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domingo, novembro 08, 2009

Garfado, Palmeiras entrega a liderança

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O Palmeiras foi derrotado pelo Fluminense no Maracanã lotado, deixando a liderança para o São Paulo. O alviverde teve um gol legal marcado por Obina e anulado por Carlos Eugênio Simon. Fred fez o gol que tirou o tricolor carioca da lanterna do campeonato.

O time visitante não jogou bem a ponto de merecer a vitória, especialmente no segundo tempo. Mas a falta inventada por Simon no gol de Obina deu contornos de injustiça ao resultado trágico da partida.

Enquanto Diego Souza não volta a ser posicionado bem perto da área adversária, ele segue rendendo menos. A defesa com Marcão continua dando emoções desnecessárias. Vagner Love precisa mais do que trocar a cor das tranças, precisa fazer gols.

Nas últimas sete partidas, o Palmeiras venceu um jogo, empatou dois e perdeu quatro. Não é trajetória de reta final de campeonato que se apresente. Agora, antes de o Palmeiras torcer por tropeços são-paulinos, precisa vencer seus jogos. E culpar a arbitragem pelo erro de hoje é simplismo a toda prova que pode, no máximo, expiar a raiva pós-rodada.

O desânimo que esse retrospecto vinha produzindo só aumenta agora pra este torcedor. Será que o time reage? Não é questão de matemática, é de futebol jogado dentro do campo durante o jogo.

Visão de longe: pintou o campeão?

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O resultado mais significativo deste final de semana, pelo Brasileirão, não foi a derrota do Palmeiras para o Fluminense, com a providencial ajuda de Carlos Eugênio Simon. Para mim, a consistente vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG, fora de casa, foi o sinal mais claro de que pode estar pintando o campeão. O elenco da Gávea demonstrou que está com muita gana de erguer o caneco e provou para sua torcida, com uma atuação convicente, que "agora vai" nessa reta final. Uma vitória dessas dá muita moral. Apáticos, o São Paulo não tem time nem técnico para uma arrancada rumo ao título, o Palmeiras está em franca decadência e o Atlético-MG, mais uma vez, pipocou. E a tabela, na minha modestíssima opinião, favorece os cariocas.

Porém, na próxima rodada, acredito que nenhum dos quatro primeiros colocados terá dificuldade para vencer seus compromissos. O Palmeiras bate o Sport no Parque Antartica, assim como o São Paulo fará o dever de casa contra o Vitória. E Atlético-MG e Flamengo, mesmo jogando fora, vão atropelar os frágeis Coritiba e Náutico. Portanto, nenhuma alteração no topo.

A hora da verdade será mesmo a 36ª rodada. O Palmeiras terá um confronto complicado com o Grêmio, em Porto Alegre, e o São Paulo irá ao Rio de Janeiro enfrentar o Botafogo, podendo provar do mesmo veneno (arbitragem) que o alviverde provou contra o Fluminense. Minha aposta: líder e vice perdem. E o Atlético-MG empata com o Internacional. Por isso, acho que o Flamengo vence o Goiás e assume a ponta.

Na penúltima rodada, Atlético-MG e Palmeiras se enfrentam. Acho que os paulistas ganham. O São Paulo até pode vencer o Goiás em casa, mas o Corinthians entrega o jogo para o Flamengo - com o unânime aval de sua imensa torcida. Aí, na última rodada, o Botafogo vence o Palmeiras, o Atlético-MG vence o Corinthians, o São Paulo vence o Sport e o Flamengo bota a faixa no peito com uma vitória sobre o Grêmio, num Maracanã completamente lotado. Para glória de Andrade, Adriano e Petkovic.

Final: Flamengo campeão, 69 pontos; São Paulo vice, 68; Palmeiras terceiro, 64; Atlético-MG quarto, 63. Alguém aí tem outra teoria palpitológica?

quinta-feira, novembro 05, 2009

Sufoco, calor e garganta seca

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Por Moriti Neto


Noite quente. Jogo e cerveja também. A partida entre São Paulo e Grêmio, no estádio Olímpico, foi bastante movimentada, embora, em vários instantes, o corre-corre só tenha sido garantido por chutões para as áreas tricolores.

