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terça-feira, novembro 16, 2010

Mortes em rodovias no feriado: a culpa é do Lula

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A campanha de esgoto que o tucano José Serra fez este ano, nas eleições presidenciais, conseguiu trazer para os holofotes os setores mais atrasados, conservadores e extremistas da sociedade brasileira e acentuou à tensão máxima o ódio, o preconceito e a divisão raivosa entre nós. Como nunca antes na História desse país, a xenofobia entre compatriotas esteve tão explícita, orgulhosa e falando em tão alto e bom som.

Depois do revelador manifesto "São Paulo para os paulistas", que diz muito sobre o PSDB perpetuar-se no Palácio dos Bandeirantes desde 1995 (ou desde 1983, considerando que é praticamente o mesmo grupo que chegou ao poder com Franco Montoro), presenciamos a lamentável sequência de barbaridades no Twitter e a escalada oficial do preconceito em plena mídia de informação.

O mais recente (e triste) exemplo vem de Santa Catarina. No jornal da RBS, retransmissora da TV Globo no Sul do país, o comentarista Luiz Carlos Prates afirmou, sobre a alta incidência de mortes nas estradas no feriadão que se estendeu até segunda-feira (grifos nossos): "Antes de mais nada, a popularização do automóvel. Hoje, qualquer miserável tem um carro. O sujeito jamais leu um livro, mora apertado numa gaiola que hoje chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade vida, mas tem um carro na garagem".

Depois de dizer que o tal "miserável" ainda tem problemas matrimoniais e por isso desconta suas frustrações abusando da velocidade no trânsito, o comentarista volta à carga: "Popularização do automóvel, resultado deste governo espúrio, que popularizou pelo crédito fácil o carro para quem nunca tinha lido um livro. É isso".

Ou seja, o Lula é culpado por ter distribuído renda e dado o direito ao consumo e ao lazer aos "miseráveis analfabetos", culpados por todo e qualquer acidente de automóvel. Pelo o que dá a entender, os ricos, esses iluminados, nunca morrem nem matam ninguém no trânsito. Será?

Parabéns, José Serra. Colha com prazer o que você semeou:



Ps.: É sintomático que os lamentáveis comentários tenham vindo de Santa Catarina, estado que, a exemplo de São Paulo ("dos paulistas"), de Minas Gerais e do Paraná, também elegeu governador do PSDB. Vejam aí mais um exemplo da xenofobia que a campanha repulsiva dos tucanos fez emergir:

quarta-feira, abril 28, 2010

Quatro jogos nesta quarta? Feriado já!

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Esta quarta-feira, 28 de abril, abriga quatro jogos que eu quero ver. Quatro confrontos em três competições, um à tarde e três à noite, considerando o horário de Brasília.

Às 15h45, tem Barcelona e Internazionale de Milão pela Copa dos Campeões. Ao que consta, é a primeira partida da competição transmitida pela Globo no meio da tarde. Isso dá a dimensão de quanta gente quer ver Messi, o c#$%#$#@, superar Júlio César e Lúcio – ou vice-versa.

Às 19h30, o Universitário de Lima enfrenta o São Paulo, só na TV a cabo. Com Washington e tudo. É, de longe, a partida menos interessante do dia, mas só porque o dia é incrível. O jogo também é obrigatório aos fãs do ludopédio.

Às 21h50, tem Corinthians e Flamengo pela Libertadores. O clássico de peso, o jogo da rodada (de cerveja) e todas as outras piadas que cabem com a presença de Ronaldo, o obeso, e Adriano, outrora Rei da Cocada Preta.

No mesmo horário, Santos e Atlético-MG se encontram. É a primeira partida de Vanderlei Luxemburgo contra seu ex-time. A sensação do futebol brasileiro quer inserir, goela abaixo no técnico do Galo, um bom futebol para explicar onde foi que ele errou. O um dia estrategista Luxemburgo quer fazer bonito para, à lá Zagallo, garantir a deglutição no sentido contrário.

