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Matéria do site IG diz que cientistas americanos testaram, com sucesso, um composto à base de "maconha artificial" para tratamento do Mal de Parkinson. Um coquetel que aumenta os níveis de substâncias naturais no cérebro (e que geram efeitos semelhantes aos da maconha) foi testado em ratos de laboratório. Os bichos - que foram projetados geneticamente para apresentar os sintomas da doença degenerativa que causa tremores, movimentos espasmódicos e rigidez - conseguiram se movimentar normalmente 15 minutos depois de ingerir o coquetel. No dia em que inventarem a "cachaça artificial", os ratos voltarão a se movimentar sem coordenação...
Notinha da coluna "De prima", do Lance!, revela que o presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Walter D'Agostino, criou um canal para que os conselheiros tomem conhecimento dos projetos mais importantes do clube. E o batizou de Pinga-Fla.
Na segunda e terça-feira, duas cartas-bomba explodiram na Grã-Bretanha, chamando a atenção da imprensa internacional. Nesta quarta-feira, porém, diante de um terceiro caso, a polícia britânica informou a existência de sete registros semelhantes nas últimas três semanas, e lançou um alerta público para que as pessoas tenham cuidados redobrados a lidar com o correio. Assim, a avaliação deste manguaça de que não parecia ser ação articulada de algum grupo terrorista vai todo pelos ares.
A primeira carta vitimou dois funcionários de uma empresa (Capita) de processamento da arrecadação do pedágio urbano. Na terça, mais dois feridos, desta vez em Berkshire. Hoje, o alvo foram três funcionários da Agência de Licença do Condutor e do Veículo (equivalente aos Detrans) em Swansea, País de Gales.
A informação de outros quatro casos nas últimas semanas ocorreu na tarde de quarta-feira, pela Associação dos Chefes Oficiais da Polícia, informou a BBC. Das sete, seis chegaram a explodir, índice considerado muito eficiente por especialistas em segurança do país, o que aumenta a preocupação. Não se sabe exatamente o número de vítimas. Como as localidades variaram, o alerta é nacional.
As cartas bomba foram uma das armas do grupo separatista IRA, da Irlanda do Norte, mas o grupo não é apontado como suspeito. Como os três últimos casos têm vínculos com estabelecimentos que trabalham com o trânsito, a suspeita é de que a autoria seria de algum grupo relacionado à questão.Os "Motoristas contra os radares" (Motorists against detection, MAD, anagrama que quer dizer "louco") é conhecido por táticas radicais que incluem a destruição de 600 radares de velocidade colocados nas estradas (como o da foto). À BBC, o líder do grupo, "Capitão Gatso" , negou no entanto qualquer envolvimento na campanha, dizendo que os alvos do grupo são as máquinas e não as pessoas.
No entanto, a terceira carta, Oxfordshire, teria sido enviada por extremistas em defesa dos direitos dos animais, segundo a imprensa britãnica, o que pode significar que nem todos os casos estejam relacionados entre si. A polícia não manifestou qualquer posição oficial.
A camisa de dunga chamou mais atenção internacional do que o futebol de sua equipe. Segundo reportagem do Terra, diversos veículos estrangeiros comentaram a, digamos, ousada indumentária do técnico. O jornalista Napoleon Fernandez, do jornal espanhol El Pais, considerou Dunga "ridículo". "Parecia que ele queria chamar a atenção. Porque, na verdade, os jogadores são os protagonistas. Mas ele queria ser o centro", disse o repórter. O inglês Duncan Castles, do Sunday Time e do A Bola, ironizou: "Eu acho que ele pensa que vai para uma balada dos anos 80. Eu não sei se é hoje (ontem) à noite, mas ele deve achar que é".
Mas os campeões, sem dúvida, foram nossos irmãos e vizinhos do diário argentino Olé. Em sua capa, foto do treinador e a chamada: "Sem Camisinha". Segundo o jornal, o Brasil passou vergonha, pelo 2 a 0 diante Portugal e pela camisa de Dunga.
Como veteranos em atividade tem sido assunto recorrente, mais alguma munição. Hoje à noite, Vasco e América se enfrentam pela Taça Guanabara. De um lado, o á comentado Romário, em busca de seu milésim gol. Do outro, o América, que já tem Júnior Baiano, estréia Valber, 39 anos, aquele do São Paulo. Vocês lembram quando o Valber deu uma porrada na cara do Júnior Baiano no meio de um jogo? Antológico.
Ganhei do companheiro Glauco, como presente de aniversário, um livro que conta a história do São Paulo FC através de 41 partidas, de autoria de Conrado Giacomini. Tem muitas histórias legais e coisas que eu nunca tinha ouvido falar. Entre elas, a verdade sobre o suposto “rebaixamento” do clube no Paulistão de 90. Eu mesmo acreditava que o time tinha caído para a A-2 e que tinha havido uma vergonhosa virada de mesa para que permanecesse na elite no ano seguinte – ainda mais porque o São Paulo foi o campeão paulista de 91. Mas, para minha surpresa, não foi o que aconteceu.
Valéria Gonçalves/AE | No domingo e na segunda-feira, O Globo e Estado de S. Paulo (ambos para assinantes), respectivamente saíram com matérias assegurando que o Palácio do Planalto estava doidinho para anistiar Zé Dirceu. Depois da vitória do petista (martista) Arlindo Chinaglia na presidência Câmara dos Deputados, a mídia foi correndo tentar evitar que o bastião da crise de 2005, o chefe de quadrilha, segundo o parece do Ministério Público Federal, não retomasse seus direitos políticos. |
José Dirceu não conta com a simpatia deste autor. A disputa de 2002, quando monopolizou os esforços (e verbas) da campanha petista a deputado federal, foi apenas uma demonstração do tipo de centralização e poder absoluto exercido pelo futuro ex-ministro super-poderoso.
No domingo, num encontro do Campo Majoritário, tendência que controla a executiva nacional do PT, embora não supera mais a soma das outras correntes, figuras como Marco Aurélio Garcia, ex-presidente interino da sigla e assessor para assuntos internacionais do presidente Lula, disse que defendia a anistia a Dirceu. “É minha (opinião) e da torcida do Flamengo", definiu, em tom bem-humorado.
