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quinta-feira, dezembro 03, 2009

Sobre "raça" e "empenho"

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Aos 44 minutos do jogo de ontem entre Fluminense e LDU, o comentarista Neto, da Band, disse: "a torcida do Fluminense tem que aplaudir de pé esse time! Mostrou raça, dedicação, lutou até o final, por pouco não conseguiu e...".

Neto tem razão quanto ao empenho dos tricolores - tanto jogadores quanto torcedores - na noite de ontem. Os últimos, apesar de alguns incompreensíveis espaços vazios no Maracanã, deram um belíssimo show, lançando mão, entre outras coisas, de um grande mosaico que felizmente tem se tornado tradição nas torcidas brasileiras (aí, Jovem, que tal fazer na Vila?).


Mas o que acho que cabe discutir é o quanto os atletas merecem o elogio. Lutaram ontem? Sem dúvida. Mas lutaram para reverter uma situação que eles mesmos causaram. Se um time faz 3x0 e ainda assim não consegue reverter a vantagem do adversário, é porque fez lambança e da grande no jogo de ida, certo?

Chavões à parte, o mata-mata é mesmo o tal "jogo de 180 minutos" de que tanto falam Galvão Bueno e outros narradores. E, portanto, o desempenho tem que ser medido de acordo com tudo o que foi apresentado ao longo da trajetória. O Fluminense foi bem ontem, realmente jogou um bom futebol, mas nada que apague a paulada que levou no Equador. Tanto que a LDU acabou com o título.



quarta-feira, dezembro 10, 2008

Emoções no Beira-Rio

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Por Gerardo Lazzari*

Passada uma semana da final da Copa Sul-Americana, o São Paulo já foi campeão, o “Fenômeno” virou coringão, etc. etc.

Mas não quero deixar de comentar algumas coisas que vivi no Beira Rio na semana passada no jogo Inter x Estudiantes. Fiquei com vários assuntos na cabeça que quero compartilhar com a galera do Futepoca.

Primeiro, a Confederação Sul-Americana (Conmebol), preparou uma grande festa para o Brasil na Copa. Fiquei impressionado com a magnitude do evento preparado por Nicolas Léoz e Cia. Havia pelo menos 16 caminhões de TV fora do estádio. Além de Globo e Bandeirantes, estavam Fox Esport, T&C Sport, ESPN e até um canal da Venezuela. O jogo foi para toda a América, Europa e Ásia. Nicolas, com um sorriso de orelha a orelha ao entregar a taça, provavelmente pensava nos dividendos da próxima edição, em 2009.

Sem dúvida o Internacional é um belo campeão, formou um time muito competitivo e apostou forte para conquistar a Sul-Americana. Fato altamente positivo para o clube, que vira vitrine, melhorando a vida dos atletas, contratos com TVs e obtém reconhecimento internacional. Fato idêntico vivido pelo Estudiantes, que desde a chegada da “Brujita” Verón voltou a disputar uma final de torneio continental depois de mais de 37 anos. Além de alcançar o título argentino depois de 23 anos.

Cheguei cedo ao estádio para montar meu computador numa área que o Inter preparou para que os repórteres fotográficos pudessem transmitir as fotos dentro do campo de jogo, com, inclusive, proteção contra a chuva. É uma bancada com tomadas, de mais ou menos 2 metros e meio com teto de policarbonato. O espaço ficou dividido com uma mesa de som gigante. Ficamos apertados, mas ninguém reclamou, o wireless funcionou, só não conseguíamos mais ir ao banheiro depois das 21h, tivemos que agüentar até a entrega da taça.

Fiquei pensando na estrutura necessária para um jogo do Mundial, e percebi que estamos a anos-luz do que a Fifa exige. Claro que a gente imagina uma situação ideal, com espaço confortável para todo mundo, torcedor e imprensa, com acessos fáceis ao estádio etc. Mas ao mesmo tempo pensei: será que toda essa espontaneidade dos nossos torcedores sobreviverá?

