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segunda-feira, março 28, 2011

As dúvidas sobre a seleção

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A seleção brasileira fez na manhã deste domingo uma preliminar de luxo para os jogos dos estaduais, inclusive o que determinou o fim do jejum são-paulino frente ao Corinthians. Frente a uma retrancada Escócia, o time canarinho controlou o jogo e, se não sofreu praticamente nenhum ataque sério, teve dificuldade de criar chances de gol de verdade.
A estrela mesmo foi Neymar, que fez o primeiro (após passe de André) e o segundo (de pênalti, sofrido por ele). As melhores jogadas saíram de triangulações entre o garoto santista e André Santos pela esquerda.
Não foi a primeira vez que o lateral se destacou no time de Mano, mas não conheço um comentarista que o considere o cara certo para a posição. Como a maioria cobra dele mais consistência defensiva, seu posicionamento mais recuado na partida pode ajudar a quebrar resistências.
Na direita, vi uma confusão de posicionamento que prejudicou o time: Elano, que imaginei fazendo a função de falso ponta que vinha sendo de Robinho, ficou mais centralizado (e recuado), enquanto o meia Jadson, que em geral joga pela faixa central, caiu muito pelos lado. Daí, Daniel Alves não achou com quem jogar. 
O outro jogador digno de nota foi o garoto Lucas, que entrou no segundo tempo. Com arrancadas pelo meio, deu bolas preciosas para Jonas e Neymar, inclusive a do pênalti.
Com a defesa formada, Mano Menezes deve estar às voltas com uma dor de cabeça interessante no ataque. Duas são as dúvidas: onde encaixar Kaká, quando ele voltar a jogar o que sabe, e Lucas, quando ele amadurecer mais. Para a Copa América, o quarteto de frente titular deve ser Ganso, Robinho, Neymar e Pato, uma vez que o madrilenho está em recuperação e Lucas é jovem o bastante para não gerar grandes pressões se ficar no banco. Mas e depois, dá pra encaixar esse pessoal todo no time? 
Dá pra chutar que a convocação para a Copa América – que segundo o treinador, será adiantada nos próximos amistosos, contra Holanda e Romênia, em terras brasileiras – não fugirá muito da última. Terá, imagino, a troca do cruzeirense Henrique por Hernanes. Assim sendo, creio que o time titular deve começar com Júlio Cesar; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas, Ramires e Ganso; Robinho, Neymar e Pato. Talvez Elias ou Hernanes no lugar de Ramires, ou Lucas no lugar de... bem, não sei. Alguém faria muito diferente?

quarta-feira, agosto 11, 2010

A nova seleção por quem entende do riscado

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Eram 28 minutos do primeiro tempo quando Neymar completou de cabeça cruzamento com açúcar e com afeto de André Santos e abriu o placar contra os Estados Unidos na estreia da Seleção Brasileira convocada por Mano Menezes. No bar, os manguaças se animaram.

“Esse era o time da Copa!”, bradou um. “O Dunga perdeu a chance de entrar para a história”, vaticinou o filósofo. “Entrou como um dos piores”, disse um mais exaltado. “Como deixou esse moleques de fora?”, inquiriu um quarto, indignado.

Nesse momento, após superar certo nervosismo no início, a Seleção mandava no jogo, com intensa troca de passes, posse de bola e ofensividade. Ganso comandava o meio-campo, auxiliado por Lucas, Ramires e Robinho. A bola ia redonda de pé em pé, começando desde a zaga, que contou com segura atuação de Thiago Silva e David Luiz.

Emblemático que o primeiro gol do time renovado seja do garoto santista, com passe do lateral-esquerdo ex-corintiano, que perdeu a vaga na Copa para um improvisado Michel Bastos. André Santos, aliás, jogou mais do que em qualquer outra oportunidade com a camisa canarinho. A única atuação abaixo do esperado, na verdade, veio de um dos remanescentes do time de Dunga, Daniel Alves.

No boteco, a entrega do camisa 7 santista, que joga quase como um meia para permitir a Neymar a liberdade de atacar sem medo, não foi reconhecida. “Robinho está virando coadjuvante”, brada o freqüentador.

