Destaques

quarta-feira, agosto 08, 2007

Dualib no fundo do poço. Quem vem pro lugar dele?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Conselho Deliberativo do Corinthians (CD) atendeu aos desejos da fiel torcida e determinou o afastamento de Alberto Dualib e Nesi Curi por 60 dias da presidência do clube. Foram 264 votos a favor do afastamento, cinco contrário (todos da família Dualib) e uma abstenção (do advogado de Dualib, José Alves). Até mesmo alguns de seus "aliados", como o cardeal Wadi Helu, votaram com a maioria.

Foi decidida também a criação de uma comissão de cinco conselheiros para analisar as contas da atual administração. Alexandre Hunes, Rogério Molica, José Carlos de Mattos, José Percival Albano e Osmar Básile têm 60 dias para o trabalho. Caso recomendem o afastamento definitivo de Dualib, será convocada a Assembléia Geral de sócios para votar o impeachment do presidente.

Segundo a Folha de S. Paulo, a maioria dos conselheiros está certa de que o caminho será o afastamento definitivo do cartola. Alguns acreditam que Dualib deverá renunciar antes do prazo de 60 dias. É o caso de Andrés Sanches, certamente influenciado por uma dose forte de torcida. Explico: segundo explicou o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Senger, ao site TimãoNet, se Dualib renunciar toda sua diretoria sai junto, inclusive Clodomil Orsi, que agora ocupa o posto. Dessa forma, Senger assumiria o comando e convocaria novas eleições antes de janeiro de 2009. Sanches é hoje a liderança oposicionista mais influente e seu grupo tem maioria no CD. Uma queda rápida de Dualib o favoreceria, não dando aos rivais tempo de articular suas candidaturas.

O segundo nome mais forte é o de Roque Citadini, presidente do Conselho de Orientação. Segundo apurou a Folha, ele precisaria de tempo para conseguir reunir apoios para bater Sanches. Rubens Approbato Machado ganhou força recentemente, mas não diz se pretende ou não disputar o cargo.

Dos três, apenas Approbato nunca fez parte da gestão de Dualib. Citadini foi por quatro anos vice-presidente de futebol, saiu por se opor à parceria com a MSI. O mesmo cargo foi assumido depois por Sanches, já durante a parceria. Ele deixou as asas do presidente quando Kia Joorabichian começou a disputar poder com Dualib. Sanches escolheu o iraniano.

Aos corintianos, pergunto: qual desses três é o “menos pior” (tenho dificuldade em dizer melhor nesse caso) para conduzir o time? Não consigo escolher nenhum, mas vou pela negativa: Sanches, que apoiou Dualib e a parceria, depois pulou para o colo de Kia e agora é contra a parceria, não me parece nada confiável. Fico entre os outros dois. Approbato é para mim uma incógnita e Citadini pelo menos foi coerente no episódio MSI. Alguém se habilita a palpitar?

terça-feira, agosto 07, 2007

O show da direita

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A "jornada cívica" da elite branca continua produzindo resultados fabulosos. Seu último lance de impacto foi uma ruidosa manifestação em oito capitais brasileiras no último domingo, dia 5. Em todas as cidades onde houve o dito protesto, três mil (sim, isso mesmo, TRÊS MIL PESSOAS) foram às ruas para pedir a saída do presidente da República do cargo.

Desta vez, os "militantes" fizeram a convocatória por um meio peculiar e tipicamente autista, o Orkut. Membros de uma comunidade (sic) intitulada "Fora, Lula", com quase duzentos mil membros, chamou seus participantes para gritar contra o inculto mandatário brasileiro. Logo, descobriram que se é fácil reunir perfis e avatares no simulacro, sair do mundo virtual para o real é bem mais difícil.

A mais "bombástica" manifestação aconteceu em São Paulo. Segundo perspectivas otimistas, duas mil pessoas, cerca de um sexto da média de público do Barueri em sua Arena, nas partidas da Série B do Brasileirão. Já nas outras sete capitais foram outras mil pessoas, uma média de pouco menos de 150 por cidade. Notícias dão conta de que convenções de RPG convocadas pelo tal site de relacionamento levam muito mais gente do que isso, que se assemelha muito ao público médio do São Vicente na quarta divisão do Paulista.

Mas não importa o número de pessoas, o que realmente vale são os ideais. E quem teria coragem de contestar a pureza dos mesmos, como comprova reportagem de Laura Capriglione na Folha de S.Paulo de domingo? O trecho abaixo mostra como o movimento pôde educar os incultos que elegeram o presidente:

Manifestações foram realizadas também em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Vitória e Campo Grande (somadas, reuniram cerca de mil pessoas). A palavra de ordem dominante foi o "Fora Lula". Mas também se ouviram: "Ca-cha-cei-ro, ca-cha-cei-ro", "va-ga-bun-do, va-ga-bun-do" e "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". Nas faixas e cartazes, o mesmo tom: "Marta, fora, biscate" e "Lula, maldito, relaxa e vaza".

