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segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Resultado quase surpreendente

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O “quase” do título, em referência na vitória do Corinthians sobre o Santos por 3 a 1, no Pacaembu, vem do fato objetivo de que clássico é clássico e vice-versa, como diria o filósofo. Mas quem olhou a escalação da defesa mosqueteira com Fábio Santos, Leandro Castan e Wallace ao lado do guerreiro Alessandro deve ter imaginado a feira que Neymar e Elano fariam em cima desse lado esquerdo. Se o Tolima conseguiu, porque não o Santos?
Mas não foi o que aconteceu, por acertos do time de Tite, erros do de Adilson Batista e, bem, alguma interferência dos deuses do futebol.
Os acertos do alvinegro da capital foram na marcação, antes de tudo, feita em cima da saída de bola peixeira, fazendo a jogada chegar quebrada ao ponto forte da equipe de Adilson. A zaga santista parou com faltas as (não muito inspiradas) jogadas de ataque do Timão e, numa dessas, Fábio Santos acertou um tirambaço no ângulo de Rafael – alguém sabe se ele sempre bateu assim?
O Corinthians recuou - atendendo aos desígnios de Tite e a rotinas implantadas no dna dessa equipe desde Mano Menezes - e foi pressionado pelo Peixe. Mas a boa marcação continuou. E aqui apareceu o erro de Adílson na escalação da equipe, que insiste com um Diogo que não mostrou a que veio desde seu retorno ao Brasil e deixa no banco Maicon Leite, vice-artilheiro do Paulistão, ao lado de Elano. Cabe perguntar também por que Keirrison, que pareceu ser aposta do treinador e vinha jogando (e melhorando) no início do torneio nem aparece mais nas fotos. Juntando com o aparente (e justo, diga-se) cansaço de Neymar, sobrou Elano para fazer alguma coisa.
E ele fez, no final da primeira etapa, enfiando um canudo também no ângulo de Júlio Cesar. E tentou de novo, no início da segunda etapa, batendo a queima roupa para belíssima defesa do bom goleiro corintiano – que muitos torcedores insistem em cornetar.
Depois de uma pressão inicial do Santos, o Timão equilibrou um pouco as ações e apareceu espaço para outro erro do maestro peixeiro - esse daqueles imprevisíveis, mas que a torcida vai cobrar. Tirou o amarelado Rodrigo Possebon e colocou o também volante Adriano, alteração seis por meia dúzia que não deveria ter maiores consequências. Mas o rapaz entrou meio perdido e, numa bela jogada de Dentinho pela esquerda, fez um pênalti tão desnecessário quanto bem assinalado. Reparem os corintianos há quanto tempo o jovem atacante não fazia uma jogada assim, indo pra cima de três adversários na habilidade. Reparem também que, na ausência de Chicão, o batedor - escalado certamente por Tite - foi o contestado Fábio Santos, que cobrou bem e botou o Corinthians de novo na frente. O professor quis dar moral a seu indicado.
Novamente na frente, o Corinthians novamente recuou. E novamente a pressão santista foi infrutífera, barrada na boa marcação. E no finalzinho, Ralf roubou uma bola de Diogo (olha ele aí) e acertou um passe que dele não se espera para Liedson marcar o terceiro, por cobertura, como outro terceiro gol em outro 3 a 1 do Timão em cima do Peixe.
Da partida, o Corinthians jogou melhor do que vinha fazendo. Morais, Dentinho, Jorge Henrique e Liedson formam um ataque leve e rápido. Se Dentinho e JH resolverem (e tiverem liberdade para) ir mais pra cima das defesas adversárias, em jogadas de infiltração, pode sair alguma coisa. E Bruno César voltou pelo menos ao banco, sinal de que pode voltar a ser opção. Mas sinto falta de mais poder de decisão. Paulinho substitui bem a Jucilei, mas não tem reserva – Marcelo Oliveira? – e Ralph segura a onda. Há mais problemas na defesa, onde ainda não confio em Fábio Santos (que tem ainda o benefício da dúvida por ter jogado pouco) e menos ainda em Wallace e Leandro Castan. Aceito algumas boas contratações.

domingo, fevereiro 13, 2011

Dois comentários sobre o São Paulo F.C.