As chances de gol perdidas por Alexandre Pato também não passam impunes. “Quem mandou o Pato ter pé de galinha?”, cravou o maldoso. Mas quando o juiz não dá o gol do rapaz, por falta no goleiro, a solidariedade é imediata. “Garfaram o Brasil!”

Cabe a ressalva de um possível desinteresse do selecionado estadunidense. Mas o time de Mano não tomou conhecimento do adversário, que teve umas duas chances de gol, um no nervoso começo, outra no final, em bola alçada na área.

No segundo tempo, a unanimidade sobre o erro de Dunga ao não convocar os garotos da Vila desaparece. “Não, não servia não! Eram muito novos! Agora serve, para jogar na outra Copa”, analisa um comedido. “Tinha que ter levado esse time para a África”, rebate o empolgado.

Aos 46 minutos da primeira etapa, Pato desencanta em belo passe de Ramires (um volante jogando perto da área adversária, coisa interessante), dribla o goleiro e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade, citando o poeta. “Acabou! Se eu sou o técnico mando o time parar, ir embora. ‘Tchau, não quero humilhar não’”. É o filósofo do início da história, animadíssimo com o desempenho do time. “Faz tempo que não vejo um time jogar assim, botar na roda mesmo. Me lembra a Seleção de 82, vai tocando, tocando e de repente está na cara do gol”, avalia. “A gente ficar suspirando porque o Elano se machuca não dá!”, indigna-se.

No segundo tempo, Mano Menezes troca vários jogadores, mas a toada segue a mesma. Domínio completo, diversas chances de gol (foram 21 finalizações durante o jogo), mas ninguém consegue colocar para dentro. Três destaques, um pelo inusitado: o meia Éderson, aquele que ninguém jamais viu jogar, entra no lugar de Neymar. Corre cerca de 40 segundos, tenta um drible na ponta direita, e sai de campo, com uma lesão muscular. “Coitado do moleque”, simpatizam os bêbados.

Os outros dois são obra de Paulo Henrique Ganso, mestre e senhor do meio-campo. Primeiro, mete uma bola na trave em chute de fora da área. Depois, mas perto do final, aplica um elástico num zagueiro gringo e manda a bola para fora. Coisa de quem conhece.

“Imagina quando esse time estiver entrosado”, devaneia um manguaça. Pois é...

sexta-feira, julho 17, 2009

Time de Mano bate o do Leão

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Não deu para o Leão do Norte, que bem que deu trabalho no Pacaembu, e o Corinthians garantiu mais três pontos no Brasileirão. Mas diferente da campanha do Paulista e da Copa do Brasil, em que o Corinthians conquistou uma regularidade marcante – que lhe valeu a pecha de "frieza" –, o campeonato está mostrando que vai acontecer na modalidade "com emoção".

Mais ou menos aos dez minutos de jogo, eu estava no carro a caminho da casa de um amigo que acionou o Pay Per View, quando chega a mensagem no meu celular: "cadê você? o Sport já fez 1x0". 20 minutos depois, enquanto eu me perdia nas ruelas da Praça da Árvore, toca o telefone: "E aí, desisitiu? O Gordo já fez dois de cabeça! E o goleiro do Sport ainda fez um milagre".

Cheguei no intervalo, a tempo de assistir os melhores momentos. O gol do Sport foi um belo cruzamento, mas uma marcação totalmente falha no meio da área, e o atacante colocou de cabeça, no canto esquerdo do gol (esquerdo de quem entra, que fique claro), com perfeição. O primeiro gol do Ronaldo foi de um cruzamento perfeito de André Santos para o Gordo que estava no segundo pau (sem qualquer insinuação, hein). Aliás, posso queimar a língua, mas aposto que ainda vou ver futepoquenses elogiarem nosso lateral esquerdo, ele está evoluindo muito, a olhos vistos – e talvez seja o mais forte candidato a ser vendido ao final da temporada. O segundo gol foi um cruzamento da direita; o mais impressionante do gol foi a maneira como o Gordo se desmarcou, como bem apontou meu camarada Macari: um movimento e se colocou atrás do zagueiro, totalmente livre para concluir o lance.

