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quinta-feira, outubro 01, 2015

Criança aplicada merece... motel (?!?)

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Depois de ler materinha sobre os clubes de futebol que estão oferecendo vantagens em motéis para fidelizar torcedores (clique aqui para ler), encontrei numa rede (anti)social o seguinte recorte de jornal, de 1969, com foto do time do São Paulo F.C. e, abaixo dela, a surpreendente - e perturbadora - propaganda:


Em tempos de pedofilia crescente, o De Massad alertaria: "Não dá ideia! Não dá ideia!"...


segunda-feira, março 09, 2015

Sim, o consumo exagerado de álcool mata. Mas falta discutir (e tolher) a propaganda de bebidas

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Depois que um rapaz de 23 anos morreu após ingerir cerca de 30 doses de vodca numa espécie de "gincana alcoólica" disputada entre repúblicas universitárias, o consumo excessivo de álcool entre os jovens voltou à pauta midiática. Como o tom das notícias, editoriais e opiniões é sempre meio acaciano (sim, óbvio: beber exageradamente mata, não importa a idade), o Estadão fuçou algum dado concreto para fugir da subjetividade e publicou, baseado em números do portal Datasus, que, no Brasil, "a cada 36 horas um jovem morre por intoxicação aguda por álcool ou de outra complicação decorrente do consumo exagerado de bebida alcoólica". Tal cálculo baseia-se no último levantamento disponível, de 2012, quando ocorreram 242 mortes na faixa etária dos 20 aos 29 anos "por transtornos por causa do uso do álcool", conforme definido na Classificação Internacional de Doenças (CID).

Mas o dado mais interessante da reportagem talvez seja o fato de que, segundo o Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Inpad/Unifesp), entre os brasileiros que consomem álcool, o hábito chamado de "beber em binge" [ou "beber pesado episódico], quando há ingestão de pelo menos cinco doses de bebida em um período de duas horas, cresceu de 45%, em 2006, para 59%, em 2012. De acordo com o psiquiatra Jerônimo da Silva (leia aqui), um drinque - ou uma dose - seria o equivalente a uma lata de cerveja (350 mililitros) ou a uma taça de vinho (150 ml) ou a uma dose de destilado (50 ml). "Esse abuso ['beber em binge'] é mais comum entre jovens, porue nessa faixa etária é realmente mais difícil controlar os impulsos", disse, ao Estadão, Clarice Madruga, pesquisadora do Inpad/Unifesp.

E ela acrescentou: "É preciso que o poder público intervenha na venda de bebida". Tudo bem, concordo que é responsabilidade do governo (principalmente o federal) impor limites no comércio de bebida alcoólica. Porém, como sabemos que o poder público, atualmente, é muitas vezes refém do poder econômico (desde o financiamento privado de campanhas eleitorais até a pressão exercida para estabilização ou desestabilização da economia do país, dependendo dos interesses), fica difícil imaginar que consiga se impor contra um setor tão lucrativo do mercado. Segundo o jornal Correio Braziliense, "o Brasil é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, e a produção cresce a uma taxa média de 5% ao ano. O segmento cervejeiro responde por 80% do mercado de bebidas alcoólicas, com faturamento anual de R$ 70 bilhões. Recolhe R$ 21 bilhões em impostos por ano e paga R$ 28 bilhões em salários para um universo de 2,7 milhões de empregados em mais de 200 fábricas".

Essa mesma notícia confirma o a supremacia do setor privado sobre o público, pois aponta que "o Brasil perde hoje, com os problemas decorrentes do álcool, 4,5 vezes mais do que o faturamento da indústria das bebidas alcoólicas, enquanto o alcoolismo suga o equivalente a 7,3% do Produto Interno Bruto (PIB), pequenos e grandes grupos do setor movimentam, juntos, 1,6% de todas as riquezas produzidas no país". Ora, então está claro que o governo e a população "que se danem", o que interessa é lucrar! Se a situação chegou a esse ponto de prejuízo social, e o governo se mostra "de mãos atadas", fica explícito que o mercado é quem dá as cartas nesse jogo. Assim sendo, resta-nos a velha "política de redução de danos". Se não dá pra cercear a venda, podemos reivindicar então maior controle na propaganda de bebida alcoólica, que é um verdadeiro "vale-tudo" no Brasil.