Chegaram quatro mil torcedores de La Plata por diferentes meios, ônibus, vans, e alguns carros antigos. Passearam pelo centro de Porto Alegre, com bandeiras e camisetas, despertando a curiosidade. Torcedores do Inter e do Grêmio se aproximavam para tirar fotos e trocar idéias com a torcida do Estudiantes. Os Gremistas eram "Pincharratas" desde pequenos e os colorados avisavam que venceriam de qualquer jeito, sempre na brincadeira.

Acabado o jogo, ainda com a preocupação de ter que transmitir fotos para dois jornais ao mesmo tempo e dor no corpo pela tensão e a emoção de ser torcedor e profissional ao mesmo tempo, parei para comer um lanche no boteco da esquina do hotel. Quando entramos no bar, tinha gente de Estudiantes e Inter bebendo cerveja Polar juntos, trocando camisetas e cantando as músicas da arquibancada.

Sentei no boteco com Pochola e Toti, que viajaram 18 horas para ver seu amado time, pedimos umas "papas fritas" e, entre cervejas, fiquei imaginando se depois do Mundial, dos belos estádios, das estruturas à européia para a imprensa, nosso futebol continuaria o mesmo. Será que o valor dos ingressos na Libertadores, Sul-Americana e Brasileirão permitirão que torcedores menos favorecidos consigam acompanhar seu clube? Todas essas emoções que senti antes, durante e depois desse encontro de amantes do futebol se preservariam? Ou vamos passar a ter um futebol de torcedores de elite, como acontece em algumas partes de Europa?

Prefiro continuar transmitindo fotos apertado, mas continuar tomando uma "breja" antes de entrar no estádio, acompanhada com um sanduíche de pernil. Encontrar com a galera do Pincha vindo de carro velho e sem ingressos para ver o jogo, essa galera que grita, dá cor e faz o verdadeiro espetáculo do futebol.

Ao torcedor.... Saúde!


Gerardo Lazzari é fotógrafo, torcedor do Estudiantes e argentino residente no Brasil. Apesar de tudo isso, é amigo do povo e colaborador do Futepoca.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Título merecido e a foto de Gerardo

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Faltou falar da vitória do Inter na sul-americana aqui no Futepoca. Como não tem nenhum colorado por aqui entre os escrevinhadores, vou usar a foto do Gerardo, torcedor do Estudiantes, para não deixar passar em branco.


Gerardo Lazzari é fotógrafo profissional e colaborador do Futepoca, além de amigo dos manguaças aqui. A foto dele acabou sendo capa da edição do Olé, provavelmente o melhor jornal esportivo argentino, apesar das provocações com os brasileiros.

Como nós aqui também sabemos provocar, vale dizer que o final foi feliz porque deixaram a pele e o título por aqui, embora a expressão da capa queira dizer "dar o sangue".

E foi o que se viu, uma típica final. Quem achou que seria fácil por o Inter ter ganhado lá em La Plata enganou-se e muito. Os argentinos jogaram muito melhor aqui, ganharam no tempo normal e só perderam com um gol de escanteio, numa bola confusa dentro da área.

Destaque para a atuação de D´Alessandro, pelas arrancadas e por saber o que faz com a bola, driblando, segurando quando necessário e lançando. Além de ter batido o escanteio que originou o gol do título. Além de Nilmar, que infernizou os argentinos o jogo inteiro e fez o gol de rebote. 

Destaque negativo foi o Alex, o outro meia que poderia fazer a diferença. Não acertou praticamente nada durante o jogo e foi substituído com justiça. Ainda precisa provar que será um grande jogador e que merece a seleção brasileira. Por enquanto, parece ter muita técnica e pouca cabeça.

De qualquer forma, parabéns ao Inter, que ganhou a sul-americana pela primeira vez e pela primeira vez neste ano jogou um futebol à altura do time que tem. Quanto aos argentinos, foi bom ver como se entregaram o tempo todo na final, merecendo o título do Olé.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Inter e Estudiantes e a mediocridade do overlaping

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Na final de hoje o Internacional pode mostrar que um dos principais dogmas do futebol brasileiro não é assim tão verdadeiro: a necessidade de laterias que ataquem e defendam.