O segundo tempo, que começou com pressão e muitas jogadas perigosas do Timão. Quem fez o terceiro foi Cristian, com um torpedaço de meia distância, daqueles que ele costuma engavetar, mas desta vez desviou na zaga e matou o goleiro no lance.

Com 3x1 e o Corinthians sobrando em campo, e empolgados pelas performances de meu filho Chico – aquele que viveu o episódio com o palmeirense no ônibus –, que dançava e pulava alucinadamente ao som de "Aqui tem um bando de loucos, loucos por ti Corinthians", entoado por nós mesmo, velhos amigos que há muitos anos não se juntavam para um jogo, subimos nos saltos da arrogância. Nosso papo era "vai ser 8 a 2", "eu aposto 7 a 2", "só não vai ser 8 a 2 porque o Felipe não vai deixar passar o segundo" e por aí fomos. E o Chico pulando e pulando, e correndo de um lado pro outro.

Sentindo o clima que emanava da Praça da Árvore, Mano Menezes decidiu pôr reservas pra jogar – coisa que ele vai ter mesmo que fazer, para esse pessoal sentir a aspereza do gramado. Entrou, por exemplo, o Moradei, para os protestos dos manguaças, que unanimemente o consideram uma negação. O fato é que não éramos os únicos a perder o foco em nosso delírio. O time em campo também dispersou. E em duas falhas da marcação o Sport empatou (CORREÇÃO SÓBRIO: NO SEGUNDO GOL, FELIPE BATEU ROUPA FEIO, NÃO FOI TANTO FALHA DA MARCAÇÃO).

Puta merda, começamos a tomar pressão, num jogo que parecia fácil, fácil. Um jogador do Sport foi expulso por um segundo amarelo, uma "braçada" na cara do Marcelinho, outro reserva que entrou. (Olha gente, posso estar enganado com um nome ou outro, mas ver jogo, apostar e cuidar de um molequinho pilhado ao mesmo tempo dá nisso. CORREÇÃO SÓBRIO: QUEM LEVOU A BRAÇADA FOI MORADEI, QUEM FOI EXPULSO FOI O GUTO) O sportista tinha tomado o primeiro amarelo no início da partida.

Pouco depois, lá pelos 35 minutos, foi a vez de Moradei fazer o seu "gol cala-a-boca". Num perigoso ataque do Corinthians, sobrou uma bola na meia direita. Moradei ajeitou e bateu com muita curva, e a bola foi perfeita para o canto esquerdo do goleiro. Chico pulando de novo, nós gritando e agora apostando no "9 a 3". Faz parte, torcida brasileira...




A defesa desfalcada

Tanto neste jogo quanto no outro contra o Grêmio, o Corinthians mostrou como depende da segurança de sua defesa. É na defesa que o Timão impõe a sua "frieza" e mostra que o osso é duro. Dominando as jogadas por ali, tira a virilidade do ataque adversário, e aí começa as séries de bons passes que também caracterizaram esse time em outras partidas. No jogo anterior, faltaram os dois titulares da zaga, neste, estava Chicão, mas não William.

O bom deste jogo é que o Corinthians mostrou que pode ser um time que faz mais gols do que leva. Ou seja, mesmo com maior fragilidade na defesa, é capaz de criar e concluir lances de gol. Contra o Grêmio, aconteceu que nem Douglas, nem André Santos, nem Elias, nem Dentinho fizeram uma boa partida. O Timão não criou e Ronaldo ficou isolado. Mas os 3x0 em Porto Alegre foram, a meu ver, uma ensacada perdoável, pois não deixou de seu um jogo pra viver a ressaca após o título da Copa do Brasil, que havia sido passado adiante depois da grande apresentação diante do Fluminense.

Mas, não adianta, o Corinthians tem que fortalecer sua zaga reserva, para que possa substituir com dignidiade a titular e não abalar o esquema de Mano Menezes. Mas não é fácil repor a destreza da dupla Chicão e William – muito bem apoiados por Alessandro, André Santos e Cristian. Todos esses atletas estão jogando muita bola.

