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Os campeonatos estaduais podem valer pouco, ou até valer nada.
Os campeonatos estaduais podem valer pouco, ou até valer nada.
Como sempre se diz, o campeonato mineiro tem apenas dois times. Neste ano, Atlético e Ipatinga foram os que restaram para fazer a final. Isso depois de o Galo ganhar a primeira partida e empatar a segunda com o Democrata de Governador Valadares e o Cruzeiro ser eliminado com um empate (em Ipatinga) e uma derrota por 3 a 1 (Mineirão).
Vou deixar para os sampaulinos escreverem sobre o título, até porque acompanhei com mais interesse o desespero do rebaixados. E ficou mais uma vez a lição, não dá para deixar para a última rodada a tentativa desesperada de fuga da segundona. E confirmou a previsão do Futepoca há algumas rodadas (veja aqui).
Não podia mesmo ser contra o Fluminense. Não nesse ano.
Falta um pontinho contra o Goiás, o eterno time do segundo turno.
Ipatinga e Portuguesa estão rebaixados.
A sensação ao fim da 36ª rodada do Brasileirão foi um grande "como assim?". Como assim o Grêmio toma uma sacolada do Vitória? Como assim o Cruzeiro vence o Flamengo com um pênalti não marcado para os cariocas (não vi, mas estou lendo nos sites que foi pênalti mesmo)? Como assim deu tudo certo para o São Paulo?
Toda a teoria da decisão na última rodada foi por água abaixo depois dessa. A suada vitória do São Paulo sobre o Vasco abriu um abismo de 5 pontos entre líder e vice-líder. Só duas combinações de resultados tiram o título do Tricolor paulista, e nas duas o Grêmio tem que ganhar os dois jogos restantes. Já o São Paulo precisaria perder as duas ou perder uma e empatar outra. Difícil... o São Paulo já é 80% campeão.
Rebaixamento
Assim como na parte de cima da tabela, lá na rabeira tem time se aferrando à matemática para acreditar que ainda dá. O Ipatinga perdeu para o Palmeiras, como era esperado, e viu a diferença para o Náutico chegar a 6 pontos. A única possibilidade para time mineiro é vencer as duas próximas partidas e torcer para que nenhum dos companheiros na zona da degola ultrapassem os 40 pontos. Mais difícil do que o São Paulo perder o título.
Portuguesa e Vasco, com 37 pontos cada, também têm tudo para deixar as colônias portuguesas decepcionadas. Até dá para escapar, mas os times são ruins demais para dar esperança aos torcedores. Repetindo o que já é senso comum por aí, pena que o Vasco vá cair com Roberto Dinamite na presidência. Deve ser praga do Eurico.
Figueirense e Náutico disputam a última "vaga" na Segundona, mas o Atlético-PR e até o Santos ainda têm chances.
Com a ressalva de que neste campeonato tudo muda na próxima rodada, para mim os quatro rebaixados deste ano estão praticamente definidos. Dos quatro últimos de agora, no máximo escapa 1.
Pois é, chegamos naquele ponto do Campeonato Brasileiro em que já é possível afirmar, sem qualquer intenção de arrogância ou empáfia, que o São Paulo só perde o título para ele mesmo. E é aí que mora o perigo. Além de ter o Grêmio fungando no cangote, com dois pontos a menos, o Tricolor vai enfrentar duas pedreiras nas próximas rodadas: o Vasco, em São Januário, e o Fluminense, no Morumbi. Tudo bem que os dois times são fracos e que, por isso mesmo, continuam ameaçados de rebaixamento. Mas esse é o principal problema: as partidas contra o São Paulo serão o "tudo ou nada" para os cariocas, a última oportunidade de "dar o sangue" e permanecer na Série A.
Depois de ser goleado pelo Atlético-MG, o Vasco promete força total, em casa, contra os paulistas. Não podemos esquecer o campeonato de 2004, quando o Atlético-PR liderava a poucas rodadas do fim e perdeu uma partida teoricamente fácil contra os mesmos vascaínos justamente em São Januário, o que possibilitou a arrancada - e o título - do Santos. Já o Fluminense, apesar de embalado pela vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, pode muito bem perder em Porto Alegre para o Internacional e, da mesma forma, se ver obrigado a derrotar o São Paulo de qualquer maneira.
