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Zagueiro chegou e já estreou com vitória |
Antônio Carlos no Botafogo: de 2011 a 2013 |
Repatriado em 2007, jogador não emplacou |
Gol nos acréscimos e título carioca de 2005 |
Zagueiro chegou e já estreou com vitória |
Antônio Carlos no Botafogo: de 2011 a 2013 |
Repatriado em 2007, jogador não emplacou |
Gol nos acréscimos e título carioca de 2005 |
Não é que Luan decida, o pé dele é que anda quente. Um jogo depois de perder para o Ceará e na estreia do ex-santista campeão da Libertadores da América Maikon Leite, o Palmeiras venceu por 2 a 0 o Atlético-GO no Canindé.
Tudo bem, a chulapa do Maikon Leite também é aquecida. Primeiro, porque ele marcou um e jogou bem em sua primeira partida como titular. E, de que outra forma explicar a corrida em diagonal desempenhada por Márcio Araújo? O aplicado porém limitado volante carregava a camisa 100 – número de partidas em que atuou com o manto alviverde – demonstrou habilidade incomum e deu um passe para o estreante que carregava a 7.
O segundo foi de Marcos Assunção, de pênalti sofrido por Gabriel Silva. O lateral-esquerdo protagonizou menos lances ofensivos do que seu colega da direita, Cicinho. O 2, com o estreante, promoveu momentos interessantes para o torcedor. É que um ala e um atacante aberto fazem bem para o ataque.
Luan pouco fez, mas participou da movimentação do ataque. Wellington Paulista quase marcou, com bola na trave e tudo. Se os rumores sobre a ida ao Cruzeiro ou a Internacional de Porto Alegre se confirmarem, é capaz de o jogador, contratado para ser o homem-gol, abandone
O resultado foi bom diante do time de PC Gusmão. Muito diferente de 2010, quando o Palmeiras perdeu as duas partidas no Campeonato Brasileiro e o jogo de volta na Copa do Brasil (no qual foi desclassificado nos pênaltis).
Foi a vitória de número 500º da história do Palmeiras em competições nacionais reconhecidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – somando Taça Brasil (de 1959 a 1967), Torneio Roberto Gomes Pedrosa (de 1967 a 1970) e Brasileirão pós-1971.
As probabilidades não são as maiores do mundo, mas fica a torcida.
Mais uma rodada completada da reta final do Brasileirão, vulgo o torneio do mimimi e do chororô, tão presentes nas três últimas rodadas e que ainda vão ser a tônica nas próximas vinte partidas. Agora, o Fluminense volta a estar na frente depois da goleada sobre o São Paulo, o Corinthians está um ponto atrás após o empate com o Vitória em 1 a 1 e o Cruzeiro voltou à briga ao vencer o Vasco por 3 a 1.
O Santos venceu ontem o Atlético-GO na Vila por 4x2. Foi uma virada sensacional: o adversário vencia por 2x1 os 30 do segundo tempo, e o Peixe mostrou garra e talento para virar o placar e sonhar, ainda que de forma tímida, com o título do Campeonato Brasileiro.
Acontece que, hoje, ninguém está falando sobre isso. O que todo mundo discute é a insubordinação que Neymar mostrou ao final da partida.
Eu preferia fazer um texto sobre a reação do time, sobre a boa atuação de Madson, sobre mais uma pífia jornada de Keirrison e Marquinhos, mas não tem jeito. Falemos de Neymar, então. Por isso o "Tá bom, vai" do título do post.
Neymar já estava nas manchetes desde o início da semana. No domingo, quando o Peixe foi derrotado pelo Ceará, Neymar se estranhou com atletas do time adversário e iniciou uma confusãozinha que culminou em pancadas nas costas de Marquinhos.