Fofoca

No final da partida, Leão saiu reclamando da arbitragem e espalhando uma história de que o Mano Menezes teria dito a ele que o juiz segurou o jogo, o que para o Leão seria quase uma confissão de que houve favorecimento. Mano desmentiu a versão e disse que isso de ficar passando adiante conversa é "coisa de lavadeira".

OBS.:
Como viram, fiz algumas correções agora de manhã, digo, no início da tarde, em pleno estado de sobriedade, mas mantive o texto original pra não desdizer quem tenha lido antes.

quinta-feira, maio 21, 2009

Dunga divulga convocação da seleção para eliminatórias e Copa das Confederações

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O técnico que nove entre dez brasileiros detestam divulgou hoje a lista de convocados da Seleção Brasileira para os dois próximos jogos das Eliminatórias para a de Copa 2010 e também a Copa das Confederações. O Brasil pega o Uruguai no daí 6 de junho, no estádio Centenário, em Montevidéu, e o líder Paraguai, no estádio do Arruda, em Recife.

Veja a lista:

Goleiros
Julio Cesar – Internazionale
Gomes – Tottenham
Victor – Grêmio

Zagueiros
Alex – Chelsea
Juan – Roma
Lúcio – Bayern de Munique
Luisão – Benfica

Laterais
Maicon – Internazionale
Daniel Alves – Barcelona
Kleber – Internacional
André Santos – Corinthians

Meio-campistas
Anderson – Manchester United
Gilberto Silva – Panathinaikos
Josué – Wolfsburg
Ramires – Cruzeiro
Elano – Manchester City
Felipe Melo – Fiorentina
Júlio Baptista – Roma
Kaká – Milan

Atacantes
Alexandre Pato – Milan
Luís Fabiano – Sevilla
Nilmar – Internacional
Robinho – Manchester City


A lista de Dunga, como tudo o mais sob o sol, tem virtudes e defeitos. As novidades (Victor, André Santos, Ramires e Nilmar) são muito positivas, especialmente os jogadores de Inter e Cruzeiro. Não sei se André Santos é jogador de seleção, mas é preciso experimentar na posição. E se Kleber “Chicletinho”, que não joga bem há uns dois anos, pode, porque não o corintiano? Fora isso, se o moço já é dado a uma máscara, agora agüenta...

De negativo, vejo a presença de Gilberto Silva, volante já ultrapassado, e a falta de inovações para essa vaga mais defensiva do meio-campo. Felipe Mello e Josué fizeram alguns bons jogos, mas não empolgam. Minha outra preocupação também fica no meio campo: tirando Kaká, os outros possíveis candidatos a meias de criação são bons, mas nada de geniais. Ramires e Anderson jogam mais de segundo-volante, enquanto os ótimos Elano e Júlio Baptista, que eu queria muito no meu time, não são meus titulares dos sonhos na seleção. Porém, entendo a opção de Dunga pela segurança de jogadores que já vêm de outras convocações. Para futuros testes, talvez o Alex, que era do Inter.

Para fugir dessa falta de meias, o blogueiro parceiro Carlos Pizzato sugere um ofensivo time no 4-2-3-1 tão na moda em nosso futebol, com Kaká pelo meio, Robinho na esquerda e Nilmar na direita na linha de criação. Eu gosto da idéia, mas duvido que Dunga vá por aí.

Desfalques

O outro lado da convocação é o efeito sobre os clubes nacionais, todos disputando fases decisivas de campeonatos importantes no período dos jogos da seleção. Corinthians e Inter ficarão sem seus atletas pelo menos no segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil, marcado para 3 de junho. Se passarem, também ficam desfalcados no primeiro jogo da final (17/6), mas poderiam contar com os jogadores no segundo, dia 3 de julho – se ninguém se machucar. Os colorados lamentam mais, pela ausência dupla (Kleber e Nilmar), enquanto o Corinthians só perde André Santos.