Pode-se argüir um certo exagero na amplitude do apoio à anistia. Mas outros caciques petistas manifestaram posições semelhantes. Tarso Genro, mártir da mídia na luta anti-Dirceu, é agora o alvo de uma operação de enfraquecimento.
A "reação" parece ter surtido efeito, embora a fonte para a constatação seja a própria mídia (maldade com ressentimentos comunistas). O presidente teria pedido que os governistas não se envolvessem na “operação”.
Fosse a mídia aliada do partido, a preocupação com os rumos da instituição teria motivos construtivos. Dado o retrospecto do tratamento recebido pelo PT, de clara criminalização (o mérito das acusações fica para os comentaristas), sabe-se que não é o caso.
Então, por que a mídia tem tanto medo da volta de Dirceu? É medo da torcida do Flamengo?
Pra quem não viu a briga entre Luxemburgo e Marcelinho, está aí o vídeo do Por Dentro da Bola de domingo, comandado por José Luiz Datena. Belo bate-boca.
Como todos aqui deste blog são fãs declarados de Marcelinho Carioca (brincadeira!), fiquei esperando alguém postar alguma coisa sobre o bate-boca ao vivo entre ele e Vanderlei Luxemburgo no programa "Por dentro da bola", na TV Bandeirantes, domingo à noite. Ninguém se habilitou, mas vou cutucar a ferida.
Enquanto a imprensa se preocupa com o duelo dos gaúchos Dunga e Luís Felipe Scolari, o país que recebe o amistoso internacional tem outro assunto em pauta: as duas cartas-bombas que explodiram na Inglaterra na segunda e terça-feira.
Elas não serão impecilho à realização da partida amistosa entre as seleções de Brasil e Portugal, em Londres, no estádio do Arsenal, o Emirates Stadium, às 18h de Brasília. A informação está no Terra.
Na carta de segunda, foram duas vítimas na capital, funcionários de uma empresa (Capita) de processamento da arrecadação do pedágio urbano. Na terça, mais dois feridos, desta vez em Berkshire. A polícia londrina afirma não haver dados conclusivos sobre relações entre os casos.
Nenhum grupo assumiu a autoria dos atentados. Dado o alcance pequeno, é pouco provável que sejam resultado de ação do IRA ou da rede Al Qaeda.
Se o Paulistão terminasse hoje, os quatro classificados para a fase final seriam, curiosamente, os últimos campeões da competição: Santos (2006), São Caetano (2004), Corinthians (2003) e São Paulo (2005). O Ituano, campeão em 2002 (ocasião em que os "grandes" não competiram), está em 9º lugar. E tentando uma vaga entre os quatro melhores está outro ex-campeão paulista, o Bragantino, que conquistou o título em 1990 e hoje está na 5ª posição. Logo abaixo, em 7º, está o Palmeiras, campeão pela última vez em 1996. A Inter de Limeira, campeã paulista de 1986, ocupa hoje a 8ª posição na tabela da série A-2.
Pra quem não é de São Paulo, a cidade de São Vicente, primeira vila fundada no Brasil, é vizinha a Santos. Por conta disso, pouco mais da metade da população, segundo pesquisas, torce para o Alvinegro da Baixada. Lá estava eu ontem, em visita à família, quando resolvi procurar um lugar para assistir Palmeiras e Santos.
Jogo transmitido apenas pelo , achei dois botecos. Ambos lotados. Fique do lado de fora de um, assistindo à partida através das grades que separavam os felizardos que bebiam cerveja sentados dos desafortunados que viam o espetáculo em pé.
À minha frente, os dois únicos palmeirenses em meio a aproximadamente cinqüenta pessoas. Um rapaz de trinta e poucos anos e seu filho de oito. No primeiro gol do Verdão, comemoram feito loucos. O resto se cala. Um cidadão com claro consumo excessivo de álcool começa a fazer gracejos tentando aliviar o ambiente. "É o Palmeiras que é líder, né? É o Palmeiras que é líder?", questionava o dito cujo.
Logo sai o segundo gol. Daria pra ouvir o berro de pai e filho a umas quatro quadras dali. Abraçam-se, o pai beija o filho. O resto olha pro chão, xinga, já vê com certa raixa os dois intrusos. No intervalo, todos os presentes, técnicos em potencial, dão suas sugestões. "Tem que tirar o Podrinho", sugere exaltado um. "Esse Neto não joga nem no rachão da praia", acusa outro.
O pai palmeirense tenta esfriar o clima, menos temeroso da reação alheia, mais orgulhoso pelo resultado parcial. "Olha, meu filho nunca viu o time dele ser campeão", introduziu, já que todo torcedor de equipe grande tem por obrigação não computar título de segunda divisão como algo a se exibir em uma sala de troféus. "Demorei muito também pra ver, é aí que você descobre quem é torcedor mesmo", filosofou. "Só vi meu time ser campeão em 2002, é a mesma coisa", concordou um santista de vinte e poucos anos. Para o palmeirense, a conversa era um salvo conduto no meio de gente que poderia ficar furiosa no segundo tempo. Para o outro, era uma forma de chegar em casa e pensar: antes perder para o Palmeiras do que para o São Paulo ou Corinthians.
Começa o segundo tempo, o Santos é todo pressão. Não tarda para Pedrinho, o enjeitado do técnico-torcedor, marcar o primeiro gol. Uma explosão geral. Começam a ecoar gritos como se ali fosse um estádio, dentre eles os típicos de torcida organizada. "Até parece que eles podem ouvir, grita mais", desafiava o agora nervoso palmeirense. E os gritos continuavam. O Peixe parecia prestes a empatar.
Pênalti. Uma figura odiosa para a torcida alvinegra o sofrera e era ela quem iria fazer a cobrança. Edmundo não perde. "Só no Vasco esse fdp perdia", grita alguém lembrando a final do Mundial da Fifa contra o Corinthians. Desânimo. O resultado parecia irreversível.
Falta para o Santos. Kléber, talvez o melhor jogador em atividade no Brasil, cobra e conta com a ajuda da barreira. Nova explosão. Agora acompanhada de mais otimismo. "O Santos é o time da virada, o Santos é o time do amor!", entoavam. Já parecia um estádio. O outrora confiante palmeirense, que voltara a sorrir no terceiro gol, afundou na cadeira.