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Primeiro: O meia Lucas marcou três gols e deu duas assistências na goleada do Brasil sobre o Uruguai por 6 a 0, ontem, quando conquistamos o título do Sulamericano Sub-20. Resta saber se a promessa vai virar realidade ou se é só fogo de palha.

Segundo: O atacante Dagoberto participou dos três gols na estreia de Rivaldo, quando o time venceu o Linense, depois ficou fora na derrota contra o Botafogo e, hoje, deu passes para dois gols na vitória sobre a Portuguesa. Coincidência?

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Bela estreia

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O estreante Liédson roubou a cena e foi nome da bela vitória corintiana sobre o Ituano, na noite desta quarta, no Pacaembu. Ele marcou dois dos quatro tentos alvinegros, se movimentou, tabelou, pressionou a zaga adversária e, imaginem, chutou a gol. A comparação com as últimas atuações do fenomenal titular da camisa 9 do Parque São Jorge é vexatória pra o obeso atacante.

Tambem causa estranhez comparar o desempenho do time contra o Tolima e mesmo na apertada vitória contra o Palmeiras, em que o Timão foi apertado o jogo inteiro e só saiu vitorioso por conta da fraca zaga verde.
A mudança não é da tal da raça, vontade e outros termos tão na moda (cabe uma pesquisa sobre isso, porque diabos o pessoal começou a acreditar que futebol não tem mais nada a ver com tática, técnica, preparo físico, basta apenas ter “vontade”).
Pergunto aos oráculos por que diabos Tite escalou nenhum meia contra Tolima, quando utilizou em tese força total, e dois na partida seguinte. Saíram Paulinho e Dentinho e entraram Danilo e Cachito Ramires. Com eles, o time prende mais a bola na frente, tem mais toque de bola, essas coisas de meio-campistas. Morais, outro meia, entrou muito bem no segundo tempo e deu novo passe para gol.

A troca do veteraníssimo Roberto Carlos por Marcelo Oliveira deu uma excelente opção pela esquerda. Aqui, cabe uma explicação. Nem todos os velhinhos não necessariamente devem ser descartados. A questão é que demora bem mais para um cabra de 38 anos entrar em forma física e técnica do que para um rapaz de vinte e poucos, caso de Oliveira.
O time melhorou, mas o Ituano pareceu fraquinho e convém manter as barbas de molho. Tite ainda não parece saber bem o que quer da equipe e os ânimos seguem acirrados. E o Gordo pode querer voltar...
PS.: Estou curioso para saber o que Bruno César fez com quem lá no Corinthians. O artilheiro do time na temporada passada nem ser relacionado para os jogos é bizarro.

domingo, fevereiro 06, 2011

Santos só empata com Santo André e perde chance de voltar à liderança

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Ontem, o Santos empatou com o Santo André, no Pacaembu (apesar do mando de campo ser do Ramalhão) em 1 a 1. Sem Elano e o goleiro Rafael, suspensos, e com Durval “poupado”, o Peixe pressionou durante quase todo o tempo, mas não conseguiu a vitória em cima do atual vice-campeão paulista que, muito provavelmente, não vai repetir o desempenho em 2011.


O fato é que a partida mostrou que o Santos, que já vinha jogando desfalcado dos jogadores da Sub-20, de Arouca e Jonathan, além do recém-contratado Charles e de Ganso, que ainda não atuaram em 2011, sentiu principalmente a ausência forçada de Elano. A equipe ficou sem referência no meio de campo já que seu substituto, Felipe Anderson, tem características bem distintas e nem ele, nem Róbson, conseguiram fazer o mesmo papel tático que a melhor figura alvinegra deste começo de ano.

A partida em si, na maior parte do tempo, foi quase ataque contra defesa. Se levarmos em conta o critério do quase comentarista esportivo e de arbitragem Rogério Ceni, o Santos deu bem mais que um “chocolate” no adversário. O Santo André fez o seu gol aos 4 minutos e voltou a finalizar (com perigo, mas para fora) aos 39. Do segundo tempo. Foram 17 finalizações peixeiras contra 3, 14 escanteios contra 2. Mas a falta de qualidade técnica - e de entrosamento, diga-se - do meio pra frente, foi determinante para que os santistas não saíssem como vencedores.