No mais, acho que o Grêmio tem uma seqüência menos complicada. Enfrenta Vitória e Ipatinga fora e encerra contra o Atlético-MG em casa. O Vitória poderia até complicar, mas não vem assustando ninguém (nos últimos quatro jogos, um empate e três derrotas). Como está numa posição intermediária na tabela (11º), briga, no máximo, pela Sul-Americana. Para mim, dá Grêmio. Já o Ipatinga, último colocado e virtualmente rebaixado, será presa fácil - ou uma zebra improvável. E o Atlético-MG, que hoje é o 10º, também chegará na última rodada sem qualquer pretensão. Acho que o Grêmio vence os três.
Não quero desmerecer Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras, pois todos ainda têm chances. O Palmeiras tem totais condições de vencer as três últimas partidas (Ipatinga, Vitória e Botafogo) e o Flamengo também (Cruzeiro, Goiás e Atlético-PR). Porém, acho que a briga será mesmo entre gremistas e são-paulinos. E um empate ou uma derrota do São Paulo nos dois confrontos contra Vasco e Fluminense poderá garantir, de bandeja, o tricampeonato do Grêmio. Convenhamos que é uma pressão considerável. Alguém discorda?
Independentemente de quem ganhe, embora com grandes chances para o São Paulo, o campeão brasileiro deste ano deve ser o pior time da era dos pontos corridos, pelo menos o que fez menos pontos.
Os 2 a 1 do Palmeiras sobre o Ipatinga em Minas Gerais foi, por um lado, obrigação. O time mineiro é favorito ao rebaixamento e lanterna da competição.
Mas em 2007, um dos 17 pontos do América de Natal foi conquistado diante do Palmeiras, em Natal. Mas isso foi com um elenco bem mais limitado. O Ipatinga não é o América do ano passado, mas time que quer brigar por alguma coisa que valha, tem que somar três pontos contra as equipes mais fracas.
Valdívia foi bem, marcou dois gols, criou jogadas, correu. E deu um carrinho que, na minha opinião, foi bem punido com cartão amarelo. Ele até pega a bola, mas a posição de onde ele vem é desfavorável e, ao pegar a perna do adversário junto com a bola, consiste em falta.
Cartão mal aplicado foi a Kléber, o desgovernado, que dividiu e tomou cartão. Depois do lance, evitou trombadas. Claramente visado – deu motivos para isso – mas continua claro que ele não pode entrar duro em nenhum lance.
E Alex Mineiro perdeu um pênalti. Em um misto de empurra-empurra com se jogar para trás – que poderia perfeitamente não ser marcado –, o centroavante se encarregou de diminuir o peso da polêmica: chutou tão no canto que pôs a bola para fora.
No final do jogo, o alviverde paulistano ainda conseguiu a proeza deixar o Ipatinga criar jogadas. Tanto que diminuiu a diferença.
Mas a segunda vitória fora do Palestra Itália no campeonato é bem vinda, garantiu o terceiro lugar. A próxima partida, na quinta-feira, é contra o Vitória, em casa. O time baiano saiu da zona de classificação para a Libertadores. Missão nada fácil para o Palmeiras manter o bom aproveitamento dentro de seu estádio.
Rubens Chiri/saopaulofc.netO São Paulo deu vexaminho ontem, pelo Campeonato Brasileiro. Empatou em um gol com o fraco Ipatinga, em casa. E, se não fosse Rogério, que defendeu pelo menos três bolas muito difíceis, poderia ter sido pior.
O Tricolor jogou mal inteiro, mas, surpreendentemente, a zaga falhou demais. Alex Silva e Miranda estiveram irreconhecíveis. Alex até quis sair no braço com o Zé Luis. Será que é por isso que o Muricy tanto esbraveja contra as especulações antes da janela de transferências? Estariam os dois zagueiros com a cabeça na Europa e nos seus possíveis salários em euros? Que seja, não é comum um jogo tão ruim assim dos dois. Espero que tenha sido um ponto fora da curva da normalidade.
Mas, de qualquer forma, o empate não parece ter prejudicado muito o time na tabela. Com a vitória, o São Paulo apenas teria subido uma posição, ultrapassando o Náutico e colando no Palmeiras. E o Ipatinga não é adversário na busca pelo título (ou pela vaga na Libertadores).
Uma vez ouvi o Casagrande dizendo que, nos torneios de pontos corridos, existem vários pequenos campeonatos: o que vale o primeiro lugar, aquele pela classificação para outros torneios e o do rebaixamento. São Paulo e Ipatinga não dusputam o mesmo campeonato. Se a teoria vale mesmo, um tropeço diante do Ipatinga não é tão ruim (isso só na tabela, claro, porque empatar com o Ipatinga dói).