Menos de dois minutos depois, veio o terceiro tento. As grades que separavam o bar da rua já não eram grades. Eram alambrado. Pendurado junto com os outros, no típico transe que acomete os apaixonados, estava eu junto a um sem número de desconhecidos. Sim, aquilo era o estádio. "O Santos é o time da virada", berravam extasiados quase todos.
Quase todos. O palmeirense abandonou o pequeno logo após a expulsão de um atleta do seu time. Foi ao banheiro do bar. De lá só saiu doze minutos depois, quando faltava menos de um minuto. Cabeça baixa, mas com a expressão aliviada de quem não havia escutado qualquer manifestação que indicasse gol. No fim, saiu com seu filho. Ambos felizes porque, apesar de terem tido a vitória na mão, sabiam que enfrentavam um grande. E que grandes eram eles também. Se os campeonatos estaduais passassem a ser a mais pura representação da mediocridade, ainda assim valeriam a pena pelos clássicos. Quando os grandes mostram porque são chamados assim.
Depois de fazer piada com o buraco do metrô, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), volta a provocar polêmica. Hoje pela manhã, durante a inauguração de um posto de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), em Pirituba, na zona oeste da cidade, ele expulsou o manifestante Kaiser Paiva do recinto aos empurrões e gritos de "Respeite os doentes, vagabundo!". O homem protestava contra a Lei Cidade Limpa, que tem como objetivo eliminar a poluição visual em São Paulo, proibindo todo tipo de publicidade externa, como outdoors e painéis. Paiva dizia que a lei está prejudicando sua empresa, que fabrica placas e faixas. Qualquer semelhança com Fernando Henrique Cardoso chamando aposentados de vagabundos NÃO é mera coincidência.
Passeando pela net, vi que o mais novo reforço do Bahia é o meio-campista Preto Casagrande. Sim, aquele mesmo, que despontou pro cenário nacional no próprio Bahia e depois jogou por Santos e Fluminense, entre outros times.
Estranho. Ou melhor, curioso. Preto chegou ao Bahia vindo de ninguém menos do que o rival Vitória, onde conquistou o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. Não se acertou com a diretoria rubro-negra, ficou à espera de propostas do exterior mas no fim das contas optou por permanecer em Salvador, só trocando de centro de treinamentos.
O que eu estranho nessa história é que acho que Preto não é, ainda, um jogador para ficar no Bahia. Antes que alguém me ataque de preconceituoso, bairrista ou sei lá o quê, explico: o Bahia é, hoje, um clube aos frangalhos. Pra se ter uma idéia, nem a participação na Série C o tricolor tem garantida. Precisa ficar entre os melhores no Baiano para pleitear uma vaga na terceira divisão do Nacional.
Esse "fim de carreira" de Preto Casagrande contrasta-se com o bom papel que ele desempenhou no Santos campeão brasileiro de 2004. Se não foi um craque, ao menos se portou como uma peça importante do elenco, trajando a camisa 10 e sendo titular em grande parte dos jogos.
Abandonou o Santos prematuramente, ao meu ver - e aí que sua carreira entrou em declínio. Foi pro Fluminense e não deu certo; no Fortaleza, também não; no Vitória até que jogou bem, mas, convenhamos, era na terceira divisão; e agora tenta triunfar no Bahia.
Será que ele não teria lugar num time mediano da Série A, ou mesmo num da Série B?
Não sei quem do blog viu o jogo Blooming 0 x 1 Santos, na quarta-feira, decidido com um gol do lateral Pedro (foto), que vai superando a insegurança inicial no Peixe e fez uma boa partida, como tem feito. Mas o jogo me fez pensar em algo que sempre me vem à cabeça em relação à Libertadores. É um torneio que incorpora um vale-tudo que deveria ser hoje inadmissível no futebol. Não sei a quem interessa que a violência prevaleça nos jogos desse torneio. Sempre foi assim, e continua sendo. Um vale-tudo lamentável.
Quase todo mundo já ouviu falar do célebre Cobreloa e Flamengo, em 1981, quando o zagueiro Mario Soto jogou com uma pedra na mão diante da complacência do árbitro (na Santiago do Chile então governado por Pinochet).
Poucas vezes vi jogo tão lamentavelmente violento quanto o do Santos contra esse timinho pior do que de várzea, como chegaram a dizer membros do alvinegro. "Eu assisti do banco de reservas nossos jogadores sendo caçados em campo. Nem na várzea acontece isso”, disse Marcos Aurélio, segundo o Uol.
A Federação Piauiense de Futebol está tentando promover jogadores formados nas divisões de base dos clubes do estado. Para tanto, promoveu uma medida no mínimo polêmica: as equipes da primeira divisão são obrigadas a relacionar em todo jogo pelo menos três atletas dos times de baixo.
A medida foi adotada após a mesma federação tentar limitar a contratação de "estrangeiros" (jogadores vindos de outros estados, algo tido como inviável pelos clubes piauienses. Enquanto a medida agradou aos times da capital, as equipes do interior que, em geral, contam com a ajuda das prefeituras e têm conseguido boas colocações nos estaduais, chiaram bastante, sentindo-se prejudicados. Para entender melhor a situação, o Futepoca entrevistou por e-mail o jornalista esportivo Severino Filho, do AcessePiauí.
Futepoca - Qual sua opinião a respeito medida tomada pela federação? Isso melhora ou piora o nível do futebol do Piauí?
Severino - Entendo que é uma ótima iniciativa. O problema não é que piore ou melhore. Acho que o atleta piauiense precisa da oportunidade. E o número de 3, entre 18 relacionados para uma partida, percentualmente não significa uma imposição contundente. Acredito, inclusive, que o pequeno número exigido de 3 atletas da casa pode ser uma forma do clube filtrar e inscrever realmente grandes valores revelados aqui mesmo. Acho que a sugestão (a Federação não impôs, apenas sugeriu, e os clubes aprovaram no Arbitral) deve ser vista por este lado.
Futepoca - Você acha que a medida tem como objetivo beneficiar os times da capital,
como acusou um dirigente do Parnahyba [atual tricampeão do estado]?
Severino - Em absoluto. Ela beneficia todos os clubes. Se já fosse adotada há muito mais tempo, era bem provável que o próprio Parnahyba, para ser campeão, não precisasse gastar tanto dinheiro com atletas de outros estados. Por muito menos estaria valorizando o jovem que surge no futebol amador da cidade e que, agora, com a política que adotam, não têm oportunidade para ir adiante na carreira que escolheram.