Grêmio e Cruzeiro ficam sem Victor e Ramires no jogo de volta das quartas da Libertadores contra Caracas e São Paulo, respectivamente (17/6). A Conmebol não divulgou as datas previstas para as semifinais e a final. O pessoal da conspiração clamou por isonomia: porque Miranda e Hernanes ficaram fora da lista justo agora?

terça-feira, maio 19, 2009

Corinthians 0 x 0 Botafogo: ataques não resolvem e Mano ganha problemas de ego para administrar

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Atrasado, escrevo sobre o jogo mais ou menos entre Corinthians e Botafogo, terminado no domingo num opaco 0 x 0. O Timão entrou com seu time titular – com exceção de Jorge Henrique, substituído por um apagado Morais – e conseguiu controlar as ações no primeiro tempo, criando boas chances. Ronaldo teve duas, mas não aproveitou.



A melhor oportunidade do time, no entanto, foi de André Santos, que após bom passe de Dentinho, penetrou (opa!) a área em diagonal pela esquerda, driblou dois zagueiros e finalizou de esquerda (o pé errado para a posição em que estava), já com o goleiro Renan em cima dele. Logo a sua frente, absolutamente livre, estava Ronaldo, que teria pouco trabalho para empurrar para dentro. O lance seria apenas um gol perdido, mas três jogadores do Corinthians foram para o intervalo reclamando, de forma mais ou menos direta (só Christian citou nomes), da esfomeada do lateral.

André piorou sua situação em uma jogada no segundo tempo quando, do bico esquerdo da área, podendo optar por um passe mais difícil para o meio e outro mais fácil para a ponta, decidiu pelo primeiro. Até aí, novamente, tudo bem, mas André quis enfeitar o lance tocando para um lado e olhando para o outro e acabou errando. Tomou um esporro instantâneo de Mano Menezes pelo preciosismo.

O técnico tem agora um problema de egos para administrar até o jogo de quarta com o Fluminense. O risco é que a situação prejudique a união do grupo, uma vê que o jogo coletivo é a maior arma desse time.

Voltando ao jogo, no segundo tempo, o Botafogo voltou melhor e pressionou o Corinthians, mas seu ataque também não disse a que veio. Vitor Simões conseguiu a façanha de estar impedido oito vezes durante a partida, demonstrando uma falta de noção muito ruim para um centroavante. Quando chegaram ao gol, Felipe, em grande fase, salvou os paulistas. Para os corintianos, uma leve decepção: se empate fora de casa é até que bom resultado, dava pra ter levado essa.

Elenco

Voltando ao Corinthians, o jogo evidenciou a falta de peças do time, especialmente no ataque. Morais, Dentinho e Ronaldo não estavam em jornada muito feliz, mas o técnico tinha poucas opções para tornar o time mais agudo. Jorge Henrique, que veio para o jogo, é um jogador que vem mais de trás, não um atacante pelos lados como Dentinho. No lugar de Morais, entrou o meia Boquita, que não sabe nem disfarçar no ataque. E Souza no lugar de Ronaldo é brincadeira. A opção poderia ser Otacílio Neto, que apesar de ser mais agudo, é um destrambelhado que muitas vezes passa perto da expulsão. Além dele, apenas o garoto Marcelinho, destaque do time campeão da Copa São Paulo esse ano, mas que não empolgou nas poucas vezes em que entrou no time principal.

Especulações mil

A mais nova especulação sobre contratações no Corinthians é do diário Lance!, que conversou com Zé Roberto, do Bayern. O meia disse que foi procurado pela equipe e se animou com o projeto do time para 2010, ano do centenário. Já o Corinthians divulgou nota negando o contato, o que tem sido prática corrente da atual diretoria .

Quem não gostou da notícia foi o Santos. O presidente do clube Marcelo Teixeira disse acreditar que o jogador manterá sua palavra: Zé Roberto, quando deixou o time da Baixada, disse que daria prioridade para o time ao fim do contrato com o time alemão. Como prioridade não é garantia, tudo pode acontecer - inclusive, nada.

O contrato de Zé Roberto com o time alemão acaba agora em junho e o jogador, segundo o Uol, agendou um pronunciamento oficial logo após a útlima rodada do Campenato Alemão, que ermina neste fim de semana. O Bayern é o atual vice. Se chegar, jogando algo próximo da bola que tinha no Santos, é daqueles reforços que muda o time de nível.