O São Paulo impediu que o Flamengo ganhasse 3 pontos em casa e arrancou um empate com o Cruzeiro, também fora. Aí, prejudicou adversários diretos.
Por isso, as próximas três rodadas, contra Palmeiras, Náutico e Vitória, serão decisivas para o São Paulo mostrar qual campeonato está disputando. O principal, o pela Libertadores ou, no máximo, aquele que vale a Sulamericana?
Numa partida com jogador a menos desde o primeiro tempo, com dois pênalties marcados contra, depois de na rodada anterior ter perdido de goleada. Estranhamente, o enredo não terminou em tragédia para o Atlético Mineiro.
O Galo saiu na frente logo no começo do jogo em gol de cabeça do zagueiro Leandro Almeida. Tomou empate em pênalti marcado de bola na mão (nunca vou entender esse critério que depende da intenção, como alguém sabe o que se passa na cabeça do zagueiro?).
Daí o Galo se perdeu, passou a errar passes, mas achou um gol quando o centro-avante Eduardo cruzou e o lateral Coelho fez gol de cabeça dentro da área.
Daí, final do primeiro tempo o juiz dá um segundo amarelo ao zagueiro Welton Felipe numa falta no meio de campo.
Intervalo com o Galo com 2 a 1, jogador a menos, Coelho machucado...
O que era para se transformar em tragédia virou alegria para os atleticanos com dois contra-ataques bem encaixados: 4 a 1, principalmente pela atuação de Petcovitch.
O Ipatinga ainda perdeu pênalti.
Duas constatações:
o time do Atlético, mesmo ainda desorganizado e com jogadores medianos, vem melhorando com o técnico Gallo. Está jogando com muita vontade.
O Ipatinga é sério candidato ao rebaixamento. Não adianta trocar de técnico, o time é ruim. A não ser que arrume dinheiro e contrate jogadores melhores terá o mesmo destino do campeonato mineiro.
Na última rodada da primeira fase, poucas surpresas. Cruzeiro, Tupi e Galo já estavam classificados e ficaram nessa ordem porque o Atlético, inexplicavelmente, perdeu para o Guarani de Divinópolis mais ou menos em casa. O jogo foi no Independência, já que o Mineirão estava alugado para um show de axé. Na última vaga deu Ituiutaba.
A curiosidade é que o Galo não perdeu para nenhum dos classificados (ganhou de 3 a 0 do Tupi e de 2 a 0 do Ituiutaba), mas entregou jogo, por exemplo, para o rebaixado Ipatinga.
Mas vamos ao que interessa, o time do Cruzeiro é favorito e demonstrou isso mais uma vez vencendo o Tupi, em Juiz de Fora, de virada por dois a um.
O Galo, no dia em que o Geninho resolveu jogar com três zagueiro, tomou 3 a 2 do Guarani de Divinópolis, com grande atuação do "craque" Jajá. Um atacante rápido jogando nas costas de três zagueiros lentos e um goleiro num mal dia ajudam a explicar. Sem contar a burrice do técnico, que vê isso e não muda...
As semifinais começam nos próximos sábado e domingo, com Cruzeiro e Ituiutaba e Galo versus Tupi, mas ainda não estão definidas quem joga em que dia.
Sobre o rebaixamento do Ipatinga, a surpresa é para quem não acompanha o campeonato mineiro. Deve-se muito à soberba de seu presidente, Itair Machado, que acha que é grande, demite o técnico que levou o time à primeira divisão com poucas rodadas do mineiro e sai contratando um monte de jogador de uma hora para outra...
Mas há um fato que precisa ser investigado. O Villa Nova denunciou que o Ipatinga fechou contrato com o melhor atacante do Villa com cláusula para que ele não jogasse a partida final contra o Tigre. E que o goleiro recebeu proposta de R$ 15 mil para "facilitar" e impedir o rebaixamento do time do Vale do Aço.
Nada adiantou, o Villa ganhou, mas as denúncias devem ser apuradas. Se o Villa foi leviano nas denúncias, deve pagar por isso. Mas se o Ipatinga realmente tentou subornar tem de ser punido pesadamente.
