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quarta-feira, março 18, 2009

Senador nos braços do povo

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O vídeo abaixo, que circula pela internet (não sei o autor), é sensacional. Mostra o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e seu filho, o cantor Supla, no meio da Torcida Jovem no Santos 3x0 Mogi Mirim de domingo. E mais: eles não só estão no bolo da galera, como também estão entoando o engraçado "Torcida Jovem lá, laialaiá, laiá", em que a uniformizada do Santos faz uma paródia de canção que ficou célebre no Programa Silvio Santos, e na qual os torcedores pulam abraçados. Vejam:



Essas imagens me fazem lembrar da vez que eu vi o Supla na arquibancada do Morumbi. Foi em 1998, num Santos x Corinthians pela primeira fase do Brasileirão daquele ano (o Peixe venceu por 2x0, com dois gols de Viola). Naquele tempo, Supla era um cantor decadente - tinha perdido sua pecha de "revelação-do-rock-filho-de-político" dos anos 1980 e ainda não havia sido resgatado pela onda "trash" dos 2000 - mas, mesmo assim, estava no estádio com seu visual característico, com cabelo espetadão, roupas diferentes e tudo o mais. Figuraça.

Outra 'celebridade' que já trombei nas minhas andanças de estádio foi Mano Brown, vocalista dos Racionais MC's. O encontrei na entrada/saída do Morumbi umas duas vezes; e, em outra partida, me sentei praticamente ao lado dele - apenas uma pessoa (minha irmã, no caso) estava entre eu e o cantor.

Nesse jogo - Santos 1x1 Portuguesa, primeira fase do Rio-São Paulo de 2002, Canindé - aconteceu um momento bem engraçado. O camisa 11 do Peixe era Esquerdinha, contratado após ótimas exibições no São Caetano (que o levaram à seleção brasileira, acreditem), mas que vinha bem mal no Santos. A torcida peixeira, como é característico, cornetava o sujeito. Eis que Mano Brown se levantou e, com sua voz que se tornou um ícone na cultura marginal brasileira, exclamou a plenos pulmões:

- Vamo incentivar aê, caralho!

Não se ouviu mais nenhuma ofensaa Esquerdinha, por menor que seja, até o final da partida...

E vocês, leitores? Já dividiram arquibancada com "gente famosa"?

terça-feira, março 03, 2009

Torcedor de opinião, apesar de jovem...

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"Podem me prender/podem me bater/podem até deixar-me sem comer/que eu não mudo de opinião". Era assim que o mítico Zé Keti, em um música que deu nome a uma inesquecível turnê junto Nara Leão e João do Vale iniciada em dezembro de 1964. E esse jovem moçoilo, Pedrinho, mesmo diante da pressão paterna, e, ao que parece, de uma outra força contrária materna que pende para um lado tricolor, soube resistir e impor a sua vocação, bradando a plenos pulmões: "gol do Santos!". Parabéns, jovem! Garoto de opinião, convicto, e com um grande futuro na torcida santista.



O vídeo foi postado originalmente no Blog da Redação do Santista Roxo. O pessoal é bom...

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Na arquibancada

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60 mil pessoas
Lá pelas 19h20 e mero 1º C na gélida Londres, chego ao Emirates Stadium - estádio para qualquer um babar - para assitir à minha primeira partida da Seleção Brasileira ao vivo. Não dá para não reclamar. Tive que vir para Londres para conseguir ver a Seleção jogar. E não foi por falta de jogo em São Paulo, foi culpa da maldita raça dos cambistas. Odeio cambistas (e, com o perdão da digressão, ainda tenho o azar de ver o Radiohead tocando em São Paulo e não em Londres no período da minha estadia aqui... tá tudo ao contrário).

O clima no estádio era bem mais comum para mim do que nos jogos do Arsenal. Todo mundo bebendo, cantando, vendedores de bandeiras e camisetas mil. Quando o jogo é do Arsenal não tem festa nenhuma do lado de fora, e nenhum camelô, claro. Imagina, vender produto pirata na frente do estádio. Isso aqui deve dar cana na hora.

Mas como faltam poucos minutos para o início da partida, não tomo nenhuminha lá fora e corro para meu portão. No caminho, vários grupos de brasileiros pulam, gritam e fazem festa loucamente, no melhor estilo "Galvão, filma eu". Faz parte.

