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Renan Calheiros se compara a coco e diz que só cai arrancado é a manchete da agência Reuters. Longe de ser a primeira, a metáfora é mais uma para a coleção de declarações irreparáveis que circundam o caso das investigações ao peemedebista presidente do Senado.
Se a Casa queima o filme com toda a nação e a imagem das instituições republicanas vai para o espaço, a história do folclore político nacional só ganha novos capítulos. Todos os dias, jornais, sites e blogues colecionam pérolas da sabedoria e clareza.
Futepoca imortaliza as principais contribuições dos envolvidos com a sequência de escândalos que não tem fim.
Leia e vote ao lado. Nos comentários, ajude a apontar as melhores declarações:
"Sou como coco em palmeira. Rapaz, para tirar o coco, não basta balançar o pé que ele não cai. Quem quiser, vai ter que subir no pé e retirar o coco com as próprias mãos."
Renan Calheiros, presidente do Senado, contra quem se contam cinco representações por quebra de decoro.
"As instituições não são vulneráveis, mesmo num caso desses [do presidente do Senado]"
César Maia (DEM), prefeito do Rio de Janeiro
"Renan está de parabéns e meu escritório também. Continuo firme na província advogando."
José Oliveira Costa (PMDB-AL), suplente do senador Renan Calheiros, diante da absolvição em sessão secreta no Senado.
“Se pequei, pequei por amar demais”
Monica Veloso, capa da Playboy e ex-amante pública (!?) de Renan Calheiros, a autora da denúncia de que recebia pensão de R$ 12 mil supostamente paga por lobista.
"As pessoas comentam: ganho um salário-mínimo e a amante do Renan ganha R$ 12 mil. Não têm dimensão de que é o presidente do Senado".
Manoel Gomes de Barros, ex-governador de Alagoas e amigo de Renan Calheiros, colocando as coisas em perspectiva.
"Fazer mais o quê? A não ser sair no tapa."
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), diante da teimosia de Renan em permanecer na presidência do Senado.
"Não tenho tempo de analisar as normas e rotina do clube dos homens e seus amores clandestinos, portanto isso não me interessa. No caso poderia interessar até a menininha. A menina que eu espero que o senador seja um bom pai, a jornalista seja uma boa mãe. A menininha é que realmente pode nos preocupar muito, que ela seja uma menina linda, feliz e tenha um bom pai e uma boa mãe. Fora disso, não é o que nos cabe discutir."
Heloísa Helena, presidente do PSOL, candidata à presidência da República em 2006 e professora universitária em Alagoas
"Calma, boneca"
Tasso Jereissati (PSDB-CE) na Comissão de Ética do Senado, dirigido a Almeida Lima (PMDB-SE)
“Essa expressão [boneca], do ponto de vista pessoal, da minha formação como homem, não me atinge, não me estremece e nem me deixa aflito. Pode deixar aqueles que têm, psicologicamente, esse tipo de problema. Isso eu não tenho. A sociedade e a minha família me conhecem muito bem.”
Almeida Lima (PMDB-SE), em resposta a Tasso Jereissati (PSDB-CE), que o chamou de "boneca", dando quase toda a razão ao debate de alto nível.
"Se o deputado tivesse me dito 'Olha, Eduardo, se você não me der R$20 milhões, eu vou contar que vi você botar o veneno', essa extorsão não iria me inocentar de hipoteticamente ter... acho que todo mundo entendeu"
Eduardo Suplicy, tentando explicar, o plenário do Conselho de Ética a hipótese de ele ter envenenado o senador Gilvan Borges (PMDB-PA) com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) como testemunha.