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quinta-feira, fevereiro 19, 2015

A vingança é um prato que se come... após 1 ano

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Em janeiro de 2014, Muricy Ramalho botou o meia Jadson na geladeira no São Paulo, expondo o jogador publicamente ao dizer que ele havia começado aquela temporada "mal preparado". E disparou, de forma grosseira: “Se não estiver satisfeito, vá embora. Aqui, ninguém está fazendo favor ao São Paulo. Todo o mundo é pago para trabalhar". Jadson não pensou meia vez: arrumou suas trouxas e fechou contrato com o rival Corinthians pouco depois, no início de fevereiro, numa negociação que teve como contrapartida o empréstimo do atacante Pato para o clube do Morumbi.

Após um bom início no time corintiano, com gols e assistências, Jadson caiu de produção no segundo semestre do ano passado, mesma época em que Pato vivia boa fase no rival - fato que levou muitos precipitados a afirmar que o São Paulo tinha levado a melhor na polêmica transação. Com a saída de Mano Menezes e a volta de Tite neste início de 2015, o roteiro de Jadson parecia repetir o da temporada anterior. Preterido no time titular por Lodeiro, o ex-sãopaulino chegou a ser sondado pelo Flamengo. Porém, como o meia uruguaio acabou se transferindo para o Boca Juniors, Jadson ficou.

Ficou, virou titular absoluto e começou o Paulistão e a pré-Libertadores "voando baixo", como diz o jargão futebolístico. Mas nada se compara à atuação que teve ontem, no Itaquerão, na estreia da fase de grupos da competição continental. Com um passe magistral e decisivo para Elias abrir o placar, e uma finalização perfeita no segundo gol (ainda que tenha havido falta de Sheik no início da jogada), Jadson destruiu o São Paulo e humilhou o mesmo Muricy que o havia "enxotado" do Morumbi há um ano. A vingança é um prato que se come frio. Ainda assim, para o meia corintiano, foi saborosíssimo.


'O CARA' - Ainda que Jadson, Elias e Ralf tenham feito uma partida perfeita, na técnica, na tática e na raça, e que Felipe, Danilo e Sheik também mereçam (muitos) aplausos pelas suas atuações, "o cara" do Corinthians é, sem sombra de dúvida, o técnico Tite. A equipe compacta, com forte marcação, toques rápidos e múltiplas opções de saída de bola e de contra-ataque, como era a da Libertadores de 2012, voltou. E voltou mais forte, na minha opinião. Se Guerrero tivesse jogado, creio que o prejuízo sãopaulino teria sido maior. Uma injustiça Tite não ter assumido a seleção.

SEM NOÇÃO - Entrar com uma formação nunca testada, com três volantes, num clássico dessa importância, foi uma pisada na bola incontestável de Muricy Ramalho. Michel Bastos na lateral também foi algo "sem noção", bem como as substituições feitas. O resultado foi que o São Paulo praticamente não deu um chute a gol, sequer, e Cássio saiu com o uniforme limpo. Mas quero, aqui, concordar com a observação do colunista Marcio Porto, do jornal Lance!: o time teria perdido o jogo com qualquer formação titular, pois não sabe o que fazer quando pega a bola. E o Corinthians sabe. Muito bem.

TRÊS ZAGUEIROS - O São Paulo não sabe o que fazer porque não tem saída de bola. Quando Rogério Ceni não dá chutão lá pra frente, ele toca para a zaga ou para os volantes, que não têm opção alguma a partir daí. O motivo é que o time não tem laterais de ofício, mas "alas", que ficam lá na frente, isolados, esperando a bola. Quando os adversários anulam Souza e Ganso (palmas para Ralf e Elias!), a equipe de Muricy "desaparece". Foi o que aconteceu. Por isso, o São Paulo deve voltar a jogar com três zagueiros, para ter opções de saída de bola e de ligação com os "alas", além de compactar mais a defesa com o meio e o ataque. Foi assim que o time ganhou quase tudo entre 2005 e 2008. E, de lá pra cá, os títulos sumiram. Com três zagueiros, o São Paulo finalizou 19 vezes contra o Bragantino. Ficou nítido que, com dois na zaga e dois "alas", Muricy não irá a lugar algum.


quinta-feira, julho 23, 2009

Corinthians luta pra mostrar que ainda dá

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O Corinthians joga daqui a pouco contra o Vitória, em São Paulo, numa chance importante para chegar mais perto de ocupar um lugar no G4. Além disso, tenta acalmar os ânimos da torcida, que está bastante preocupada com o desmanche do time campeão Paulista e da Copa do Brasil.

A zaga que provavelmente entrará em campo preocupa: Diogo, Chicão, Jean e Diego. Apenas um titular e um lateral-esquerdo improvisado. Jogam com a proteção de Jucilei e Elias, que não estão entre os melhores marcadores que eu já vi. A esperança fica no ataque, que deve ser o titular. Se bem que Jorge Henrique é dúvida – em seu lugar jogaria Morais.