Iniciou-se aí um blablablá chato, com o pai de Neymar dizendo que o garoto precisava de mais auxílio psicológico, inúmeros jornalistas dizendo que o jogador estava chato e mimado demais, e poucos - eu incluído - apontando que ele estava sendo caçado pra caramba em campo, e que suas indiscutíveis demonstrações de chatice não legitimavam atos de violência contra ele. A tal da carretilha contra o Ceará foi o maior exemplo disso (a 3:30 aqui). Ele tenta o drible, é parado pelo zagueiro que usa o braço, e o juiz manda seguir. Soou, ao meu ver, algo como "quem mandou fazer graça? Agora aguenta".
Então chegamos no episódio de ontem. Que é completamente diferente do de domingo, e dos antecessores que envolvem o garoto. Ontem, Neymar se insubordinou com seu técnico. Falou palavrões, o ofendeu em público. Foi além da "discussão de quem quer ganhar o jogo", algo que comumente se fala quando dois profissionais do mesmo time discutem durante uma partida.
E aí não há muito o que fazer. A diretoria tem que punir Neymar - sei lá se com uma multa no salário, ou qualquer outra coisa. Tem que ter cautela para não punir o time. Afinal, com Robinho e Ganso fora do time, a ausência de Neymar teria como principal vítima o próprio Santos, e não o atleta.
Prevejo dezenas de dias chatos, repletos de comentários repetitivos sobre tudo o que acontece com Neymar. E não me preocuparei em rebatê-los. Minhas respostas também seriam repetitivas. No fim, cada um acaba acreditando no que quer acreditar.
Renê Simões
"Estamos criando um monstro", disse o técnico do Atlético-GO - time que levou quatro gols em quarenta minutos, está na zona do rebaixamento e, portanto, teria muito o que explicar à sua torcida - após o jogo de ontem.
Desde que comecei a acompanhar futebol, uma coisa que sempre vi como unanimidade foi o fato de ser anti-ético um profissional de um time fazer críticas sobre outra equipe. Nunca pegou bem, sempre foi repreendido pela imprensa, pelos próprios profissionais.
Aí Renê solta esse caminhão de sentenças sobre Neymar, e a reação geral parece ser de apoiá-lo. "O professor Renê tem muita experiência no futebol, sabe o que fala". Realmente, parece saber mesmo. Por conta de tudo o que disse, ninguém parece estar preocupado com o vexame que o time dele deu ontem...
Goleada em casa é triste. No dia do aniversário, pior. Foi por 3 a 0 a derrota do Palmeiras para o Atlético-GO. Ou melhor, para Elias, autor de todos os tentos goianos.
O time parece sofrer apagões em algumas partidas. Depois do 0 a 0 contra o Guarani no fim de semana, nesta quinta-feira, nem a defesa funcionou.
O Palmeiras só jogou nos primeiros cinco minutos, parecendo que ia impôr um ritmo ótimo para a partida. Mas parece que gastou todo o futebol que tinha separado. Os visitantes crescera, Diguinho que estreiava mostrou serviço e criou boas chances para Elias resolver.
Valdívia criou jogadas, mas foi andorinha solitária, daquelas que não fazem verão. O trabalho pela esquerda fez Rivaldo aparecer mais, mas não a ponto de resolver. A melhor jogada foi justamente em um passe do chileno para o volante que vem jogando na ala esquerda, aos 11 minutos do segundo tempo.
O jogo foi mesmo de Elias, que abriu o placar de pênalti cometido por Gabriel Silva. Ampliou dez minutos depois, aos 37, em chute cruzado. Depois, na etapa final, o camisa 10 marcou de novo quando o relógio marcava 38. E o Atlético-GO ainda perdeu chances com Marcão.
A torcida, que pediu raça e empenho, terminou a partida cantando o hino do Palmeiras, sonhando com a defesa que ninguém passa e a linha, atacante de raça.
Na sétima rodada do brasileiro, cinco derrotas e zona do rebaixamento para o Galo, completadas no 1 a 0 para o Ceará em pleno Mineirão.