Futepoca - As prefeituras do interior do estado de fato usam o apoio a times de
futebol como forma de lucrar politicamente?
Severino - As prefeituras fazem um trabalho sem maiores conseqüências. Tudo bem, que se invista pesado no esporte. A própria Constituição Federal prevê esse tipo de ação em seu artigo 217. Mas somente contratando e não criando um Centro de Treinamento, incentivando escolinhas de futebol e outros projetos do gênero, tudo que ela planta morre quando um outro candidato ganha a eleição. Um dos grandes exemplos está na cidade de Picos. Enquanto o José Néri foi o prefeito, Picos teve um grande representante no futebol profissional, que ganhou quatro títulos de campeão, esteve no Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil, revelou Leonardo [ex- Sport, Palmeiras e Corinthians], e movimentou a economia da cidade. Com a saída dele da Prefeitura, o time também foi esquecido e hoje não consegue sequer passar da 2ª divisão.
As prefeituras devem apoiar o futebol profissional, mas, ao mesmo tempo, criar os mecanismos para o permanente surgimento dos valores da terra. Quanto ao aproveitamento no campo político, isso é conseqüência. Se existir um bom trabalho, os votos também virão naturalmente.
Segundo o jornal Valor Econômico (só para assinantes), apesar de o banqueiro Daniel Dantas ter perdido o controle acionário da Brasil Telecom, Metrô do Rio, Telemig e Amazônia Celular, ele permanece vivo no mundo dos negócios. | Foto: Edson Santos/WikiNews
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| Mas na humilde opinião deste manguaça, o banqueiro não está contente e serelepe com seus milhõezinhos. Segundo alguns, ele fonte de informação de Diogo Mainardi (Veja) e Leonardo Attuch (IstoÉ Dinheiro). Ambos correram atrás de informações sobre as denúncias de subornos da Italia Telecom (parceira do Citi e dos fundos na BrT e na TIM) a políticos e empresários. As ilações contra membros do governo petista levaram Gushiken a pedir investigações contra jornalistas de ambas as revistas à Polícia Federal. |
"Embora soubessem que a Santos Brasil era uma empresa eficiente, com potencial de crescimento em um setor estratégico, as fundações e o Citi resolveram sair do negócio porque esse era o único ativo dos investimentos conjuntos com o Opportunity em que a soma de suas participações diretas não lhes garantia o controle", explicam Vanessa Adachi e Raquel Balarin, do Valor. Fotomontagem ![]() Montagem com os "superamigos". Pelas contas Mas não tenho a menor idéia de quais são os próximos movimentos previstos nessa disputa. Veja também: Daniel Dantas na cadeia. |
Não é novidade escutar pérolas dignas de nota de dirigentes esportivos. Suas ações, justificativas para erros, análises e momentos filosóficos fazem corar de vergonha humoristas e comediantes. Agora foi a vez de Edvar Simões, ex-jogador de basquete que chegou a treinar a seleção brasileira. Atualmente, é diretor de futebol do Corinthians e ontem, ao jornal Agora, tentou justificar a saída de Christian, artilheiro da equipe em 2007, após permanecer apenas um mês no clube.
Segundo ele, "todo profissional tem o direito de mudar de emprego. Um profissional de televisão também trocaria sua rede atual por uma das grandes dos Estados Unidos" Curioso é que, por essa declaração, o Timão seria um pequeno enquanto o Inter seria um grande norte-americano. Em seguida, emendou tentando consertar a frase infeliz. Para tanto, criou a interessante "teoria do ciclo". "Cada um vive conforme a sua realidade. Nós não saímos da nossa. Há pouco tempo, a gente ganhava vários títulos e a torcida do Santos ia para o estádio com as faixas viradas. Hoje, eles têm dinheiro. Tudo é cíclico no futebol, caso contrário, apenas um time ganharia sempre", filosofou o guru corintiano.
Da Revistaforum.com.br: O ativista francês José Bové se lançou à presidência da França neste ano. O líder do movimento campesino é personalidade de destaque do Fórum Social Mundial, e chamou atenção internacional em 1999, quando saqueou o canteiro de obras de um restaurante da rede de fast-food McDonald's, na cidade de Millau.
No lançamento da candidatura, prometeu combater o liberalismo econômico e defender os eleitores desiludidos pelos partidos tradicionais. "É para todas essas pessoas, a França invisível, que eu anuncio nesta manhã que sou candidato", disse ele ao jornal Le Parisien, numa entrevista publicada na edição de quinta-feira da publicação.
Em declaração na cidade de Saint-Denis, chamou de "autista" o projeto do Partido Socialista, por não romper com o neoliberalismo. Prometeu combater o desemprego em massa, e promover um novo modelo de desenvolvimento.
Por não ter apoio formal de partidos e pelo fato de a esquerda francesa ser bastante fragmentada -- um dos motivos apontados para a derrota do socialista Lionel Jospin para o ultra-conservador Jean Marie Le Pen, em 2002 -- tem poucas chances. A esperança de Bové é se tornar um azarão aproveitando a desilusão dos eleitores.
No entanto, o principal objetivo é chamar a atenção para as causas
ligadas ao Fórum Social Mundial. "As pessoas têm de estar no coração das
decisões", disse ele. "A ecologia e a luta contra a globalização são as minhas
duas outras prioridades."
Problemas
O obstáculo é a obtenção de 500 assinaturas de prefeitos em abril, necessárias para o registro de uma candidatura. Outro problema é a decisão da Corte Suprema, no dia 7 de fevereiro, que julga Bové pelo ataque a um campo de milho transgênico em 2004.
Mesmo com o risco de ser preso, as pesquisas apontam 3% de intenção de votos. A rejeição do candidato bate em 71%.
Trecho de texto da Gazeta Esportiva sobre a derrota do Corinthians por 1 a 0 para o São Caetano: "Wellington deu um chute horrível em gol e perdeu outra bola vergonhosa na lateral".