Será a primeira partida sem Christian e André Santos e, talvez, a última de Douglas (que pode ir para um time árabe) e Felipe, que teria proposta do CSKA. Além dele, Elias pode estar de saída para um “time médio” da Itália. Segundo Benjamin Back, do Lance!, o jogador quer ficar, mas pediu uma compensação financeira: R$ 1,5 milhão de luvas e R$ 150 mil mensais de salário. Se for isso mesmo, acho que vale pagar - só não sei de onde tirar dinheiro.

A coisa está ficando feia mesmo, mas ainda não estou desesperado. Já vi corintianos falando que o time vai acabar rebaixado. Não creio que chegue a tanto.

A resposta para essa dúvida da torcida começa a ser dada hoje. Depois desse jogo, vem o clássico contra o Palmeiras, que vem querendo mostrar serviço para o novo técnico, Muricy Ramalho. Duas pedreiras. Vamos ver o que Mano Menezes consegue com as peças que vão sobrando.

Outra saída - Essa deve deixar mais animada parte da torcida alvinegra: o Corinthians conseguiu arranjar um time para quem emprestar o meia Lulinha. Trata-se do Estoril, de Portugal, que contará com o atleta por dez meses. Não pagar o salário do garoto-prodígio pode ser um alívio para bancar outros jogadores - quem sabe Elias?.

Uma curiosidade a respeito do Estoril: cinco vezes campeão da segunda divisão portuguesa, segundo matéria do Uol, o clube enfreta crise financeira e ficou na quarta posição no ano passado. A solução encontrada foi claramente inspirada em casos tupiniquins: vender par a Traffic. "O Estoril é o time que a Traffic comprou em Portugal. Queremos que o Lulinha jogue. Entre jogador e Estoril já está tudo certo" explicou ao UOL Esporte o empresário de Lulinha Wágner Dinheiro, opa, Ribeiro. Quem disse que o futebol brasileiro não tem dinheiro?

Adeus ao Brasileirão 2009, pelo menos

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Parece mesmo que o Corinthians vai passar por um desmanche completo. Que o clube precise abrir mão de um ou dois de seus destaques, tudo bem, ainda mais considerando que o histórico do Corinthians é de má administração, o que significa que sobram dívidas eternas pra pagar. (Não quero dizer com isso que as contas agoras estejam em boas mãos, não sei nada sobre as atuais finanças.) Mas vender três ou quatro jogadores do "núcleo duro" do time já é demais. Em particular, lamento muito a saída de Cristian. E se negociarem Felipe, como o Andrés Sanches vem anunciando, será também uma perda irreparável em curto prazo.

Não vejo mais chances para este ano, frustrando todas as esperanças que eu começava a alimentar. E, apesar dos bons resultados até aqui, minha confiança nesta administração é bem frágil. Espero que haja um bom plano de reposição, pois senão vai aumentar demais o roll dos que designo carinhosamente como "filhos da puta". Isso, claro, pensando no ano que vem. A menos que Mano Menezes surpreenda... mas acho bem difícil.

sábado, julho 11, 2009

O Gordo como líder (não só de audiência)

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O Corinthians anda tão comentado, mas tão comentado, que parece que qualquer coisa que se diga a seu respeito já foi dito antes. Essa síndrome de tard venus (os que chegaram tarde demais), para usar uma expressão cara a Nietzsche, acaba nos condenando, a nós corintianos, às simples manifestações emotivas, seja na derrota (sai zica, já passou!), seja nas vitórias que agora se acumulam. Gritar "é campeão!" é sempre original, sempre único, sempre a primeira vez, não importa quantos milhões façam o mesmo, nunca é uma repetição de um gesto, é sim a refundação de um mito.

Mas, tirando esses momentos, parece difícil dizer algo que valha a pena em meio a tamanha saturação de informações. Resta-nos, talvez, a contra-informação, ou a contra-opinião, contra-análise. Quer dizer, dar um passo atrás, e gastar algum tempo observando a apressada circulação de um falatório sem fim, ressalvadas as dignas exceções. E a presença de Ronaldo agrava terrivelmente o quadro. Pois aí, além de tudo, tem a Globo rasgando elogios independente do que o Gordo faça.

Quando o Gordo de fato se mostra genial, aí haja paciência, como no último jogo contra o Fluminense. É tamanho bombardeio que nem dá vontade de comentar. O único que consegue dividir um pouco dos elogios é o Felipe. Afinal, são os dois que fazem milagre no Corinthians. Todo o restante, que é resultado de um excelente trabalho coletivo, com a liderança de Mano Menezes, um trabalho com foco, aparentemente sem (muita) ingerência da diretoria, passa como um detalhe ofuscado pelo principal: o Corinthians tem Ronaldo.

A parte isso, o que queria apontar é que parece que Ronaldo está mesmo querendo assumir o papel de líder do time. Isso significa que, além de falar mais besteira para a imprensa (há um custo a se pagar...), ele começa a chamar para si a responsabilidade não só na hora do gol, mas na condução do time durante o campeonato. A situação é interessante. Que eu me lembre, Ronaldo, mesmo na época em que foi eleito melhor jogador do mundo, nunca chegou a ser o líder natural de qualquer equipe. Nunca se cogitou dar a ele uma faixa de capitão. Sempre houve um Dunga, um Zidane ou um Rivaldo como referência de respeito em campo. Ronaldo sempre teve a verve de "fenômeno" mesmo, o moleque que irrompe com o inesperado, mas nunca foi visto como um homem, com maturidade para ser referência de estabilidade no time. Ronaldo começou a se equilibrar melhor com sua pança, e voltou a fazer jogadas geniais. Mas também está mais tranquilo na condição de cervejeiro, mais bem resolvido com seu "jeito de ser" (por assim dizer). Agora é observar a evolução dele no novo posto de cabeça da equipe.