Militantes pela redução da maioridade penal, pelos "direitos humanos (só) para humanos direitos", pela imediata construção de um partido nacionalista conservador, e até o movimento "República de São Paulo", que pretende a separar o estado do restante do país apareceram na manifestação.

Não se via uma só bandeira vermelha. Negros eram os cartazes e as camisetas.

Camisetas negras, como as das milícias de Mussolini que agrediam os trabalhadores na Itália fascistas. Bele referência. Democrática, decerto. Mas claro que o movimento é "popular", o outro trecho abaixo assegura isso:

Com os cabelos loiros e impecavelmente alisados, a empresária e estilista Patricia Guizzardi, 37, recusava ser chamada de representante da "elite branca" (expressão cunhada pelo ex-governador Claudio Lembo). "Eu acho esse comentário até racista. Sou povão. Passei dez carnavais seguidos no Rio de Janeiro, sambando no meio de negros."

Na passeata de ontem, os jornalistas disputavam a desempregada Jessica Verônica Aquino Nascimento, 25, raríssima negra presente. Segundo ela, seus "irmãos de raça e os pobres em geral, infelizmente, ainda são muito ignorantes".

Graças aos céus que temos iluminados que também partilham sua luz.

segunda-feira, agosto 06, 2007

A volta do "escorpião" colombiano

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois do retorno do Vampeta aos gramados, que trouxe um pouco de animação ao sem graça futebol tupiniquim, outro ex-atleta está de volta. Nada mais, nada menos que René Higuita, ex-goleiro da seleção colombiana, famoso não somente pelo seu jeito excêntrico como pela mania de sair jogando na linha, o que custou a eliminação da Colômbia na Copa de 1990.


Aos 41 anos, o antes festivo arqueiro, agora mais comedido (foto antes e depois ao lado) estreou no domingo pelo clube venezuelano Guaros de Lara, promovido à primeira divisão por conta da promoção de oito novos times. Ele volta três anos depois de ter tido um exame antidoping positivo para uso de cocaína, o que ocorreu pela segunda vez na sua carreira.

Para quem não conhece Higuita ou não lembra dele, os vídeos das façanhas do moço abaixo:



Edmundo, Valdívia e Renato Gaúcho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Comentários breves sobre a vitória palmeirense no Maracanã sobre o Fluminense por 1 a 0.

Edmundo deu um passe magistral para Valdívia driblar o goleiro Ricardo Berna e marcar aos 40 do primeiro tempo. Ele mostra que os parmeristas que reclamavam tanto que o veterano não jogava mais nada estavam precipitados. Ou, no mínimo, usando o tempo verbal errado: ele não jogou nada nas oportunidades anteriores, mas voltou a entrar bem contra o Flu.

Depois do gol, durante a maior parte do segundo tempo, o Verdão deixou o adversário crescer e pediu e implorou para tomar o empate. Teve até pênalti contra marcado em falta (se é que foi falta) fora da área. Somália bateu com força e no chão, mas Diego Cavalieri defendeu no canto direito. No rebote, fechou o ângulo. Em outras defesas, garantiu a vitória, relembrando os tempos em que o arqueiro alvi-verde era o melhor em campo sempre (a referência é ao afastado Marcos, registrado como camisa 1 no campeonato).

A perigo no cargo, ao final da partida, Renato Gaúcho reclamou: “Não é choro de perdedor, mas o Fluminense foi prejudicado de novo. Ninguém vai falar que o time está sendo roubado a cada rodada. Posso ser chamado no tribunal que vou repetir isso. O Fluminense vem sendo roubado.”

Não vi o mesmo jogo que o técnico do tricolor carioca. Segundo a Gazeta Esportiva, ele vai ter que explicar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Collor pode perder mandato

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O título é um pouco sensacionalista, admito; mas condiz com a verdade. O TSE sinalizou que pretende expandir para o executivo e o Senado medida que pune com a perda de mandato os políticos que trocaram de partido após a eleição (veja matéria sobre isso aqui).

A idéia, a princípio, seria aplicar a determinação aos deputados e vereadores - que compõem a principal massa de políticos do país e que são os que mais fazem uso do partido para vencerem as eleições. Vale lembrar que nos pleitos para deputados e vereadores os famigerados "votos na legenda" são essenciais para que alguns consigam a vaga no parlamento - e isso gera algumas distorções bizarras, como a turma eleita em conjunto com Enéas Carneiro em 2002.