Eliminado nas quartas de final, o Palmeiras vai ter de repensar a fase com calma antes do Brasileirão. Nos pênaltis, mesmo com Marcos, o Goleiro, defendendo três cobranças, o time conseguiu perder quatro.
O Atlético-GO venceu no Serra Dourada no tempo regulamentar pelo mesmo placar que o alviverde no Palestra Itália. O mesmo 1 a 0,com gol de Marcão aos 25 minutos do segundo tempo.
Pierre continua na fase sem pontaria nos desarmes e fazendo muito mais faltas do que o necessário – e do que fazia em 2009. Foi expulso por isso. E a vantagem foi aproveitada pelo time da casa.
O Palmeiras ainda tomou pressão e não tomou o segundo por causa de Marcos e da falta de pontaria.
Nos pênaltis, uma calamidade. Ewerthon foi o único palmeirense a marcar, enquanto Danilo, Figueroa, Ivo e Cleiton Xavier perderam, com Márcio brilhando também em três. Marcos, o Goleiro, defendeu três, mas tomou dois. Eliminado.
Tristeza.
A situação, de um lado, fica mais triste com a notícia de que Diego Souza deve mesmo sair do Palmeiras. As ofensas trocadas com a torcida e a falta de disposição do camisa 7 para pedir desculpas empurram o cabra para fora. Ele não vinha jogando bem e sequer foi relacionado para viajar, por contusão.
Dois dos três principais nomes do Palmeiras de 2009 estão mal. Diego e Pierre estão distante em termos de forma física e ritmo de jogo do que foram. Cleiton Xavier oscila, inclusive porque passou alguns jogos contundido.
Vieram reforços, mas demanda trabalho para as coisas poderem ser mais promissoras.
O Palmeiras venceu. Por 1 a 0. Gol de pênalti, de Cleiton Xavier. Não foi uma atuação genial, só garantiu a vitória pelo menor placar possível. O Atlético-GO do técnico Geninho levou perigo no contra-ataque mas deixou, como é comum fazer na Copa do Brasil, a obrigação de atacar para o time da casa.
O Verdão atacou, criou mais chances, mas como nas partidas anteriores contra o também Atlético, mas do Paraná, ainda falta achar espaço para finalizar quando a bola chega perto da área adversária. A diferença em relação ao que o time apresentava no começo do ano é a capacidade maior de chegar com trocas de passes perto da área.
Os visitantes criaram chances de perigo, com bola na trave e milagre de Marcos, o Goleiro, no segundo tempo. Muito na base de contra-ataques. Mas a defesa anda funcionando razoavelmente, com menos faltas.
Cleiton Xavier, de volta depois de cinco jogos de contusão, foi o dono do meio de campo, ao lado de Lincoln. Jogou bem, deixou claro que é titular.
Robert e Diego Souza ficaram no ataque, mas esses atletas tiveram participações limitadas: não fizeram gol. Ambos foram substituídos.
O primeiro, camisa 20, deu lugar a Ewerthon, que não salvou a pátria. Já Diego Souza, quando saiu para Paulo Henrique entrar, sentiu o que é a turma do amendoim. Após uma sequência de partidas em que não está jogando o que pode nem o que acostumou a torcida a esperar, o camisa 7 levou uma vaia.
O que piora o humor de Diego é que o repatriado da Holanda Paulo Henrique foi quem sofreu o pênalti, aos 48 do segundo tempo, que deu origem ao único gol do jogo. Contornos de ziguezira na vida do meia palmeirense.
Para este torcedor, Diego está, no mínimo, sem ritmo de jogo. Embora eu tenha uma impressão danada de que ele esteja fora de forma.
Marcos Assunção estreiou bem, com direito a uma sequência de cinco escanteios. Com Cleiton Xavier na função de cobrar faltas e escanteios, o time não costumava conseguir esses momentos de mais pressão.
O time continua precisando se acertar mais, mas melhora com os reforços que chegam. Opções importantes para o elenco, pensando no brasileirão.