De cara, ele acertou ao pedir ao time, logo depois da consquista do Tri da Copa do Brasil, que mantivesse a seriedade mas que jogasse "com mais alegria". E o que me impressiona é sua sensibilidade para aquilo que realmente falta hoje ao Corinthians. Caracterizado como um time "frio", o Timão joga com uma estabilidade impressionante – irritante para os adversários, não tenho dúvida –, mas falta vibração. E o que é o Timão sem vibração? Há aí um ganho, sem dúvida, que pode ser importante para fazer uma boa campanha no Brasileiro. O Corinthians é o time acostumado com os altos e baixos, com as decisões dramáticas, mesmo quando pareciam fáceis, com o estigma de que para nós "sempre é mais difícil". Se agora o time parece pender para o outro extremo, seus jogadores têm cara de Corinthians, e então é preciso dialeticamente encontrar um novo molho, com "tranquilidade e alegria", como quer Ronaldo, ou com uma inusitada síntese de "frieza e vibração". Isso sim dá jogo, e do bom.

Corinthians contra o povão

Será que os braços dados entre diretoria (que não paga ingresso) e torcidas organizadas (que não pagam ingresso) vão bastar para manter os ingressos absurdamente caros, tirando o sangue do torcedor comum e mantendo estádios sempre meio vazios? Por que será que a Globo transmitiu para São Paulo um jogo do Corinthians em pleno Pacaembu, quando estava acontecendo simultaneamente uma final de Libertadores? Mais gente em casa e Ronaldo em campo não seria uma situação ideal para certos interesses?

Resumindo, minha questão: o Corinthians vai ser o primeiro time brasileiro a expulsar o povão dos estádios, tal como aconteceu em outros países? Como a Inglaterra, mas lá as organizadas (violentas) também dançaram...

quinta-feira, junho 18, 2009

Jogaço! Corinthians bate o Inter e fica mais perto de levar a Copa do Brasil

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Corinthians e Internacional fizeram um dos melhores jogos do ano no Pacaembu. Um jogaço mesmo, digno de final (para não fugir do chavão). Claro que ficou bem melhor da minha perspectiva pela vitória alvinegra por 2 a 0, que deu uma bela vantagem para o jogo de volta, no Beira Rio.

Foi um jogo bastante pegado no meio campo, como se poderia imaginar pelas escalações dos dois times. De um lado, Guiñazu, Magrão, Sandro e Andrezinho. Do outro, Christian, Elias e Jorge Henrique, contando com ajuda de Douglas, que correu muito, mas não foi o destaque. Mas a marcação não conseguiu evitar que os dois times tivessem boas chances de gol desde o início do jogo. Quem roubava a bola tentava imediatamente uma jogada de ataque – às vezes até com certa afobação.



O Corinthians começou melhor, o Inter equilibrou, mas quem abriu o placar foi o Timão. Jorge Henrique fez um bom giro na frente da área e viu Marcelo Oliveira chegando na esquerda. O lateral passou pelo zagueiro Danilo e teve tranquilidade para levantar a cabeça e dar um passe certeiro para o mesmo atacante botar pra dentro de primeira. Jogada bem tramada e belo gol.

O Inter pressionou bastante no fim da primeira etapa. Na segunda, o equilíbrio voltou, mas foi o Corinthians que ampliou. Douglas sofre uma falta no meio campo, pela direita. Elias cobrou rápido – e com o bola rolando, é fato – e acertou um belo passe para Ronaldo. Ele recebeu, entrou na área, olhou para o meio pra ver se vinha alguém chegando, cortou o zagueiro Indio com a direita e arrematou no canto de Lauro de canhota. Belo gol, ainda que irregular. José Roberto Wright argumentou que o juiz Heber Roberto Lopez não havia marcado a falta, porque o árbitro não sinaliza com os braços a infração. Mas dá pra ouvir o apito.

A partir de uns 20 minutos, o Inter aplicou um sufoco monstruoso no Timão que durou até a expulsão de Leandrão. Aí, foi a vez de Felipe salvar a pátria. Ele fez pelo menos três defesas brilhantes e mais algumas menos difíceis, mas cruciais. Foi o maior responsável pela vitória, ao lado de Jorge Henrique, que foi muito bem em sua função múltipla de armador, atacante e marcador. Ronaldo melhorou muito em relação aos últimos jogos – o que não chega a ser vantagem – e deixou o seu. De resto, as habituais boas atuações de Christian, Elias e Alessandro, o último mais preso na marcação pela descida constante de Taison e Marcelo Cordeiro por seu lado - e como joga o camisa 7 colorado.

Mas meu destaque especial vai para o garoto Marcelo Oliveira. Ficar dois anos parado, quase perder a perna, voltar ao time titular fora de posição e dar passe para gol não é para qualquer um. Em 2007, aos 20 anos, ele já mostrava personalidade, inteligência, noção de posicionamento e bom passe. Hoje, aos 22, depois de tudo que passou, espero grandes coisas do rapaz.

