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domingo, novembro 09, 2008

Por que a vontade de empatar é maior que a de ganhar?

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Claro que, para o torcedor santista, restará a reclamação do pênalti pra lá de duvidoso que deu a vitória ao Vasco ontem. Mas, sinceramente, vendo a postura do time e se o próprio treinador alvinegro, ainda no gramado ao fim do jogo, se eximiu de comentar e reclamar da penalidade, não dá nenhuma vontade de falar contra o árbitro.

Todo mundo sabe o que é enfrentar o Vasco em perigo em São Januário e todos os fatores do campo e extra-campo que podem fazer a diferença em um momento assim. Afinal, o Santos foi campeão brasileiro em 2004 graças a vitória do clube carioca, na penúltima rodada, contra o líder Atlético (PR), o que garantiu sua permanência na primeira divisão. E o time da Vila, ao invés de tratar a partida como decisiva, só se deu conta disso depois de sofrer o gol. Já era tarde.

Durante todo o primeiro tempo e até metade do segundo o Santos jogou trocando passes, aceitando a pressão. As seguidas “contusões” de Fábio Costa durante esse período me deram nos nervos, um artifício típico de time pequeno. O Alvinegro, com mais time que o Vasco e podendo explorar o nervosismo alheio, se apequenou. Parecia mais importante e prioritário fazer o tempo passar do que aproveitar os buracos da defesa cruzmaltina. E as chances, como em uma oportunidade onde o Santos tinha quatro jogadores contra dois defensores vascaínos com Molina errando grotescamente o passe final, eram desperdiçadas.

E o Vasco, tão nervoso que Leandro Amaral chegou a chutar a bandeirinha em uma cobrança de escanteio, ao menos mostrava vontade. E com a vantagem no placar reconheceu sua inferioridade em relação ao Santos e se fechou, garantindo a vitória. Venceu quem teve ambição. O Peixe, como na partida contra o Palmeiras, não quis sequer tentar vencer. Talvez, quando precisar fazê-lo, tenha até perdido o hábito. De novo, após três partidas sem vitória, estamos preocupados.

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Virou moda jogadores quererem fazer média com ex-clubes, mesmo que nunca tenha havido uma identidade de verdade entre um e outro. O que eles não percebem é o quanto isso pode prejudicá-los e passar uma péssima impressão para os torcedores de seu clube atual.

Exemplo disso foram as juras de “amor e respeito” de Rodrigo Souto em relação ao Vasco, clube que o formou mas que não o valorizou, são de doer aos ouvidos do torcedor santista. Ainda mais com a pífia atuação do meia, que errou passes em profusão e deu contra-ataques perigosos a seu ex-time.

Claro que Souto é profissional e não dá pra falar em corpo mole, mas as suas declarações dão margem para o torcedor pensar bobagens. Se fosse um pouco mais inteligente com as palavras, passaria por essa situação de forma bem mais tranqüila...

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Pará entra no lugar de Wendel. Entra no lugar de Lima. Entra no lugar de Molina. Se é tão bom e versátil assim, por que não é titular? Ou na verdade ele não é nada disso e só entra porque o treinador é pouco criativo?

4 comentários:

Anônimo disse...

Vimos a mesma coisa, Gringo... A falta de vontade do time me revoltou mais do q o pênalti roubado... O Vasco é um time ridículo, sem qualidade, mas seus jogadores entraram pra vencer... Enquanto isso, o Santos jogava como se já estivesse de férias...
Há 3 rodadas o Santos joga para empatar. Márcio Fernandes e o capitão da equipe se recusam a falar de rebaixamento... afinal, segundo os matemáticos a equipe "só" precisa de 3 pontos para espantar o fantasma...
Alguém precisa avisar o aprendiz que o Santos está a 3 pontos da zona do rebaixamento...
Sinto falta de sentir orgulho ao ver o Santos em campo. ultimamente, eu só me revolto. Tenho ódio desse time. Eles acham q já venceram o Inter. Bando de fdp!!!!

Anselmo disse...

Acho impressionante o Vasco vencer com um pênalti duvidoso na reta final sem Eurico Miranda.

Não tem provas de que o cartola tenha efetivamente influenciado resultados, são sempre insinuações. Fosse na época do Eurico Miranda, o mantra nos bares pelo país seria acusá-lo de ter comprado a arbitragem. Como o presidente do Vasco é Roberto Dinamite, o erro é só corriqueiro.

Curioso. Será que tudo era coincidência e a fama era maior do que a realidade?

Marcão disse...

Se Vasco e Fluminense não cairem, nenhum dos dois, a suspeita de "apito amigo carioca" vai pairar no ar, como uma flatulência pestilenta, por muito tempo no futebol nacional...

Nicolau disse...

Ora, se o Santos tivesse ido pra cima e sacolado o Vasco, como esse time pra lá de fraco deles merece, não teria papo de apito amigo. Mas vocês naõ entenderam, o Santos, que já está livre do rebaixamento, decidiu dar uma força pro Roberto Dinamite, pra não ficar feio o Vasco cair justo quando o Eurico caiu fora. Movimentação política peixeira.