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É com esse que a gente vai em 2014? (Foto: Rafael Ribeiro / CBF) |
É com esse que a gente vai em 2014? (Foto: Rafael Ribeiro / CBF) |
A Seleção Brasileira de futebol de campo bateu a Coreia do
Sul por 3 a 0 na tarde desta terça-feira e se classificou para a semifinal dos
Jogos Olímpicos. Aquele apressado trabalhador que viu só os primeiros minutos
da peleja achará improvável que tal placar tenha sido atingido. A Coreia
começou o jogo em cima do Brasil, marcando a saída de bola e criando boas
chances. Ajudada, sempre, pela fragilidade da defesa e do goleiro canarinhos.
Mesmo com um time composto em sua maioria por reservas, o Santos poderia ter saído com a vitória contra o Botafogo no Engenhão. O 3 a 3 foi motivo de comemoração dos cariocas já que o empate saiu aos 43 do segundo tempo, quando o Peixe dominava a partida e o placar já parecia decidido. Mas existiam as bolas paradas...
Sem Edu Dracena, Pará, Léo, Arouca, Ganso e Robinho, poupados para o confronto com o Grêmio na quarta-feira, o Santos manteve o 4-3-3 da vitória contra o Atlético-MG. Na ausência de Paulo Henrique no comando o jogo, Marquinhos e Wesley fizeram as vezes de armadores/marcadores que conduziam a equipe à frente, com Madson também retornando para trazer a bola ao ataque.
O Santos entrou bem postado, trocando bola no campo botafoguense, mas foi o adversário que marcou primeiro aos 10, depois de um escanteio em que a bola sobrou para o zagueiro Antonio Carlos marcar. O Santos reagiu e virou em três minutos, aos 29, com Neymar, e aos 32, com André, quando a equipe já começava a tomar conta do lento meio de campo botafoguense. Mas, de novo, uma bola parada impediu que o time fosse para o intervalo com a vantagem. Aos 44, falta cobrada em que Leonardo Gaciba atrapalha os marcadores santistas (aliás, como se coloca mal e atrapalha lances o árbitro...) e o zagueiro Antonio Carlos estava lá de novo.
Na segunda etapa, Joel tentou dar mais velocidade ao seu time colocando Edno e Caio, este, no lado esquerdo do Santos jogando em cima de Alex Sandro. Aliás, como falei em texto anterior, coisa que Luxemburgo poderia ter feito na quarta e não fez, já que o lateral reserva peixeiro não mostrou ainda ser um defensor confiável. Não à toa, Wesley foi deslocado para ajudar na marcação naquele setor.
Neymar saiu aos 18 para a entrada de Zé Eduardo, que jogou mal durante boa parte do jogo. Mas fez o terceiro gol aos 35, ratificando a atuação santista que não permitiu ao Botafogo praticamente uma chance de gol sequer na segunda etapa. Mas havia a tal boa parada... Falta a favor dos donos da casa e o incansável (também na arte de reclamar) Herrera conferiu de cabeça.
Mesmo com a natural falta de entrosamento e queda de qualidade na equipe com o predomínio dos reservas, pode-se tirar algumas conclusões da partida. Primeiro, Maranhão não convenceu de novo na lateral-direita e prejudicou alguns ataques santistas por aquele lado. Já Alex Sandro, ainda que tenha dado um belo passe no primeiro gol e apoie razoavelmente, perdeu bolas importantes no meio e tem dificuldades de posicionamento. Aliás, ele é quem dá condição de jogo para o segundo gol botafoguense. Tem potencial, mas precisa trabalhar bastante... Por enquanto, pelos lados, Pará e Léo são soberanos.
Tendo em vista que o Botafogo é uma equipe bem armada por Joel Santana - a propósito, um dos únicos técnicos do Brasil que falam sobre tática em coletivas -, o resultado não deixa de ser bom, já que muitos vão penar pra enfrentar a equipe. E feliz de quem assistiu, porque viu uma bela partida. Mas se não fossem as bolas paradas...