Outro fato muito positivo foram as entrevistas de Dentinho e Felipe na saída de campo. Os dois foram muito sóbrios ao lembrar a final contra o Sport no ano passado, quando a vitória em São Paulo fez o time jogar recuado e displicente em Pernambuco, levando ao final que todos conhecem. Que todos – e principalmente Mano Menezes – não se esqueçam e façam lá o que fizeram cá: jogar com vontade, concentração e buscando sempre o gol.

O Inter tem um belo time – ainda mais com o retorno de Nilmar e D’Alessandro – e vai vir com tudo em casa. Mas precisa ganhar por três gols de diferença para levar direto e o Corinthians de Mano Menezes nunca perdeu por essa diferença de gols. Se o Timão marcar um, o Colorado passa a precisar de quatro. E o pior é que eles têm condições de fazer. Vai ser outro jogaço e o resultado fica aberto até o fim dele, homenageando o Conselheiro Acácio.

segunda-feira, maio 04, 2009

Campeão! Invicto! É nóis! Corinthians!!!

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Senhoras e senhores, o Corinthians é pela 26ª vez campeão paulista, numa campanha digna de sua história: invicto, com brilho e garra nas semifinais e finais, superando os rivais em suas casas. Consolidou sua defesa ao longo da fase de classificação, a menos vazada do campeonato, e garantiu, com a incorporação do astro planetário Ronaldo ao elenco, lances de beleza ímpar, que marcaram a história do futebol nacional e viraram manchete em todo o planeta.

Todos os meus vivas ao Chicão – infelizmente fora da finalíssima, logo ele que levou a faixa de capitão por todo o campeonato e mais do que ninguém simboliza com sua raça e espírito esta vitória do Timão –, e ao Felipe – mesmo instável, brilhou e muito nos momentos decisivos. Minha alegria de ver Dentinho amadurecendo seu futebol e também belos gols do André Santos, que apesar de arrogante ainda pode render muita coisa boa ao futebol. Vivas ainda à presença marcante de Alessandro e Cristian, que apoiaram e deram corpo à equipe, assim como William, Douglas, Jorge Henrique, Boquita e tantos outros que lutaram conosco, por nós.

Mano Menezes consolida um retrospecto estatístico bastante positivo à frente do Corinthians, com mais de 60% de vitórias e apenas cerca de 10% de derrotas. A julgar que ele tem que trabalhar com o que tem – e o elenco, salvo exceções, está longe de ser genial –, a vitória estadual está aí para provar que, no cômputo geral, suas opções ao longo do campeonato estavam corretas. Soube aproveitar (e poupar) a presença de Ronaldo, soube se defender, soube virar jogo. No ano passado, liderou o Timão à final da Copa do Brasil, e pipocou. Agora mostra que aprendeu a lição e soube lutar com seu elenco por esse resultado de lavar a alma.

Para mim, como para muitos corintianos, essa taça vem pôr um ponto final à pior crise do Corinthians que eu tive o azar de presenciar. Não que o time – e mesmo o clube – esteja estruturado para jogar com consistência os próximos campeonatos – que dirá os próximos anos... Mas tínhamos um dever e o cumprimos. E com classe: in-vic-tos!

Agora é festejar, pra desopilar o fígado, depois respirar fundo e centrar o pensamento no próximo desafio. O Atlético Paranaense não vai facilitar nada pela Copa do Brasil. Mas o Timão é mais!!! É nóis!!!

PS:

E não é que o Fogão, que sumiu no Rio, foi querer participar da festa do Timão!

quinta-feira, março 12, 2009

Corinthians vence São Caetano pela primeira vez num Paulistão. Ronaldo marca o da virada

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O Corinthians venceu o São Caetano por 2 a 1, nesta quarta-feira no Pacaembu. Cerca de 32 mil pessoas foram ver o primeiro jogo de Ronaldo no estádio que é considerado a casa do Corinthians e o atacante não decepcionou: deixou o seu e garantiu a vitória de virada do Timão sobre sua asa negra, a primeira válida por um campeonato Paulista. O outro tento alvinegro foi um golaço de André Santos de fora da área, lembrando que o Corinthians tem outras armas além do Fenômeno.

O jogo começou aberto, com o Corinthians tentando fazer valer o mando de campo e o São Caetano, a alcunha de asa negra. O Azulão abriu o placar aos 21 minutos, em saída esquisita de Felipe do gol. O goleiro já é alvo de críticas pesadas da torcida – ou pelo menos de blogueiros corintianos, como o nosso parceiro Ricardo do Retrospecto Corintiano, que disse que André Santos e Ronaldo ipediram "que o time perdesse mais pontos por causa do entreguismo do goleiro demo-tucano que habita a meta corintiana".

Pouco depois, aos 35 min, André Santos diminuiu num belo chute de fora da área. O lateral parece estar deixando a máscara que vestiu no começo desse ano um pouco de lado e está jogando bem novamente.

