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quarta-feira, novembro 26, 2008

Você batizaria seus filhos como Mussolini?

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Tá sobrando dinheiro por aí: sem mais o que fazer (ou propor), um partido italiano de extrema direita está oferecendo 1.500 euros para quem der aos filhos o nome do falecido ditador italiano Benito Mussolini (à direita) ou de sua mulher, Rachele. O nanico Movimento Sociale-Fiamma Tricolore argumenta candidamente que esses dois nomes são "muito agradáveis". Na cara larga, o partideco acrescenta ainda que o incentivo "não tem nenhuma intenção fascista ou racista" - Ma che! Catzo! Só que uma das condições é exatamente que pelo menos um dos pais seja italiano (xenofobia?). Para facilitar as adesões, o "Bolsa-Mussolini" é oferecido em cinco áreas pobres do Sul de Itália. Aí o manguaça vira pra mulher, com um olhar pra lá de mal intencionado: "-Chega pra cá, minha porpêta! Vamo fazer outro bagulino? Esse vai se chamar Benitinho! Mas me diz uma coisa, pêpa: quanto será que dá, em vinho tinto, 1.500 euros?".

6 comentários:

Nicolau disse...

Se chamar guria de Raquel aqui no Brasil vale como equivalente de Rachele? Mas interessante mesmo é hmenagem ao Ducce que não seja racista ou fascista.

Anselmo disse...

Não leio italiano, mas não achei, no site do partido a história...

mas é bizarro.

Marcão disse...

Benito e Rachele
26 novembre 2008 - Tonio Dell'Olio

L'iniziativa, presentata dal responsabile del Movimento Sociale – Fiamma Tricolore della Basilicata, riguarderà soltanto cinque piccoli comuni di quella regione. Il partito si impegna a donare 1.500 euro per ogni bambino che, nato nel corso del 2009 verrà battezzato col nome di Benito o di Rachele. Le finalità dichiarate dell'operazione sono di mantenere viva la memoria del Duce e di sua moglie, di incrementare le nascite e di sostenere economicamente le famiglie.

Vista la singolarità dell'iniziativa, i giornali l'hanno presentata come una notizia di colore di cui si può parlare nel bar o dalla parrucchiera. Persino la prestigiosa BBC britannica ha dato rilievo alla proposta! Temo invece che si tratti di un sintomo che saremo costretti a registrare sempre più frequentemente nel prossimo futuro. La contingenza economica e i sacrifici cui le famiglie saranno sottoposte, stimolano la fantasia di quanti vorranno utilizzare questa condizione per imporre la propria volontà. E costringere per necessità a compiere scelte che in condizioni normali la povera gente non farebbe mai. Per intanto speriamo proprio che a Calvera, Carbone, Cersosimo, Fardella e S. Paolo Albanese non ci sia l'incremento dei Benito marchiati dalla cattiva stella della miseria.

In http://www.peacelink.it/mosaico/a/27896.html

TRADUZINDO:

Benito e Rachele
26 de novembro de 2008

Tonio Dell'Olio


A iniciativa, apresentada pelo responsável do Movimento Social Flama Tricolor da região da Basilicata, Itália, é somente para 5 pequenas cidades da região. O partido se empenha em doar 1500 euros para cada criança que, nascida em 2009, será batizada com o nome de Benito ou Raquel. As finalidades declaradas da iniciativa é para manter viva a memória do Duce e sua mulher, incrementar a natalidade e manter economicamente as famílias.

Tendo em vista a singularidade da iniciativa, os jornais a apresentaram como se fosse uma noticia qualquer, sobre a qual pode-se falar no bar ou no cabeleireiro. Até a prestigiosa BBC britânica comentou a proposta! Temo, ao contrário, que trata-se de um sintoma que seremos obrigados a registrar com mais freqüência num futuro próximo. As necessidades econômicas e os sacrifícios que as famílias passarão, estimulam a fantasia daqueles que querem explorar estas situações para impor a própria vontade. É constringir, pela necessidade, as famílias a realizar escolhas que em condições normais essa pobre gente jamais faria. Portanto, esperamos que em Calvera, Carbone, Cersosimo, Fardella e São Paolo Albanese não aumente o número de Benitos, marcados pela triste estrela da miséria.

Glauco disse...

"Incrementar a natalidade" com 1.500 euros? Só se fosse por mês...

Anselmo disse...

valeeeeeeu, marcão!

Marcão disse...

Justiça seja feita: quem leu sobre o assunto nos sites italianos, separou o texto e o traduziu foi o Gerson, colega de trabalho que morou por duas décadas na Itália (é o mesmo do post sobre "A importância de um líder manguaça"). Ele sempre comenta comigo que brasileiros e italianos ficam competindo para ver quem atinge o maior nível de esculhambação - social e politicamente falando.