Nos estádios aqui, é permitida a venda de cerveja, menos nos jogos da Champions League, creio que por questões de patrocínio. O problema é que não pode carregar a cerveja para as cadeiras, tem que tomar tudo nos corredores de acesso. Mais uma vez o tempo urgia e não deu pra ter o prazer de beber uma no estádio (quase meio litro de breja em menos de cinco minutos não ia dar). Mas... não poder assistir ao jogo com o copo na mão também não é tanta vantagem assim.

O início do jogo atrasou um pouquinho - creio que por isso o hino brasileiro foi grotescamente cortado - e, quando começou, tivemos que implorar para a galera do "filma eu" abaixasse as faixas. Triste.

O jogo, como o Glauco já escreveu, começou quente. Logo no comecinho, gol anulado da Itália. Na hora me pareceu impedimento - eu estava na lateral do campo, bem de frente para o lance -, mas os portais dizem que o gol foi legal. Azar da Itália, e meu prazer em gritar "chuuuuuuupa" para os italianos atrás de mim. Delícia!

Logo depois, aos 12, uma bela jogada entre Ronaldinho e Robinho culminou no gol de Elano. Mais provocações aos italianos, mais diversão. Depois, veio a ola. Pode parecer banal, mas os ingleses perto de mim se divertiram a valer. Eu até perguntei para o que estava ao meu lado se eles não tinham ola nos estádios. Não, não têm.

replay na hora
Mas o melhor veio depois, com a pintura que foi o gol de Robinho. (E o melhor é que revimos os gols na hora, por todos os ângulos, pelo telão do estádio. Sem essa história de que não pode passar lance do jogo no estádio). Os gringos simplesmente não acreditavam no que aconteceu. Os espanhóis na minha frente (torcedores do Real Madrid, devem ter ficado um tanto arrependidos) e os ingleses ao lado davam gargalhadas. Mesmo, sem exagero. O que foram aqueles dribles?

man of the match
Aliás, o que é o Robinho quando joga pela Seleção? Mesmo com o relativo sucesso de sua passagem pelo Manchester City, quando ele entra em campo pelo Brasil o nível é outro. Ele se compromete em campo, está sempre atrás da bola que nem um maluco. Dá gosto de ver. Dunga agradece, certamente. E eu, que presenciei, também.

No geral, o primeiro tempo foi muito bom. O Felipe Melo jogou muito bem, o meio se movimentou e a defesa segurou as jogadas pelas laterais da Itália - redundância, porque a Itália só tem jogada pelas laterais e chuveiro para a área. Medíocre.

Já o segundo tempo foi diferente. O Brasil deu aquela acomodada e não importunava muito a defesa italiana. Já a Itália subiu a marcação e foi aquele deus nos acuda de chutão pra frente. Assim, a Azzura conseguiu algumas boas chances. Os atacantes, no entanto, não fizeram a sua parte. Luca Toni chegou perto, mas seu gol foi anulado por ajeitar a bola com a mão. Na hora eu nem soube o motivo, mas não importa, foi bom importunar novamente os italianos.

Que, diga-se de passagem, depois de verem o jogo perdido, começaram a gritar "Robinho estuprador". Ao que os brasileiros perto de mim responderam na lata: "Robinho is fucking Itália". Gritos espontâneos de torcida são ótimos.

No final, substituições protocolares. Achei que o Dunga podia ter colocado o Pato antes, já que Adriano não é opção de saída de bola quando o adversário marca em cima. Ele até tentou, mas correr com a bola pela lateral não é sua melhor característica.

Sem mais emoções, com um olé aqui e outro lá e alguns toques de efeito, o jogo acabou. Agora, o Brasil tem vantagem na série histórica de jogos contra a Itália, o que não é lá muito importante. O que importa agora é importunar os meus vizinhos italianos!

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Por que você torce para o seu time?

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Se o futebol entra de forma diferente na vida de cada pessoa, o que dizer do time do coração, que desperta paixões de tal monta que às vezes ultrapassam o próprio gosto pelo esporte bretão? O grau de fidelidade a um clube varia, indo desde a simples convenção social que praticamente obriga que o cidadão, mesmo alheio ao futebol, tenha que se declarar adepto de alguma agremiação; até o fanatismo daqueles que dizem com cândida sinceridade que dariam a vida pelo time.