O começo do jogo até que foi promissor. O time do Morumbi pressionava a saída gremista e passava mais tempo no campo de ataque. A posse de bola paulista era muito maior do que a do adversário, mas justamente quando era melhor, a equipe tomou o gol numa falha grotesca da defesa. Aos 24 minutos, Douglas Costa levantou a bola e Rafael Marques, entre cinco são-paulinos, cabeceou sem dificuldades, fazendo 1 a 0 para o onze gaúcho.

Não demorou muito e o Tricolor Paulista, voltando a dominar o controle da redonda, empatou a peleja. Hernanes fez boa jogada pela ponta direita, cruzou de pé esquerdo e Dagoberto marcou. Eram 31 minutos e, curiosamente, a bola desviou em quem antes de entrar? Em Rafael Marques, autor do tento do Grêmio. Daí para frente, os goleiros Rogério Ceni e Victor praticamente não trabalharam na etapa inicial.

No segundo tempo, o ritmo mudou. Os donos da casa vieram dos vestiários com disposição de jogar ofensivamente e criaram duas chances aos 12 e aos 13. O São Paulo só respondeu aos 21. A partir de então, a coisa começou a ficar desesperadora. A geladeira de casa pifou e, na pressa de tomar as últimas cervejas que resistiam bravamente ao calor, não vi a jogada, aos 30, em que Jean teria feito pênalti em Fábio Santos.

Para aumentar a tensão, somando-se ao calor e à ausência da gelada, quando os são-paulinos equilibravam a situação, Borges, que entrara no lugar de Washington, foi expulso, aos 32. E repentinamente, o São Paulo ficou sem ataque, pois Dagoberto, um minuto depois, também tomou o vermelho. Coincidências nas exclusões: as duas faltas foram feitas no volante Túlio e tiveram alto grau de imbecilidade.

Paulo Autuori fez o óbvio e mandou sua equipe à frente. A pressão foi grande e Rogério praticou, ao menos, três defesas salvadoras. Eu, claro, batia na geladeira para descontar a tensão – não sei se com raiva da própria ou se pelo descontrole inexplicável de um time experiente, que disputa um título e tinha condições de virar o resultado. Enfim, creio que a bronca era multiplicada.

Aos 48, Jean levou o segundo amarelo. Apenas oito são-paulinos ficaram no gramado. O jogo iria até os 51. Até o apito final do juiz, o tempo foi de sufoco.

Com o empate fora de casa contra a equipe de melhor campanha como mandante, três atletas a menos e a liderança provisória do campeonato, o São Paulo saiu no lucro. Não posso dizer o mesmo. Sofri com o jogo e fiquei sem cerveja gelada.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

terça-feira, novembro 03, 2009

Um empate, uma risadinha e os riscos

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Dentro de um avião era onde eu estava na hora do jogo de domingo. Não vi o empate entre Palmeiras e Corinthians e, em plena terça-feira, todos os comentários foram feitos.

O que vi do jogo foi um motorista de uma van com fone de ouvido soltando uma risadinha. Era o segundo gol corintiano que ele escutava. Só descobri o resultado uma hora depois.

Depois, agora há pouco, longe dali, no centro de São Paulo, um corintiano diz para dois palmeirenses:

– O Corinthians não quer nada no Brasileiro, por isso deixou empatar.

Pode não querer, mas jogou melhor do que o Palmeiras e só sofreu o empate aos 40 do segundo tempo.

Empatados em número de pontos, a liderança do campeonato é definida, após a 33ª rodada, no saldo de gols, já que no primeiro critério de desempate, número de vitórias, há igualdade.

Palmeiras, São Paulo e Flamengo tem três partidas como visitante e duas como mandante. O Atlético-MG é o inverso, duas fora e três em casa.