Outras disputas - Santos e Corinthians já disputaram jogadores em outros momentos. O Uol recupera briga entre os clubes por Rincón (vencida pelos peixeiros em 2000), Deivid (que na ocasião foi para a capital) e pelo brilhante meia Fumagalli, em 2003, quando ele foi para o Timão. Espero que o Corinthians leve essa.

quinta-feira, março 12, 2009

Corinthians vence São Caetano pela primeira vez num Paulistão. Ronaldo marca o da virada

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O Corinthians venceu o São Caetano por 2 a 1, nesta quarta-feira no Pacaembu. Cerca de 32 mil pessoas foram ver o primeiro jogo de Ronaldo no estádio que é considerado a casa do Corinthians e o atacante não decepcionou: deixou o seu e garantiu a vitória de virada do Timão sobre sua asa negra, a primeira válida por um campeonato Paulista. O outro tento alvinegro foi um golaço de André Santos de fora da área, lembrando que o Corinthians tem outras armas além do Fenômeno.

O jogo começou aberto, com o Corinthians tentando fazer valer o mando de campo e o São Caetano, a alcunha de asa negra. O Azulão abriu o placar aos 21 minutos, em saída esquisita de Felipe do gol. O goleiro já é alvo de críticas pesadas da torcida – ou pelo menos de blogueiros corintianos, como o nosso parceiro Ricardo do Retrospecto Corintiano, que disse que André Santos e Ronaldo ipediram "que o time perdesse mais pontos por causa do entreguismo do goleiro demo-tucano que habita a meta corintiana".

Pouco depois, aos 35 min, André Santos diminuiu num belo chute de fora da área. O lateral parece estar deixando a máscara que vestiu no começo desse ano um pouco de lado e está jogando bem novamente.

No segundo tempo, Mano Menezes tirou Boquita (que jogava no lugar de Morais, contundido) e colocou Dentinho, deixando o time com três atacantes. A mudança prendeu mais o São Caetano em sua defesa e o Corinthians começou a pressionar. Logo aos 5 minutos, Dentinho cruzou na área, Jorge Henrique deixou passar e Ronaldo, de primeira, colocou no canto do goleiro Luiz.

O time

O Corinthians está ganhando mais cara de time a cada jogo. André Santos está voltando a se apresentar bem e Fabinho está melhorando em sua improvisada função de lateral-direito. Duas peças ainda não se acertaram muito bem. Douglas melhorou, chamou mais o jogo, mas ainda está meio fora de foco.

O outro problema é Jorge Henrique, muito improdutivo. Cisca, cisca, e cai pra tentar arranjar uma falta. Deveria perder a posição para Dentinho, que tem mais estilo de atacante e ajuda a desequilibrar uma defesa com seus dribles. Será interessante vê-lo mais tempo ao lado de Ronaldo. A inteligência do centroavante pode fazer bem ao garoto e ao time, com tabelas inteligentes no ataque.

Uma terceira opção é jogar com três atacantes, esquema que tem rendido bem no segundo-tempo – e, em geral, saindo atrás no placar. Jorge Henrique e Dentinho trocam bastante de posição e confundem a defesa. A movimentação dos dois e de Ronaldo dá mais opções para os bons passes de Douglas e abrem mais espaço para as infiltrações de Elias e André Santos. A saber o que se passa na cabeça de Mano Menezes.

O Cara

Ronaldo mostrou mais uma vez que é o cara. Jogou quase o jogo todo, teve duas chances claras de gol e guardou uma, além de mais algumas boas jogadas. São dois gols em três jogos, com pouco mais de 130 minutos em campo. É um bom começo, sem dúvida.

