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| Lumumba também fez 29 gols pelo São Paulo |
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| Bicampeão brasileiro, Hugo hoje está sem clube |
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| Reinaldo, que estava no Inter de Lages |
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| Rogério Ceni: mais 7 gols para alcançar Maurinho |
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| Bicampeão brasileiro, Hugo hoje está sem clube |
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| Reinaldo, que estava no Inter de Lages |
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| Rogério Ceni: mais 7 gols para alcançar Maurinho |
“Para comemorar a vitória ou consolar a derrota, conhaque Presidente”, dizia um antigo comercial da tevê e do rádio. Beber o morto ou à saúde (dos vivos, é o mínimo que se espera), tomar coragem ou uma providência, beber para não roer (tanto) as unhas, pra entrar no clima, esfriar a cabeça ou aquecer os ânimos, até mesmo pra esquentar os tamborins.
Mais do que qualquer outro esporte (pelo menos que eu conheça), o futebol combina muito com a manguaça. E por que não dedicar um drink especial ao time do coração? Um drink realmente especial, que dilua com gelo a tradição, a arte e o amor que são a alma do clube do coração.
“Por que não?” é o lema do manguaça. Afinal se for explicar “por que sim” a cada vez que resolver beber vai tocar em delicadas e desnecessárias questões morais que facilmente se desfazem diante de um gentil drible retórico, seguido do prazer do primeiro gole. É a vitória da imanência, diria o filósofo, mas quem há de negar que um drink bem feito e corretamente servido transcende o mero prazer hedonista e leva o indivíduo a acreditar mais no ser humano, em si mesmo e, sem dúvida, no camarada ou na companheira ao alcance de uma prosa?
Pois bem, o Futepoca lança aqui uma nova série exclusiva, a Drink rolando, com a criação de coquetéis originais, inspirados no seu time do coração. E vai com a receita para você fazer e degustar em sua própria casa.
E o primeiro homenageado é o alvinegro que, como o meu Corinthians no ano passado, em 2013 extirpou de sua nação o tabu de não ter ainda vencido a Libertadores da América. O Atlético Mineiro mostrou um futebol ágil, bonito de se ver, sob a liderança do veterano e então desacreditado Ronaldinho Gaúcho – que já foi melhor do mundo e conduziu o Barcelona à conquista da Champions League –, acompanhado da competência do pequeno notável Bernard, dos matadores Jô e Tardelli e todo um respeitável elenco.
Quem comanda a rodada é o mestre da coquetelaria Leandro Nagata. Proprietário da Trattoria Nagattoni (que fica na estrada entre Taubaté e Campos do Jordão), é natural de Jápoli, em algum lugar na fronteira entre a Itália e Japão. Pratica jiu-jitsu e é apaixonado por futebol, corintiano desde o nascimento e sarrista eterno.
O maestro Nagata criou o coquetel Galibertas, uma tabelinha criativa com o tradicionalíssimo rabo de galo, introduzindo notas cítricas da liberdade que está na bandeira de Minas e no nome do campeonato continental.
Um coquetel refrescante, de pouca persistência, redondo e agradável. Harmoniza perfeitamente com um tutu de feijão, arroz, couve refogada e bons nacos de pernil cozidos com cebola. Cada trago de Galibertas convida a mais um bocado do prato, e a recíproca é verdadeira. Pode-se substituir o pernil por torresmos crocantes e suculentos, e o resultado continuará excelente, mais ou menos como substituir Jô por Tardelli, e vice-versa, na ponta-de-lança do ataque.
Galibertas
O rabo de galo do Galo campeão da Libertadores
| Com vocês, o Galibertas. Santé! |

Como atleticano, estou gostando muito dessa história de torcida única nos jogos Atlético e Cruzeiro. Primeiro porque prova quem vai mais ao estádio. Sozinhos, os cruzeirenses não enchem meio estádio, foram menos de 10 mil almas.
