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terça-feira, junho 13, 2006

Não há meio termo para o Brasil

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A seleção brasileira estréia hoje sob olhares não só do país, mas de todo o mundo. O jornal argentino Olé foi taxativo ao dizer que a equipe é a "oitava maravilha do mundo" em um texto tão laudatório que nem um veículo brasileiro teria coragem de publicar. Já um jornal alemão disse que essa é a "segunda abertura da Copa", enquanto outros periódicos afirmavam hoje que a Copa começa de verdade.

Isso dá um pouco da dimensão de que a seleção não é favorita à toa. Possui os melhores jogadores, sendo que um deles - Robinho - foi candidato a melhor do mundo e é reserva. Por isso, o destino dessa equipe só tem duas direções: se naufragar, será o fracasso mais rotundo de um time nacional e, se vencer, será comparada às maiores de todos os tempos, como o "escrete" de 1970 e de 1958.

Há razões para a grande expectativa. Desde 1973, quando Luiz Américo cantava "Camisa 10" com o verso "Dez é a camisa dele, quem é que vai pro lugar dele" e perguntava pelo substituto de Pelé, essa camisa parece ter desbotado. Nem mesmo Rivelino em 1974 ou Zico em 1982 conseguiram ser a referência que o Brasil precisava em campo. Hoje, a necessidade dessa referência é menor, dado que há mais de um atleta que pode decidir uma partida, mas Ronaldinho Gaúcho recupera a mística de uma camisa que foi pro banco em 1994 e 1998 (Raí e Giovanni).

Por outro lado, há quem lembre que a seleção pré-olímpica de 2004 também era super favorita, já que contava com Diego, Robinho, Kaká e Nilmar, mas sequer conseguiu ir às Olimpíadas. Claro que há muitas diferenças, desde a experiência dos atletas até o técnico já que Parreira, por mais que seja contestado, está a anos-luz de Ricardo Gomes.

Enfim, daqui a pouco já poderemos ter noção de qual será o destino dessa equipe que, pelo que se pôde ver ontem, pode pegar uma pedreira logo nas oitavas, República Tcheca ou Itália. Mas um grande time só marca época se enfrentar grandes adversários. Será esse o lugar do Brasil?

3 comentários:

Marcão disse...

Em entrevistas separadas para a SporTV, Roberto Carlos e Ronaldo Gordo deram o mesmo palpite sobre os autores dos gols do Brasil no jogo de hoje: Kaká, Ronaldinho Gaúcho e o próprio Gordo.
A diferença é que Roberto acha que será 3 a 0, e Ronaldo, 3 a 1.
Kaká palpitou 2 a 0, com um gol dele e outro do Roberto Carlos.
Interessante é notar que nenhum dos três leva fé no Adriano...

Heitor Augusto disse...

Se não me engano, a seleção de 2004 do Kaká, Diego, Robinho, Gomes, Alex...não se classificou para as Olímpiadas, vencida pela Argentina. Não para a Copa do Mundo...

Glauco disse...

Opa, mal o ato falho, até pq uma seleção pré-olímpica não pode ir para a Copa... já tá corrigido