Como na peleja contra o São Paulo, o lateral-esquerdo Léo foi o mais acionado e quem mais trabalhou na transição da defesa para o ataque. Poupado na partida contra a Ponte, ele mostrou mais uma vez que estando bem fisicamente é um jogador imprescindível. E a acefalia do meio campo peixeiro, como naquela vez, ficou ainda mais evidente com a ausência de Elano. Ver Adriano “armando” o jogo e notar que Possebon pouco pode fazer como apoiador (a despeito do belo gol) desanima qualquer torcedor.


Mas são justamente todos esses desfalques que fazem o futuro ser mais promissor do que aparenta hoje para o time que pode perder a vice-liderança do Paulistão no fim da rodada. Adílson está testando a equipe e já tem uma razoável noção a respeito dos atletas com que pode ou não contar. Felipe Anderson fez uma apresentação razoável pra boa ontem, oscilando bastante, e Diogo mostrou que pode render na equipe. 

E é bom lembrar que no ano passado, a essa altura, o Santos que se formava já havia perdido do Mogi Mirim e, coincidentemente, empatado com a mesma Ponte Preta. Paciência, torcedor... 

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Estreia, gosto bom e esperança

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Por Moriti Neto (visão de outro sampaulino)

Teve quase de tudo na noite desta quinta-feira, no Morumbi. A partida entre São Paulo e Linense, que mostrou a primeira apresentação de Rivaldo com a camisa Tricolor, não foi um desfile de exuberância técnica no todo, mas certos ingredientes garantiram a estreia marcante.
Pra começar, o novo camisa 10 são-paulino, aos 38 anos, mostrou disposição de garoto. Desde a etapa inicial, chamou o jogo e tomou conta do time. Armou, finalizou e ficou responsável pelas bolas paradas. Só no primeiro tempo – que não teve lá grandes emoções, além da presença de Rivaldo – bateu, a maioria com veneno, todos os dez escanteios que a equipe conquistou.

Virada

Mas, o melhor estava por vir. Início do segundo tempo. Não demora e o Linense faz 1 x 0, com Eric. O São Paulo marcava mal, continuando com o problema dos volantes pesados, sem mobilidade e pegada, como Rodrigo Souto. Porém, tinha Rivaldo. E, cinco minutos depois de sair perdendo, o meia fez mais do que este escriba esperava, ao menos pra ontem. Dagoberto fez bom lançamento e o pernambucano, com uma matada na coxa, tirou o marcador do lance e tocou na saída de Paulo Mussi. Golaço e 1 x 1 no placar.

Daí pra frente, o São Paulo foi todo ataque e, novamente em jogada iniciada por Dagoberto, Marlos, pela esquerda, invadiu a área em velocidade e chutou no ângulo, anotando outro belo tento.

Bate-boca

O Tricolor ganhava, Rivaldo ia bem, mas Dagoberto, apesar de atuação interessante, não parecia estar no clima de festa. Rebateu orientações de Carpegiani sobre posicionamento e arrumou uma discussão desnecessária. Isso não é novidade na carreira do atacante, que já se desentendeu com Muricy Ramalho e Ricardo Gomes. O problema do atleta é simples: inteligência limitada, que não o permite perceber, inclusive, ser bem menos jogador do que ele próprio imagina.
Uma passagem curiosa. Durante a desinteligência, o técnico são-paulino chamou Dagoberto de “bobalhão”. Já ouvi muitas coisas em jogos de futebol, algumas quase impublicáveis, mas “bobalhão” é a primeira vez.

Espectador privilegiado

Passado o chilique, Dagoberto participou da trama que originou o terceiro gol. Ele fez passe a Jean, que sofreu falta na entrada da área. Rivaldo se aproximou da bola, mas foi somente espectador privilegiado da cobrança magistral de Rogério Ceni. Paulo Mussi nem saiu do lugar e o goleiro artilheiro marcou o terceiro do São Paulo e o incrível de número 97 na carreira. Ainda haveria tempo de Alessandro Cambalhota (que tomou chapéu de Rivaldo durante a peleja) diminuir, após bate-rebate na área Tricolor, fechando o placar da noite em 3 x 2.