Eu quero assistir a todos os quatro jogos. Para isso, preciso me concentrar desde já.

Avise o chefe: hoje é feriado.


Daqui três dias, no sábado, é dia 1º de maio, dia do trabalhador – ou do Trabalho, se a gente pensar nesse termo como oposição ao Capital (com K). O que custa antecipar o feriado que, afinal, cai num sábado, para esta quarta?

Feriado já!

Foto: Gustavo Minas/Flickr

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Baby boom

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Pode ser exagero, mas estimo que quase metade das pessoas que conheço faz aniversário em janeiro. Quando eu era adolescente, fazíamos todo ano um churrasco dos nascidos especificamente em janeiro de 1974 e acho que eram mais de 20 pessoas. Tinha gente do dia 2, do 3, do 5, do 7, do 8, do 10, enfim, ia intercalando até uma menina que era do dia 29. Em Campinas, na faculdade, era a mesma coisa. Em Fortaleza, onde morei por um tempo, idem. E aqui em São Paulo não é diferente: de hoje até domingo são cinco festas, churrascos e cervejadas de amigos e agregados. Hoje eu conversava com um deles, Fernando, que no dia 16 vai comemorar 28 anos fazendo um churrasco na laje, lá em Guaianases, em homenagem aos 30 anos da prisão do Paul McCartney por porte de maconha, no Japão (!!). Vai daí, ele me perguntou:

- O que será que acontece em abril pra nascer tanta gente em janeiro?

- Feriado de Páscoa, respondi.

- Ué, mas tem feriado o ano inteiro, ele rebateu.

- Pois é, mas neste as pessoas enchem a cara de vinho e enforcam o Judas!

quarta-feira, dezembro 30, 2009

O lado bom das coisas ruins

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Comemorando o Natal no buteco, o amigo Alexandre "Cherno" Silva me saiu com essa:

- As três melhores coisas da religião católica são o pecado, o feriado e o vinho!

terça-feira, junho 16, 2009

O dia de Leopold Bloom - ou Nora Barnacle...

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Hoje comemora-se o Bloomsday aqui na Irlanda, em homenagem ao personagem literário Leopold Bloom, de James Joyce. É o único feriado em todo o mundo dedicado a um livro, com exceção da Bíblia. No classico "Ulisses", o escritor irlandes relata 16 horas da vida de Bloom no dia 16 de junho de 1904. A escolha de Joyce nao foi nada prosaica: nessa data, ele fez sexo pela primeira vez com sua futura companheira Nora Barnacle (a direita), uma virgem de 20 anos. Em uma carta escrita mais tarde, ele observou que Nora teve medo de chegar ao final e o masturbou "com os olhos de uma santa". Pode-se, portanto, apelidar esse feriado irlandes de Noraday ou Holyfingersday, algo do gênero...

Pelas ruas de Dublin, podemos ver hoje dezenas de pessoas, do mundo inteiro, vestidas com roupas do início do século passado (à esquerda). Varios eventos ocorrem o dia todo pela cidade, enquanto entusiastas, simpatizantes, turistas, desocupados e bêbados relembram os acontecimentos vividos pelos personagens em 19 ruas da capital irlandesa citadas em "Ulisses". Nao se sabe ao certo a origem desse feriado literário. Alguns apontam 1925, três anos após o lançamento do livro, outros dizem que foi na década de 1940, logo após a morte de James Joyce. Mas a hipótese mais aceita indica que foi em 1954, na data do quinquagésimo aniversário do dia retratado no livro.

Como nao poderia deixar de ser, um livro escrito por um irlandês e ambientado em Dublin não poderia excluir a manguaca. O capitulo 12 narra uma visita ao Barney Kiernan's Pub, célebre no início do século XX (foto abaixo). "- Come around to Barney Kiernan's, says Joe. I want to see the citizen." ("- Vamos até o pub Barney Kierna's, disse Joe. Eu quero ver o cidadão."). Se o bar ainda existisse, na rua Little Britain, e alguém me emprestasse 5 euros, bem que eu arriscava uma Guinness por lá...