Mas como surge essa marca que nos acompanha pelo resto da vida (com exceção dos vira-casacas, obviamente)? Tentaremos aqui elencar os mais variados motivos que levam alguém a se tornar um torcedor. Veja qual deles foi o seu e, se não for nenhum, deixe seu depoimento.

Os pais – se o pai ou a mãe forem de fato apaixonados por um clube, é difícil para a criança escapar da sina. Torcer para uma camisa é algo que se aprende antes de falar, algo tão natural quanto segurar a colher ou usar o penico. Quando o garoto vai se questionar porque grita “gol” junto com o pai, já é tarde demais. Claro que também pode haver o efeito contrário: a criança pega birra e, de forma cruel, passa a torcer para o rival. Contudo, se o guri não for cuidado com apego e atenção ou se os genitores não ligarem para futebol, abrem-se as portas para influências externas pra lá de perigosas.

Tios e padrinhos – você não gosta muito de bola ou passa muito tempo longe dos filhos. Às vezes são períodos longos de viagem e seus rebentos convivem durante muito tempo com padrinhos ou tios, que mimam seus bebês com gracejos, presentes, idas ao estádio etc. Quando você se dá conta, tem um inimigo dentro de casa. Mas tudo bem, você não liga muito pra futebol mesmo. Contudo, não tenha dúvidas que vai se irritar muitas vezes durante a vida...

Amigos – outro tipo de influência que pode ser perniciosa. O menino está inserido em um meio social onde a maioria torce pra determinada equipe. Hesitante, ele tenta resistir. Mas o time da maioria está ganhando sempre, o do moleque está na fila e, de repente... ele se converteu! Quando crescer, pode até não lembrar que começou a torcer por causa dos amigos, mas as reuniões de família aos domingos não vão lhe deixar esquecer.

Namorado (a) – acontece muito com moças que não se ativeram de fato a um time. Ela conhece um rapaz que é torcedor fiel de uma equipe e, a partir daí, tem duas opções: tolerar e/ou ignorar os maus hábitos do camarada ou tentar adentrar no mundo dele. Se a escolha for a última, é meio passo para compartilhar da mesma doença do parceiro. O tal gosto pode se desfazer junto com uma eventual separação ou, se a afinidade com o clube for firme, resistir e se tornar parte do cotidiano da pessoa.

A moda – como visto no exemplo acima, uma onda favorável de um time pode ser fator determinante para o desempate ou para que alguém se declare torcedor – mesmo “socialmente” - de uma equipe. Não fosse isso, o Santos, oriundo de uma cidade média, jamais teria uma das dez maiores torcidas do país, algo cultivado na década de 60. A exemplo do São Paulo, que também ganhou adeptos no início dos anos 90. Embora a lenda diga que nem sempre esse seja o torcedor mais convicto, na prática, não é possível diferenciá-lo muito dos “torcedores de cabresto” forjados pelas famílias.

Partida marcante – às vezes o menino está ali, meio à toa e hesitante em relação a um time. E, de repente, se encontra diante de uma promessa de espetáculo, uma decisão ou um jogo histórico. Mal percebeu e começou a sofrer ou vibrar assistindo à partida, mesmo sem saber direito a razão. Pronto, virou torcedor. Há exemplos disso dentro desse próprio blogue e em cada boteco do país.

A casa – já diria Fernando Pessoa, pelo heterônimo de Alberto Caeiro, que o rio da aldeia dele era mais belo que o Tejo, mesmo sem sê-lo. Isso faz com que muitos times do interior tenham fãs apaixonados, porque vêem nele uma forma de ligação com o lugar de onde vieram, um cordão que não é conveniente que seja rompido. Também explica porque equipes que são jovens, como o São Caetano ou o Barueri, consigam encontrar alguns torcedores – não muitos, claro – mas que atestam a existência da equipe.

E aí? Qual é o seu caso?

O que fez você torcer para o seu time?


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sexta-feira, novembro 28, 2008

"São Paulo não é um clube de massa". Zico tem razão?

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"Poucos lembram que a equipe do Muricy passou por maus bocados no Brasileirão. Agora, o São Paulo é um clube diferente. E tem mais um detalhe importante, não é um clube de massa, como o Flamengo e o Corinthians. Tudo nesses dois clubes tomam proporções alarmantes", Zico, em coletiva ontem no CFZ.