No segundo tempo, Mano Menezes tirou Boquita (que jogava no lugar de Morais, contundido) e colocou Dentinho, deixando o time com três atacantes. A mudança prendeu mais o São Caetano em sua defesa e o Corinthians começou a pressionar. Logo aos 5 minutos, Dentinho cruzou na área, Jorge Henrique deixou passar e Ronaldo, de primeira, colocou no canto do goleiro Luiz.

O time

O Corinthians está ganhando mais cara de time a cada jogo. André Santos está voltando a se apresentar bem e Fabinho está melhorando em sua improvisada função de lateral-direito. Duas peças ainda não se acertaram muito bem. Douglas melhorou, chamou mais o jogo, mas ainda está meio fora de foco.

O outro problema é Jorge Henrique, muito improdutivo. Cisca, cisca, e cai pra tentar arranjar uma falta. Deveria perder a posição para Dentinho, que tem mais estilo de atacante e ajuda a desequilibrar uma defesa com seus dribles. Será interessante vê-lo mais tempo ao lado de Ronaldo. A inteligência do centroavante pode fazer bem ao garoto e ao time, com tabelas inteligentes no ataque.

Uma terceira opção é jogar com três atacantes, esquema que tem rendido bem no segundo-tempo – e, em geral, saindo atrás no placar. Jorge Henrique e Dentinho trocam bastante de posição e confundem a defesa. A movimentação dos dois e de Ronaldo dá mais opções para os bons passes de Douglas e abrem mais espaço para as infiltrações de Elias e André Santos. A saber o que se passa na cabeça de Mano Menezes.

O Cara

Ronaldo mostrou mais uma vez que é o cara. Jogou quase o jogo todo, teve duas chances claras de gol e guardou uma, além de mais algumas boas jogadas. São dois gols em três jogos, com pouco mais de 130 minutos em campo. É um bom começo, sem dúvida.

Mano Menezes acena com a possibilidade de poupar o craque do jogo contra o Santo André, no domingo. Não entendo nada dessas coisas de recuperação física, mas confesso que queria que o cara jogasse, até porque pretendo ir ao glorioso Bruno Daniel, ali na Grande Mauá. Mas considerando que depois do Ramalhão vem o Santos, a prioridade é que o Gordo jogue dia 22. Seja agora ou no próximo domingo, espero ver logo a dupla Dentinho e Dentão em ação por um período maior. Vai dar samba.

quinta-feira, outubro 09, 2008

As "novas feras" de 1998

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Se tem um tipo de gente que acho sacana é aquele que, depois que algo se consolida, estufa o peito pra dar uma de profeta do acontecido. Ou, de outra forma: aquele que hoje em dia combate algo que era senso comum em determinada época e depois se revelou um fracasso, como que para dar uma de intelectualmente superior.

Justamente por odiar esse tipo de comentário, não o farei. Mas será tarefa difícil.

Toda essa introdução porque me foi apresentada, esses dias, uma capa que a revista Placar fez no ano de 1998. Com a manchete "As novas feras", a publicação elencava quatro jogadores que se destacavam no Brasileirão daquele ano. Os atletas foram chamados de "geração Luxemburgo" - numa referência ao então recém-empossado técnico da seleção brasileira - e, ao longo da revista, dizia-se que eram alguns dos fatores que faziam o Campeonato Brasileiro daquele ano ter um ótimo nível técnico, fundamental para que os torcedores esquecessem a até hoje traumática final da Copa da França.

Mas o fato é que nenhum dos quatro jogadores destacados por Placar acabou por ter uma carreira das mais impecáveis.

O melhor de todos, com sobras, foi Vampeta. Ele jogou demais no Corinthians, tanto em sua primeira passagem, quando foi bi-campeão brasileiro pelo clube, quanto na segunda, quando foi campeão do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil em 2002 e carimbou seu passaporte para a Copa do Mundo daquele ano (cujo título foi comemorado com a épica cambalhota na rampa do Planalto). Mas sua carreira teve manchas que o impediram de ser consolidada como a de um "world class": a passagem pelo Flamengo, marcada pela emblemática e auto-explicativa frase "eles fingem que pagam e eu finjo que jogo" e o final triste, que incluiu participação no rebaixamento do Corinthians durante o Brasileirão de 2007.

Felipe talvez venha em segundo lugar nessa lista. Seu início de carreira foi fulminante. Apareceu no Vasco como um lateral-esquerdo rápido e habilidoso, e que ainda ia bem nas bolas paradas. Foi convocado para a seleção algumas vezes mas depois entrou num período de instabilidade que se mantém até hoje. Passou por inúmeros clubes - Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG, Fluminense e alguns do exterior - e em todos eles foi marcado pela irregularidade. Alternava ótimas partidas com sequências de más atuações e períodos de inatividade causados por seguidas contusões.

Contusão, aliás, é palavra de ordem ao se falar da carreira de André. Apareceu para o mundo do futebol na metade da década de 1990 como destaque no gol do Internacional. Logo o compararam a outro arqueiro revelado no Beira-Rio, um tal de Taffarel. Foi para a seleção em 1997 e, no ano seguinte, dirigiu-se ao Cruzeiro, que procurava um substituto para Dida. E aí se iniciou o calvário do goleiro. Sucessivas contusões, em partes diferentes do corpo, o impediram de ter uma carreira consistente no clube azul. Voltou para o Inter e encerrou a carreira defendendo o Juventude. Vai para aquela lista de jogadores de quem não se sabe exatamente o que poderiam ser, dada a imensa quantidade de lesões.