O TSE já havia aprovado essa determinação; e agora, sob consulta do deputado Nilson Mourão (PT-AC), sinaliza que deve expandi-la para os senadores e representantes do executivo.

Caso a medida seja aplicada a ferro e fogo, perderiam o mandato, de cara, três senadores famosos: Cristovam Buarque (eleito pelo PT, hoje do PDT), Roseana Sarney (do DEM para o PMDB) e o citado Collor, que foi do PRTB para o PTB. Os governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), que migraram do PPS para o PR, também estão na mira.

Confesso que não tenho opinião formada. É preciso coibir a festa da troca de partidos; por outro lado, nos cargos majoritários não se pode dizer que "o mandato é do partido", como para os outros. Fico em cima do muro. Alguém tem uma opinião melhor?

Fiel o catso!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Desde sempre ouvi a lorota, repetida ad nauseum, de que a torcida do Corinthians é a única "fiel", que não abandona o time etc etc. Nunca acreditei. O Brasileirão deste ano é a prova incontestável de que, como qualquer outro torcedor, o corinthiano enche estádio só quando o time vai bem - e some quando vai mal. Mentira? Pois vejamos: depois de vencer o portentoso América-RN fora de casa, o Corinthians levou 40 mil pagantes ao Morumbi, no dia 23 de junho, contra o Paraná.
O zero a zero marcou o início do calvário de dez partidas sem vitória. E o que fez a "fiel torcida"? Debandou. Depois do Paraná, o Corinthians recebeu o Palmeiras no mesmo Morumbi. Ora, se 40 mil foram ver o time paranaense, o lógico seria um público superior ou pelo menos semelhante no mais tradicional clássico paulista. Mas o "pé atrás" ficou claro pelos 28,3 mil pagantes (e temos que considerar a enorme parcela de palmeirenses). Pra complicar, o Corinthians perdeu o clássico (1 x 0) e a partida seguinte contra o Sport (2 x 1), fora de casa.
Pois bem, e a "fiel"? No jogo seguinte, em pleno Pacaembu, míseros 8,6 mil pagantes foram ver o 1 x 1 com o Fluminense. Por se tratar de um clássico, o Corinthians x São Paulo, no Morumbi (1 x 1), atraiu 26,9 mil pessoas - público semelhante ao do jogo contra o Palmeiras - e aí também deve-se considerar a boa parcela de são-paulinos. Bom, o time de Parque São Jorge foi a Porto Alegre e perdeu de 3 a 0 do Internacional mas, em seguida, a tão decantada "fiel" decidiu "ir na boa": a partida contra o lanterninha Náutico no Morumbi era prenúncio de goleada e recuperação, e por isso 17,9 mil compareceram. Resultado "inesperado": 3 a 0 para os pernambucanos.
Aí, após o 2 a 2 fora de casa contra o Figueirense, a mentira da fidelidade ficou exposta: 5,3 mil pagantes no empate de 2 a 2 contra o Flamengo (no clássico das maiores torcidas do país) e, no último sábado, só 4,2 mil na vitória por 1 a 0 contra o Goiás - ambos os jogos no Morumbi, afinal, esperava-se mais da "fiel".
Sempre ouvi falar que a torcida do São Paulo não vai a estádio, que não acompanha o time etc etc. Porém, como o Corinthians tem o dobro (ou mais) de torcedores, começo a considerar que, proporcionalmente, os são-paulinos são o tanto quanto - ou mais -"fiéis". Ou não, mas essa conversa de "fiel torcida", que comparece em peso até nos momentos ruins, ninguém engole mais.

Desconsolo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Simplesmente hilário o desconsolo de Renata Vasconcellos e Renato Machado (foto) no Bom Dia Brasil de hoje, na Globo, ao noticiar a pesquisa do Datafolha sobre a popularidade do presidente Lula, incólume após o linchamento midiático com a tragédia da TAM. De acordo com a pesquisa, 48% dos entrevistados consideram o governo Lula ótimo ou bom, o mesmo índice da pesquisa anterior, em março. Para se animar, Renata Vasconcellos ainda enfatizou que, entre os 8% da população que viajam de avião, a popularidade do presidente caiu. Mas a cara de bunda do Machado traiu sua sensação de "dever não cumprido". Coitadinhos...