Acabou neste sábado a Série B de 2009. Na prática, a última rodada definia somente o último dos quatro rebaixados, já que os classificados para a Série A e três dos que foram para a Série C já eram conhecidos. O Juventude, rebaixado para segunda divisão em 2007, perdeu para o Guarani em Campinas por 2 a 1 e vai disputar a Terceirona em 2010 junto com ABC (o lanterna), Campinense e Fortaleza.
O Vasco, campeão da Segundona, mandou quase o time todo reserva para Ipatinga e perdeu para a equipe da casa, que lutava para fugir do rebaixamento. O Guarani ultrapassou o Ceará e ficou com o vice, com o Atlético-GO na quarta posição. Os goianos vão disputar a primeira divisão 23 anos depois de sua última participação na Série A.
A política do cerrado e o "time de aluguel" de Campinas
O Atlético-GO é um desses casos curiosos de ascensão meteórica. Depois de quase ter seu estádio demolido para a construção de um shopping em 2001, conseguiu vencer a segunda divisão estadual em 2005 e no ano seguinte já disputava a final do campeonato goiano, ficando com o título em 2007. Em 2008, foi campeão da Série C e agora chega à elite do futebol brasileiro.
A turbulência para o Dragão do cerrado se manter na Série A pode vir de fora das quatro linhas. O presidente do clube, Valdivino de Oliveira, é também secretário de Fazenda do governo do Distrito Federal, que está lidando com um rotundo escândalo que pode resultar no impeachment de José Roberto Arruda. O cenário pode complicar ainda mais nos próximos dias e Juca Kfouri já cantou a bola.
Outro clube que conseguiu um acesso duplo foi o Guarani. Curioso que, no meio dos acessos para a Série B e a A, o Bugre caiu para a segunda divisão do Paulista. Nada mais exemplar do cenário caótico do futebol daqui. Do time que caiu na partida contra o Bragantino, apenas um jogador, o reserva Dairo, participou também do jogo contra o Bahia, que decretou a volta do Guarani à Série A. Uma equipe totalmente reformulada, com a batuta do técnico Vadão, que recomendou a contratação de muitos atletas que disputaram o Paulista em equipes que disputariam a Série C e D no segundo semestre.
Como vai disputar a segunda divisão do Paulista, as chances de manter os atletas é quase zero. Segundo as palavras do próprio Vadão, "atualmente o Guarani é um time de aluguel. Contratamos para esta temporada cerca de 27 atletas que, na sua maioria, pertencem a empresários ou empresas, interessados em lucrar no final do ano. Então, com a bela campanha nesta Série B, dificilmente eles ficarão aqui em 2010", afirmou à ESPN Brasil. Ou seja, o Bugre vai montar uma equipe para o primeiro semestre do ano que vem e outra, substancialmente distinta, para o segundo semestre. E pobre do treinador que tem que lidar com isso...
A volta de PC Gusmão
Já o Ceará, o popular Vozão ou Vovô, comemora o acesso e também o rebaixamento do rival. E se tem alguém com crédito na campanha é PC Gusmão. Ele assumiu a equipe na quarta rodada, no lugar de Zé Teodoro, com a equipe na zona do rebaixamento. Ficou três partidas sem vencer, chegou à lanterna e daí começou a reação que levou o Ceará ao G-4 ainda no primeiro turno. Agora, o treinador já é cotado como provável substituto de Dorival Junior em São Januário.
Quanto ao Vasco, a campanha foi razoavelmente tranqüila. Embora o time tenha terminado com nove pontos a menos que o Corinthians, campeão do ano passado, pode-se dizer que o campeonato de 2009 foi mais equilibrado, já que não tinha uma “baba” como o CRB, que terminou na lanterna com 24 pontos, 11 a menos que o ABC, lanterna dessa edição. O Barueri, com a pontuação de 2008 também não se garantiria no G-4 de 2009.
