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Depois de cinco meses e meio, 22 jogos, 14 vitórias e 8 empates, o São Paulo voltou a ser derrotado ontem, por 2 a 0, pelo Santo André. Nada de muito anormal, visto que o time disputa o Campeonato Paulista em ritmo de treino, mas é sempre vexame perder em casa, diante de sua torcida (e sem marcar um gol sequer). Não vi nem ouvi o jogo, mas o noticiário de hoje diz que o time levou um gol logo no início, de Osny, numa bobeada da defesa após cobrança de escanteio. Como era de se esperar, o Ramalhão recuou, mas desnecessariamente, pois o São Paulo não conseguiu levar perigo algum ao goleiro Neneca - pelo jeito, a reedição da dupla Dagoberto-Washington deu com os burros n'água. Ainda no primeiro tempo, o eterno Marcelinho Carioca perdeu um gol feito na cara de Rogério Ceni. Mas a pá de cal veio no início da segunda etapa, quando Júnior Dutra passou por quatro defensores sãopaulinos e marcou um golaço, no ângulo. Miranda foi expulso e o Santo André só administrou. Com isso, a impressão de que Palmeiras e Corinthians vão se cruzar na reta final está cada vez mais patente...
O São Paulo venceu o Guarani por 2 a 0, em Campinas, mas a dupla Washington e Borges não marcou. Por isso, na próxima partida, domingo, contra o Santo André, o técnico Muricy Ramalho vai testar a terceira dupla de ataque diferente neste ano. E a opção será exatamente a que o Atlético-PR usou em 2004 para liderar o Brasileirão até a penúltima rodada: Washington e Dagoberto. Curioso é que o time paranaense perdeu a liderança para o Santos - que seria o campeão - justamente quando Dagoberto se machucou, dando lugar a Dênis Marques. A contusão foi tão grave que ele só voltaria a jogar em julho de 2005. Sem Dagoberto, Washington viu sua equipe ser derrotada por 1 a 0 pelo Vasco.
O Santos, que estava dois pontos atrás, venceu o São Caetano por 3 a 0 e assumiu a ponta (interessante é que Muricy Ramalho tinha treinado o Azulão até o fim do primeiro turno). Na última rodada, o mesmo Vasco perdeu por 2 a 1 para a equipe santista e o Atlético-PR, do técnico Levir Culpi, deu adeus a um título que, pouco antes, era quase uma certeza. Como consolo, Washington terminou a competição como artilheiro, com 34 gols - a maior soma na história da competição até hoje, superando os 31 marcados por Dimba em 2003, pelo Goiás. Será que o centroavante se entrosará com o ex-parceiro Dagoberto novamente?
O campeão paulista foi a Ribeirão Preto enfrentar o Santo André. Venceu com o um gol do novo camisa 10 Cleiton Xavier. Todo mundo sabe que 1 a 0 pode ser goleada. Mesmo contra o Ramalhão de Marcelinho Carioca.
Longe de uma grande atuação, o time fez melhor do que nos jogos-treino contra o Rio Claro e União São João de Araras, quando perdeu por 3 a 0 e 1 a 0. Tudo bem que a segunda etapa de cada uma das partidas que nada valiam foi com os reservas, mas os titulares tampouco marcaram na pré-temporada.
Diferente das partidas treino, o time teve um homem de frente e Diego Souza improvisado. Na real, o time estava mais para um 3-6-1, mas a gente acredita que eram dois atacantes. Com Lenny (o que não faz gols mas deu o passe para um) e estreias de Willians, Maurício Ramos, Danilo e do autor do gol – recém chegado do Figueirense –, o resultado foi apertado, com dois chutes na trave do goleiro Bruno e uma bola tirada debaixo da trave aos 8 do primeiro tempo. Na próxima partida, contra o Mogi Mirim, novamente em Ribeirão por não poder mandar suas partidas no Palestra Itália, Keirrison estará diponível.
Ainda preciso escrever sobre a candidatura de Luiz Gonzaga Belluzzo à presidência do Palmeiras, o cheque do Cipullo, o patrocínio da Samsung, as contratações que não vieram (as que vieram também) e ao procedimento inusual de parte da imprensa de prestar mais atenção na distância entre o que diz o treinador Vanderlei Luxemburgo e o que parece acontecer. Enfim, tem assunto não-comentado de sobra.
