra mim, Portugal hoje foi a cara do Felipão. Após tomar o gol foi um time tenso, que fazia o abafa sem qualquer tipo de organização. Raça, espírito de luta e quetais são importantes para um time que quer ser campeão, mas não bastam e isso ficou provado hoje.

O técnico se esgoelava e berrava na beira do campo. E, pelo comportamento dos jogadores portugueses, de se jogar na área acintosamente, tive a impressão de que isso também foi ordem do treinador, que apostava em algum "remorso" do árbitro pelo pênalti que marcou para a França. Só esqueceram de avisá-lo que foi uma marcação correta. Mas Felipão não perde, ele sempre é roubado...

E esse tipo de "orientação" técnica existe mesmo. No ano passado, em uma partida entre Vasco e Santos em São Januário, após o árbitro ter marcado um pênalti para a equipe santista, Renato Gaúcho mandou, sem necessidade de qualquer leitura labial, seus jogadores se atirarem na área pra cavar um pênalti. Uma sucessão de jogadas desperdiçadas por conta disso e o árbitro marca uma falta, fora da área, como penalidade. E o Vasco perdeu o pênalti. Nenhum jogador se jogou na área depois disso.

Mas, voltando ao jogo, a França mostrou sua superioridade técnica, principalmente no meio e no ataque, dominado a maior parte do primeiro tempo o meio de campo português. No segundo tempo, bateu o desespero na esquadra lusa e a França claramente cansou. O jogo caiu muito por conta disso, o que mostra bem quem mereceu a vitória. Quando os franceses ficaram cansados, a técnica e a beleza do jogo desapareceram, embora tenha havido alguma emoção.

A Itália tem camisa, tem defesa e tem preparo físico. Mas a França tem Zidane. Torço por ele.

A tradição da Azzurra

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Certa vez, numa entrevista, Chico Buarque disse que o melhor livro que a gente lê é sempre o último (o mais recente). Pensei nisso depois de Itália 2 x 0 Alemanha. Tenho dificuldade em convencer meus amigos amantes do futebol (entre os quais dois assinam neste blog) sobre por que gosto do futebol da seleção italiana. Essa dificuldade se deve a alguns paradigmas falsos. O principal é aquele segundo o qual a Itália joga um futebol feio. Para mim é belo.
Muito primitivamente falando, um time tem que ter o quê? Defesa, meio de campo e ataque. A defesa italiana é impressionante, tanto no quesito eficiência quanto na categoria. Mas a defesa da Azzurra é fantástica não apenas porque defende bem, o que faz com eficiência qualquer time medíocre, como o Paraguai de 1998 ou a Grécia que conquistou a Eurocopa em 2004. Ou como faz Portugal de Felipão. Não. A defesa da Itália é formada por craques. Sim: defensores, mas craques. Que não dão chutão, mas saem jogando. Por isso eu achava que a Itália seria finalista, mesmo jogando contra a blitzkrieg alemã. Isso eu disse em mesas de bar, por e-mail e telefone a vários amigos na semana passada, ainda durante as quartas-de-final.
Com um futebol exuberante que equilibrou todos os setores do campo, nessa semi-final memorável, antológica, fatal para os favoritos alemães, a Itália é finalista da Copa da Alemanha. Enquanto se defendia magistralmente com Buffon, Cannavaro, Materazzi, Zambrotta, Gattuso e mesmo Pirlo e Grosso, a Itália de Marcelo Lippi se arriscou terminando o jogo com quatro jogadores de frente (atacantes e meias ofensivos): Del Piero, Totti, Iaquinta e Gilardino.
Esse estilo “feio” e “conservador” matou os anfitriões com um futebol refinado. Isso tem que ser dito: com um futebol refinado. Minha impressão é de que a Itália nesta Copa do Mundo foi o que a Argentina queria ter sido e não foi.
Pesou a tradição da Azzurra, em mais um “jogo do século”. E os alemães – com seu jogo horrivelmente mecânico, com aquela fé na força (a fé na força), o preparo físico, jogando em casa, entusiasmados e alucinados – felizmente perderam. Para o bem do futebol.

"Coisas estranhas acontecem comigo em Copas"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O técnico Zico, que treinou o Japão na Copa do Mundo da Alemanha e foi contratado pelo Fenerbahce - time do brasileiro Alex - da Turquia, disse que coisas estranhas acontecem com ele durante Copas do Mundo. Zico participou de três copas como jogador (1978, 1982 e 1986), uma como coordenador técnico do Brasil (1998), e agora como treinador do Japão, sem nunca conseguir um título.

"Que coisas estranhas acontecem comigo em Copa do Mundo, acontecem. Então esta é minha sina, minha vida, o que é que eu posso fazer? Eu não vou deixar de ir a uma Copa do Mundo, se tiver de ir amanhã, por causa disso. Que bata o recorde de Copas do Mundo perdidas, tudo bem. Mas eu vou fazer o meu trabalho", disse o técnico em entrevista ao Sportv.

Bem-humorado, Zico diz que a fama de pé-frio em Copas do Mundo não o assusta. "Isso aí não me importa não. Me chamam de pé frio, de derrotado, de tudo, de perdedor. Isso aí são coisas que a gente passa por cima, com tranqüilidade".

Renovação

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Dez entre nove manguaças tem a solução para a Seleção canarinho a partir de agora: renovação. Em um inacreditável esforço de memória, o Futepoca fez um levantamento da taxa de manutenção e troca de jogadores por mundial a partir de 1994 em relação à edição anterior.