domingo, agosto 05, 2007

Cachaça pode salvar o planeta

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Há consenso de que a substituição do uso de combustíveis fósseis pelo de álcool da cana-de-açúcar pode exercer um papel importante na redução do saldo de gás carbônico (CO2) na atmosfera. É que o CO2 emitido quando da queima do álcool corresponde exatamente àquele que a cana-de-açúcar absorveu durante o seu crescimento. Isso, aliás, é bastante evidente. A biosfera é uma grande sistema em equilíbrio, o carbono encontrado em uma planta tem que ter saído de algum lugar, e na deterioração deste vegetal terá que ser absorvido no ambiente de alguma maneira.
O problema dos combustíveis fósseis está no fato de que reservas muito densas de carbono são retiradas de camadas subterrâneas profundas, sem que isso faça parte do atual equilíbrio de todos os seres vivos da Terra. E isso é lançado na atmosfera. O CO2, junto com outros gases, provoca o efeito estufa, que por sua vez leva ao aquecimento global, cujas conseqüências não se sabe ao certo. Há previsões catastróficas, outras nem tanto, mas o certo é de que há e haverá mudanças notáveis.
Diante deste quadro, alguns cientistas já devem estar pensando na teoria que acabei desenvolvendo enquanto consumia doses alternadas de Januária, Armazém Vieira (presenteada por membros do Futepoca) e Claudionor. Não sei em que lugar do mundo, mas sem dúvida isso já deve estar sendo pesquisado. Pois é demasiado óbvio para que não se veja.
Ora, acompanhem o meu raciocínio. Retomo do início: a cana-de-açúcar absorve uma quantidade enorme de CO2 da atmosfera. Um hectare de cana absorve de cinco a dez vezes mais carbono do que a mesma extensão de pasto, por exemplo. Se queimado na forma de álcool, esse CO2 retorna à atmosfera e a conta empata. Mas e se essa mesma cana não for queimada e for consumida na forma de cachaça??? Não haveria emissão para a atmosfera, e retiraríamos quantidades relevantes de CO2 da atmosfera.
Consultei um grande especialista, o engenheiro agrônomo Oscar Antonio Braunbeck, diretor de pesquisas sobre o tema na Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp (Feagri). Após refletir um momento, me disse que até concordaria com minha tese, desde que abandonássemos a discussão teórica e partíssemos para a implementação do projeto. Servidas as doses de Januária, ele avaliou que parte do carbono ingerido na forma de cachaça seria exalada e retornaria à atmosfera de todas as maneiras, outra parte seria retida na protuberância frontal do manguaça na forma de gordura. E concordou, para a minha glória, que parte do carbono seria eliminada em formas não gasosas.
Acompanhava a discussão a pesquisadora em Química Maiara Oliveira Salles. Ela alertou para o fato de que parte desse carbono voltaria à atmosfera na forma de gás metano, que é muito mais nocivo em matéria de efeito estufa do que o CO2. Discutiu-se a possibilidade de que cada manguaça portasse um isqueiro para queima de gás metano, em caso de necessidade.
Os efeitos secundários seriam também bastante benéficos. Não se pode tomar cachaça e dirigir ao mesmo tempo. Em geral, os manguaças preferem as posições paradas para consumir o seu néctar. Mais cachaça significaria uma provável redução no número de viagens realizadas pelos manguaças. Devem ser contabilizados aí aqueles que dormem no boteco, que desistem de fazer outras coisas etc.
Assim, está sendo elaborado projeto, a ser encaminhado à ONU, de uma campanha "Cachaça para a vida". Que cada cidadão mundial consuma uma quantidade diária de cachaça, com o intuito de reverter os efeitos do aquecimento global.
Há dúvidas de qual seria a quota diária adequada. Os mais conservadores falam em uma a duas doses diárias; os mais radicais acreditam que se deva consumir em cachaça a quantidade correspondente ao consumo diário em álcool do meio de transporte que utiliza. Ou seja, se você tem um carro a álcool que consome em média dois litros por dia, sua obrigação seria a de consumir os mesmos dois litros em cachaça.
O projeto incluiria a construção de novos botecos e a qualificação de botecos existentes, para que todo manguaça planetário tenha a opção de consumir cachaça de qualidade sem precisar atravessar a rua, para não gastar com transporte e emitir CO2, e também por razões de segurança.
A viabilidade econômica seria conquistada com a formação de um novo mercado, em que se negociariam créditos de cachaça. O cidadão que se abstivesse de cumprir com seu dever cívico e não consumisse sua dose diária poderia adquirir créditos de cachaça de um ativista manguaça, cuja atuação resulte em excedentes de captura de carbono.
Quem duvidava de que o Brasil é o país do futuro já pode voltar a sonhar. Nossa vocação parece ser mesmo a de salvar o planeta.

sexta-feira, agosto 03, 2007

"Futebol é varonil, não homossexual"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Eu ouvi no rádio pela manhã. Cheguei no trabalho e procurei no Google Notícias. Não achei. Conversei com o Glauco no MSN. Achamos que era esdrúxulo demais. Então desisiti da busca.