Além da definição dos classificados no Paulistão, o fim-de-semana teve outro evento de relevância para o mundo do futebol. O rebaixamento de três clubes que chama a atenção pela grandeza e pelo inusitado dos acontecimentos.Em Minas, o Ipatinga foi para a segunda divisão. Caso o clube tivesse sido rebaixado antes de 2005, a notícia não chamaria a atenção. Mas a grandeza que o clube acumulou nos últimos anos - campeão mineiro em 2005, vice em 2006 e vice da Série B nacional no ano passado - faz com que o rebaixamento tenha um quê de absurdo. Principalmente porque daqui a algumas semanas o Brasileirão começa e o Ipatinga estará enfrentando Santos, Internacional, Flamengo e companhia. Bizarro: um time na segunda divisão de Minas e na primeira nacional. A não ser que um milagre aconteça, o Ipatinga tem tudo para fazer uma campanha de dar inveja à do América de Natal no ano passado.
Mesmo perdendo de 2 a 0 para o Coritiba, a Portuguesa de Desportos finalmente volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, de onde caiu em 2002. A classificação foi confirmada depois da derrota do Fortaleza em casa para o São Caetano, por 1 a 0, jogo que o elenco ficou esperando acabar por cerca de uma hora no vestiário em Curitiba.Os méritos, como se comenta no Canindé, são do técnico Vagner Benazzi (na foto, em entrevista ainda no estádio), que chegou à Lusa no ano passado, quando o clube estava ameaçado de cair para a Série C e cogitava até mesmo encerrar suas atividades no futebol. Ele acabou sendo o responsável, segundo declarações de seus próprios comandados, como o goleiro Tiago, por manter a tradicional Lusa na Série B e pela ascensão que se seguiu. Neste ano, o time conquistou o título e o acesso à primeira divisão do Paulista. Ainda no vestiário do Couto Pereira, perguntado sobre se continuará no comando da Portuguesa em 2008, Benazzi desconversou e não disse que sim nem que não.
Na campanha ainda incompleta, a Lusa, em 36 jogos, somou 16 vitórias, 11 empates e 9 derrotas, 59 gols pró e 44 contra. Parabéns à Portuguesa e a todos os lusitanos de São Paulo! Incluindo o amigo Roberto. A foto (da Carmem) foi feita no último sábado, 10, no aniversário da amiga Mayra. O manguaça e lusitano roxo (e freqüentador do Futepoca) ignorou as características de uma festa noturna, os figurinos pretos e mais austeros, e não teve dúvida: compareceu já comemorando antecipadamente o acesso da velha Portuguesa.
Vitória e Ipatinga
E também parabéns ao Vitória, que, depois da goleada de 4 a 1 sobre o CRB, igualmente volta à elite. Hoje, a parte rubronegra de Salvador (ai, que saudade) entoa muitos cânticos a Padim Padi Ciço.
Então, os tradicionais Coritiba (que já tinha subido), Vitória e Portuguesa voltam ao lugar onde merecem estar. Ou pelo menos onde suas torcidas merecem vê-los. Junto ao Ipatinga, que também comemora o acesso, formam o G4 da Série B de 2007.
Êta semana inusitada para quem gosta de futebol. Os dribles e gols de Marta lembrando a juventude do futebol, em que o inusitado habitava os campos. O tango encenado pelo Botafogo e, agora, o incrível pênalti batido quatro vezes.
Para quem não viu o jogo, Coritiba e Ipatinga empatavam até os 44 do segundo tempo em 0 a 0. No último minuto, o juiz marca pênalti (sei lá se foi, mas não é o que importa).
Na hora de bater, vai Ânderson Lima, lateral direito veterano. Bate a primeira, o goleiro Fred defende, mas se adianta, o bandeirinha marca e manda voltar. Segunda batida, mesmo canto, mesmo enredo. Terceiro, Ânderson bate mais no meio, o goleiro defende de novo e dá rebote, o lateral chuta de novo e marca, mas mandam voltar. Quarta vez, o goleiro acerta o canto, mas a bola entra.
A comemoração do Coritiba e de Ânderson é intensa. Do time porque abre vantagem de seis pontos para o Ipatinga, até então segundo colocado, consolidando o caminho de volta do Coxa para a primeirona. Do jogador, para não ter dois pontos em débito em seu fim de carreira.
Quem viu esta semana viu, o resto é história...
Observação: escrevo antes de começar a rodada do final de semana... Então, seja qual for o resultado de Atlético e Flamengo, não sei nem quero saber.