Ainda bem que o campeonato começou. Melhor estrear ganhando que empatando.
Com a vitória do Corinthians sobre o Vila Nova, no sábado, o Santo André assegurou antecipadamente seu acesso à Série A do Brasileiro em 2009. A quarta e última vaga será disputada, nas duas últimas rodadas, por Barueri e Bragantino. Ou seja: se a Portuguesa se livrar do rebaixamento, teremos sete paulistas no Brasileirão do ano que vem: Lusa, Palmeiras, Santos e São Paulo mais Corinthians, Santo André e Barueri ou Bragantino. Isso representa mais de um terço dos 20 clubes que disputam a elite. E aí? Isso é bom ou ruim?
Por Rodrigo Garcia
Atualmente na quarta rodada, a Copa Paulista de Futebol é uma competição destinadas aos clubes que não tenham atividades no segundo semestre ou mantenham equipes B em atividades. Ela conta com 32 participantes e leva o campeão a ser um dos paulistas na Copa do Brasil de 2009.
Neste ano, são 25 clubes do interior. Eles é que vão protagonizar grandes clássicos atualmente raros de se assistir, como o Come-Fogo, entre Comercial e Botafogo, ambos de Ribeirão Preto, no dia 30 deste mês. O jogo entre América contra Rio Preto, o derbi da cidade de São José do Rio Preto marcado para o próximo dia 16, não ocorre desde 2004.
A competição teve início em 2003 e logo os clubes do interior passaram a dar valor a ela. O Santo André foi o vencedor da primeira e, em 2004, faturou a Copa do Brasil.
Até 2007, o regulamento levava o vice para a Série C do Brasileiro. Por incrível que pareça, e mesmo com o sucesso do Santo André, para muito clubes pode ser mais interessante participar da Série C, porque as chances de um bom aproveitamento na Copa do Brasil são menores. A Ferroviária de Araraquara, por exemplo, campeã em 2006, caiu logo na primeira rodada diante do Juventude, que seria rebaixado no Brasileirão no mesmo ano de 2007.
Acho que é uma forma de democratização no futebol para os times Paulista. Assim como o Santo André e a Sociedade Esportiva Itapiresne, quem sabe algum time surpreende a todos no torneio continental?
Além disso, muito clubes aproveitam para fazer parceiras com equipes de mais tradição da elite do futebol nacional para testar jogadores. A maioria é composta por juniores que levam a sério a competição.
Minha torcida é que, no dia 30 de novembro, depois das cinco fases do torneio, a festa da democracia do futebol faça o interior feliz, com um representante na Copa do Brasil. E quem sabe na Libertadores.
O Timão venceu o Paraná, em Coritiba, por 2 a 0, dois gols de Dentinho. Com isso, voltou a abrir seis pontos de vantagem sobre o vice-líder, que agora é a Ponte Preta, que derrotou o Avaí por 3 a 2. O Juventude, ocupante anterior do segundo lugar, tomou uma ensacada de 4 a 0 do Santo André, mostrando que o campeonato é equilibrado.
O que me chama a atenção é o tratamento que a gloriosa mídia deu à vitória alvinegra. Segundo Uol, IG e Folha de S. Paulo, o Timão “acabou com o jejum” ao vencer o Paraná. O time perdeu UM jogo em 14 disputados, e os caras estão tentando arranjar uma “crise no Parque São Jorge”, título mais amado da galera. Reclamação antiga, sobre prática mais velha ainda...
Corinthians e Santo André fizeram um joguinho bastante esquecível na tarde deste sábado, na cidade do ABC. A partida terminou em 1 a 1, gols de Marcelinho Carioca e Wellington Saci.
O Ramalhão tem um time bem fraquinho, onde Marcelinho Carioca consegue se destacar, com passes e lançamentos precisos. Mas o gol dele, ainda no primeiro tempo, foi fruto de uma saída atrapalhada de Felipe, ajudado por Chicão.
O Corinthians começou com amplo domínio da partida, com uma marcação forte no meio e saída rápida para o ataque. Parecia que seria um passeio, mas a posse de bola não se traduzia em oportunidades claras de gol. Faltava alguma objetividade ao time, cujas jogadas eram basicamente pelas laterais, com Lulinha, Dentinho e os dois alas, alimentados por Elias, que fez uma boa partida. Mas faltava poder de conclusão.