O assunto já foi tratado aqui e, em tese, não causaria comoção. Mas a declaração do Galinho se choca com o que boa parte da mídia apregoa e também com a tese de alguns tricolores bem mais exagerados... E aí, ele tem razão ou é dor de cotovelo de flamenguista?

quarta-feira, maio 07, 2008

Mais de 90 mil torcedores empurram Corinthians na Copa do Brasil

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O trabalho (o remunerado) anda pesado e tenho sido forçado a deixar de lado as coisas boas da vida, como falar do Corinthians. Mas depois da justa cobrada pública do Benedito, tive que dar um jeito.

Foram mais de 50 mil torcedores no Morumbi contra o Goiás e mais de 46 mil ontem. É aí que você vê a diferença entre o Corinthians e esses outros times que tem por aí. Contra o Goiás, o cara tem que realmente ser muito louco pelo time, como diz a música, para acreditar numa virada daquelas. E virou, rapaz, e com goleada, 4 a 0 (dá gosto ganhar de time de verde). Coisas de Corinthians.

Ontem, venceu o São Caetano por 2 a 1 e deu um passo importante para avançar à semi-finais da Copa do Brasil. Os dois tentos foram marcados por Herrera, de cabeça, em jogadas dos garotos Lulinha e Dentinho, cada uma de um lado do campo.

Mano Menezes parece ter abandonado de vez a retranca do começo do ano e tem utilizado um time mais pra frente. É um esquema interessante, com Diogo Rincón como meia vindo de trás, Dentinho na esquerda, quase como um ponta, tabelando com André Santos, e Lulinha caindo mais para a direita. Herrera funciona como a referência do ataque, se movimentando muito, como é sua característica. O problema da coisa é que o início das jogadas acaba exigindo uma participação grande do segundo volante, no caso, o Perdigão (ou Cumpadi Washington ou Perdidão, como se referiu a ele um manguaça no bar onde eu vi o jogo ontem). E ele realmente não é bom de bola.

O esquema visa aproveitar a boa estatura dos jogadores corintianos com cruzamentos na área. Se por um lado é uma boa ter jogadas pelas pontas, por outro parece que é só esse o caminho para o Corinthians chegar ao gol. Sinto falta de tabelas pelo meio, infiltrações, até chutes de fora da área. Mas se o São Paulo pode viver de cruzamentos do Jorge Vagner e ainda ser considerado um dos melhores times do país, o modesto Corinthians pode passar um tempo assim.

Outra boa novidade foi a estréia de Eduardo Ramos. O cara não pareceu gênio, mas é um meia de ofício, e trabalhou bem as trocas de passe pelo lado esquerdo, com André Santos e Dentinho. Lulinha, mais na sua, ou seja, sem ter responsabilidade de iniciar jogadas e armar, está rendendo bem mais.

A vitória foi importante, mas ficou um gostinho meio ruim na boca (além das reações estomacais à mistura de cerveja com calabresa do 666). São Caetano teve um jogador (corretamente) expulso aos 30 e poucos do primeiro tempo, o que transformou o jogo em ataque contra defesa na segunda etapa. O ataque falhou ao não ter feito mais gols e o capitão William errou o posicionamento no único ataque que o time do ABC acertou.

Agora, com empate em Ribeirão Preto (jogo de mando do Azulão), o Corinthians se classifica e pega Atlético Mineiro ou Botafogo nas semis. E não é que é até possível chegar na final? Antes disso, porém, pega o CRB no sábado, na estréia da Série B e reestréia do Pacaembu. Esse eu vou ver com meu pai e conto aqui depois (sem falta, Benedito). Eu e mais uma porrada de maloqueiros e sofredores, provavelmente. Bora lá?

terça-feira, março 11, 2008

Homenagens aos ídolos eternos

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Dia desses, vendo um jogo do Flamengo, senti uma "inveja positiva" da torcida rubro-negra ao ver bandeirões sensacionais empunhados pelos flamenguistas nos estádios. Nas estampas, estavam os craques do time de 1981, como Mozer, Zico, Nunes e Raul, naquele esquadrão tido como o maior da história do Flamengo. Sensação igual eu tinha ao ver a torcida do Grêmio e suas bandeiras amedontradoras atrás do gol, que traziam, desenhadas, as equipes dos dois títulos da Libertadores do tricolor gaúcho, em 1983 e 1995, além de outros jogadores que fizeram história por lá.