O time joga com quatro zagueiros de origem: Bolívar (adaptado este ano como lateral por Tite), Índio (hoje substituído por Danny Morais), Álvaro e Marcão (este o único que tinha experiência anterior como lateral).

Com isso, os laterais não têm de ficar naquela insana prática de ter de defender e atacar o tempo todo. Sobram para armar as jogadas atletas mais técnicos, como D´Alessandro, Alex e Nilmar, com poucas ou quase nenhuma função defensiva.

E é bom técnicos pensarem bem nessa opção. Porque nada mais fácil de marcar do que os times brasileiros que só jogam de um jeito só: o lateral sai desesperado da defesa, passa para alguém e recebe na frente (o chamado overlaping) para fazer chuveirinho. Qualquer escalador medíocre sabe, por exemplo, que para marcar a seleção brasileira é só tirar espaço dos laterais.

E a praga vem de longe, mas se torna mais evidente com o fim dos pontas no futebol. No tempo que eles ainda existiam, o técnico Cláudio Coutinho passou a usar esse termo overlaping, repetindo aquilo que praticamente todo time brasileiro hoje faz: o lateral traz a bola, toca e é lançado na passagem para pegar as costas da defesa. Como falta técnica e a jogada é manjada demais acaba não dando certo creio que em 90% dos casos.

Coutinho chegou na Copa de 1978 a tirar o ponta-direita Gil e escalar em seu lugar dois laterais direitos, Toninho (que era do Flamengo) e Nelinho (à época no Cruzeiro). Pouco depois disso os pontas morreram definitivamente no futebol brasileiro.

Se antes a jogada até funcionava pela qualidade técnica de um Nilton Santos, de Júnior, de Leandro, dos três pulmões de Cafu, hoje revela-se uma estratégia das mais repetitivas e medíocres. Ao contrário de muitos times europeus que usam dois atacantes/armadores pelas pontas, com laterais com funções mais defensivas.

Que o Inter nos resgate antes que outra praga seja completada, a de substituir todos os armadores por "volantes que sabem jogar, que marcam e atacam"... Mas isso fica para outro dia.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Inter abre vantagem na final

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O alvo principal das inevitáveis acusações de fracassos no Brasileirão é o Palmeiras de Luxemburgo. Diz-se que contratou muito - especialmente a própria comissão técnica, é verdade - e que por isso a equipe deveria estar agora disputando o título. Ou estar com o caneco assegurado, o que é um flagrante exagero.

Mas se o Palmeiras é cobrado assim, o que dizer do Internacional de Tite, que gastou as burras para contratar Nilmar, Daniel Carvalho e D'Alessandro? A posição intermediária em que o time vai ficar no Brasileiro (no máximo 6º colocado, com diferença de cerca de 10 pontos para o 5º) é bastante decepcionante. A conquista do título estadual não apaga a má impressão, assim como no Palmeiras. Talvez a contratação de Gustavo Nery tenha anulado os bons investimentos, quem sabe?

Mas a temporada colorada pode ser salva pelo título da Copa Sul-americana. Não que o campeonato tenha algum prestígio no Brasil, mas um título é sempre um título, ainda mais internacional. E, além do caneco em si, nesse ano a Sulamericana pode dar de brinde ao campeão uma vaga na Libertadores, por conta da suspensão que a Fifa ameaça impor ao futebol peruano pela intervanção do governo federal na Federação de Futebol do país. Se até o meio de dezembro o imbróglio não estiver resolvido, três vagas serão abertas na Libertadores. O Inter batalha nos bastidores para que uma delas vá para o campeão da Sul-americana.



E a decisão começou muito bem para o Colorado. Na primeira partida da final, contra o Estudiantes, na Argentina, vitória por 1 a 0, mesmo depois da expulsão de Guiñazu aos 25 minutos do primeiro tempo. O gol foi marcado por Alex de pênalti, depois de falta sofrida por Nilmar. A decisão será na próxima quarta-feira, no Beira-Rio. O Inter joga pelo empate. E pela salvação do ano.

sexta-feira, novembro 07, 2008

"Se vai pintar a casa, tem de contratar pintor"