O Flamengo tem um adversário na zona da degola, três que devem ir à Sul-Americana e o "desinteressado" Corinthians. As aspas são pelo jogo de domingo.

O Atlético-MG é o único livre dos candidatos sérios ao rebaixamento. O pior na tabela é o Coritiba. Mas tem Palmeiras, Flamengo e Internacional pela frente, rivais pelo título ou pela Libertadores.

O São Paulo tem um no G-4 dos pesadelos e o Botafogo que luta para não ficar por lá. Nenhum adversário está na disputa pelo título. O restante mora, hoje, na Sul-Americana.

O Palmeiras tem dois rivais entre os últimos da tabela e o mesmo Botafogo que na mesma situação. Há ainda um que ainda briga pela taça ou, no mínimo, por vaga na Libertadores. Sobrou um na Sul-Americana.

Para mim, a trajetória dos atleticanos é a mais complexa no papel. A mais suave, no mesmo papel, seria a do Flamengo. O que o Palmeiras tem pela frente me parece mais difícil do que o que o São Paulo vê a seguir.

Contra Náutico e Santo André, o Verdão perdeu no segundo turno fora de casa. Não é uma conta favorável. Mas time que quer o título precisa vencer na reta final contra quem quer que seja.

À lista:

São Paulo
Grêmio (fora) só leva a Sul-Americana
Vitória (casa) só leva a Sul-Americana
Botafogo (fora) foge da degola
Goiás (fora) só leva a Sul-Americana
Sport (casa) G-4 dos pesadelos

Palmeiras
Fluminense (fora) G-4 dos pesadelos
Sport (casa) G-4 dos pesadelos
Grêmio (fora) só leva a Sul-Americana
Atlético-MG (casa) disputa o título
Botafogo (fora) foge da degola

Atlético-MG
Flamengo (casa) disputa o título
Coritiba (fora) no limbo entre degola e sul-americana
Internacional (casa) entre a Sul-Americana e a Libertadores
Palmeiras(fora) disputa o título
Corinthians (casa) já na libertadores

Flamengo
Atlético-MG (fora) disputa o título
Náutico (fora) G-4 dos pesadelos
Goiás (casa) só leva a Sul-Americana
Corinthians (fora) já na libertadores
Grêmio (casa) só leva a Sul-Americana

Quem me convence de que estou errado?

domingo, novembro 01, 2009

Vitória e torcida pragmáticas

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Por Moriti Neto

Foi outra vitória apertada, no sufoco. Muito mais na garra do que na técnica. Quanto ao primeiro item, convém elogiar, já que há alguns posts eu reclamava veementemente da abulia do São Paulo. Sobre o segundo quesito, nada a falar, além do que está aos olhos de todos. Tecnicamente, o Campeonato Brasileiro é isto aí, repetição do receituário pragmático. Não dá para gerar grandes expectativas. Gostemos ou não, este é padrão do futebol atual, o tal “jogo de resultados” (como a derrota da seleção brasileira na Copa de 1982 fez mal ao esporte bretão!).

Ganhar do Barueri, no Cícero Pompeu de Toledo, era obrigação e, aos 4 minutos do primeiro tempo, Jorge Wagner garantiu o cumprimento do dever de casa. O São Paulo fez 1 x 0 e, como de costume, recuou, esperando a oportunidade de um contra-golpe. O adversário, equipe certinha que é, encardida, corre bastante, marca forte, e a partida, na etapa inicial, foi caracterizada pelo congestionamento no meio de campo. Na segunda, os visitantes voltaram mais ofensivos, mas não criaram chances contundentes. O Tricolor teve mais espaço. Dagoberto chutou uma bola na trave e o goleiro Márcio – revelado no Morumbi –, fez boas defesas.

Agora, são 58 pontos na tabela e, novamente, a liderança provisória e “secatória”. Para comemorar, dois fatores. Um é a volta da aplicação. O time são-paulino pode não fazer grandes apresentações, porém tem demonstrado vontade e ninguém está se omitindo em campo. Até Dagoberto e Washington têm voltado para marcar com frequência. O outro aspecto é que três vitórias consecutivas nestas alturas, faltando cinco rodadas para acabar a competição, aumentam a confiança.