Por fim, Fábio Júnior. Este teve um início de carreira meteórico. Seu Brasileirão de 1998 foi supremo - arrisco dizer que foi um dos melhores campeonatos que vi alguém fazer. Tanto que não foi surpresa quando o Cruzeiro o negociou por 15 milhões de dólares com a Roma, no final daquele ano. A partir daí, a carreira do centroavante degringolou. E olha que ele nem pode colocar a culpa nas lesões. Retornou ao Cruzeiro, foi para o Palmeiras, jogou no Atlético-MG e em nenhum desses times foi sombra daquele craque que pintava no segundo semestre de 1998. Hoje, já em fim de carreira, está no Bahia, onde ainda não jogou por pendências burocráticas.

Enfim, erros assim acontecem em todos os lugares do mundo. Aliás, digo mais: não dá para chamar isso de erro. É apenas um chute mal dado, digamos assim. E brincar de futurologia faz parte da maneira com a qual vemos o futebol.

terça-feira, julho 22, 2008

Corinthians perde a invencibilidade e Felipe, a moral

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Após 11 jogos, o Corinthians perdeu a invencibilidade na Série B do Brasileiro, na partida contra o Bahia. A derrota por 0 a 1 (o jogo foi no Pacaembu) tem muitos motivos e pelo menos um culpado: o goleiro Felipe, cuja aura de heroísmo, conquistada com boas atuações no ano passado, já acabou.

Convém analisar o fenômeno Felipe. Ele chega ao clube em 2007, numa leva de jogadores do Bragantino que incluía Everton Santos, Moradei e Zelão. Com boas atuações e uma série de milagres, ajuda a retardar o trágico desfecho da participação corintiana, mas não consegue evitar o rebaixamento. Mas ganha a posição e a aura de ídolo, ou quase isso. Eu mesmo cheguei a escrever que ele tinha tudo para entrar para a história do Timão, se ficasse um tempo no time.

No entanto, mesmo nesse bom momento, Felipe pisava na bola quando decidia falar. Tem uma postura um tanto arrogante e mais de uma vez jogou a responsabilidade por derrotas nos companheiros.

E mesmo em suas atuações já se percebiam falhas: problemas ao sair do gol e, principalmente, a mania de rebater bolas para dentro da área. Alguns dos milagres protagonizados por ele só existiram porque o próprio goleiro criou a situação trágica, ao rebater nos pés do adversário bolas chutadas de longe. No frigir dos ovos, Felipe tem muita agilidade e excelentes reflexos, mas pecava em alguns fundamentos. Coisa que se corrige com treinamentos, se você souber onde estão os erros, assumi-los e trabalhar neles.

No início deste ano, quando o time começa a se remontar, uma das prioridades era segurar Felipe e Finazzi (pra você ver o nível do time no ano passado). O goleiro e seu empresário armaram um salseiro no negócio, ajudados pelo dublê de manager Antonio Carlos. Justa ou injustamente, o goleiro levou a fama de mercenário e gastou de uma vez só quase toda a moral adquirida no ano anterior.

Depois disso, foi pro jogo, e continuou tendo boas atuações e tomando gols evitáveis. Caiu de produção e foi para o banco após a derrota para o Sport na Copa do Brasil (em atitude controversa de Mano Menezes, que o inocentou num dia e rifou no outro). Voltou e fez boa partida, depois da qual sua mãe declarou à TV Bandeirantes que tinha aconselhado o jogador a ficar no clube no início do ano e que agora daria o conselho inverso.

Nisso tudo, em meio a boas e más atuações, ser chamado de ídolo e de mercenário, a única coisa inabalável foi o ego de Felipe. É um caso impressionante de auto-estima bem construída. Depois da final contra o Sport, disse sem pestanejar que quem o acusa de haver falhado não era treinador de goleiros para avaliar. Contra o Bahia, pediu desculpas no momento do gol, mas disse que tinha sido sorte de quem cobrou a falta. Nada abala o ego do rapaz.

Autoconfiança é muito importante para qualquer pessoa, ainda mais um goleiro, posição mais solitária do futebol, segundo o poeta. Mas ela deve vir acompanhada de uma boa dose de autocrítica para que o cabra perceba os erros e trabalhe para corrigi-los. Felipe é bom goleiro e tem potencial para ser ainda melhor, mas precisa descer do pedestal e ir trabalhar.

Achei que aquela temporada de banco tinha servido para baixar a bola do rapaz. Mas temo que esse ego inabalável e imponderado do rapaz tenha abortado o processo. Felipe precisa treinar fundamentos, melhorar seu senso de colocação e sua saída do gol. Principalmente, precisa aprender a receber críticas e tentar aprender com elas. Não pode achar que é intocável em lugar nenhum, ainda mais num time grande e com uma torcida apaixonada (e como tal, nem sempre racional) como o Corinthians.

Mas e o resto?