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A surreal participação de Vanderlei Luxemburgo como comentarista de um jogo na última quarta-feira da própria equipe que treina, o Palmeiras, pela Copa Sul-Americana, mereceu um comentário irônico do técnico do São Paulo, Muricy Ramalho (foto): "Ele foi mal pra caramba, ele é técnico de futebol. Quando você vai pintar uma casa, tem de contratar pintor e não se meter". Questionado sobre o que faria se também fosse convidado a comentar jogo pela Rede Globo, Muricy declinou: "Não tenho essa facilidade que vocês têm de comentar um jogo e também não gostaria de fazer, até é difícil de eu ir a programa de TV. Para comentar, eu não iria". No final, ainda reprovou a atitude de Luxemburgo de não acompanhar a equipe até a Argentina, mesmo estando suspenso e dando lugar ao seu auxiliar Nei Pandolfo. "Seria difícil de eu deixar de ir, mas cada um é cada um".

quinta-feira, novembro 06, 2008

Podem até dizer que não vale nada, mas é bem desagradável

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Podem até dizer que a Sul-Americana é copa caça-níquel, que não leva a lugar nenhum, que só vai bem na competição quem não disputa título nacional (essa foi do Luxemburgo). Mas desclassificação é sempre uma coisa desagradável (para evitar palavrão).

Fiquei de cabeça quente. Não sei se foram os dois gols do Argentinos Juniors no estádio Diego Maradona com menos de 15 minutos ou se foi o fato de esse ser o tempo para pagar as contas do mês. Depois amenizou.

Mandar apenas 14 atletas para Buenos Aires para a eliminação não precisava incluir tanta desatenção. Nem ter dividido tantas bolas com o pé na altura do joelho adversário nem com o braço na cabeça do rival (e não estou falando do Kléber). De novo não gostei desse comportamento dos reservas.

O Botafogo também foi eliminado ao empatar em 1 a 1. Sobrou o Inter que joga com o Boca nesta quinta-feira.

Vanderlei comentarista Luxemburgo
Pior do que a derrota de um time que não queria jogar – e nem quero saber se tinha ou não motivo para querer jogar – foi ver os comentários de Luxemburgo, que ficou no Brasil. Na transmissão da Globo, ver todo mundo aliviando com o convidado, é normal na TV. Mas ver o treinador incensando o São Paulo é bizarro. Depois dos elogios ao Hernanes, sei não, mas dá para pensar se tem treinador oferecido.

quinta-feira, outubro 23, 2008

Paradinha or not paradinha: deu Argentinos

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É verdade que foram dois gols anulados. Um não marcado, outro que pede a leitura do post até o final. Mas o retrospecto não evitou o placar no final da partida: 1 a 0 para os visitantes do Argentino Juniors.

Pior do que perder em casa é ter dois expulsos nos últimos minutos (Evandro e Gladstone) em jogadas que indicam descontrole emocional. Pior do que isso é, passado o apito final, ver Léo Lima desgovernado, segundo o repórter de campo da TV Bandeirantes Fernando Fernandes, começando briga com os adversários. O GloboEsporte fala em soco em Escudero, o autor do gol.

Léo Lima x Escudero
Deve ser difícil para o Léo Lima saber que a bola entrou em sua cobrança de falta aos 14 do segundo tempo na partida seguinte ao pênalti nonsense do último domingo. Ainda mais ver o árbitro invalidando a paradinha de Diego Souza, advertindo-o com cartão amarelo e deixando barato o goleiro se adiantar torridamente para defender a repetição da cobrança.

É para deixar bravo.

Mas dois expulsos e provocar confusão no fim em jogo em casa? Bem mais feio.

No dia 5 de novembro tem o jogo de volta.

Paradinha
Comentaristas de arbitragem consideram que pode, mas prefeririam que houvesse recomendações mais detalhadas. A Comissão Nacional de Arbitragem liberou a finta, desde que não seja desleal. Mas se ultrapassar o limite entre as malandragens saudável e malédica, é atitude antidesportiva e passível de advertência.