Deixa com a gente

No fim do jogo, Hernanes falou a repórteres sobre o clássico Palmeiras x Corinthians e disse que nem assistiria, pois torcer (leia-se secar), “gasta muita energia”. Está certo, meu caro. Poupe suas forças para o difícil confronto da quarta-feira que vem, contra o Grêmio, no Olímpico. Deixe que os torcedores engordem os olhos para cima do Verdão. Inspirada pelo que acontece no gramado, que venha a “torcida pragmática”.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

sábado, outubro 31, 2009

Flamengo 1 X 0 Santos - Não cobrem o garoto, cobrem o “gênio”.

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Quando um time perde uma partida com dois pênaltis desperdiçados é de se pensar. Muitos podem dizer que isso “acontece no futebol”, mas se não olharmos esse ponto como uma síntese de tudo que aconteceu com o Santos no segundo semestre, perderemos uma chance preciosa de avaliar o que vem sendo feito no clube. Uma combinação desastrosa de uma diretoria incompetente que terceiriza seu futebol para um técnico decadente, egocêntrico, que se preocupa mais consigo mesmo do que com o time, gasta mal os poucos recursos de que o clube dispõe e queima os jovens talentos que poderiam dar alegria ao torcedor.

Exigir mais dos jogadores em um cenário assim é simplesmente desumano. Curioso é ver que a torcida cobra muito de Kléber Pereira (que deve sim ser cobrado), mas esquece o “comandante”. Luxemburgo. Mesmo demitido do Palmeiras por um misto de ingerência indevida e “deficiência técnica”, foi premiado pela diretoria santista com carta branca e o maior salário de um treinador no Brasil. O resultado? O Santos não evoluiu nada, tem aproveitamento pior que o da era Mancini, o futebol da reta final do Paulistão não foi reproduzido sequer uma vez com o “gênio” Luxa e, de “time da virada”, tornou-se o “time que torna virada”. Aliás, tudo previsível.

Da promessa feita de levar o time à Libertadores - pra quem esqueceu, a afirmação textual ao assumir a equipe foi: "o objetivo é colocar o Santos na Libertadores, que é a elite do futebol Sul-Americano; é claro que os adversários estão bem preparados e acima de nós na tabela, mas com trabalho e sacrifício vamos recolocar o Santos onde ele deve estar, que é no grupo da frente" - , vemos hoje um técnico cheio de desculpas e que não assume as responsabilidades nem pelos esquemas táticos errático nem pelos reforços que trouxe, com um elenco mais numeroso e, em tese, com mais qualidade do que dispunha seu antecessor. Parece que não tem nada a ver com a situação da equipe, que ele é uma vítima que somente espera ou a viabilização da sua candidatura ao senado ou um empreguinho no Internacional.

Muitos diziam que a vinda do ex-palmeirense teria como objetivo, além da promessa não cumprida da Libertadores, valorizar as jovens jóias Neymar e Paulo Henrique. A sua forma de “valorizar” os meninos foi colocá-los na reserva logo na sua primeira partida contra o Atlético-PR na Vila. Depois, Neymar, decisivo para que o Peixe chegasse à final do Paulistão, virou reserva (assim como Madson, outro atleta decisivo naquela ocasião) e vale bem menos do que quando o atual comandante assumiu.

Já Paulo Henrique perdeu dois pênaltis hoje. Se havia perdido um no primeiro tempo, por que cobrar o segundo? Porque o “gênio” quer que seja desta forma ou porque ele simplesmente se omitiu. Na coletiva, ainda justifica dizendo que foi uma forma de “dar confiança” ao garoto, desviando o foco da própria culpa. E assim ele não só compromete o resultado da equipe como joga a auto-estima de Paulo Henrique lá pra baixo. Ainda vai dar lições de moral, auto-ajuda e psicologismo barato em entrevistas justificando sua atitude para os crédulos que ainda o acham um profissional das quatro linhas. Não é. Quando era, era bom, talvez não fosse o melhor, embora muitos acreditassem que fosse, mas hoje é uma sombra e já era antes de vir para o Santos.