Como já é hábito entre os times grandes que caem, a torcida foi um diferencial na trajetória vascaína. A média foi de 25.730 por partida, maior que a do Timão do ano passado, mas menor que a do Santa Cruz em 2007 e que a do Atlético-MG em 2006. A média de público desse ano, sem contar o da última rodada, foi maior que a de 2008: 6.571 contra 6.291.
O público vexatório do Duque de Caxias
A média poderia até ter sido maior se não fossem Bragantino (725 pagantes por mando de jogo), Ipatinga (1.024), São Caetano (1.310) e do Duque de Caxias (1.683). No caso do time carioca, dois fatos a destacar: a média só não é a pior da Série B por conta do jogo contra o Vasco, realizado no Maracanã. No resto do campeonato, pelo estádio onde costuma mandar as partidas não ter a capacidade mínima exigida pela CBF, foi mandante em Mesquita e em Volta Redonda. Todos os jogos com públicos pífios.
Na sexta-feira, entretanto, uma verdadeira façanha do Duque em Volta Redonda, na vitória por 4 a 1 contra a Ponte Preta: cinco pagantes assistiram à partida. Isso mesmo, cinco testemunhas, o pior público da história da Série B. Se o regulamento permitisse alguma flexibilidade na questão da capacidade mínima, a equipe poderia ter jogado em casa e ter uma média um pouco melhor do que teve. Mas pedir racionalidade pra cartola às vezes é difícil...
Leia mais sobre a Série B no Série Brasil.
As divisões inferiores do futebol brasileiro tiveram acontecimentos importantes nessa semana. A saber:
Mais um leão na elite
O Avaí, de Santa Catarina, é o segundo clube matematicamente promovido para a Série A do ano que vem (o primeiro eu não preciso dizer qual é, certo?). O Alvi-anil de Florianópolis conquistou o tão sonhado acesso na noite de terça-feira, ao vencer o Brasiliense por 1x0 (gol de Evando, ex-Santos, na foto).
O "tão sonhado" acima não é uma muleta textual, nem uma repetição do óbvio. É que talvez a torcida avaiana seja a que mais desejava o acesso. Por dois motivos: o primeiro é a síndrome do "quase" que atingiu o Leão nos últimos anos. O clube cansou de liderar ou ficar entre os primeiros na Série B e, na hora H, perder o acesso. Agora espantou essa zebra. E o outro motivo é a comparação com o maior rival, o Figueirense. Como comparativo, vale lembrar que o alvinegro disputa desde 2002, de maneira initerrupta, a Série A, o que acredito eu que deva ser um recorde entre os clubes de Santa Catarina. Se o Figueirense escapar do rebaixamento na Primeira Divisão, teremos um eletrizante clássico no ano que vem.
O técnico do Avaí é Silas, meio-campista ex-São Paulo e seleção brasileira. E como curiosidade, vale ressaltar que o acesso do Avaí pode registrar um "inchaço" de leões na Série A do ano que vem: Vitória e Sport estão na elite, a Portuguesa, que também tem o felino como mascote, luta para sobreviver, e o Bragantino ainda tenta o acesso. Com essa configuração, teríamos 1/4 dos times da Série A tendo o "Rei dos Animais" como mascote.
O campeão que viu o jogo pela TV
Na Terceira Divisão, um acontecimento de deixar de cabelos em pé os defensores dos pontos corridos. O Atlético-GO se sagrou, ontem, o grande campeão do torneio, quando estava... em casa! Sim, isso mesmo. O clube não precisou jogar para levantar a taça. Bastou assistir, no conforto da concentração, a derrota da Campinense-PB para o Rio Branco-AC por 2x1 para comemorar o título.
Uma conquista merecida - o Dragão sobrou em todo o campeonato e já havia passado perto do acesso em 2007 - mas um tanto quanto sem graça, reconheçamos.