No artigo “Propaganda de álcool e associação ao consumo de cerveja por adolescentes”, publicado na edição de junho da Revista da Saúde Pública, os pesquisadores mostram os resultados do estudo que interrogou 1.115 estudantes, do 7º e 8º anos de escolas públicas de São Bernardo do Campo (SP): a maioria dos jovens afirmou que se identifica com o marketing da indústria de bebidas, pois (o grifo é meu) "os comerciais parecem refletir situações de suas vidas". Segundo o artigo, essa similaridade faz os adolescentes classificarem a mensagem recebida como "verdadeira", como exemplifica uma das opções mais marcadas no questionário (o grifo é meu): "as festas que eu frequento parecem com as dos comerciais". E mais: segundo o estudo, a noção de fidelidade à marca, exposta constantemente nas propagandas de cerveja (a bebida mais consumida no país), tem um "impacto essencial para a ingestão de álcool precocemente".

De fato, as propagandas de cerveja costumam mostrar sempre um ambiente de muita alegria, muita brincadeira, muita paquera, muita gente "bonita" e sorridente - e MUITA bebida. Procuram convencer o consumidor de que quem não bebe - ou bebe pouco - está automaticamente "excluído" da "turma", do grupo "bacana", "popular" e que "curte a vida adoidado". Mesmo quando os problemas decorrentes do álcool são abordados nessas propagandas - ressaca, amnésia, briga de casal e besteiras cometidas tipicamente por bêbados -, o clima é de gozação, de palhaçada, de algo risível. Nunca censurável. Ou seja, se até "dar vexame" ou "fazer merda" é engraçado, isso é mais um motivo para entrar para a "turma", para "encher a cara", para não ter limites ao beber. Pode parecer besteira, mas acho que subestimamos o poder e o alcance da propaganda e da televisão. Os mesmos telejornais que noticiaram a morte do rapaz de 23 anos que ingeriu 30 doses de vodca exibiram, no intervalo comercial, propagandas divertidas e estimulantes de bebidas alcoólicas.

Nunca é demais lembrar: canal de TV é concessão. Propaganda de bebida alcoólica (e de cigarro) deve ser assunto prioritário no debate de saúde pública. E deve, sim, ser tolhida.


quinta-feira, janeiro 15, 2015

No tempo em que as propagandas eram compreensivas

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“Sr. jornalista. Sua tarefa é árdua  cansativa e exige máximo esforço mental. Quando o calor deixa-o desanimado, abatido, experimente esta receita simples e eficaz. Tome um gole de Coronel com gelo ou misture com Soda, Água Tônica, Coca-Cola ou mesmo água comum bem gelada, conforme o seu gosto e, sentirá, imediatamente, como esse drinque reanima, estimula e refresca. Pinga de luxo Coronel: puro ou misturado, sempre ao seu agrado”.
 
(Anúncio publicado no jornal O Estado de S.Paulo em 25/11/1947)
 
 
Leia também:






sexta-feira, janeiro 10, 2014

Proteste contra a sociedade de consumo... consumindo!

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Pra quem criticou alguns dos protestos de 2013 como sendo coisas de "coxinhas" ou de "playboyzinhos", o resgate de uma propaganda que incentivava um inusitado tipo de "manifestação". E o barbudo mal encarado caprichou na "contestação", comprando logo a linha completa de produtos...


terça-feira, agosto 20, 2013

Pôster-piada OU Apertem os cintos, Luís Fabiano sumiu

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segunda-feira, abril 01, 2013