A "inveja positiva" se transformava em indignação quando eu lembrava que a torcida do meu time, que tem como ídolo o maior jogador da história do futebol e tantos outros que marcaram época mundialmente falando, ostentava em seus bandeirões e camisetas figuras como Bob Marley e Mano Brown que, sem querer discutir seus méritos artísticos, não são nem foram jogadores do Santos...

Mas a torcida peixeira resolveu mudar esse quadro. Há uns dois meses, por aí, vi com muita satisfação na Vila um bandeirão com a cara do Pelé. E hoje recebi por email mais três bandeirões, homenageando os ídolos Gilmar, Dorval e Pepe - este último, de autoria da Sangue Jovem. Ao lado, as fotos das quatro bandeiras. Parabéns à Sangue e à TJ pela iniciativa.

Acho que as torcidas - e as pessoas em geral, aliás - não têm que ter vergonha de copiar as coisas boas. Se a moda começou no Sul, no Rio ou mesmo na Europa, não importa; é algo extremamente legal, que valoriza o atleta, a história do clube e dá uma cara melhor ao espetáculo. Que mais e mais torcidas continuem fazendo isso!

segunda-feira, setembro 03, 2007

O exemplo do Liverpool

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Ontem, antes do clássico entre Santos e Corinthians, 500 torcedores rivais brigaram em frente ao Emilio Ribas, próximo ao Pacaembu. Após a partida, nova confusão. Sobrou até para o santista Mano Brown, que tentou apartar o conflito e acabou preso. Desfeito o "engano", foi liberado. Nada incomum, infelizmente no futebol brasileiro, e o público de onze mil pessoas deixa claro o efeito que isso tem em quem quer ir torcer mas não pretende arriscar acabar apanhando.
Introdução feita, na Inglaterra, país dos famosos hooligans que, depois de um trabalho sério do Poder Público local dão muito menos trabalho que qualquer organizada tupiniquim atualmente, vem um exemplo comovente de integração de equipes rivais. A parceira Bia está em Liverpool e foi assistir a partida entre o time dos Beatles e o Toulose, para decidir quem iria para a fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa.

Mas a cidade ainda estava em choque. Na quarta-feira passada, dia 22, Rhys Jones, de 11 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça enquanto jogava bola, no estacionamento de um pub em Liverpool. Provavelmente, mais um crime de gangues juvenis que estão ganhando corpo em alguns lugares da Europa.

Ao centro, a mãe de Jones ao lado do pai e do irmão do garoto






O garoto era torcedor do Everton, maior rival do Liverpool, e tinha ingressos para todas as partidas do time na temporada. Isso não impediu que o menino fosse homenageado pelo clube rival no jogo contra o Toulose. Bia descreve assim a homenagem:

No jogo contra o Toulouse, da França, que valia vaga para a fase de grupos da Liga dos Campeões, o Ainfield recebeu os pais e o irmão de Rhys. O azul da camisa do Everton contrastava com o vermelho das 43 mil pessoas que lotavam o estádio. A princípio, os dirigentes estavam com receio de que os torcedores do Liverpool não recebessem bem aqueles três “rivais”.

Mas a recepção foi melhor do que todos ali poderiam imaginar. A começar pelo profundo e respeitoso silêncio que tomou conta do estádio enquanto os auto-falantes tocavam Johnny Todd, hino da torcida do Everton. Traduzindo para o futebol brasileiro, é a mesma coisa que os palmeirenses respeitarem e aplaudirem a execução de “Corinthians minha vida”, em pleno Palestra Itália, onde os torcedores chiam até com o preto e branco no banner do patrocinador. Os torcedores do Liverpool, que também não admitem a cor azul em Ainfield, tiveram essa atitude e, em seguida, dedicaram o próprio hino, “You’ll never walk alone”, para o menino.

Foi a cena mais bonita que presenciei em um estádio de futebol. É fato que, se a cada rodada, fossemos homenagear as mortes estúpidas que acontecem no Brasil, seriam horas, não minutos de silêncio. E um silêncio que não seria respeitado. Afinal, respeito é uma palavra que passa longe do futebol brasileiro, onde o hino nacional é vaiado e jogador precisa ir a um programa de televisão dizer que é macho.