E o Brasileirão começa hoje. Muitos já criticaram, e com razão, o descaso da CBF com a competição, e mesmo o torcedor que ainda está com o time envolvido em outros torneios (Copa do Brasil e Libertadores) vai demorar pra se interessar de fato pela disputa. Ainda assim, é o campeonato mais importante – e longo – do país e vai monopolizar os papos de boteco do segundo semestre (ou alguém vai ficar comentando Copa Sulamericana no bar?).
A grande atração será certamente o desfile dos artilheiros. Curiosamente, três dos quatro atacantes da espezinhada seleção de 2006 estarão dando o ar de sua graça por aqui: Ronaldo, no Corinthians; Adriano, no Flamengo; e Fred, no Fluminense. Além deles, há os artilheiros da edição de 2008 que ainda estão no Brasil, Keirrison (segundo Nivaldo, apelidado de “Pipokeirrison” por palmeirenses da turma do amendoim); Kléber Pereira, o artilheiro dos gols perdidos, e o oscilante Washington, ainda em fase de aprovação no São Paulo.
Além deles, tem o rol dos “recuperados”, com Rafael Moura, o He-Man do Atlético (PR), e o renegado Diego Tardelli. Pedrão, goleador máximo do Paulista pelo Barueri, e os jovens Taison e Nilmar, do Internacional, também devem se fazer notar. Aliás, não é hora de dar uma chance a Nilmar não, Dunga?
Saiu o diagnóstico da lesão que o atacante Maikon Leite, do Santos, sofreu no jogo contra o Flamengo, no último domingo: rompimento dos ligamentos cruzados anterior e posterior e do colateral medial, além de lesão no ligamento patelar e deslocamento da rótula. A impressionante torção de joelho (veja as fotos da Agência Lance e da Futura Press) vai deixar o jovem jogador, no mínimo, um ano fora dos gramados. Os médicos dizem que o estrago é simplesmente três vezes pior do que os rompimentos do ligamento patelar nos joelhos de Ronaldo Nazário - daí, não dá nem pra gente imaginar o tamanho da dor que o santista sentiu no momento fatídico. Horrível, horrível mesmo.
Um fato lamentável, principalmente porque Maikon, de 20 anos, vinha sendo um dos principais destaques (senão o único) do alvinegro praiano, que sofre para tentar sair da zona de rebaixamento no Brasileirão. Um campeonato, aliás, que vem sendo pródigo em cenas chocantes, como a luxação no braço do atacante são-paulino Borges e a fratura em três lugares no braço do atacante flamenguista Diego Tardelli, ambas em partidas no primeiro turno. Como todo esporte coletivo, futebol é jogo de contato. Um passo errado, um toque de desequilíbrio e o atleta se expõe a uma lesão, uma dor, que nos parece absurdamente inimaginável.
Quando vi as fotos de Maikon, fiquei com aflição de assistir jogos de futebol. É só ver dois jogadores partindo para uma dividida que eu já fecho os olhos. Os caras ganham muito bem, é verdade. Mas passar por uma situação como a do Maikon Leite não tem preço. Nada paga uma coisa dessas. Tomara que, pelo menos, o cara esteja totalmente anestesiado com analgésicos. A cirurgia será nesta quarta-feira, 20, quando o joelho direito do atacante será, literalmente, reconstruído. Só nos resta desejar toda sorte do mundo ao santista.
Todos eles tiveram passagem pela seleção, seja nas de base ou na principal. Em algum momento, fãs de futebol olharam para eles e disseram: “Puxa, esse vai ser craque”. Jogaram partidas em que realmente faziam o torcedor vibrar, mas ou a indisciplina, os problemas extra-campo, ou as contusões fizeram com que seus bons momentos durassem pouco. Hoje, têm novamente suas chances em times grandes. Mas será que vão vingar? Só o futuro vai dizer, mas o leitor pode palpitar. Aposte quem será o “renegado” que vai ser mais bem sucedido em 2008.