Quando o garoto-propaganda era manguaça real

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(Sugestão do manguaça Maurício Ayer)

terça-feira, março 05, 2013

Tubo e cartão de crédito pode, pinga não

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Misturando os princípios fundamentais defendidos por nosso blog, a diretoria do Santos adotou política contra a cachaça na publicidade aplicada ao futebol. Procurada pela fabricante da popular cachaça Pirassununga 51, que queria patrocinar o meia Pinga, o clube negou. A ação de marketing - muito apropriada, aliás - fixaria o número 51 como o da camisa do jogador. Iniciativas semelhantes, porém mais "sóbrias", já foram aceitas pelo clube: no clássico do último domingo contra o Corinthians, Edu Dracena jogou com o número 21, por causa dos 21 anos da Corr Plastik, marca de tubos e conexões. E Neymar usou a 360, em uma ação para divulgar a nova plataforma da CSU, empresa de máquinas de cartão de crédito. Mas não julguemos a diretoria do Santos com olhares inquisidores neste caso Pinga/ 51: de acordo com Camila Mattoso, do site Lance!, "a Lei Brasileira não permite que os clubes façam propaganda de destilados em uniformes e estádios".

quarta-feira, setembro 28, 2011

O machismo nosso de cada dia ou Gisele Amélia Bündchen

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Hoje a comunidade virtual brasileira está fervilhando com o debate sobre a legalização do aborto. O assunto começou por conta da Campanha 28 de Setembro pela Despenalização e Legalização do Aborto na América Latina e no Caribe, que inspirou posts em muitos blogs, feministas ou não.


Sem muito o que acrescentar depois de textos tão completos (exemplos aqui e aqui), vou falar de outro assunto que afeta as mulheres. Pipocaram aqui e ali algumas discussões sobre o comercial estrelado por Gisele Bündchen, de uma marca de lingerie. Na peça, a modelo "ensina" como as mulheres devem comunicar más notícias para seus maridos/namorados. Falar que bateu o carro ou que estourou o limite do cartão de crédito (oi?) vestida não dá certo. A pedida é mostrar o corpão na hora de comunicar ao macho provedor que você, mulher, não se comportou como ele gostaria.

Sério mesmo?

O comercial tem tantos problemas conceituais que é até difícil falar de tudo. Mas vou tentar mesmo assim. Em primeiro lugar, é sabido que há anos existem mulheres trabalhando. Pode parecer incrível para alguns, mas mulheres saem de casa todo dia, vão ao trabalho, ralam bastante e ganham um salário (menor que o dos homens que cumprem as mesmas funções) para pagar as contas. A ideia de que mulheres devem explicar seus gastos para o homem da casa é muito, muito velha.

Vou me contradizer nesse momento e dizer que, apesar de a ideia da frase anterior ser velha, a prática de homens que acham que podem cobrar de suas esposas (ou até filhas) que lhes entregue o salário ainda existe. Sim, homens acham que devem controlar o orçamento doméstico para que a mulher não gaste demais. Não importa que as mulheres sejam mais responsáveis com dinheiro, como mostra a opção dos programas sociais de ter como titular do benefício a mulher e não o homem. Essa realidade faz com que a propaganda seja ainda mais ofensiva.

Outra questão é o uso do corpo como passaporte para se safar de situações difíceis (considerando o que já foi dito antes, que é um absurdo falar que bateu o carro ser uma situação difícil). Não quer criar problema? É só oferecer sexo e tudo bem. Mas veja bem, se você não for linda, alta, magra e loira não adianta, porque, afinal, quem é que quer uma mulher que não seja perfeita fisicamente? (e sim, indo um pouco além, sexo, para as mulheres, serve só para agradar os homens. Mulher tendo prazer? Isso é coisa do demo!)