No segundo tempo, para aproveitar as jogadas pelos lados, Mano Menezes colocou Lima e tirou Eduardo Ramos. O time perdeu meio de campo e não ganhou no ataque. Não me lembro nem de Lima ter encostado na bola.
Depois, o técnico colocou Wellington Saci no lugar de Lulinha, liberando André Santos para a criação. O time melhorou, com mais inteligência no meio, e pressionou. O gol saiu de um cruzamento da direita cortado pela zaga cortou nos pés de Saci, que acertou um chute rasteiro e no canto, fazendo seu primeiro gol com a camisa do Timão.
Aconteceu um pênalti em Herrera no começo do jogo e outro mais duvidoso no finalzinho. O jogador saiu reclamano de três penalidades, o que foi exagero. Mas o juizão não obrou muito bem na partida, deixando passar faltas dos dois lados. Mas as expulsões, uma de cada lado, Dentinho cá e Williams lá, foram acertadas: o jogador andreense bateu bem o jogo todo e Dentinho foi idiota no carrinho do segundo amarelo, na lateral do ataque, jogada sem importância.
O Corinthians segue líder isolado, com 27 pontos, seis à frente do vice-líder Juventude. O Santo André está com 16 pontos e em oitavo lugar. Na próxima semana, o Timão pega o Bahia, no Pacaembú.
No início do mês, quando o Santo André empatou com o União São João de Araras por 1 a 1, e assegurou seu retorno à série A-1 do Campeonato Paulista, um tradicional periódico do ABC Paulista decidiu publicar um pôster do clube. Acontece que, na hora da foto, o goleiro Neneca (à esquerda) estava ausente, disputando o cara-ou-coroa com o capitão do time adversário. Por isso, quando viu o "pôster do acesso" sem a sua presença, o atleta do Ramalhão ficou possesso. Com medo do goleiro, que tem 1,90m, o repórter que cobre o Santo André tenta agora corrigir a gafe, ilustrando seguidas matérias com fotos de Neneca e frisando com freqüência, nos textos, que "o experiente goleiro é essencial para a equipe". Porém, como o Santo André ainda disputará as finais da série A-2 contra o Oeste de Itápolis, Neneca terá mais uma chance de aparecer em um pôster.
A vitória de ontem do Palmeiras sobre a Ponte Preta, em Campinas, pela primeira partida das finais do Campeonato Paulista de 2008 amplia a vantagem alviverde para a próxima partida. O time pode perder por um gol de diferença, mas avisem o Luxemburgo que é melhor jogar bola.
As bolas alçacas por Leandro são uma arma e tanto para o time paulistano. Foi assim que saiu o gol da vitória, marcado por Kléber, mas o time criou outras jogadas, a partir de outros pés.
O difícil vai ser ir a Recife, enfrentar o Sport na quarta-feira, onde disputa a classificação na Copa do Brasil, voltar e decidir o título Paulista no domingo, no Palestra Itália. A delegação já embarcou. É preciso empatar em um ou mais gols ou vencer. Nada de moleza.
Sérgio Guedes pôs o time pra frente, com três atacantes, mas os desfalques limitaram. Viva!
Clima de já ganhou
O Parmerista Conrado pede calma, mas pergunta aos alviverdes se já colocaram o espumante pra gelar. O Só Palmeiras faz uma enquete sui generis: Depois da vitória no primeiro jogo, perguntam o Palmeiras será campeão? As opções são: "Sim", com 86% das intenções, e "Sim" (sic), com 15,5. É só conferir. O Terceira via Verdão diz que acabou. Para o Observatório verde, está quase lá. Rafael lembra ainda que tem julgamento de Martinez pelo chute sem noção em Fábio Santos.
Com minha visão sempre otimista do mundo, eu defendo bola baixa, determinação e tranquilidade. A experiência contra a Inter de Limeira (contra o Bragantino em 1989, contra o Santo André em 2004 etc.) ensinam o óbvio: que o jogo acontece dentro de campo. Mas o lado torcedor tem dificuldade de se segurar.
Ainda na linha do óbvio, o time verde nunca esteve tão próximo de ganhar o paulista. Mas antes do apito final, não adianta ter uma mão na taça.