É capaz de que, ao fim do Brasileirão, Luxemburgo e MT venham a público dizer que a campanha foi vitoriosa porque o Santos, em nenhum momento, foi ameaçado pelo rebaixamento. E tem gente que vai acreditar e aplaudir.

*****

Ver Jean como titular do Santos – praticamente uma mistura de Lenny com Kléber Pereira (no quesito gols perdidos) – é o tipo de desprazer que só o “gênio” pode proporcionar ao torcedor santista. Assim como a despedida de Antônio Carlos vestindo a 10 de Pelé e indo para o Corinthians na mesma semana.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Obina faz 3 e comanda o Palmeiras contra o Goiás

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Ufa!

Foi por 4 a 0 o reencontro do Palmeiras com a vitória no campeonato brasileiro depois de quatro partidas sem vencer, das quais três foram derrotas. Obina marcou três vezes pela segunda vez na temporada e deu o passe para o quarto, conferido por Deyvid Sacconi. O time de Muricy Ramalho voltou a marcar gols e o campeonato tem um velho líder.

Ou, usando o recurso do Chiqueiro, "meio à là treinador de boxeador: 'Quem é o líder?! Quem é o líder?!'"

Talvez tenha sido a exorcizada feita pela torcida. Ou talvez a presença de 18 mil representantes alviverdes no Palestra Itália. Pode ter sido também algum efeito reverso dos são-paulinos tentando, assumidamente, secar o Palmeiras. O fato é que Obina e Ortigoza mandaram avisar que Vagner Love, ausente por suspensão, vai precisar suar para garantir sua vaga.



Parecia que o vento soprava contra o Palmeiras no campeonato. Mesmo com a liderança após resultados diante do Avaí, Náutico, Flamengo e Santo André, o time chegou a ficar atrás na classificação por 24 horas, após o São Paulo passar pelo Inter no Morumbi. Um campeonato por pontos corridos não tolera muito vacilo na reta final.

E o vento realmente soprou contra o time no Palestra Itália no primeiro tempo. Nesse caso, sem metáforas, segundo Marcos, o Goleiro. Ele disse, no intervalo, que a segunda etapa permitiria mais domínio do time da casa porque jogaria a favor do deslocamento de ar. O fenômeno climático (ou seria metereológico) não foi tão decisivo quanto o desmantelamento do esquema tático de Hélio dos Anjos, o homofóbico (ou quase tão homofóbico quanto parte da torcida).

Mesmo assim, foi logo aos 5 minutos que o mundo começou a voltar a ser bom para o alviverde. Há nove rodadas não saia um gol tão cedo para o Palmeiras. Depois vieram outros aos 28, aos 38 do segundo tempo e aos 41.

Aliás, nos últimos 10 jogos, o Palmeiras saiu perdendo em 6. Além das derrotas para Santo André, Flamengo, Náutico e Vitória, houve o empate com o Avaí e a virada sobre o Santos.

O resultado foi excelente por mostrar que acertou o torcedor que acreditou na vitória sobre o Goiás. Espero que, no próximo jogo, contra o Corinthians em Presidente Prudente, o time repita a boa atuação e aponte que acertou também o palmeirense que botou fé na recuperação.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Parabéns ao juiz

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O não sei quem goiano que apitou Fluminense e Atlético já tem emprego garantido. Virará comentarista da Globo, como todos aqueles que prejudicaram o Atlético na história, vide Arnaldo César Coelho e Wright.


Marcou um pênalti em que a bola bateu no peito do Jorge Luiz, num lance decisivo da partida. Está certo que ajudou a expulsar o próprio Jorge e reforçar o Galo para o próxima jogo.