Mas se por um lado o título está definido, sobrarão emoções na definição das outras três vagas de acesso à Série B de 2009. Todos - isso mesmo, todos - os outros sete times têm chances concretas de acesso (os quatro primeiros sobem). A Campinense-PB está praticamente lá, com seus 19 pontos, bastando apenas um ou dois para garantir a vaga. Quanto ao resto, tudo pode acontecer. Hoje, no jogo das faixas, o Atlético-GO pega o Brasil-RS no Serra Dourada e, fechando a rodada, o Guarani recebe o Duque de Caxias-RJ.
Aconteceram ontem os jogos da última rodada da terceira fase da Série C brasileira, a popular terceira divisão. Foram definidas as oito equipes que ainda permanecem na briga pelas quatro vagas na Série B de 2009. Os classificados são Guarani-SP, Brasil-RS, Rio Branco-AC, Confiança-SE, Duque de Caxias-RJ, Campinense-PB, Atlético-GO e Águia de Marabá-PA.
A lista é bem, bem heterogênea. Não apenas pelo interessante fato de que os oito times venham de estados diferentes, mas também por diferenças abismais de "camisa" e do momento atual de cada uma das equipes.
Quem encabeça a lista em termos de tradição é o Guarani de Campinas. O bugre, aliás, pode obter um feito inédito caso seja o campeão da Série C: será o primeiro time brasileiro a ser campeão nacional em três divisões diferentes (ganhou a primeira divisão em 1978 e a segunda em 1981). E o Guarani pode ser considerado favorito ao acesso não apenas pela sua camisa, mas também bela boa campanha que vem fazendo: nessa terceira fase, foi o único time que permaneceu invicto, em grupo que continha também Marcílio Dias-SC, Ituiutaba-MG e o Brasil de Pelotas.
E falando no time gaúcho, esse é outro que merece destaque no octogonal da terceirona. Apesar de ter feito má campanha no Gauchão (caiu logo na primeira fase, ficando em sétimo lugar num grupo com oito equipes), o Brasil levou a Série C muito a sério e mostrou disposição de subir desde o início. Tanto que em todas as fases se classificou sem muitos problemas. E agora, no octogonal, aposta na sua torcida - considerada uma das mais fanáticas do país - para conseguir o sonhado acesso à segunda divisão.
Aqui, à distância, também arriscaria um chute em Atlético-GO e Rio Branco-AC para conseguir as outras duas vagas. Os goianienses já estão merecendo melhor sorte no futebol nacional há algum tempo. No ano passado, passaram bem perto de subir de divisão - era só ter ganhado do já eliminado Barras para celebrar o acesso. E, em 2008, impuseram uma das maiores zebras do futebol brasileiro, quando eliminaram o Grêmio da Copa do Brasil em pleno Olímpico. Quanto ao Rio Branco, o palpite também se baseia no bom desempenho no ano passado - os acreanos fizeram ótima campanha nas duas primeiras fases e só perderam a vaga para o Bahia na terceira com um gol histórico aos 46 do segundo tempo - e na Arena da Floresta, belo estádio que a capital do Acre tem e que ainda dá esperanças para que a cidade receba jogos da Copa de 2014.
Quanto aos outros competidores, admito meu total desconhecimento sobre o futebol de Confiança e Campinense, e portanto não sei o que esperar desses times. No caso de Duque de Caxias e Águia de Marabá, ambos já começam o octogonal com um ponto bem desfavorável: por conta do regulamento que prevê a capacidade mínima de 15 mil nos estádios para essa fase, os dois terão que jogar fora de suas casas. O Duque provavelmente jogará no Engenhão, distante cerca de 50 quilômetros de sua sede; já o Águia sairá bem, bem prejudicado. O estádio adequado mais próximo de Marabá está em Belém, distante "apenas" 500 quilômetros da base do time...
O octogonal se inicia no sábado (4) com os seguintes jogos: Brasil x Rio Branco, Duque de Caxias x Confiança, Campinense x Atlético e Águia x Guarani. Lembrando que o sistema de disputa é o velho e bom "todos contra todos em turno e returno", e sobem para a Série B os quatro melhores classificados. Veja a tabela completa aqui.