Deu gosto e esperança

Em tempos de escassez de talentos, de muito marketing e mecanização no futebol, foi legal demais ver Rivaldo de volta aos campos. Claro que não dá pra usar o jogo de ontem como parâmetro, o adversário era frágil e é importante conferir qual vai ser o comportamento do atleta ao longo de uma sequencia de atuações. Contudo, é bom levar em consideração que o cara ficou em campo e correu os 90 minutos, tempo em que fez gol, deu chapéu, caneta, toque de letra e ainda contribuiu na marcação, principalmente depois da entrada de Fernandão em lugar de Zé Vítor, quando passou a jogar de segundo volante.

Com Rivaldo trazendo, finalmente, a qualidade de um grande camisa 10 ao time, mais as voltas dos garotos da seleção sub-20 e algumas contratações que estão chegando, pelo menos é possível sonhar com bons jogos do São Paulo este ano.

Quem sabe, sabe

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No dia 13 de dezembro de 1953, o São Paulo foi ao interior enfrentar o Linense e sofreu uma sonora derrota: 4 a 1. O resultado, de tão inesperado, foi comemorado como um título pelas ruas de Lins, com os torcedores desfilando com um enorme elefante, símbolo do time. E o São Paulo, do técnico argentino Jim Lopes e da goleadora linha de ataque Maurinho, Albella, Gino, Negri e Teixeirinha, levantaria a taça do Paulistão dali a 40 dias, em 24 de janeiro de 1954, após uma vitória por 3 a 1 sobre o Santos, em plena Vila Belmiro.

Ontem, passados 57 anos daquela histórica partida (e inesquecível, principalmente em Lins), as duas equipes voltaram a se enfrentar numa disputa de Paulistão, dessa vez no Morumbi. O jogo marcava a estreia do craque Rivaldo no time da capital, aos 38 anos e cercado de todas as expectativas e desconfianças. O São Paulo jogou mal, errou muito, levou (mais) um gol besta logo no início da segunda etapa e tudo levava a crer que desperdiçaria outros três pontos como mandante. Mas o veterano estreante resolveu mostrar serviço. E como!

Rivaldo chamou o jogo pra si, correu, bateu uma falta em que a bola quase entrou, chapelou bonito um adversário, driblou, deu passes e, para coroar sua atuação, marcou um senhor golaço. Claro que é pra lá de cedo pra dizer que ele vai resolver tudo ou, no mínimo, manter o mesmo nível. O Linense é fraco, o São Paulo continua com os mesmíssimos e velhos problemas de falta de marcação, de ausência de lateral direito, de lentidão na ligação com o ataque e da falta de um matador. Mas, pelo menos, agora, tem um camisa 10. Um Senhor Camisa 10.

Salve, Rivaldo! Vida longa nessa temporada!

domingo, janeiro 30, 2011

Elano decide e Santos bate São Paulo

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Elano: 5 gols em 3 partidas. (Divulgação-Santos FC)
Um San-São mais uma vez como primeiro clássico paulista do ano. Assim como em 2010, a Arena Barueri foi o estádio que sediou o duelo, desta vez com o Alvinegro como mandante, já que a Vila Belmiro está com seu gramado em obras. E, como no ano passado, o Santos levou a melhor.

Sem Neymar, na seleção sub-20, e Ganso, em fase final de recuperação, e ainda sem Arouca e o lateral-direito Jonathan, que se contundiu contra o São Caetano, a condição de estrela recaiu naturalmente sobre Elano, que fez seu terceiro jogo em sua volta ao futebol nacional. E ele não decepcionou. Fez o primeiro gol logo aos 11 minutos de partida e, quando o Tricolor pressionava no segundo tempo, arrematou de longe e Ceni rebateu para Maikon Leite marcar o segundo.

Elano desponta como artilheiro do time e do Paulista juntamente com Maikon Leite, ambos com 5 gols. Tem sido decisivo mas, ainda assim, tem errado muitos passes (só no clássico foram 11) e apresenta um certo cansaço na segunda etapa. Isso mostra que seu futebol ainda pode e deve evoluir, mas o que sempre me impressionou em Elano foi seu senso de colocação, o que serve tanto na hora de defender e fechar espaços no meio como de ataca. Ontem, foi o elemento surpresa que aproveitou o belo passe de Róbson. Aliás, era ele também que veio de trás para fazer o gol de cabeça que deu o título brasileiro ao Santos em 2004 (confira aqui).