Felipe não é, obviamente, o único respondsável pela derrota. O pessoal do ataque e meio-campo corintiano tem deixado a desejar. Uma série de desfalques demonstraram que faltam peças de reposiçaõ ao time, especialmente no meio. Douglas, Diogo Rincón, Fabinho e Nilton deixaram saudades, já que Lulinha não é meia (e o que ele é mesmo?) e Elias não consegue carregar o setor sozinho. Douglas volta contra o Ceará, junto com Dentinho e Chicão. E Diogo Rincón já está na última etapa de sua recuperação, o que pode ajudar.

Por fim, mais uma conseqüência importante dessa derrota foi que meu pai terá que pagar uma dúzia de cervejas para um amigo, com quem havia apostado que o Corinthians não perderia nenhuma partida na Série B. Pelo menos o anti-corintiano passou 11 rodadas sofrendo com o assunto.

quarta-feira, junho 25, 2008

Sobre Corinthians, Bragantino, Felipe e Rede Globo

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O Corinthians entra em campo hoje contra o Bragantino pela Série B do Brasileiro. E se a liderança continua folgada, o empate com a Ponte Preta lembrou aos corintianos que existem adversários no campeonato.

O time da terra da lingüiça não cumpre campanha muito abonadora nesse começo de campeonato, estando em 15º lugar, com 8 pontos em sete jogos. Mas pela tradição, o Braga pode ser um dos incômodos na escalada mosqueteira de volta à elite do futebol.

No Corinthians, não jogam Fabinho, que cumpre suspensão, Alessandro, machucado, e Felipe, afastado por Mano Menezes. Nas respectivas posições entram Nilton, Carlos Aberto e Júlio César. Das trocas, a dos volantes complica um pouco mais, pois Fabinho tem mais condições de sair jogando e ajudar a organizar o meio-campo que o voluntarioso Nilton.

Mas é a troca dos goleiros que chama a atenção. Felipe nunca foi gênio ou melhor goleiro do Brasil, como diziam um tempo atrás. Recentemente, cometeu algumas falhas e tomou alguns gols que, se não chegam a ser erros, poderiam ser evitados, ainda mais para um goleiro da estatura da expectativa criada em torno dele.

O fato é que após a derrota para o Sport, Mano Menezes começou um processo de fritura do arqueiro, bem como do menos comentado Wellington Saci. Hoje leio na Folha de S. Paulo que “Felipe dificilmente voltará a vestir a camisa do clube, que espera negociá-lo”.

Eu não acho que um erro, por mais grave que seja, seja o suficiente para rifar um jogador. Felipe é bom goleiro, mesmo que não venha a se tornar o gênio cantado – inclusive, e talvez principalmente, por seus agentes – ano passado. Wellington Saci teve pouquíssimas chances de jogar, mas é bem jovem e pareceu um cara habilidoso, que poderia render alguma coisa.

Afastar os dois do elenco, o goleiro com a justificativa de “falta de comprometimento nos treinos” e o lateral sem mais explicações, é uma bela estratégia de venda, não? Parece o discurso do governo FHC na época das privatizações: a empresa é uma merda, não dá lucro, está inchada, por isso vamos vender. Desvaloriza ao máximo seu produto.

Eu discordo da fritura dos dois jogadores, que o próprio técnico isentou de culpa após o jogo contra o Sport. Tomara que consigam vender bem o Felipe, porque o Saci provavelmente fica encostado até sair de graça.

Mas Júlio César, que não tem nada a ver com isso, vem cumprindo excelente papel, inclusive pegando pênalti contra a Ponte (o que mostra que o jogo não foi fácil). Seja quem for, que continue resolvendo.

TV

Um dado interessante sobre o jogo do Timão é que ele acontece hoje, quarta-feira, enquanto os jogos da Série B sempre ocorrem às terças e sábados para não competir com a divisão principal. Outro dado, complementar, é que ele vai passar na televisão em São Paulo, mesmo com o Fluminense jogando a final da Libertadores no mesmo horário.

O jogo do alvinegro estava previsto para p sábado, mas a mudança foi feita a pedido (sic) da rede Globo. Por mais que eu goste de tripudiar falando da grandeza do Corinthians e coisa e tal, numa análise fria, o fato é bastante ridículo.

Frase

"As leis são como as teias de aranha ; os pequenos insetos prendem-se nelas, e os grandes rasgam-nas sem custo."

A frase, que recebi por e-mail, é atribuída a Anacarsis, que, segundo a Wikipédia, foi um príncipe e filósofo escita (povo do sudeste da atual Rússia), que viveu por volta de 600 a.C. Triste pela atualidade.

quinta-feira, maio 29, 2008

Jogaço! Corinthians na final da Copa do Brasil!

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Um momento, uma ressalva. O jogo começou e seguiu morno durante todo o primeiro tempo. Algumas jogadas que poderiam ser perigosas, principalmente do Corinthians, mas nada que valha memória. Esqueçamos o primeiro tempo. Este, se valeu por algo, foi pela garra do Herrera. Só.

O segundo tempo começou com o gol de Acosta aos seis minutos. Que bela jogada de Herrera! Meio estabanadão, parecia que ia trombar com o zagueiro como sempre, mas limpou lindamente pela direita e centrou pro Acosta bater com consciência no canto esquerdo do goleiro Castillo. Senti que o Corinthians estava classificado. E não fui só eu. Acho que os jogadores também devem ter sentido. E pagaram por isso.