Trocando em miúdos: quem tem o apito decide. Sinto muito, e pode xingar.

quarta-feira, outubro 22, 2008

Tem até promoção para ver Palmeiras e Argentino Juniors

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Os ingressos para a partida desta noite entre Palmeiras e Argentino Juniors, no Palestra Itália, pela Copa Sul-Americana, estão mais baratos do que no Brasileirão. A arquibancada sai a R$ 20, em vez de R$ 30. Tudo para ver o alviverde enfrentar o time que revelou Diego Maradona.

É a primeira partida da história entre os dois clubes. O mais curioso foi descobrir, ao pesquisar sobre o jogo, que o Verdão só perdeu para o Boca Juniors duas vezes em jogos oficiais, uma em casa e outra fora. Não foram computada a segunda partida da final da Libertadores de 2000 nem a da semi-final de 2001, porque os jogos terminaram empatados no tempo normal, e a decisão foi por pênaltis. Quem vai pegar o time azul e amarelo é o Inter, em Porto Alegre.

O adversário só tem em comum o "Juniors" no nome e a sede em Buenos Aires (mas em bairros diferentes). Diego Souza vai jogar no mistão preparado para entrar em campo. As perspectivas são boas para enfrentar o 16º colocado do campeonato argentino, mas a competição continua em segundo plano para os brasileiros que seguem na disputa.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Foi aos 44 minutos, sob chuva cerrada

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O Palmeiras conseguiu a classificação na Copa Sul-Americana ao vencer, por 1 a 0, o Sport Anchash. Os peruanos se seguraram, criaram duas chances no contrataque, e adiaram a definição da partida até os 44 minutos do segundo tempo.

Quebrou a sequência de duas partidas sem marcar gols e completou a sexta partida sem tomar gols – três em cada competição que disputa.

Quem fez o gol foi Jumar, segundo volante, ao receber de Diego Souza dentro da área, pelo lado direito, o mais prejudicado pela chuva que apertou no segundo tempo. Kléber, que entrou no intervalo, tentou por ali. Pierre, Evandro e Diego Souza, também. Todos foram desarmados pela poça. Jumar driblou a água acumulada, cortou o zagueiro e colocou a bola onde o arqueiro oponente não poderia alcançar. Só não peçam para ele fazer de novo.

Chuva
O jogo dos donos da casa foi dificultado pela chuva, pela excelente atuação do goleiro Vegas e pela limitação na partida do ataque reserva Denílson e Thiago Cunha. Com Kléber e Diego Souza, o Palmeiras passou a pressionar até Sandro Silva ser expulso. Tudo parou até a pressão a partir dos 40 do segundo tempo.

Ufa! Ou, festa no chiqueiro. Ou, como gritou meu vizinho também palmeirense, "obrigado, Verdão".

Mesmo com as dúvidas sobre a relevância da competição, é sempre melhor vencer. Agora vem o Argentino Juniors pela frente.

Bruno
Diego Cavallieri não era um Marcos. Bruno precisa de arroz com feijão para ser um Diego Cavallieri. Mas chega lá.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Um 0 a 0 em grama sintética

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Nem para pasto serviria o gramado do estádio Nacional onde foi realizada a partida entre Palmeiras e Sport Ancash. O uso de piso sintético faz o campo adquirir coloração semelhante à que tinham os jogos do Desafio ao Galo. E é uma ótima desculpa para não apresentar futebol.

Da próxima vez em que eu me apresentar com a bola nos pés, vou exigir o gramado sintético pra dizer que a bola corre mais, que não estou habituado. Capaz que vão acreditar que não se trata de limitações do meu futebol.

Pelo menos a representação de verde limão siciliano não teve de colocar seu mistão para jogar nos 3.050 metros de altitude de Huaraz, à beira dos Andes.

A partida poucas chances claras de gol e Regalado, do Ancash, terminou expulso. "Jogão" pela Sétima edição da Sul-Americana, patrocinada por uma multinacional de automóveis.

Melhor empatar fora do que perder, como aconteceu com o Botafogo que trouxe uma derrota simples diante do América de Cali, dono do melhor ataque da competição, justamente ao lado da Estrela Solitária. Grave foi para o time de Quito, já que o Boca Juniors ensacou a LDU, campeã da Libertadores, por 4 a 0 em Buenos Aires. Já o atual dono do caneco da Sul-Americana, o argentino Arsenal, perdeu de 2 a 1 em La Plata, contra o Estudiantes.