1-O sabe-tudo
Na partida Rio Claro x Barueri, hoje à tarde, uma situação curiosa chamou a atenção dos torcedores: o árbitro Paulo Roberto Ferreira esqueceu a bola e só foi dar por falta dela quando os dois times já estavam dispostos no campo. Para piorar, apitou o inicio do jogo ainda sem a bola! (do site Gazeta Esportiva)
Mais uma no Youtube. Desta vez, o alvo é Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Mas, na verdade, quem flagrou a piada de péssimo gosto sobre a cratera do Metrô na capital paulista foi o programa do César Giobbi. Que dispensa comentários adicionais.
Já o Kassab, fica pros companheiros manguaças comentarem.
Trecho de materinha do site Estadão sobre a série A-2 do Paulista: "O vice-líder União São João, três pontos atrás da Lusa, joga fora de casa contra o perigoso Taquaritinga, 14.º colocado, com 2 pontos." (o grifo é nosso) Acho que o perigo é de o Taquaritinga não comparecer...
Do G1, mas poderia ser de qualquer outro site. Os comentários ficam por conta do coletivo manguaça.
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) foi obrigado a emitir hoje um pedido público de desculpas aos moradores de Brasília depois de ter declarado que na noite da capital federal só há prostitutas, lobistas e deputados. Ícone da esquerda brasileira e da luta contra o preconceito, Gabeira divulgou uma carta de desculpas formais ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. No encontro, prometeu ajudar numa campanha para mudar a imagem que Brasília tem no resto do Brasil, associada à corrupção política, escândalos sexuais, corporativismo e desvios bilionários de dinheiro público. (...)
A declaração de Gabeira foi publicada na página de frases da revista Veja desta semana. Ela foi pinçada de uma entrevista de mais de oito horas que o deputado concedeu à Playboy e que sairá nas bancas em fevereiro. "A todos que se sentiram ofendidos com estas afirmações, peço desculpas esclareço que não queria transmitir a idéia de uma cidade devassa, mas apenas uma característica de capitais, em que muitas vezes, lugares noturnos apenas prolongam o trabalho", diz Gabeira na carta aos brasilienses. (...)
Na carta, Gabeira lembra inclusive que recebe e discute transparentemente com lobistas e que viveu ao lado de uma zona de Prostituição. "As prostitutas tiveram um papel fundamental na minha educação, protegendo-me e orientando-me em situações perigosas".
(...) O governador do DF brincou que como "penitência" daria ao deputado o cargo de "embaixador" responsável em mudar a imagem de Brasília no resto do País. Arruda chegou a lembrar que Gabeira, depois de ter voltado do exílio, teve coragem de usar uma sunga de crochê.
Ronaldo, o fenomenal gordo, assinou contrato com o Milan até 30 de junho de 2008. Saiu dando tiros logo na porta do Real Madri. Agradeceu a todos os companheiros, torcedores e técnicos que teve no clube, menos um, em referência direta a Fabio Capello, atual treinador da esquadra milionária da realeza da capital espanhola. O novo companheiro de Kaká já tem até camisas rubro-negras com seu nome estampado sendo vendidas no lojinha do clube de Milão, na Itália.
Agora, ex-dentes tortos, ex-Suzana Werner, ex-amarelo, ex-Milene, ex-fenômeno, ex-sem-joelho, ex-clone do Cascão, ex-Cicarelli, ex-gordo e ex-Real Madri, pergunto: o que sobrou do Ronaldo?
O Fenônemo era promessa desde os 18 anos. No Cruzeiro, marcou seis gols em uma partida contra o Bahia de Rodolfo Rodrigues no Brasileiro de 1994. Até ser campeão do mundo, em 2002, com uma das maiores apostas de um treinador em relação a um atleta, era bastante comum ouvir gente desdenhando o talento do cara. Era só correria, sem joelho seria nada, era amarelão (alusão à final de 1998 e ao conturbado episódio da convulsão no quarto)...
Vai ao Milan por 6 a 8 milhões de euros (dependendo da fonte), uma bagatela diante dos 45 desembolsados em 2002 pelo clube Merengue.
E vai novamente desacreditado. Ele já esteve lá antes. Vai voltar?
Tendo a achar que Ronaldo padece do mal da desprofissionalização por excesso de conta bancária. Ao se dar tão bem no esporte, ganha milhões de euros e dólares com propaganda e direitos de imagem. Não vive mais da bola, mas de si próprio (ou da própria imagem).
Criar rusgas ou morrer de amores com treinadores são comportamentos em cuja decisão pesam fatores como retorno de mídia, impacto na imagem, novos contratos de anúcios com alusões bem-humoradas etc. (momento Youtube sobre a cabeçada Zidane-Materazzi). Não que ele realmente se paute por essas questões. Com certeza tem um (ou mais) empresários e assessores para se preocupar com isso por ele e, eventualmente, aconselhá-lo.
Ele pode até voltar a ter atuações decisivas. Precisa, é claro, achar um novo posicionamento tático que lhe permita marcar sem tanta explosão, com mais posicionamento dentro e fora da área, voltar a buscar chutes da entrada da área etc.
Fácil para quem é boleiro. Mais ainda para quem joga com craques. Só torço para que fazer isso valha a pena do ponto de vista do marketing, do preço do cachê para atuação em comerciais, para ele ser de novo personagem da crônica esportiva e do noticiário de celebridades etc.
P.S.: O GloboEsporte.com trouxe uma pauta interessante com empresários avaliando o negócio do ponto de vista do marketing.
Sabemos que essa história de "o time X é Brasil na Libertadores" é bobagem. É interessante ver o futebol do estado/país/cidade se fortalecendo, mas, se quem estiver na disputa for um rival próximo, deixamos o patriotismo de lado e queremos mais é que o rival se dane.
O curioso é que eu sempre achei que isso se dava somente - ou principalmente - nos grandes centros, em que o futebol já está consolidado. Pensava que em regiões menores havia uma preocupação maior de ver o esporte ganhando força, independentemente das rivalidades locais.
Que nada! O ótimo site Futebol do Norte traz uma reportagem sobre a torcida do Roraima, que inicia campanha no estado para fazer torcida a favor do América-RN, no confronto entre o clube potiguar e o Baré de Boa Vista. Acontece que o Baré é o principal rival do Roraima - e o que a torcida tricolor (do Roraima) menos quer é ver seu adversário se consagrando na competição nacional, despachando uma equipe da primeira divisão.