Carlos Alberto – a contratação de Carlos Alberto, jogador de apenas 23 anos, foi muito mal recebida pela torcida tricolor. Jogador com passagem pela seleção brasileira, revelado pelo Fluminense, em 2003, foi destaque da equipe e logo no ano seguinte rumou para o Porto. Lá, jogou 22 partidas e fez dois gols, sendo encostado. Teve a oportunidade de se recuperar quando foi trazido pela MSI ao Corinthians, em 2005. Fez boas partidas, marcou dez gols pelo Alvinegro, mas logo seu futebol degringolou junto com a equipe em 2006. Brigou com Leão, foi afastado do elenco e emprestado para o Fluminense, onde pouco fez. Contratado pelo Werder Bremen, atuou em duas partidas e foi emprestado porseis meses ao Tricolor.
Diego Tardelli – destaque do clube na Copa São Paulo de Juniores em 2004, teve seu auge no primeiro semestre de 2005, sob comando do técnico Leão. Mas os problemas disciplinares, como sucessivos atrasos nos treinos, fizeram com que ele saísse do time e fosse em 2006 para o Bétis, da Espanha. De volta ao Brasil, teve curta passagem pelo São Caetano e foi emprestado ao PSV, da Holanda. De volta ao São Paulo, teve poucas oportunidades de jogar, embora todos os dirigentes são-paulinos jurem que ele, aos 22 anos, está “maduro”. Contratado pelo Flamengo, já recebeu estocadas nada generosas do atacante rubro-negro Souza, mas ambos dizem que agora está tudo bem. Será?
Roger – conhecido pelo nada generoso apelido de “chinelinho”, aos 29 anos, Roger tem a chance de mostrar que é de fato um jogador que pode ser importante para um time grande. Revelado pelo Fluminense, foi contratado pelo Benfica em 2001. Porém, até sua contratação pelo Corinthians em 2005, regressou ao clube carioca duas vezes, não se firmando em Portugal. No Timão, foi campeão brasileiro em 2005. Uma fratura na perna o fez perder a posição para Ricardinho e em 2006 não conseguiu conquistar nem os treinadores que passaram pela equipe nem a confiança da torcida. Barrado em 2007, foi emprestado ao Flamengo que não quis contratá-lo em definitivo. Mais famoso por ter sido namorado de Adriane Galisteu e atual de Deborah Secco, o atleta, com passagens pela seleção olímpica de 2000 e pela seleção principal, tem uma de suas últimas chances no futebol no Grêmio.
Léo Lima – a contratação do meia pelo Palmeiras fez com que Vanderlei Luxemburgo telefonasse para um programa televisivo e brigasse com o jornalista Milton Leite. De fato, é um “reforço” estranho. O meia foi revelado no Vasco, disputou o Mundial Sub-17 em 1999, mas se sobressaiu nacionalmente com um belo cruzamento de letra na final do estadual do Rio em 2003. No ano seguinte, foi para o CSKA e passou pelo Marítimo e Porto, sem sucesso em todos eles. Em 2005, foi para o Santos e depois para o Grêmio, onde foi dispensado. Foi dispensado em 2007 também pelo Flamengo, quando partiu pra cima de um torcedor em um treino. O motivo alegado pelo Rubro-Negro foi “falta de produtividade”. Quem apostaria suas fichas em Léo Lima?
Gustavo Nery – revelado pelo Santos em 1994, era hostilizado pela torcida constantemente nas partidas disputadas na Vila famosa. Passou pelo Coritiba, mas reencontrou o futebol no Guarani, em 2000. No mesmo ano, foi para o São Paulo, onde permaneceu até 2004. Foi para o Werder Bremen e em 2005 estava no Corinthians. Disputou Copa América em 2004 e foi convocado para partidas das eliminatórias da Copa do Mundo de 2006. Decaiu demais , não foi para a Alemanha e acabou indo para o Zaragoza. Na Espanha, fracasso, e o Corinthians o aceitou em 2007, quando enfrentou contusões, a desconfiança de muitos treinadores e caiu junto com o clube para a Segundona do Brasileiro. Quando parecia a caminho do Japão ou de outro país menor no futebol, foi contratado pelo Fluminense. Aos 30 anos, tenta provar que ainda pode. Pode?