Mas era real.

Um juiz arquivou a queixa-crime de Richarlyson contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., que insinuou em programa de TV que o jogador seria homossexual.

O fim da história pouco importa. O que é quase inverídico é a justificativa para a decisão do juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho.

Seguem trechos da matéria da Folha (na íntegra aqui, para assinantes):

"No documento, o juiz sugere que, se [o atleta] fosse homossexual, "melhor seria que abandonasse os gramados".
Em outro trecho, Junqueira Filho diz que "quem se recorda da Copa do Mundo de 1970, quem viu o escrete de ouro jogando (...) jamais conceberia um ídolo ser homossexual".
A seguir, ele afirma: "Não que um homossexual não possa jogar bola. Pois que jogue, querendo. Mas forme seu time e inicie uma Federação".
Por fim, Junqueira Filho utiliza uma estrofe popular antes de proferir a sentença: "Cada um na sua área, cada macaco no seu galho, cada galo em seu terreiro, cada rei em seu baralho. É assim que penso"."

Os advogados do jogador já entraram com apelação contra a decisão. Encaminharam ainda reclamação contra Junqueira Filho ao Conselho Nacional de Justiça, por homofobia.

Não merece comentários.


Update: íntegra da sentença aqui

Pés fora do coletivo: CUT cansou no plural e governo reage

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook









O avanço do movimento "Pés fora do coletivo" é inexorável. A percepção de que dia 18 de agosto é um sábado fez aumentar as adesões.

Primeiro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) que mandou avisar os empresários mais a seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP) que eles "Cansaram". O Futepoca continua a preferir o termo "Tô de saco cheio", porque, como ensinou Cláudio Lembo – o ex-governador conservador, democrata e comunista-antielite branca –, "cansei é termo de dondocas enfadadas em algum momento de suas vidas enfadonhas".

O da CUT também se diz apartidário e nega ser oposição ao dos empresários. O contraponto é para avisar que a paciência dos trabalhadores também tem limites e incluir sua pauta na onda de reivindicações. "Cansamos do trabalho escravo, cansamos de trabalho infantil, cansamos das taxas bancárias, cansamos dos acidentes de trabalho", declarou Artur Henrique, da CUT, à Terra Magazine.

Tarifa de ônibus nas cidades pode cair
O ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida (PP), declarou que o
Projeto de Lei das Diretrizes da Política de Mobilidade Urbana irá estabelecer preços para cada linha do transporte público. A intenção é calcular o valor com base nos custos do próprio transporte, o que faria as passagens baratearem. As informações são da Agência Brasil.

Encaminhado na quinta-feira, 2, ao Congresso Nacional, as diretrizes precisam ser aprovadas para entrar em vigor.

A pressão do movimento "pés fora do coletivo", lançado em 30 de julho, foi suficiente para fazer Fortes apontar que, de 1995 a 2003, houve redução no uso do transporte público e mais gente andando a pé, porque a tarifa está cara, o serviço é inadequado e as condições de tráfego ruins.

Vampeta: Camisa 10 do São Paulo é um palhaço

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Perguntaram para o Vampeta, que deve voltar aos gramados no próximo domingo, contra o Goiás, sobre a falta de grandes meio-campistas para vestir a camisa 10. Veja a resposta abaixo:

- O Pet é craque, o Valdívia é da seleção chilena e vem jogando muito bem. Já o 10 do São Paulo é um palhaço. O futebol atual tem muita marcação, mas está faltando qualidade para vestir essa camisa. Aí você vê a 10 do São Paulo com o Souza...é piada. Podem avisar ao Souza que o papagaio está de volta.

Eleições mexicanas e bebidas exóticas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Matéria interessante trazida pelo UOL (só para assinantes aqui) fala sobre as eleições estaduais mexicanas. O pleito abordado é o do estado da Baixa Califórnia, na divisa com os EUA. E o personagem central do texto é Jorge Hank, candidato ao governo pelo PRI.

O PRI, lembrando, é o partido que manteve a hegemonia no México por mais de meio século. Atualmente tenta conviver com a difícil tarefa de ser oposição. O partido também está na tarefa de "pedra" na citada Baixa Califórnia - e Hank tenta reverter o jogo abusando de táticas direitistas e populistas.

Segundo o texto - do Financial Times - o candidato é um milionário, com 19 filhos (alguém se lembrou de Anthony Garotinho?) e que, uma de suas peculiaridades, possui um zoológico particular de deixar o Simba Safári com inveja. Promove anualmente festas em que reúne "pobres" e distribui a eles presentes voluptuosos. Seus principais beneficiários são as mães e crianças com deficiência.