E, num exercício de imaginação, vamos continuar a cena em que a notícia é dada quando a modelo está vestida. Se o filme sugere que o melhor é fazer isso pelada, é porque algo aconteceria se ela estivesse com roupas (ou fosse baixinha, gordinha e morena). O homem poderia ficar chateado, dar uma bronca e, quem sabe, até gritar com a pobre acidentada. Na vida real, isso acontece, o que já é bizarro, mas acontece mais, e pior. Acontecem agressões. E não me venham dizer que isso não é motivo para que agressões aconteçam, que isso só na minha cabeça de feminista que não tem mais o que fazer além de ter inveja da Gisele, já que sou feia, peluda, lésbica e mal comida (sim, são esses os argumentos de algumas pessoas). Qualquer motivo pode ser estopim de violência doméstica, basta ser desagradável ao macho provedor.

E quando você acha que não pode piorar, lê um texto, escrito por uma mulher, defendendo a propaganda com unhas e dentes.

Defender a propaganda, vá lá. Mas duas coisas me irritaram. A primeira foi o tom de desprezo pela opinião contrária. A segunda, a crítica à ação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que, depois de receber reclamações, resolveu pedir a suspensão da propaganda. Afinal, uma Secretaria paga com o "nosso dinheiro" deveria se meter em assuntos mais importantes.

Calma lá, cara pálida. Quem é você para decidir, sozinha, o que é importante para as mulheres? Então é assim: se você, que tem um blog no Estadão, acha que está tudo bem com a peça, então a Secretaria não deve se manifestar? Afinal, você trabalha no Estadão, tem voz, e por isso deve ser muito melhor que o resto das mulheres, certo? As mulheres que reclamaram para o órgão têm mais é que assistir a esse machismo caladas. Ah, faça-me o favor.

Dizer que é desperdício de dinheiro público também é uma piada. Quantos reais será que foram gastos com o pedido de suspensão e com a nota de repúdio? Uns R$ 10? Se o pessoal acha muito, eu reembolso a Secretaria, sem problemas.

Acho também muito curioso que uma pessoa que escreva sobre propaganda ignore a força de propagação de mensagens que esse tipo de mídia tem. Bom, na verdade é óbvio que a autora do texto acredita na força da publicidade, não fosse assim não escreveria sobre o tema nem seria paga para ter um blog sobre ele. Mas quando convém, a propaganda passa a ser apenas uma atividade inocente.

Eu tenho muito orgulho da atitude da Secretaria de ter passado por cima do óbvio e criticado a propaganda. O fato de não ser a primeira peça publicitária sexista não tira o mérito da ação. Espero que tenha êxito e faça com que nossos publicitários pensem um pouco mais na hora de fazer piadas com estereótipos.

Bom, é isso que eu gostaria que acontecesse, mas não tenho muita esperança, já que nossos criativos criadores sempre acham um jeito de burlar certas proibições. É só ver as propagandas de cerveja, que podem até não ter mais mulheres peladas, mas continuam machistas em sua maioria. Parece que, para algumas pessoas, é difícil entender que o que importa é a essência de uma regra, não as letras miúdas.

Os argumentos reaças vão ficando piores nos comentários depois do texto. É triste, mas sempre acho esse tipo de leitura um aprendizado. Porque costuma ser assim: quando você acha que não dá para piorar...

PS: Não vou colocar a propaganda aqui, me recuso. Todo mundo já viu mesmo...
PS2: desculpem pela banalização do PS, mas a gente fica criticando aqui sem dar nome aos bois, parece protesto contra corrupção que não fala de corruptor. A agência que criou as peças é a Giovanni+DraftFCB. Eles merecem ser expostos também.

quarta-feira, maio 04, 2011

Verba menor OU por quê a 'grande imprensa' detona Lula

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Uma materinha muito elucidativa do O Globo de hoje, com a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, confirma, com todas as letras e números, o que eu, como jornalista e frequentador dos bastidores dos meios de comunicação, canso de apontar para os anti-lulistas e anti-petistas como PRINCIPAL motivo de a chamada "grande imprensa" bater tanto em Lula e no PT:

Pelas informações da ministra, até o início do primeiro governo Lula, o dinheiro da publicidade era repartido entre 400 empresas. Agora, oito anos depois, a verba é destinada a aproximadamente 6 mil empresas.

Como diria nosso amigo Glauco: "Difícil ou fácil?".