O elenco da "era Dunga", como ficou conhecida a opção pelo preparo físico de Sebastião Lazaroni, em 1990 – numa injustiça ao exímio lançador que o volante se tornou depois –, deixou 10 dos 22 como herança para 1994. Apenas dois deles, Muller e Ricardo Rocha foram reservas (o primeiro sem lugar por causa de Romário e o segundo por carência de tendão disponível). Veio o Tetra.

Mário Jorge Lobo Zagallo foi para o Mundial da França em 1998 com sete jogadores do plantel anterior, todos titulares. Lá, já eram 23 os convocados. O sonho do Penta foi adiado e apenas seis jogadores permaneceram para a vitoriosa campanha de 2002 de Luiz Felipe Scolari. Da Córeia-Japão para a Alemanha, foram novamente 10 os jogadores mantidos, mas o resultado um fiasco.

A maior continuidade ocorreu em 1994 e 2006, ambos tinham Carlos Alberto Parreira como técnico. Há que se considerar que Zé Roberto esteve em 1998 e neste ano, mas não no time pentacampeão. Felipão fez a maior renovação, mas seu time foi aproveitado na Copa seguinte.

Se projetarmos, a partir da derrotada campanha de 2006 os que têm chances de permanecer para o próximo mundial, considerando idade e potencial, temos 9: Júlio César, Cicinho, Gilberto, Luisão, Kaká, Ronaldo Gaúcho, Adriano, Robinho e Fred. Decretamos o fim da "Era Gordo"

Se a estimativa se confirmar, o ritmo de renovação fica abaixo de outros Mundiais e dos clamores da torcida embreagada.

Mas o treinador que entrar, terá a Olimpíada de Pequim e a síndrome de nunca ter conquistado o Ouro Olímpico pela frente. O limite de idade de 23 anos pode ser usado pelo técnico para atender ao clamor popular, já que é necessário para a preparação. Mas se a medalha dourada não vier, o apelo da torcida pode se converter em seu oposto, com pedidos de atletas experientes. Azar de quem assumir a bronca.

Ofereço-me como candidato ao cargo.

Manguaça: motorista leva garrafada e bate ônibus

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um motorista de ônibus de Berlim bateu o seu veículo contra um carro estacionado após ser atingido na cabeça por uma garrafa de cerveja atirada por um passageiro que contestou sua visão da derrota da Alemanha para a Itália pela semifinal da Copa 2006. A informação é da polícia local nesta quarta-feira.

O passageiro e o motorista estavam sozinhos no ônibus no sudoeste de Berlim, não muito longe do hotel onde está concentrada a equipe. Era por volta das 2h na manhã e eles estavam discutindo sobre a derrota da Alemanha por 2 a 0, ocorrida algumas horas antes, nos minutos finais da prorrogação.

"Quando o motorista comentou que 'os jogadores alemães apenas não foram bons o suficiente', o passageiro começou a insultá-lo", informou um porta-voz da polícia. "Ele então acertou o motorista na cabeça com uma garrafa de cerveja."

O piloto perdeu temporariamente o controle do ônibus e atingiu uma Mercedes-Benz estacionada - embora o ônibus estivesse a apenas 30 km/h no momento. O passageiro abriu uma saída de emergência e fugiu.

A polícia está procurando o homem, que usava uma camisa da Alemanha com o número 20, do atacante Lukas Podolski.

terça-feira, julho 04, 2006

Luís de Camões

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Felipão à parte (ou, justiça seja feita, também por conta dele), Portugal foi muito mais longe do que alguns esperavam. Dentre os "profetas" que pregavam o apocalipse lusitano, estava o querido jornalista Milton Neves. O Bola na Trave recomendou e gente ratifica. Vale dar uma olhada no Milton Neves.

Torcer pro Felipão?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Mais um consenso contruído no Brasil: torcer pra Portugal porque o Felipão é técnico. Sinceramente, falar que "ele é brasileiro", "ele tem garra" e bla-bla-bla é conversa mole demais pro ouvido de um torcedor brasileiro frustrado que quer se ocupar de futebol até o fim da Copa.

Felipão é um técnico vencedor. E que mais? Por que torceria pra ele? Seu estilo, sempre privilegiando a retranca e contando com os pênaltis, não me agrada. Alguém se lembra da final da Libertadores em que o Palmeiras teve que ir pra decisão por penalidades com o portentoso Deportivo Cali? Precisava daquilo?

E no jogo com a Inglaterra, Portugal com um a mais e mesmo assim tomando sufoco dos ingleses, com o técnico luso-brasileiro fazendo alterações que não mudaram em nada o perfil tático da equipe. Claro, por que mudar apenas porque a equipe adversária tem um a menos durante 60 minutos?

Além dessa preferência pela retranca, temos também a personalidade que dá mais motivos para não torcer para ele. Em junho de 2001, o novo querido da torcida foi citado pela revista argentina El Gráfico por ter afirmado que "Pinochet torturou muito, mas não há analfabetismo no Chile". Maravilha legitimar ditaduras.

Uma outra mostra do respeito à diversidade, foi sua declaração dando conta de que mandaria um jogador embora do time se descobrisse que ele era homossexual. Isso não é preconceito, é "disciplina". Prefiro ficar com a opinião do jornal inglês Guardian. Segundo eles, Scolari é um "brasileiro machão que acredita que homens são homens, vacas são café da manhã e Pinochet era um sujeito legal". Torça pra ele quem quiser. Eu que não vou.