A matéria relata que o comitê de campanha de Jorge Hank é sediado num local dos mais exóticos - uma rinha de brigas de galo.

E o ponto alto do texto, ao meu ver, está na descrição de uma bebida que o candidato degusta (?) enquanto recebe a reportagem. Transcrevo aqui na íntegra:

[Hank] senta-se à sua mesa em um quiosque na rinha de Palenque, em Tijuana, saboreando doses generosas de tequila. Ele insiste em dizer que a bebida é especial - um amigo chinês a temperou com alguns escorpiões, cascavéis, bile de urso e os pênis de três animais: um leão, um tigre e um cachorro. "Ela faz a gente suar", afirma o candidato, esvaziando o copo de um só gole.

Não sei o que é pior, se a bile de urso ou os três tipos distintos de pênis.

Morre Angelo, mas quem se lembra?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Morreu ontem o ex-jogador do Galo Angelo, aos 54 anos, de infarto fulminante.

Mais lembrado por ter sido vítima da violência de Neca e Chicão, jogadores do São Paulo que quebraram seu joelho na decisão do campeonato de 1977 e nem receberam cartão do grande (?) Arnaldo César Coelho, que hoje diz que a regra é clara, mas poderia explicar por que não expulsou alguém que pisou no joelho de outro jogador caído e se contorcendo de dor.

Mas vamos ao que interessa, o Ângelo. Minha primeira memória dele é de 1976, num campeonato mineiro. O Galo estava mal e jogaria contra o Cruzeiro, favoritíssimo. O técnico Barbatana tirou um atacante, à epoca jogava-se com 4, e escalou Ângelo com falso ponta-esquerda. O Galo ganhou de 3 a 1 e iniciou hegemonia de quase uma década nas Alterosas.

Vem, depois, na minha memória, a final de 1977, disputada em março de 1978, por demais conhecida dos futepoquenses. Desse dia, recordo o Ângelo contorcendo-se em dor, dor que seria maior de todos nós, atleticanos, ao perder , invicto, nos pênaltis, o título de um campeonato em que tínhamos feito dez pontos a mais que o segundo colocado.

O Galo foi o primeiro vice-campeão invicto. Sofri como nunca, ainda criança, talvez a maior decepção da vida, das muitas que viriam. Mas naquele dia tornei-me atleticano para sempre!

Trânsito maldito

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No segundo dia de greve do Metrô de São Paulo, os motoristas particulares já sabiam que o rodízio estava suspenso. Resultado: mesmo em lugares não servidos por Metrô, o trânsito pela manhã esteve péssimo. Isso não é muita novidade, já que de sexta-feira o trânsito em São Paulo costuma ser o rascunho do mapa do inferno. Com o rodízio liberado, então, a galera aproveitou a possibilidade de uma esticada depois do trabalho.

Todos os dias saio do Campo Limpo de ônibus e vou até o Bairro do Limão. São cerca de 20 quilômetros de distância. O trânsito chegava até quase a porta da minha casa. A Estrada do Campo Limpo, a Av. Francisco Morato e a R. Teodoro Sampaio apresentaram lentidão incomum, causada pelo excesso de veículos. Mesmo não havendo linha de metrô alguma por perto. Nos dias "comuns", demoro cerca de 1h30 para chegar ao trabalho. Hoje foram mais de 2 horas.

Não agüento mais perder de 3 a 4 horas por dia no ônibus. TODOS os dias. Só a nossa campanha "Pés para fora do busão" percebe isso?

Dia 18, todos para fora do busão!!!

Prefeitura não sabia que o clube Bahamas era casa de prostituição

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A prefeitura de São Paulo decidiu fechar o clube Bahamas. O motivo é simples: o alvará de funcionamento era para hotel, boate e restaurante, e não para casa de prostituição.

Quem visita a página do lupanar de luxo na internet não precisa de mais do que 15 segundos para identificar o ramo do negócio. Termos como "shows exóticos" e "american bar" aparecem acima de fotos de mulheres semi-nuas e em posições de consulta ginecológica. O slogan, posicionado abaixo da logomarca é: "Erotismo, sensualidade e algo mais".

A subprefeitura da Vila Mariana, responsável pelo fechamento do Bahamas, alerta, em nota, que "casa de prostituição" não é um ramo de atividades licenciado pela prefeitura, além do que, ela poderia ser enquadrada como lenocínio, quer dizer, exploração e agenciamento de prostituição.