A justificativa de Hélio Zanona Neto, coordenador da torcida Terror Tricolor, é sensacional: “rivalidade no futebol roraimense também existe, a Terror Tricolor está há mais de dez anos freqüentando o Canarinho e não aceitamos críticas de qualquer comedor de pipoca”, finalizou.
Quer saber? Concordo com ele.
Eduardo Metroviche Matéria do site Máquina do Esporte informou, na segunda-feira, que “um ano e meio depois” de comemorar a injeção de cerca de US$ 30 milhões em seus cofres (venda de Robinho), a situação financeira do Santos “mudou” e os funcionários da área administrativa do clube foram chamados a negociar a diminuição dos salários.
Entre esses “prestadores de serviço” estão Mário Mello, gerente jurídico; Modesto Roma Júnior, gerente da área social; José Ely de Miranda, o Zito, gerente de futebol, de acordo com a matéria, segundo a qual o clube deve economizar R$ 30 mil. Detalhe: a comissão técnica santista consome cerca de R$ 900 mil mensais. Considerando a velha equação custo-benefício, pode até ser que esse investimento compense, se o time ganhar a Libertadores. Mas qual a suposta (pelo menos para mim) causa do corte de meros R$ 30 mil num clube que gasta quase um milhão com a comissão técnica?
A longo (mas também a curto) prazo, o investimento no departamento de fisioterapia e médico do Santos, que tem não apenas estrutura mas também nomes de ponta da medicina esportiva (o fisioterapeuta Nilton Petroni, o Filé, e o Médico Joaquim Grava) são motivo de orgulho para o clube: falei de curto prazo porque a recuperação de jogadores como Fabiano, Jonas, Dênis (este ainda em tratamento), que fizeram cirurgias complicadas no joelho, e mesmo Maldonado, que operou o tornozelo no fim do ano, são prova imediata do retorno dos investimentos. “Queria agradecer ao (médico), ao Filé (fisioterapeuta) e à diretoria do Santos por terem me ajudado", disse o próprio Fabiano, depois da goleada de 4 a 1 sobre o Sertãozinho na semana passada. O meia Pedrinho não buscou ajuda na Baixada à toa.
Quanto ao time propriamente, apesar de muitos santistas (a torcida santista é terrivelmente impaciente) estarem reclamando, o time é, no momento, o que apresenta o melhor futebol em São Paulo. Mesmo com a chiadeira de parte desses torcedores que exigem reforços à altura, um time que tem Cléber Santana, Kléber, Fábio Costa, Zé Roberto e Maldonado não é qualquer um, como disse Vanderlei Luxemburgo recentemente. É time para ser campeão. Pelo menos até junho, quando o calendário europeu, como sempre, deve destruir os times brasileiros e “reorganizar” o campeonato nacional.
De qualquer maneira, bem ou mal, acho que está faltando transparência à atual administração do Santos. Ressalvo que eu sou um dos que, como amigos santistas sabem, tem defendido a gestão Marcelo Teixeira até aqui. Quando sua administração começou, em 2000, o Santos estava na fila havia 16 anos e era motivo de chacota das torcidas adversárias. Era o segundo time de muita gente. O atual presidente fez investimentos errados, é verdade (Edmundo, Marcelinho, Rincón etc), mas, com sorte ou não, elevou o clube ao patamar de onde nunca deveria ter saído e o Alvinegro, desde 2002, está sempre disputando títulos, tendo conquistado dois brasileiros e um Paulista desde então.
O time tem tudo para fazer uma ótima temporada. Mas como estará no final do ano, terminada a atual gestão de Teixeira, é uma incógnita. O questionamento é válido principalmente se pensarmos que, quando o maior time do mundo acabou, o clube era uma verdadeira terra arrasada.
Eduardo Maretti/Reprodução ESPN BrO atacante Nilmar deu agora há pouco uma coletiva (foto), na qual disse que entrou em acordo com o clube e não vê a hora de jogar. Garantiu que sempre quis permanecer no Corinthians etc. Aquela demagogia de sempre.
Segundo o programa Bate-Bola, da ESPN Brasil, e o site Uol, o jogador teria decidido abrir mão do U$ 1,5 milhão que o clube lhe devia a título de luvas. Mas, morrendo de amores pelo Timão ou não, Nilmar fica no Parque São Jorge até junho, quando se encerra seu contrato. Pelo acordo, ele deve receber R$ 800 mil no período. Provavelmente, passará os próximos meses para entrar em forma e, quando estiver na ponta dos cascos, deve ir para a Europa, embora tenha pronunciado na entrevista um "quem sabe" evasivo à questão de ficar ou não até dezembro. Perguntado se joga quarta-feira contra o São Caetano, Nilmar brincou: "Isso é com o hôme", em referência ao técnico Leão.
Depois de anunciar mais um atacante (Jean, vindo por empréstimo do Saturn, da Rússia), o Timão pode rescindir o contrato de Amoroso, sob a justificativa de diminuir o déficit. Pergunta: mas não se sabia antes que a bagatela de R$ 250 mil que Amoroso recebe por mês sem jogar iria onerar o já combalido caixa do clube?
Reproduzo aqui um post que está no blog Dia de Jogo. Como o texto se refere a temas abordados aqui de forma interdisciplinar e transversal, cabe não apenas a republicação como um desafio aos futepoquenses - em especial o companheiro Marcão - para que continuem com nesta seara em posts subseqüentes que justificam dois terços desse minifúndio internético.
Garrincha não era craque, era gênio. Infelizmente pouco aproveitou da grande genialidade e morreu pobre no Rio de Janeiro. Deixou-se levar pela boemia e acabou de forma até trágica pelo futebol exuberante que tinha. Seus últimos dias no futebol foram tão medíocres que até no Coritiba jogou.
Aqui em Curitiba , ninguém nunca esqueceu da genialidade do atacante Zé Roberto. Seus porres e suas noitadas eram famosas em toda Curitiba. Todos torcedores sabiam das festas no antigo Moon Light. Quantos diretores do Atlético e depois do Coritiba tinham que o buscar na boate para colocar o Zé Roberto em ordem para o jogo? Uma ducha de água fria e algumas horas de um bom sono e o Zé Roberto estava pronto para nos brindar com as suas jogadas extraordinárias.