O comportamento dos torcedores do Liverpool foi tão sensacional que, ao final da partida, apesar da goleada por 4x0, a barulhenta torcida do Toulouse cantou e aplaudiu o nome do Liverpool. Na saída do gramado, a mãe de Rhys declarou que o menino deve ter aberto um sorriso ao saber que foi o motivo da execução de Johnny Todd na casa do maior rival.

Mas muito mais do que o feito histórico, Rhys fez os ingleses provarem que ainda há pessoas que cultivam valores mais importantes do que o inexplicável, louco e, muitas vezes, violento, amor por um clube de futebol. Nem tudo está perdido!

Sim, há coisas mais importantes que o futebol. E são muitas.

Leia o post completo da Bia.

quarta-feira, agosto 29, 2007

É ou não é

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O pano de fundo para o clássico de meio de semana é o palco. Às 21h30, o Palestra Itália está escalado como local da partida entre Palmeiras e São Paulo. O estádio é acusado por Rogério Ceni, arqueiro tricolor, de não ter segurança.

O diretor alvi-verde Gilberto Cipullo repeliu as acusações, disse ter se reunido com o Ministério Público e o comando da Polícia Militar, mandou fechar a portaria da avenida Francisco Matarazzo e considerou que o são-paulino está incitando a violência.

A Folha de S.Paulo destaca que a PM torce pelo frio e recomenda "disfarce" para ir ao jogo e evitar os brigões. O Agora, do mesmo grupo, também põe Rogério na manchete, mas para destacar que a disputa de guardião das traves é brava com Diego Cavalieri em fase de beatificação. O Estado de S.Paulo também fala dos goleiros, mas solta na manchete do caderno o título dúbio: "Palmeiras tenta acirrar a briga". Maldade minha: estão falando da tabela do brasileiro.

À questã:
A preocupação dos policiais é com a região nas proximidades do estádio. Encrustrado na divisa da Pompéia com Perdizes, os torcedores chegam e saem do Parque Antártica por muitas ruas de bairro e não avenidas, o que permite confrontos nas várias esquinas dificilmente policiadas como um todo.

É claro que a PM tem medo de clássico e também faz exigências aos outros estádios. No caso do desta noite, fez o número de ingressos ser restrito a 20 mil, dos quais 2 mil são para tricolores. É menos do que seria no Morumbi, claro.

Mas o estádio do Jardim Leonor, também conhecido como Bambineira, é do São Paulo. O direito de mandar os jogos em casa é de todos os clubes, santistas que o digam. A diretoria tricolor adora fazer de conta que seu estádio é neutro, mas não é.

Mas, se depois de várias reuniões e exigências cumpridas a PM bancou, o problema é dela e não da diretoria palmeirense. Além disso, se a preocupação é com violência, para que fazer um clássico no meio de semana?

Por morar a seis quadras do Palestra, já estou vestindo azul por desencargo (até porque, a verde tá no varal depois de domingo). Faria o mesmo se morasse em qualquer corredor de escoamento de torcedores do Morumbi ou do Pacaembu.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Palmeirenses prometem 'Tsunami Verde' no domingo

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Torcedores do Palmeiras prometem pintar as ruas de verde neste domingo, 26 de agosto, dia do aniversário do clube. Em vez de tintas, camisas do clube. A segunda edição do "Tsunami Verde" é amplamente divulgada pelos parceiros.

SóPalmeiras

Torcida promete uma onda na vitória contra o Figueirense

O Parmerista convoca para assistir ao jogo contra o Figueirense no Boleiros Bar. Observatório Verde e outros trazem também um banner com a contagem regressiva, formulado pelo PalmeirasNet.

Apesar da oscilação na tabela do Brasileiro, os alvi-verdes têm motivos para comemorar. A quinta colocação a um ponto do cavalo-paraguaio Botafogo e do Vasco (que tem um jogo a menos) traz expectativa de ver o time de volta à Libertadores em 2008. Se bobearem (em demasia), faz até mais.

Além disso, pesquisa DataFolha publicada no jornal Agora mostra que a torcida do Palmeiras é a única que cresce na capital, de 12% para 14% em relação à realizada em 2004. A torcida do Corinthians diminuiu 4 pontos percentuais (35% para 31%) e a do São Paulo se mantém no mesmo nível em relação à pesquisa de 2004 (21%). É verdade que a margem de erro é de 3%, o que não anima tanto. A participação é mais expressiva na Zona Leste onde vive um em cada três alvi-verdes, seguido da Zona Sul (29%).

