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Perder sem os dois principais jogadores de frente (Diego Sousa e Kléber) poderia até tornar a coisa menos grave. Mas foi em casa. E o Palmeiras não teve o menor traço de criatividade nem força ofensiva para marcar. Se no jogo de ida, o empate foi bom, se o Grêmio não conseguiu se impor, hoje no Palestra Itália o time de camisa verde limão-siciliano parecia acreditar que a vitória viria por algum motivo místico. Provavelmente de um pênalti ou de um cruzamento de Leandro para Alex Mineiro.
Esqueceram da marcação que não deixava os volantes da casa trocarem passes até a lateral. Quando Léo Lima virou armador que achava que poderia vencer em jogadas de arrancada, a defesa gremista comemorou. Quando Lenny virou a opção ofensiva, ficou claro o quanto o jogador consegue ser inútil. Sobrou desespero.
Para se ter uma idéia, bastava olhar para o cronômetro na primeira descida de Marcos para a grande área adversária, tentando o empate: aos 29 da segunda etapa. É que as bolas paradas foram o momento de maior perigo mesmo. Aos 48, com a bola em movimento, Marcos era centroavante.
Roque Junior não entrou em campo e uma pane na defesa foi suficiente para sair o gol gremista. Um cruzamento despretensioso de Tcheco foi ignorado por todos, até por Marcos, e a bola foi dormir no fundo da rede palestrina.
Note-se que o Grêmio criou mais condições de gol do que o Palmeiras.
Com o resultado, o escrete de Vanderlei Luxemburgo entrega a opção de ganhar o título de bandeja para os adversários. O Grêmio é segundo, a dois pontos do líder. O palmeiras caiu para quarto e tem, domingo que vem, o Flamengo no Maracanã pela frente. Dependendo do resultado de logo mais, pode virar quinto. Mais do que nunca depende que os rivais lhe devolvam o favor, o que a cada uma das quatro rodadas que faltam é menos provável.
A arrancada do São Paulo com quatro vitórias seguidas – com empurrão da arbitragem nas duas primeiras partidas da série – mostra que o Campeonato Brasileiro não tinha encontrado seu campeão por pura irregularidade dos candidatos. Pela falta de um time que vencesse partidas em sequência. Taí a derrota alviverde em casa para confirmar. Vale, porém, a nota: o time de Muricy Ramalho está há 13 partidas sem perder. A última derrota foi para o Grêmio, no Olímpico. A vitória mais recente, contra a Portuguesa, no Canindé, com gol da vitória aos 42 do segundo tempo.
Claro que o Tricolor Gaúcho pode reverter a vantagem de dois pontos que o separa da ponta na tabela. Mas a equipe de Celso Roth também padece do mal da oscilação.
8 comentários:
Eu queria ter comentado antes, mas só agora tive tempo para pesquisar. O Botafogo teve um gol anulado contra o SP, sendo assim ajudado pela arbitragem. Só que quando o time foi prejudicado por um lance parecidíssimo (até mais claro), na derrota para o Internacional pela 14ª rodada, ninguém saiu defendendo o SP. Engraçado, né?
A Portuguesa foi bem melhor que o SP e merecia o empate. Porém, quando estava 2 a 1 para o Tricolor, o juiz não apitou um pênalti ridículo do goleiro da Lusa sobre o zagueiro Rodrigo. Ali, o SP teria liquidado a fatura - mas tomou o empate numa desatenção bizarra da zaga (pra variar) e levou sufoco até o fim, quando conseguiu "achar" o gol da vitória e assoprou com o pensamento a bola do Edno que bateu na trave. Concordo com o Glauco: assim como a Portuguesa, que está lá na ponta de baixo, os desesperados Vasco e Fluminense vão dar trabalho ao time de Muricy. E o Goiás, no Serra Dourada, poderá ser a encrenca fatal.
Olha, os times podem até dar trabalho, mas o São Paulo só não leva se entregar o título. Mas com o Muricy no banco, as esperanças são baixíssimas.
Se ninguém saiu defendendo o São Paulo é pq tem sãopaulino no Futepoca que não escreve.
Medo desse jogo. Partida feio, sem graça e as emoções ficaram por parte do Marcão, em seu ataque de Rogério Ceni, subiu quatro(eu acho) vzs ao ataque.
Mas o time não ajudou e tornou a situação mais patética do que normalmente seria.
Fora Luxemburgo (que agora vem falar que o objetivo é a Libertadores)
É bom lembrar também que o Grêmio não teve nove jogadores à disposição, inclusive o trio titular de zagueiros, com Roth tento que improvisar um meia e colocar um garoto pra jogar. Também não contou com Paulo César e Mekelele, que pertencem ao Palmeiras e o acordo já previa tal impedimento.
O Palmeiras jogou mal contra o Santos e ganhou. Agora, jogou mal contra o Grêmio e perdeu. Normal do futebol. Anormal é ter sido o clube que mais investiu, com a comissão técnica mais cara e jogar mal partidas seguidas. E ainda vem o "gênio" dizer que está tudo dentro do "planejamento". O tal planejamento modesto é pro Palmeiras ou pro São Caetano?
O Anselmo denuncia e eu visto a carapuça: se tem um sãopaulino que quase não escreve sobre o time no Futepoca, este sou eu. Tá certo que é líder, as chances de título são reais etc. Mas esse time que está aí não me empolga nem um pouco. Geralmente, só fico sabendo do resultado no dia seguinte ao jogo, em compactos televisivos ou resenhas de jornais - e, às vezes, nem isso. Sei lá, ando meio desinteressado. Velhice?
"(...)o time de camisa verde limão-siciliano parecia acreditar que a vitória viria por algum motivo místico. Provavelmente de um pênalti ou de um cruzamento de Leandro para Alex Mineiro." Interessante a esperança ser um pênalti...
Sobre o São Paulo e a arbitragem, o fato é que, num campeonato de pontos corridos, só dá pra saber quem foi beneficiado se você pegar todos os jogos, pois o primeiro e o último têm o mesmo valor. Como ninguém aqui faz isso, sobram as impressões, que são obviamente influenciadas pelo time para o qual cada um torce. Se quiserem uma tentativa de levantamento desse tamanho, ela está sendo feita pelo Mauro Beting:
http://www.lancenet.com.br/blogs_colunistas/mauro/default.asp?arquivo=&PagAtual=2
Parece que faltam umas duas rodadas, o que inclui a lambança contra o Botafogo.
Marcos apenas mostrou raça, sangue na veia, como o Pierre e Gustavo. O resto do time foi apático e rídiculo, derrota merecida.
A atitude do Santo foi uma das coisas mais bonitas que já vi futebol. No mundo de hoje é proibido arriscar.
Obrigado por lutar, São Marcos.
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