Pouco tempo depois também nos tempos das vacas magras, magérrimas, todo cuidado era pouco com as contas nos hotéis para um dos diretores do Atlético. Os jogadores eram obrigados a assinar todos os seus pedidos à cozinha ou ao bar do hotel para que o diretor tivesse certeza do que foi consumido e aí efetuasse o pagamento. Mas, um detalhe chamava-lhe a atenção: a quantidade crescente de ovos cozidos que os jogadores consumiam na concentração. E o atacante Liminha era o que mais consumia. Quando a conta de ovos cozidos chegou a um número totalmente absurdo o diretor não teve outra alternativa senão de chamar o Liminha em particular pedindo explicações para 36 ovos em uma única noite. E o garoto com seu jeito simplório não teve como negar que eram "cubas" que o garçom do hotel anotava como se fossem ovos cozidos.
E isto não é só coisa de país do terceiro mundo pois o maior jogador da história do futebol da Irlanda do Norte e grande ídolo do Manchester United nos anos 60 e 70, o ex-atacante George Best foi internado em estado grave num hospital de Londres nestes dias. Alcoólatra desde os tempos de jogador, Best, hoje aos 59 anos, passou por um transplante de fígado em 2000. Na época, o atacante, considerado o melhor da Grã-Bretanha na história, chegou a ganhar comparações com Pelé.
Quem não ouviu historias do que aprontava quase todo o time atleticano de 1997 que tinha como líder o Paulo Miranda? O Lidô e o Metrô que contem as histórias. E foi um time vitorioso...
Daqueles tempos pra cá quase nada mudou. Sempre vai ter um "pudim de cachaça" no meio de outros atletas. Em 2001 o atacante Alex Mineiro e o Nem eram os que mais fama tinham. Alex Mineiro quando emprestado ao Atlético Mineiro ouviu o Mineirão lotado gritar : Alex Mineiro - 100% cachaceiro. Mas, não podemos esquecer que foi com Nem e Alex Mineiro que o Atlético dos paranaenses conquistou o título de campeão brasileiro em 2001. Até Rogério Correa sofreu perseguição implacável da Tribuna do Paraná (Rodrigo Sell) o indispondo com a torcida pela sua vida noturna.
Quantas histórias de jogadores que pulam muros das concentrações para descarregar o estresse no bar mais próximo? Tem historias até de garotos que recém iniciaram como profissionais. E o Jadson garoto prodígio, dono de um futebol espetacular? Será que tudo o que contam é verdade? Eu acredito que sim.
Interessante é que quando um Romário pula do primeiro andar de um hotel pra fugir no dia anterior de uma decisão de título mundial pela Seleção brasileira isso é motivo de muitas risadas. Ele pode! Se o torcedor encontra o baixinho sábado antes do jogo em uma das boates cariocas ainda vai pedir autografo e quer foto com ele abraçado. Mas, se o torcedor enxergar um Jancarlos (só pra exemplificar) tomando uma cerveja numa noite de segunda feira isto seria motivo para denuncias em rádios, ofensas no estádio...
Mas, o que mudou é que hoje os jogadores tem muito mais consciência de quando eles podem aprontar, tomar um porrete, ou fazer uma "festa". Eles são conscientes que sua vida profissional é extremamente pequena comparada a outras profissões. O Atlético controla seu rendimento e desempenho físico.
Se coloque no lugar deles após uma concentração de 3 dias e um jogo desgastante; Você iria ou não se refazer , tirar todo o estresse , tentar esquecer torcedores que te vaiaram e sair pra relaxar enfim se descontrair ? Um porrete no domingo após um jogo seja com uma vitória ou mesmo numa derrota queiram ou não é um direito do jogador que assim o quiser. Mesmo em dia da semana sair com a amada e tomar umas cervejas não tem nada demais.
A média de idade dos jogadores do Atlético é de 22 anos. Vocês já imaginaram que esses garotos também gostam de dançar? Que eles também precisam conhecer garotas pra não ficar no "5 por 1"?
O jogador de futebol normalmente de idade igual ou menor que a sua, não tem a sexta ou o sábado para ir à baladas. Você leitor tem essa possibilidade. O jogador de futebol não pode numa festa dar um tapa na macaca porque aparece no exame anti-doping. O jogador de futebol não pode dar uma cafungada no baygon porque aparece no exame anti-doping. Eles, jogadores, só tem a possibilidade de descontrair com uma cerveja gelada ou um bom uísque. E quem não gosta? Agora é justo chamar eles de bêbados? E se eles chamassem torcedores de chapados? Por tudo isso acho que qualquer comentário os censurando é hipocrisia. (Grifo meu)
A torcida tem que ficar atenta aos excessos, mas não pode perseguir jogadores como foi feito com Nem, Rogério Correa, Flavio, Ilan, Kleber, e vários outros. Não pode ter excessos nem dos jogadores com seguidas bebedeiras e muito menos dos torcedores desestabilizando e prejudicando o grupo.
Seria passível de punição pela legislação anti-trocadalhos dizer que a Alforria é doce. Também seria um pouco exagerado, porque a Alforria Ouro, que degustei ontem pela milésima oitava vez (segundo o garçom do São Cristovão), não é tão mais doce do que várias outras apaga-tristezas comentadas por aqui.
Fuçando o site Futebol Interior, fiquei sabendo que o esforçado volante Ramalho (foto), que estava no São Paulo e voltou mês passado para o Santo André, foi emprestado agora para o Beitar Jerusalém, de Israel. Além dele, o time conta com Tuto, artilheiro da Ponte Preta no último Brasileiro, com 11 gols, e Schwenck, artilheiro do Figueirense na mesma competição, com 14 gols. A equipe israelense, que ocupa a liderança do campeonato local, é sustentada pelo milionário russo Aikadi Gardamach. Se sair do MSI, Kia Joorabchian já tem para onde mandar currículo...
Confesso que fico impressionado com a queda fulminante de alguns clubes. O Guarani de Campinas, por exemplo: pela série A-2 do Paulista, empatou no fim de semana com o fraco Bandeirante de Birigüi, em casa, e permanece na zona de rebaixamento, rumo à terceira divisão. No Brinco de Ouro, diante de sua torcida, já perdeu para o raquítico Oeste de Itápolis e depois empatou com o também fraco Taquaritinga. Completando a horripilante campanha de 2 pontos em 4 jogos, foi derrotado pela decadente Portuguesa na capital.