Voltando à peleja, o resultado não quer dizer que a parada foi tranquila. Durante a maior parte dos 90 minutos o São Paulo manteve a posse de bola e teve uma chance de ouro com Jean no segundo tempo, que mandou uma bola na trave de Rafael, desperdiçando a chance de empatar. Mas também é verdade que esse domínio territorial esbarrou na falta de qualidade do ataque tricolor. Para se ter uma ideia, a equipe do Morumbi finalizou 20 vezes, sendo 6 bolas em direção o gol. O Santos, que teve 13 finalizações, mandou 9 delas para o gol de Rogério, ou seja, 3 a mais que o adversário. O arqueiro sãopaulino fez duas grandes defesas em cabeçada de Rodrigo Possebom no primeiro tempo e em uma bela jogada de Léo no segundo.


Mas o comportamento do Santos na partida deixa evidente uma deficiência do time nesse início de temporada. O meio de campo com Adriano, bom e rápido marcador mas que tem sérias dificuldades de passe assim como seu parceiro Rodigo Possebom, faz com que a saída de bola do time seja ruim e a equipe sofre com uma marcação no seu próprio campo como a feita pelo São Paulo. Mesmo com times menores o Alvinegro passou aperto em determinados momentos, sendo salvo pela eficiência do veloz ataque. Em vista disso, no clássico, o atleta mais acionado do Santos para levar a bola ao ataque não foi alguém do meio, mas o lateral-esquerdo Léo, que fez talvez a sua melhor partida, taticamente falando, desde que retornou à Vila Belmiro.

Esse problema no meio fez com que a defesa fosse exigida e, ao contrário do que aconteceu contra o São Caetano, a atuação foi exemplar, exceção feita a uma lambança de Durval no primeiro tempo dentro da área. Com a volta de Arouca e a entrada de Charles, o problema pode ser resolvido. Mas como futebol é dinâmico, como diriam os filósofos, ninguém duvide que os laterais que hoje estão na seleção sub-20, Danilo e Alex Sandro, possam eventualmente ocupar uma vaga no meio de campo peixeiro. Com mais opções, Adílson Batista pode ter uma formação que passe menos aperto e deixe o torcedor mais calmo. Tomara.

****

Ah, sim, na preliminar houve futebol feminino, Santos contra Juventus. E Marta fez um gol de placa, que vale ser visto.Sobre o jogo (5 a 1 pro Alvinegro), leiam quem sempre cobre o futebol feminino.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Precedente complicado

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A notícia de que o veterano Rivaldo (foto) já fechou contrato de 1 ano e será apresentado pelo São Paulo é surpreendente, mas nem tanto pela idade do jogador, que fará 39 anos em abril. Zizinho chegou ao clube com 35, Toninho Cerezo com 37 - e ambos tiveram boas passagens. Aliás, eu lamentei que a diretoria do São Paulo não tenha se mexido na época em que Edmundo pendurou as chuteiras. Gostaria de vê-lo encerrando a carreira no Morumbi, mesmo que não rendesse muita coisa. Era um baita jogador, assim como é Rivaldo. Mas o buraco, agora, é bem mais embaixo.

A exemplo dos ex-sãopaulinos Jamelli (foto) e Juninho Paulista, que encerraram suas carreiras de jogadores atuando também como dirigentes (o primeiro no Barueri, em 2008, e o segundo no Ituano, em 2010), Rivaldo é presidente do Mogi Mirim - clube pelo qual disputaria o Paulistão. Só que agora vai atuar por outro time, no mesmo campeonato, e já avisou que não pretende se licenciar da função de dirigente do Mogi. Atitude que, se for confirmada, levantará todo tipo de suspeita quando os dois times se enfrentarem e, bem pior que isso, se um precisar do outro para se classificar ou não cair para a segunda divisão. Isso abriria um precedente complicado no futebol.