A volta acontece na quarta-feira, dia 1º.

A premiação da Sul-Americana é estimada é de R$ 3 milhões, divididos entre campeão e vice. Foi assim em 2007. A Copa Mercosul, ao que consta, dava US$ 3 milhões para o campeão e outro milhão para o vice.

Para quem está disputando o título brasileiro, a viagem a Lima seguida de embarque para Recife, para enfrentar o Náutico, é um teste de resistência para parte do elenco. Depois de ver o jogo, me veio a dúvida com mais força: precisava?

quinta-feira, setembro 18, 2008

Poderia valer pelos dois campeonatos

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Essa já era minha proposta durante o dia. Como tanto o jogo pela Sul-Americana quanto o pelo Brasileirão entre Palmeiras e Vasco têm o Palestra Itália como palco, poderiam simplificar, fazer um jogo só e ter folga no domingo.

Mas eu nem achava que seria uma vitória com placar tão dilatado. É que havia o trauma dos reservas e não tinha avaliado o peso dos suplentes na partida de ontem. Fui fazer o dever de apuração pra saber quantos reservas entraram no Vasco ontem, e me surpreendi ao checar as escalações nos dois últimos jogos do Brasileirão e o número de variações é grande. No fim, parece o Vasco entrou em campo com uns cinco titulares. Melhor assim.



Thiago Cunha fez dois, o primeiro e o terceiro, e Denilson fez o segundo. O placar de 3 a 0 garantiu a vaga depois da derrota por 3 a 1 em São Januário. Mesmo assim, o resultado não mostra as – nas minhas contas quatro – defesas espetaculares de Marcos, o Goleiro. A última foi em um escanteio cheio de efeito batido por Madson, aos 45 minutos do segundo tempo. Perceba: um gol cruzmaltino àquela altura levaria a partida para os pênaltis.

Vale lembrar que o golaço de Thiago Cunha aos 32, num voleio que lembrou os que o Bebeto tentava, foi a primeira grande chance de gol. A objetividade e o oportunismo também são virtudes, claro. Senão, o Verdão não teria vencido o Cruzeiro no último domingo.

Kléber, o desgovernado, entrou muito bem na partida. Deu velocidade e acordou o lado ofensivo alviverde. No lance do segundo gol, a sensação é bem clara de que o atacante empurra o lateral Marquinhos. Mas na repetição fica claro que Kleber já está com os braços levantados (no procedimento "não fiz nada" que só quem os que acabaram de fazer besteira adotam) quando o defensor começa a cair. No replay não vi o braço empurrando, vi uma bela de uma ombrada. Como arbitro, eu marcaria, mas "futebol é jogo de contato" e o levantar de braços serviu para o árbitro Carlos Eugênio Simon concordar com a tese do atacante. Melhor assim.

E porque eu falei que Evandro tinha uma atuação às vezes mais para segundo (ou terceiro) volante, o jogador atuou bem mais avançado e foi bem quando entrou no lugar de Maicosuel.

Agora é encontrar o Vasco de novo no domingo. Que o placar se repita.

Na Sul-Americana, o adversário é xará de um clube que tem significado bicho-papão para o Palmeiras: Sport Ancash, da cidade de Huaraz, a menor cidade entre as representadas na primeira divisão peruana. Pelo retrospecto recente, ainda bem que não é o time de Nelsinho Baptista.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Perder para o Vasco é simplesmente inadimissível

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A derrota do Palmeiras na estréia da copa Sul-Americana para o Vasco não tem justificativa nem explicação. Os 3 a 1 em São Januário, depois de uma descendente cruzmaltina no campeonato nacional é lamentável. Pior: o Palmeiras jogou muito pior e foi covarde.

Covarde porque só fez o primeiro gol depois de sofrer um. Depois de começar o jogo mal. Como se estivesse dormindo no jogo.

Os dois times entraram com reservas. Não fiz as contas de quantos suplentes entraram em cada lado para não ficar com mais vergonha.