Como o nível do futebol não anda lá essas coisas mesmo na primeira divisão, assistir a jogos da segunda do Paulista vale mais para rever alguns jogadores que tiveram sorte melhor no passado do que exatamente para tentar garimpar algum novo talento. Obviamente, de acordo com a partida, são também jogos emocionantes, com chances desperdiçadas de cada um dos lados e até um lampejo ou outro de boa jogada.
Nesse domingo, Portuguesa de Deportos e Portuguesa Santista disputaram um jogo em horário de Desafio ao Galo, às dez da manhã, no Canindé. Terminou em 1 a 1, e foi interessante por poder lembrar de alguns quase ex-jogadores e de outros que ainda almejam algo no futebol. Creio que, nesse último caso, está o volante Marcos Paulo, de 29 anos, que está na Lusa da capital. Com passagens por Guarani, Cruzeiro e até seleção brasileira, após uma temporada na Ucrânia e ainda atuando bem, usa a equipe para alcançar sorte melhor em breve.
Por outro lado, a mais Briosa de Ulrico Mursa, vulgo Portuguesa Santista, tinha Axel. Aquele mesmo, revelado pela própria equipe lusa e com passagens por Santos e São Paulo. Nesses times grandes, era um bom volante, sabia chegar bem no ataque e chegou a jogar na zaga. Mas, adquiriu um duvidoso gosto pela violência e passou a sofrer com a arbitragem. Vagou e voltou ao seu time de origem. Não aguentou o ritmo de jogo e foi substituído no intervalo.
No entanto, o que mais me trouxe lembranças foi o capitão da Lusa Praiana. O meia Marcelo Passos, agora com 36 anos, estreou no Santos como uma grande promessa, fez três gols em sua estréia na equipe profissional, ams nunca engrenou de fato. Jogou ótimas partidas, mas sua irregularidade fez com que fosse emprestado. Depois, retornou à Vila e teve, na campanha da equipe no Brasileiro polêmico de 1995, um papel fundamental.
Naquele ano, no último jogo do segundo turno, o Santos precisava vencer o Guarani para garantir uma vaga nas semifinais do campeonato. O único que pdoeria tirar o lugar do time da Vila era o Atlético Mineiro, que enfrentava o Vitória da Bahia no Mineirão. Para "estimular" o Guarani, além da tradicional denúncia de mala preta, mal disfarçada pela esquadra campineira, até mesmo uma rede de eletro-eletrônicos ofereceu televisões 29 polegadas - à época muito caras - para o Guarani empatar com o Santos.
O Bugre jogou todo atrás. Com uma garra incomum pra campanha medíocre que tinha feito. Aguentou, aguentou, até que, aos 39 do segundo tempo, Marcelo Passos recebeu em um local do campo que ele conhecia bem: o lado direito antes da entrada da grande área. Tanto em bolas paradas como com ela em movimento, acertava tiros certeiros daquele lugar. E assim foi. Acertou um belo chute no ângulo do goleiro bugrino. Giovanni marcaria mais um nos acréscimos. Já na final, na segunda partida, também anotaria o gol de empate do Santos contra o Botafogo. E cobrou a falta para o gol legítimo de Camanducaia que Márcio Rezende de Freitas anulou. Ali, jogava com a cinco, já que entrara no lugar do volante Gallo, suspenso, e o Santos, além de jogar com dois pontas, não contava com um primeiro volante de ofício naquela partida. Sem dúvida, uma ousadia do treinador Cabralzinho.
Por conta do vice-campeonato, não entrou para a história do Santos como um ídolo. Mas sempre tive por ele simpatia pela sua trajetória no time. Aliás, em tempo. O gol de empate da Briosa saiu de uma cobrança de escanteio pela esquerda, no primeiro pau, perfeita para o cabeceio e o gol. Quem cobrou foi Marcelo Passos.
Apesar de o Futepoca ter bem definida a temática em suas sílabas, peço licença para falar de algo que lhe foge um pouco.
O suíço Roger Federer chega a mais uma final de Grand Slam. E sem deixar nenhuma margem a dúvidas: destruiu, por três sets a zero, o freguês norte-americano Andy Roddick, com parciais de 6-4, 6-0 e 6-2 em uma hora e 23 minutos. Roddick que não é nenhum bobo na quadra, diga-se. Em semifinais de torneios de grande importância, como o Aberto da Austrália (um dos quatro mais importantes do mundo), um jogo de semifinal de 83 minutos, como Federer x Roddick, é incomum. Os frios números do placar não revelam, claro, o arsenal de jogadas maravilhosas que resumem talvez o repertório mais completo já visto no tênis. A pergunta que não quer calar é: até onde chegará Roger Federer?
O atual líder do ranking da ATP vai enfrentar na final (06:30 de domingo) o chileno Fernando González, que não deverá ser páreo para o atual número um do mundo. Façamos uma ressalva: no tênis, como no futebol, nem sempre ganha o melhor. No caso de Federer, porém, cabe uma ressalva da ressalva: quase sempre ganha o melhor.
Mitos
As marcas de Federer impressionam. Sua última derrota em Grand Slam foi para Rafael Nadal, em maio de 2005, em Roland Garros (Paris). A final em Melbourne é sua sétima consecutiva. Com apenas 24 anos, ele tem dez títulos de Grand Slam e está a apenas quatro de Pete Sampras (14), o recordista. (Há uma curiosa coincidência, até aqui, entre ambas as carreiras: é que nenhum dos dois conseguiu vencer no saibro de Roland Garros, onde Gustavo Kuerten foi tricampeão – tarefa ainda ao alcance do suíço, mas não mais do norte-americano).
Federer tem 45 títulos no circuito profissional. Sampras encerrou a carreira (em 2002) com 64. Infelizmente, Sampras já parou e só houve um duelo entre esses dois formidáveis tenistas. Mas, felizmente, eu tive o privilégio de assistir a esse embate memorável. Foi em 2001, na grama de Wimbledon, considerado um templo sagrado do esporte. Na ocasião, o então novato Roger Federer, com 19 anos, eliminou o mito Pete Sampras por 3 sets a 2, com parciais de 7-6, 5-7, 6-4, 6-7, 7-5. Terminou o jogo às lágrimas. Começava, então, a nascer um novo mito.