Oscar Maroni Filho, o dono do Bahamas, é ainda o organizador de lutas de vale-tudo e o dono do hotel construído nas proximidades do aeroporto de Congonhas que, por sua altura, era criticado por pilotos e especialistas por dificultar a aterrissagem no local. Depois do acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho, a obra foi alvo de pesadas críticas tanto ao empresário quanto à prefeitura, embora o andamento da construção ocorresse por liminares judiciais. Maroni se diz perseguido.

Hipocrisia não
Maroni diz não querer tratar o tema com hipocrisia. A prefeitura tem outros problemas. Em 2005, durante os preparativos para o GP de Fórmula 1 na cidade, o Clube Bahamas e outras casas de prostituição espalharam polêmicos outdoors pela cidade considerados, pela prefeitura, como "pornográficos". Várias boates recorriam ao expediente desde 2003.

No do Bahamas, havia foto de uma mulher semi-nuas agachada na frente de um modelo vestido com macacão usado por pilotos e mecânicos de equipes de F1. Os anúncios foram proibidos pelo então prefeito José Serra (PSDB), hoje governador do estado.

Ainda assim, a mesma prefeitura, hoje sob o comando de Gilberto Kassab (DEM) não teria percebido o caráter do estabelecimento. Em 2005, duas casas noturnas que funcionavam como agenciamento de garotas de programa. Romanza e Millenium foram fechadas por irregularidades de segurança ou de alvará.

Se a prefeitura decidir por uma nova ofensiva, motoristas de táxi consultados pelo Futepoca dizem conhecer as mais frequentadas que lhes oferece comissões e cafezinho a cada cliente trazido.

Para ler mais
Prefeitura de SP bate de frente com a prostituição na F-1 (21/09/2007) - Diário do GABC
Prefeitura retira outdoors pornográficos e lacra duas casas noturnas (20/09/2005) - Prefeitura de São Paulo
Prefeitura proíbe outdoors sobre "festinhas" depois da Fórmula 1 em São Paulo (20/09/2007) - Último Segundo, com fotos
Clube Bahamas, a casa de prostituição de luxo, nos termos de seu proprietário.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Mais uma do "Cansei"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

É um absurdo o que os militantes do Cansei estão fazendo com os humoristas do Brasil. A mais pura concorrência desleal, e com altíssima produtividade. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, em entrevista ao Terra Magazine, soltou uma pérola digna de nota, com a firmeza e clareza típicas do comentarista Casagrande em suas ponderações. Ao defender que o "movimento" é apolítico, foi questionado sobre uma eventual adesão do MST, se seria bem-vinda. A resposta a questão abaixo:

Não... é... o... não é... quer dizer... esse movimento não tem nada que ver com a Associação Comercial. Apenas a Associação Comercial dispõe de um contingente que pode... (enfático) MST não! Porque o MST é... o MST nasceu em razão de alguma coisa. E não é de hoje. Por isso que eu estou dizendo... não tem nada que ver com o atual governo. O MST não nasceu em razão do PT. Ele é anterior.

Quem entendeu que se manifeste.

"Não pode ter proposta"

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Do presidente da Philips no Brasil, Paulo Zottolo (um dos organizadores do "Cansei, nosso parceiro), em entrevista à Folha de São Paulo de hoje:

FOLHA - O movimento vai apresentar alguma proposta?
ZOTTOLO -
Se tivesse proposta seria um movimento partidário. Como não é partidário não pode ter proposta. Para mim, o "Cansei" é um convite à meditação.

Einh????