O gol do Botafogo, um minuto depois, foi daqueles que time toma no abafa da empolgação. Escanteio batido, falha feia do goleiro Filipe, que saiu mas não saiu, aí tomou uma bola no peito, espirrou pra trás e tomou. Bizonho.

O gol do Chicão de falta foi realmente muito bonito. De verdade, o Corinthians fez dois lindos gols. Aliás, o Timão tem feito gols realmente empolgantes.

Parênteses: esse Chicão, zagueiro que demonstrou fino trato com a bola ao bater a falta, na marcação é um tosco. Ele atropela os atacantes, e não fosse o árbitro um bunda-mole o teria expulsado no lance em que quem tomou amarelo foi o capitão corintiano William. Na realidade, Chicão é quem deu uma bordoada na nuca do botafoguense.

Que me perdoem se não estou analisando tática. Nem me lembro dos nomes dos jogadores da Solitária que participaram das jogadas. É um torcedor falando, que viu o jogo de um lado só. E viu um Corinthians guerreiro e digno de ser campeão.

O Luciano do Vale (que aliás pra lembrar nome de jogador é pior que eu...) falou, mas eu já tinha reparado: o Herrera parece o Casagrande, com aquele jeito de olhar a jogada de boca aberta, sem nenhuma elegância, meio desengonçado até, mas brigador, e extremamente perigoso dentro da área. Falta um gênio como Sócrates pra jogar junto, que aí ele renderia muito mais...

Mas não há por que ficar sonhando. O Corinthians cobrou os pênaltis e está, de fato e de direito, na final da Copa do Brasil. Vai pegar uma casca, que é o Sport de Recife. Mas, pasmem todos os secadores (que não são poucos), pode chegar à Libertadores do ano que vem!

Como diria Lawrence da Arábia, "Nothing is written". Vamos, vamos, meu Timão, não pára de lutar!

segunda-feira, novembro 12, 2007

Felipe, de novo, salva o Corinthians

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O Corinthians não jogou mal no equilibrado jogo do Serra Dourada, dominou o início do segundo tempo e até poderia ter saído com a vitória. Dois personagens, no entanto, que assombram o Corinthians nos últimos jogos, resolveram dar as caras: a Zica e o Iran.

O gol de Paulo Baier quase me levou ao desespero. Era o monstro da Zica outra vez, uma bola espirrada sobra para o melhor jogador do adversário. Claro que há uma falha de marcação aí, Baier está sozinho, mas aquela bola precisava mesmo ir parar no pé do cabra?

Minutos depois, cabeçada certeira do mesmo Fábio Ferreira, que até aquele momento eu culpava equivocadamente pelo gol do Goiás. O goleiro podia ter pegado, mas não chegou a tempo, dando mostras de que a Zica goiana está mais forte que a alvinegra.

O Corinthians voltou melhor no segundo tempo, pressionou e teve boas chances com Dentinho e Lulinha, mas o gol não saiu. O Goiás se reorganizou lá pela metade da etapa e começou a apertar, mas sem criar grandes oportunidades. Até que apareceu a segunda assombração do calvário corintiano. Iran resolveu dar uma bicicleta no meio da área para tirar uma bola e acertou um chute quase na cara de Harison. Penalti.

O ridículo da jogada só abrilhantou o que veio depois. Felipe, sempre ele, que já tinha feito pelo menos umas quatro defesas importantíssimas, pegou a cobrança de Paulo Baier e saiu comemorando como se tivesse feito um gol. Detalhe: na comemoração, abraçou o infeliz do Iran, dando força para o companheiro. Atitude de gente grande, de líder, de ídolo.

Arce ainda meteu uma bola na trave no final, numa bela jogada que teria aumentado ainda mais a catarse da minha sofrida tarde. O resto, foi o resto.

Felipe está hoje entre os melhores goleiros do Brasil e já é ídolo da Fiel Torcida (que levou 18 mil pessoas ao Serra Dourada, segundo a PM, de um público total de cerca de 40 mil). Tem tudo para fazer história no Corinthians, se decidir ficar mais uns anos. Espero que a diretoria faça sua parte para segurá-lo.

Agora, o Corinthians pode escapar definitivamente do rebaixamento na próxima rodada. Precisa ganhar do Vasco e que Goiás e Paraná percam respectivamente de Atlético MG e Santos (o Peixe pode até empatar). Eu pretendo estar no Pacaembu no jogo conta o Vasco e acho que o Corinthians tem condições de levar essa. Depois da derrota para o Flamengo, o Santos precisa do resultado para se garantir de vez na Libertadores. O Atlético precisa dos pontos se quiser disputar a Copa Sul-americana ano que vem. Pois que façam sua parte e vamos ver se dá pra resolver essa questão antes da última rodada.

Nova campanha

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Depois de ver Corinthians e Goiás, só consigo pensar em uma coisa:

na Campanha Fora Felipe!

A idéia é que torcedores dos adversários do Corinthians façam uma grande vaquinha para comprar o passe do jogador. O que fazer com ele depois eu não sei. Mas já seria um adianto para acabar de vez com as pretensões do time da Marginal sem número.