Por fim, entre os motivos para se orgulhar do verde e branco do manto palmeirense, Mustafá Contursi continua distante da direção do clube.

O "Tsunami Verde" foi criado em 2006, depois de alguns anos de campanhas sofríveis ou péssimas, por iniciativa de torcedores que divulgaram a idéia. No ano passado, alguns jogadores aderiram e colou. Não é o maior fenômeno de massas da história da República, mas uma forma de homenagear o time no aniversário de 93 anos de fundação.








Seja atual, seja
antiga, seja
paralela, o
importante é
vestir verde

segunda-feira, agosto 06, 2007

Fiel o catso!

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Desde sempre ouvi a lorota, repetida ad nauseum, de que a torcida do Corinthians é a única "fiel", que não abandona o time etc etc. Nunca acreditei. O Brasileirão deste ano é a prova incontestável de que, como qualquer outro torcedor, o corinthiano enche estádio só quando o time vai bem - e some quando vai mal. Mentira? Pois vejamos: depois de vencer o portentoso América-RN fora de casa, o Corinthians levou 40 mil pagantes ao Morumbi, no dia 23 de junho, contra o Paraná.
O zero a zero marcou o início do calvário de dez partidas sem vitória. E o que fez a "fiel torcida"? Debandou. Depois do Paraná, o Corinthians recebeu o Palmeiras no mesmo Morumbi. Ora, se 40 mil foram ver o time paranaense, o lógico seria um público superior ou pelo menos semelhante no mais tradicional clássico paulista. Mas o "pé atrás" ficou claro pelos 28,3 mil pagantes (e temos que considerar a enorme parcela de palmeirenses). Pra complicar, o Corinthians perdeu o clássico (1 x 0) e a partida seguinte contra o Sport (2 x 1), fora de casa.
Pois bem, e a "fiel"? No jogo seguinte, em pleno Pacaembu, míseros 8,6 mil pagantes foram ver o 1 x 1 com o Fluminense. Por se tratar de um clássico, o Corinthians x São Paulo, no Morumbi (1 x 1), atraiu 26,9 mil pessoas - público semelhante ao do jogo contra o Palmeiras - e aí também deve-se considerar a boa parcela de são-paulinos. Bom, o time de Parque São Jorge foi a Porto Alegre e perdeu de 3 a 0 do Internacional mas, em seguida, a tão decantada "fiel" decidiu "ir na boa": a partida contra o lanterninha Náutico no Morumbi era prenúncio de goleada e recuperação, e por isso 17,9 mil compareceram. Resultado "inesperado": 3 a 0 para os pernambucanos.
Aí, após o 2 a 2 fora de casa contra o Figueirense, a mentira da fidelidade ficou exposta: 5,3 mil pagantes no empate de 2 a 2 contra o Flamengo (no clássico das maiores torcidas do país) e, no último sábado, só 4,2 mil na vitória por 1 a 0 contra o Goiás - ambos os jogos no Morumbi, afinal, esperava-se mais da "fiel".
Sempre ouvi falar que a torcida do São Paulo não vai a estádio, que não acompanha o time etc etc. Porém, como o Corinthians tem o dobro (ou mais) de torcedores, começo a considerar que, proporcionalmente, os são-paulinos são o tanto quanto - ou mais -"fiéis". Ou não, mas essa conversa de "fiel torcida", que comparece em peso até nos momentos ruins, ninguém engole mais.

terça-feira, novembro 28, 2006

A maior torcida de Minas

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Como o atleticano desse blog, que diz ser a torcida do Galo a maior de Minas, não se manifesta, divulguemos pois a pesquisa Datafolha que trata justamente do tema. Segundo a pesquisa, o Cruzeiro é o clube mais popular, com 26% da preferência, contra 15% do Atlético.

Na capital Belo Horizonte existe um empate técnico, com pequena vantagem para o Cruzeiro, 38% a 37%. Já no interior, a situação é diferente. Não que seja melhor para o Atlético, pelo contrário. O Cruzeiro tem 22% da preferência, mas o segundo, com 12%, é o Flamengo, seguido pelo Atlético com 8%.

Se serve como consolo, o Atlético conseguiu a maior média de público nos campeonatos nacionais em 2006, o que, aliás, é um fenômeno típico de times com grande torcida que são rebaixados, vide Bahia e Fluminense na terceira divisão e o próprio Palmeiras na segundona.