Mano Menezes acena com a possibilidade de poupar o craque do jogo contra o Santo André, no domingo. Não entendo nada dessas coisas de recuperação física, mas confesso que queria que o cara jogasse, até porque pretendo ir ao glorioso Bruno Daniel, ali na Grande Mauá. Mas considerando que depois do Ramalhão vem o Santos, a prioridade é que o Gordo jogue dia 22. Seja agora ou no próximo domingo, espero ver logo a dupla Dentinho e Dentão em ação por um período maior. Vai dar samba.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

De Soninha a Leivinha, bate-papo no teatro

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O colega jornalista Mauro Mello me envia o seguinte convite:

Nos próximos dias 5 e 12 de fevereiro, sempre às 21h, jornalistas esportivos, jogadores e um dirigente de clube de futebol vão participar de bate-papos no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em São Paulo. Os encontros vão acontecer após a apresentação de Chapetuba F.C., peça que narra a trajetória de um pequeno time de futebol do interior prejudicado por empresários e jogadores corruptos. Tendo o futebol como pano de fundo, Chapetuba F.C discute as relações sociais e humanas que, de uma forma ou de outra, continuam se fazendo presentes na nossa realidade.

Participarão do evento André Santos, do Corinthians, os ex-jogadores Dudu e Leivinha, o ex-técnico Rubens Minelli, o diretor de Planejamento e presidente eleito do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, e os jornalistas Celso Cardoso, Oscar Ulisses, Roberto Avallone (ponto de exclamação!) e Soninha (hoje subprefeita da Lapa). A nova montagem de "Chapetuba F.C.", de Oduvaldo Vianna Filho, reinaugurou em novembro o Teatro de Arena, reformado pela Funarte como parte do Projeto Arena 2008. Está em cartaz até 13 de fevereiro no Teatro de Arena (rua Teodoro Baima, 94, Centro), às quintas, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). Bora lá?

PROGRAMAÇÃO DOS BATE-PAPOS

5 de fevereiro
Boleiros: André Santos, Dudu e Rubens Minelli
Jornalistas: Celso Cardoso e Oscar Ulisses

12 de fevereiro
Boleiro: Leivinha
Jornalistas: Roberto Avallone e Soninha
Dirigente: Luiz Gonzaga Belluzzo

terça-feira, junho 24, 2008

Boa notícia para o Corinthians

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O mercado da bola é mesmo imprevisível. Depois de receber míseros R$ 162 mil pelos 5% de direito, como clube formador, pela venda do zagueiro Betão (à esquerda) do Santos para o Dínamo de Kiev, da Ucrânia (transação de R$ 3,74 milhões), o Corinthians ganhará agora, de presente, a bolada de R$ 7,7 milhões pelos direitos decorrentes da venda do atacante Jô (à direita), do CSKA, da Rússia, para o Manchester City, da Inglaterra (transação de R$ 57 milhões). O Corinthians tem direito a 10% sobre a multa rescisória, registrados no contrato de venda para o CSKA, em 2005, mais 3,5% de um tal "mecanismo de solidariedade" para indenização aos clubes formadores. Os 13,5%, portanto, totalizam R$ 7,7 milhões.

Se soubesse que essa dinheirama ia cair em seu colo, o presidente do alvinegro paulistano, Andrés Sánchez, teria pensado duas vezes antes de vender os direitos econômicos do atacante Dentinho (22,5%), do lateral-esquerdo André Santos (22,5%) e do zagueiro Renato (25%) à empresa D.I.S. Esporte e Organização de Eventos Ltda., o chamado Grupo Sonda, por R$ 5,4 milhões. Assim como Betão e Jô, Dentinho (à esquerda) e Renato (à direita) também são revelações das categorias de base do Corinthians.

Mas os R$ 7,7 milhões poderiam ser utilizados, por exemplo, para manter alguns dos destaques na execelente campanha que o time faz na Série B do Campeonato Brasileiro. Os direitos federativos do artilheiro Herrera (à esquerda) podem ser adquiridos por módicos R$ 3,54 milhões. Metade de seu passe pertence ao clube argentino Gimnasia y Esgrima e metade, ao empresário Ricardo Schilieper. Outro que veio emprestado, o atacante Diogo Rincón (à direita), do Dínamo de Kiev, custa exatos R$ 7,5 milhões.

A grana do Jô também poderia ser utilizada para quitar de vez os R$ 3,3 milhões, divididos em seis parcelas, que o Corinthians tem de pagar ao São Caetano pelo importante meia Douglas. Ou, então, procurar outro bom reforço no mercado. De qualquer forma, R$ 7,7 milhões despencando na conta assim, inesperadamente, é sempre uma boa notícia.