Depois, no intervalo, quando voltou com Diego Souza, o meia titular, o time piorou ofensiva e defensivamente.

No fim do primeiro tempo e em todo o segundo, apesar de ter mais posse de bola, se mostrou covarde, porque não conseguiu ou não quis ir para cima.

Nem quero ouvir o que o Luxemburgo vai falar. E ainda tive que ouvir o Neto dizendo que a diferença do técnico é pôr o time para cima do adversário mesmo jogando fora de casa.

Ridículo.

Até ia escrever sobre Kléber perseguido depois de ter construído sua reputação de cotovelo maluco e vítima de um golpe de capoeira, mas francamente fica para depois.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Amor antigo, mas duradouro

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Quando ninguém mais se lembrava do velho volante Vampeta (os três V são involuntários), eis que o meia alagoano Souza (foto) ressucita a memória do desafeto baiano na mídia. Jogando hoje pelo Grêmio e referindo-se ao clássico gaúcho que será disputado pela Copa Sul-Americana, o ex-são-paulino disse que não tem mote para provocar os rivais. "Se o Vampeta jogasse no Internacional, ainda dava. Mas ele está lá no cafundó do Judas", argumentou, resgatando uma - tola e - velha polêmica entre os dois.

Há poucos meses, quando ainda jogava pelo Paris Saint-Germain, Souza já havia cutucado Vampeta durante visita aos ex-colegas tricolores no CT da Barra Funda, em São Paulo: "O Vampeta já derrubou tantos times que ninguém está sentindo muita falta dele. Os times estão querendo distância do Vampeta, pois sabem que se quiser cair, é só chamar o Velho Vamp", provocou, referindo-se à sina de rebaixamentos do "inimigo". Pra mim, essa fixação é amor enrustido - e antigo. Mas fiquei curioso, pois pesquisei e não achei: em qual "cafundó do Judas" o Vampeta está? Ele ainda joga?

quinta-feira, outubro 25, 2007

São Paulo perdeu chance de, de novo, fazer história

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Em 1992, o São Paulo, mesmo colocando um time reserva nas primeiras rodadas, foi campeão da Libertadores da América. Era a primeira conquista brasileira no torneio após nove anos de jejum. Analisando hoje, não é exagero dizer que aquela disputa de pênaltis que deu o título ao Tricolor mudou a história do futebol brasileiro, principalmente para os clubes.

O São Paulo campeão da Libertadores ganharia ainda o Mundial de clubes em dezembro, contra o Barcelona. No ano seguinte, repetiria a dose. E os demais clubes seguiriam seus passos: somente na década de 1990, o Brasil ganharia mais Libertadores do que em todos os trinta anos anteriores (seis contra cinco).

Lembro tudo isso para afirmar que o São Paulo fez besteira ao dar tão pouco valor à Sul-Americana. Sim, futebol é imprevisível, mas é absurdo conceber que esse time que será campeão brasileiro com larga vantagem e quebrou a "invencibilidade" do Boca Juniors contra os times tupiniquins perderia dois jogos para o modesto Millionarios de Ciciliano (foto) se jogasse com toda a sua força. A eliminação do São Paulo lembrou muito às que os bons times do Brasil sofriam para elencos bem mais modestos nos tempos em que a Libertadores não era prioridade.

O São Paulo, pelo bom elenco - e principalmente pela boa folga no Brasileiro -, teria totais condições de entrar na Sul-Americana com tudo e ainda assim assegurar o caneco nacional. Mas resolveu manter a ojeriza despropositada que os times brasileiros têm pela Sul-Americana e deixou de ganhar um título que ainda não possui. E de embolsar uma boa quantia em dólares.

Claro que não acho que um eventual título do São Paulo faria da Sul-Americana a nova menina dos olhos dos clubes do Brasil. Mas, justamente pelo referencial de competição, motivaria mais nossos clubes a ter mais vontade de ganhar essa taça. E por isso que a eliminação Tricolor ontem teve também seu componente histórico.

sexta-feira, setembro 28, 2007

O papelão do Botafogo

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Aos 28 minutos do segundo tempo, o River Plate tem um jogador expulso. São 9 contra 10, os botafoguenses podem até tomar dois gols que se classificam para a fase seguinte da Sul-americana. Tomam um no minuto seguinte. Tomam outro cinco minutos depois. A crueldade é tomar o gol da desclassificação no último minuto de jogo. O sonho internacional do time carioca desaba de um forma vexatória.