Tudo tem limite mesmo: até panfleto do Metrô

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Distraído, desavisado e alienado (como sempre), fui pegar o metrô hoje cedo, em São Paulo, e me deparei com um verdadeiro cenário de guerra: funcionários com camisetas escrito "Operação" zanzavam ensadecidos, tensos; o alto-falante repetia a todo instante que o serviço estava funcionando só até a estação Ana Rosa; faixas de plástico listradas de amarelo e preto impediam o acesso a uma das entradas e tinha mais polícia - dentro e fora da estação - do que em dia de clássico entre Palmeiras x Corinthians.
Tonto como só eu sei ser, perguntei a um dos agitados funcionários de camiseta branca o que estava acontecendo. "-Nada!", ele me gritou, transtornado. Uma senhora obesa desistiu de esperar o trem e saiu esbravejando: "-Tem que privatizar logo esse negócio!" (ah, essa elite paulistana que mora em Pinheiros...). Lesado e desinformado (ah, esses jornalistas bêbados que não assistem TV nem lêem jornal...), só percebi o que estava acontecendo quando entrei no vagão: era dia de paralisação dos metroviários.
Foi então que encontrei sobre as cadeiras um panfleto azul com o singelo título "Tudo tem seu limite! - Urgente: Metrô informa". Sob olhares tensos de funcionários que discutiam pelos walk-talks, quase não acreditei no que estava lendo. Tratava-se de um arrazoado de "motivos" para o cidadão ficar revoltado contra os metroviários, que estariam "usando a população como refém". Recheado de pontos de exclamação, o libelo anti-Sindicato cuspia "informações" como "cerca de 70% da passagem é utilizado no pagamento de salários, e o Sindicato quer mais!", e também "o Sindicato quer receber o benefício (participação nos lucros) duas vezes no mesmo ano, e antes de cumpridas as metas".
Mas o pior ficava para o fim, onde, sob o título "Você precisa saber", há uma lista de benefícios recebidos pelos metroviários, como se tudo fosse crime hediondo ou a maior injustiça do mundo. Pasmo, li ali o seguinte: "(Os funcionários do Metrô recebem) Salários, em média, mais de duas vezes superiores aos do Metrô do Rio de Janeiro, que é privado e dá lucro". Perceberam o tom desse material oficial, assinado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo? E o pior é que a impressão desse troço foi paga com o nosso dinheiro.
Ao sair do estação, na Avenida Paulista, tinha três viaturas paradas na calçada, na boca do metrô, com policiais olhando feio. Parecia que ali todo passageiro era suspeito ou culpado de alguma coisa. Realmente, não existe limite para a truculência do PSDB no (des)governo de São Paulo...

Quem diria: Roth, um dos melhores

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quem é o melhor técnico nesse Brasileirão? Não sei. Mas, numa lista dos melhores, um nome não pode ficar de fora: Celso Roth.

Sim, ele mesmo, Celso Roth! Que despontou para o Brasil no bom Internacional de 1997, passou maus bocados no Palmeiras em 2001, foi o primeiro técnico a escalar Diego e Robinho no Santos em 2002 e de uns tempos pra cá perambulava sem sucesso por uma série de clubes.

Ele assumiu o Vasco sob desconfiança geral. O clube da Colina havia acabado de demitir Renato Gaúcho - que ficara uns dois anos por lá - e não tinha jogadores de maior qualidade. O elenco seria o mesmo que no ano passado quase abocanhara uma vaga na Libertadores, o que não era grande coisa. E lá foi Roth para sua missão.}

Hoje, o Vasco comemora um belo terceiro lugar na classificação do Brasileiro e ontem conseguiu uma façanha, derrotar o Internacional em seus domínios. Anteriormente, já havia goleado Santos e Atlético-MG em casa. Por pouco também não tira pontos do Palmeiras no Parque Antarctica. Acho que não tem fôlego pra brigar pelo título, mas uma vaga na Libertadores é um sonho viável.

Eurico Miranda, a despeito de todos os seus sabidos e repetidos defeitos, é um cara que sabe dar tempo aos técnicos que comanda. Quem sabe essa não é a chance de ouro de Roth?

Galo x Santos, há quanto tempo!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Santos F.C./Divulgação
Apesar de terem sido registrados entreveros entre as torcidas de Atlético/MG e Santos em Pinheiros (zona Oeste de São Paulo), não foram notificados casos de violência mais grave. De minha parte, só vi o segundo tempo da vitória do Peixe sobre o Galo por 2 a 1.

Mas, a julgar pelo segundo tempo, algumas poucas constatações óbvias (sem intenção de provocação, palavra de manguaça): a diferença do Santos para o Atlético, tecnicamente, é enorme. O Santos cresce assustadoramente (para seus adversários) com Kléber no meio. Como jogou bola o rapaz. Pena que Luxemburgo diga que a tendência natural na carreira do lateral/meia seja o meio de campo mesmo, mas “não agora”, já que Kléber está disputando uma vaga na seleção, pela lateral.

A segunda constatação é que o Santos parece não gostar de jogo fácil. Podia ter goleado, tinha o jogo dominado completamente, mas com duas falhas grotescas no finalzinho (uma de Tabata, outra de Alessandro, que deram contra-ataque quando quem deveria ter contra-ataque era o Santos!), só não tomou o empate por sorte. Mas um empate, dado o que jogaram ambas as equipes (no segundo tempo), teria sido injusto.

O Atlético/MG é um time que pode crescer, um time de garotos que, se bem orientado, tende a se firmar, ou pelo menos ficar longe do rebaixamento, mas isso é imprevisível, dada a instabilidade dos times brasileiros e o temperamento de Leão, que tanto pode dar bons frutos como jogar tudo na lama.

E o tal Kléber Pereira, pelo que vi ontem, pode ser a solução do ataque santista. Além do golaço (com direito a passe magistral de Kléber), incomodou o tempo todo, posicionando-se bem e se deslocando bastante. Pronto.