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sexta-feira, agosto 03, 2007

Prefeitura não sabia que o clube Bahamas era casa de prostituição

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A prefeitura de São Paulo decidiu fechar o clube Bahamas. O motivo é simples: o alvará de funcionamento era para hotel, boate e restaurante, e não para casa de prostituição.

Quem visita a página do lupanar de luxo na internet não precisa de mais do que 15 segundos para identificar o ramo do negócio. Termos como "shows exóticos" e "american bar" aparecem acima de fotos de mulheres semi-nuas e em posições de consulta ginecológica. O slogan, posicionado abaixo da logomarca é: "Erotismo, sensualidade e algo mais".

A subprefeitura da Vila Mariana, responsável pelo fechamento do Bahamas, alerta, em nota, que "casa de prostituição" não é um ramo de atividades licenciado pela prefeitura, além do que, ela poderia ser enquadrada como lenocínio, quer dizer, exploração e agenciamento de prostituição.

Oscar Maroni Filho, o dono do Bahamas, é ainda o organizador de lutas de vale-tudo e o dono do hotel construído nas proximidades do aeroporto de Congonhas que, por sua altura, era criticado por pilotos e especialistas por dificultar a aterrissagem no local. Depois do acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho, a obra foi alvo de pesadas críticas tanto ao empresário quanto à prefeitura, embora o andamento da construção ocorresse por liminares judiciais. Maroni se diz perseguido.

Hipocrisia não
Maroni diz não querer tratar o tema com hipocrisia. A prefeitura tem outros problemas. Em 2005, durante os preparativos para o GP de Fórmula 1 na cidade, o Clube Bahamas e outras casas de prostituição espalharam polêmicos outdoors pela cidade considerados, pela prefeitura, como "pornográficos". Várias boates recorriam ao expediente desde 2003.

No do Bahamas, havia foto de uma mulher semi-nuas agachada na frente de um modelo vestido com macacão usado por pilotos e mecânicos de equipes de F1. Os anúncios foram proibidos pelo então prefeito José Serra (PSDB), hoje governador do estado.

Ainda assim, a mesma prefeitura, hoje sob o comando de Gilberto Kassab (DEM) não teria percebido o caráter do estabelecimento. Em 2005, duas casas noturnas que funcionavam como agenciamento de garotas de programa. Romanza e Millenium foram fechadas por irregularidades de segurança ou de alvará.

Se a prefeitura decidir por uma nova ofensiva, motoristas de táxi consultados pelo Futepoca dizem conhecer as mais frequentadas que lhes oferece comissões e cafezinho a cada cliente trazido.

Para ler mais
Prefeitura de SP bate de frente com a prostituição na F-1 (21/09/2007) - Diário do GABC
Prefeitura retira outdoors pornográficos e lacra duas casas noturnas (20/09/2005) - Prefeitura de São Paulo
Prefeitura proíbe outdoors sobre "festinhas" depois da Fórmula 1 em São Paulo (20/09/2007) - Último Segundo, com fotos
Clube Bahamas, a casa de prostituição de luxo, nos termos de seu proprietário.

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