Pois é, virou bagunça. Um exemplo é a promoção "Casa cheia", que o Mogi Mirim lançou para seus torcedores: 5 mil carnês com ingressos para os nove jogos do time no Estádio Romildo Ferreira (nome do pai de Rivaldo), ao preço de R$ 135 (inteira) e R$ 90 (meia). O carnê traz uma foto de Rivaldo com a camisa do time e a frase: "Eu voltei. Agora é a sua vez". Mas voltou pra onde? E quem comprou o pacote só pra ver Rivaldo jogando pelo Mogi? O mesmo Rivaldo que, como presidente do clube, negociou o próprio empréstimo para o São Paulo (!). Sim, palhaçada é o termo.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Fominhas 3 x São Bernardo 0

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Por Moriti Neto

Sem centroavante e com um ataque, a princípio, individualista. Foi assim que o São Paulo venceu o São Bernardo, por 3 x 0, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. De inusitado, ao menos para este escriba, a boa atuação do caçula do time vindo da cidade que forjou o maior político da história deste país e os autores dos gols da vitória são-paulina: Dagoberto, Marlos e Fernandinho. São jogadores velozes, com boa dose de habilidade, mas que carregam demais a bola e dificilmente sabem o momento certo para definir um lance.

O jogo

Com as ausências dos cinco garotos que estão na seleção brasileira sub-20, que disputa o sul-americano da categoria, principalmente Casemiro e Lucas, e poupando Fernandão, Paulo César Carpegiani escalou um time pouco marcador. Na defesa, Alex Silva e Miranda protegiam a meta de Rogério Ceni. Pelos lados, apareciam a dupla Jean e Juan (não, não é sugestão de trocadilho inspirado na música sertaneja). Rodrigo Souto fazia a cobertura da esquerda, Cléber Santana da direita, Ilsinho e Carlinhos Paraíba eram responsáveis pela criação nos lados do campo e Marlos ficava na frente, junto com Dagoberto.

No bom primeiro tempo, logo aos 4 minutos, Dagoberto, completando jogada de Marlos, anotou de canela: 1 x 0. A equipe tocava bem a bola, fazia tabelinhas, jogava pelos lados e arriscava vários chutes de fora da área. Controlando o ritmo da partida, o São Paulo ampliou com Marlos, aos 41, depois de cruzamento feito por Ilsinho, e fez jus ao resultado parcial de 2×0. Dagoberto ainda quase marcou um golaço ao arrancar no ataque e tocar por cobertura. A bola raspou a trave.

Começou a segunda etapa e a peleja ganhou ritmo diferente. O São Bernardo foi para cima, jogando um futebol vistoso. O mandante só não tomou o gol graças ao trabalho de Ceni, Alex Silva e Miranda. Assim, Carpegiani começou a mexer na equipe e colocou Fernandinho no lugar de Ilsinho. E o atacante, aos 31, foi autor do terceiro gol, numa bela jogada dentro da área. Depois, entraram Xandão e Fernandão, nos lugares de Cléber Santana – que saiu muito vaiado – e Dagoberto.

Decidido o resultado, o São Paulo voltou a dominar a partida, mas não teve o mesmo ímpeto em atacar de forma aguda como mostrado na etapa inicial. O Tricolor jogou muito bem o primeiro tempo e emperrou um pouco no segundo. Parece que vai pegando ritmo, mas, sinceramente, não consigo me empolgar com o meio de campo lento formado por Rodrigo Souto e Cléber Santana.


Apesar da goleada, o São Bernardo surpreendeu e mostrou qualidades. Pode despontar entre os pequenos neste estadual. Contudo, surpresa mesmo foi ver os três tentos da partida marcados por caras que, costumeiramente, carregam tanto a bola que dão impressão de quem vai exceder os limites das quatro linhas com a redonda. Ontem, só deu fominha balançando as redes.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Mais do mais do mesmo

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Encontro de santos hoje, no Morumbi: São Paulo e São Bernardo. Os dois times venceram na primeira rodada do Paulistão, o primeiro fez 2 a 0 no Mogi Mirim e o segundo, 3 a 1 no Grêmio Prudente. Muito cedo para qualquer diagnóstico, o São Paulo deve sofrer modificações no campeonato, com o retorno de Lucas e Casemiro do Sul Americano Sub-20 de Seleções e de Fernandão do departamento médico, além de alguma contratação discreta, como a do zagueiro uruguaio Coates. No mais, vendo os gols da partida de domingo, me deu uma sensação danada de déjà vu. São Paulo vencendo o Mogi Mirim com um dos gols de Marcelinho Paraíba e tendo Paulo César Carpegiani como técnico? Parece que já vi esse filme antes...