O site Canal do Botafogo publica um texto de um autor intitulado Xiita do Fogão. Vale ler o desabafo:

Do alto dos meus quase 50 anos, a maior parte deles acompanhando o Botafogo, tive várias tristezas, mas igual a de hoje jamais.Sofri com o título roubado pelo Flu em 1971, com a Era Borer e o desmanche do Glorioso, com as goleadas de 6X0 e 6X1 para o "Império do Mal", com a perda do título estadual desse ano, com o Campeonato Brasileiro roubado pelo São Paulo no Morumbi durante os anos 80, com tantos outros dissabores, mas hoje teve um componente especial na minha tristeza. Estou triste porque entramos em campo predestinados a perder. Não porque algum atleta seja venal ou esteja vendido, mas, pela ausência de sangue, de atitude e pela repetição de erros antigos. Não perdemos a classificação no último segundo comos diz o noticiário, nós perdemos assim que entramos em campo. Se o River precisasse de 80 gols, 80 gols eles fariam sob o olhar atônito dessa defesa de autistas.

Acabo de saber que a delegação continuará em Buenos Aires treinando, faz sentido...

Esse time é trágico e melancólico, feito um tango.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Noite gloriosa

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Dane-se que a Copa Sul-americana vale só para encher os cofres dos clubes. O jogo entre São Paulo e Boca Juniors ontem à noite me fez vibrar como na época em que eu comecei a torcer pelo Tricolor. Terminei o jogo tremendo, com o coração acelerado e a alma lavada. Nem a vitória em cima do Atlético Paranaense na final da Libertadores de 2005 se compara com esse jogo. Talvez o jogo contra o Liverpool, na final do Mundial. Como me arrependi de não ter ido ao Morumbi!

O jogo começou quente. O Boca quase marcou aos 30 segundos. No contra-ataque, foi a vez do São Paulo desperdiçar uma boa chance. Mas nessa altura eu ainda estava no ônibus, tentando voltar para casa. Pelo que ouvi, o primeiro tempo foi praticamente dominado pelo São Paulo, que criou algumas chances, mas ficou no zero. Já o Boca catimbava e tornava o jogo lento.

No início do segundo tempo (já estava em casa), Aloísio - que acabara de substituir Borges - ganha da zaga na força e faz o gol tricolor. Ouvi mais tarde que ele levou a bola no braço, mas não vi isso não. A partir daí o Boca parou de demorar 20 segundos para cobrar um lateral e teve que sair para o jogo. Foi só emoção. 40 minutos - contando os acréscimos - de nervosismo e tensão. Teve bate-boca na área do são Paulo, pelo menos 5 escanteios seguidos para o Boca entre os 35 e 40 minutos, 3 jogadores do São Paulo contundidos ao mesmo tempo (Souza, Aloísio e Leandro contribuiram para que o jogo ficasse parado uns 5 minutos). Aloísio aguentou até o fim com um problema muscular, e mesmo assim deu arrancadas, marcou e foi fundamental para prender a bola quando o jogo apertou.

Aos 49 minutos e 20 segundos, o juiz apitou e o Morumbi - e eu também - soltou o grito que estava entalado contra o Boca fazia tempo. As imagens de torcedores do São Paulo chorando na arquibancada estão aí para provar que eu não estou exagerando.

Eliminar o Boca: eu recomendo!

Por conta da "batalha", Souza e Aloísio preocupam para o jogo contra o Inter no Brasileiro, o campeonato que importa. Mesmo assim, a confiança está em níveis estratosféricos hoje. A minha, pelo menos. Alguns membros desse blog conhecem a minha teoria, de que se o São Paulo eliminasse o Boca, ninguém mais segurava no Brasileiro. Eliminou. Agora é contar as rodadas para ser campeão.

Posso até queimar a língua, mas hoje tá difícil de segurar!