SÃO PAULO 4 x 0 MOGI MIRIM
Campeonato Paulista/ 24 de março de 1999
Estádio: Morumbi
São Paulo - Roger; Edmílson, Nem e Bordon; Jorginho (Belletti), Carabalí (Sídnei), Souza e Marcelinho Paraíba; Warley, França e Dodô. Técnico: Paulo César Carpegiani
Mogi Mirim - Anselmo; Paulão, Ronaldo e Fábio Paulista; Luiz Gustavo (Daniel), Rogerinho, Alexandre, Luiz Mário (Babau) e Misso (Lico); Márcio e Alex. Técnico: José Carlos Serrão
Gols: Bordon (2), Marcelinho Paraíba e Edmílson

Mas o jogo do último domingo foi esse aqui, ó:

sábado, janeiro 15, 2011

Paulistão 2011 - Linense 1 X Santos 4 - Estreia com goleada do time misto

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A primeira partida do campeão paulista de 2010, o Santos, foi contra o Linense, atual vencedor da Série A-2. Na equipe do interior, alguns nomes conhecidos (ou não) como o goleiro Paulo Musse (ex-Vitória, Bahia, Santa Cruz etc etc etc) e o avante Pedrão, ex-ex-Grêmio Barueri. Já o Peixe tinha a defesa que jogou a maior parte do tempo no ano passado, mas do meio pra frente...

Sem Arouca, ainda sem Ganso, sem os recém-contratados Jonathan, Charles e Elano, e os atletas da seleção sub-20 Neymar, Alex Sandro, Danilo e Alan Patrick, Adílson Batista optou pelo 4-3-3, esquema tático, aliás, que propiciou os maiores espetáculos da bola do Alvinegro e, modéstia às favas, do futebol brasileiro em 2010. Claro que os atores desta feita eram outros...

O trio de ataque peixeiro contava com Zé Eduardo, atuando mais pela esquerda, Keirrison no meio e Maikon Leite pela esquerda. O último já está fora (mesmo?) da Vila, o primeiro, quase, e o segundo busca se recuperar do fraco 2010 que teve. Na criação, Róbson,que voltou do Avaí onde retomou a alcunha de Robinho.

Pressionando no começo da partida, o Peixe fez o primeiro gol do torneio aos 8 minutos, com Maikon Leite. Depois, o relaxamento natural de uma equipe em começo de temporada, mas o Linense só conseguia chegar com algum perigo em bolas paradas. No entanto, quando o Santos foi à frente, fez. Zé Eduardo contou com a ajuda do goleiro aos 33 e marcou. Keirrison sofre pênalti e converteu aos 41. Sem forçar, o primeiro tempo terminou 3 a 0 para o time da Vila.


Na segunda etapa, pressão do Linense. E penalidade a favor da equipe da casa. Rafael fez o que sempre faz em cobranças de pênalti: se mexeu o tempo todo em cima da linha, apontou o canto para o batedor finalizar, catimbou e... Fausto chutou e o goleiro defendeu. Como fez duas vezes contra o Grêmio Prudente em 2010. Um minuto depois, bola na trave. Mais cinco defesas dignas de nota testaram a boa fase do arqueiro peixeiro no segundo tempo.

E o Santos chegou ao quarto gol de novo com Maikon Leite aos 21, em contra-ataque, depois que Adílson Batista já tinha sacado Zé Love para colocar o volante Rodriguinho, aos 15. Ainda que esse tipo de substituição para amarrar a partida feita tão cedo não me agrade, fica o voto de confiança, até pelas limitadas opções do técnico.

Mas o fato é que nem essa, nem as outras duas alterações de Adílson fizeram com que o Linense deixasse de dominar o jogo na etapa final (de forma estéril a maior parte do tempo), mas, para uma estreia com time misto, marcar quatro gols está de bom tamanho. O Linense fez o seu aos 43, com Fausto, mas era mais que tarde. Junto com a vitória do time feminino no torneio internacional e dos meninos na Copinha, o hat trick do sábado estava feito.