Estranho também o comentário do Lédio Carmona no SporTV. É um comentarista que respeito, mas o argumento para justificar o pênalti é que o zagueiro estava de braços abertos. Acho que nem tocou na bola, mas a regra não fala em intenção? Que argumento é esse que estava com os braços abertos?

Creio que o juiz atrapalhou o Galo, mas não ajudou o time de seu Estado, que perdeu para o Palmeiras. E que o Flu está dando seus últimos suspiros antes do rebaixamento. Mesmo com a vitória continua na lanterna.

O Palmeiras fez sua parte e se ganhar o título foi por merecimento. O Galo se conquistar uma vaga na Libertadores já está bom. Isso se jogar mais bola e a arbitragem também deixar. Engraçado como determinados times sempre são recebem uma mãozinha, como o Cruzeiro contra o Santo André.

Ah, bendita mala de todas as cores, até branca.

Líder e secador

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Por Moriti Neto



Nesta quinta, o São Paulo acordou líder do Campeonato Brasileiro e, para dormir na primeira posição da tabela, resta assumir declaradamente a função de secador de Palmeiras e Atlético Mineiro. Que a zica do Verdão continue frente ao Goiás e que o Fluminense, com a motivação de continuar respirando os ares da Série A, apronte com o Galo.

É duro secar. Depois de sofrer pelo próprio time, o secador tem que torcer por outras equipes em benefício do clube que ama. É sofrimento em dobro, triplo ou mais se a competição for tão disputada quanto esta. Mas quem disse que era fácil?

São Paulo x Inter

Ontem, no Morumbi, em partida que começou com muita marcação, o São Paulo pressionava a saída de bola do Internacional, que, por sua vez, buscava os contra-golpes. O primeiro tempo foi uma correria só e não houve superioridade. E quando a coisa dava pinta de que as equipes desceriam para os vestiários com o 0 x 0, eis que, no último lance da etapa inicial, Hernanes bateu mal um escanteio, a zaga do Colorado foi pior ainda, e Washington fez o que mais sabe fazer, ou seja, empurrar a bola até as redes. O centro-avante, criticado por muitos, foi comemorar no símbolo do Tricolor, próximo da lateral do campo, levando à loucura os mais de 34 mil torcedores que compareceram ao Cícero Pompeu de Toledo.

Nos 45 finais, os paulistas esboçaram alguns ataques logo após o retorno ao gramado, mas os gaúchos partiram para a ofensiva e mantiveram a bola rondando a área são-paulina. Foi uma chuva de cruzamentos colorados e, ainda bem, Miranda, André Dias e até Renato Silva estiveram inspirados, ganhando quase todas pelo alto.

Não há dúvida de que o Tricolor recuou no segundo tempo, mas ao menos não faltou aplicação. O time foi compacto, aguerrido, e todos contribuíram na marcação. Considerados os confrontos contra Santos e Inter, parece que o espírito letárgico mostrado nas partidas com Coritiba. Flamengo e Atlético está exorcizado.

Os salvadores

No final da partida, Washington deixou claro que deseja ficar no elenco e que podem, sim, cobrar dele, mas com o entendimento de seu papel no time, jogando dentro da área. Aliás, o homem é o artilheiro são-paulino no ano com 26 gols em 51 jogos. Simplificando: a cada duas partidas, ele anota um tento. Nada mal para quem viveu quase a temporada inteira na briga pela posição com Borges.

Certos acontecimentos justificam o velho ditado: “há males que vem para o bem”. Bosco foi decisivo ontem. Fez três defesas importantíssimas para garantir a vitória. Com todo respeito ao Capitão, Simon, no jogo passado, talvez tenha feito um favor ao expulsá-lo. Vai saber se Rogério seria, ontem, o “homem certo no lugar certo”, assim como seu reserva.

Bicho matreiro

Fazendo jus ao apelido que carrega, o Cruzeiro vai chegando devagarzinho. Recuperou-se da derrota na decisão da Libertadores, das desavenças internas, principalmente com Kleber Cotovelo, e já tem a melhor campanha do segundo turno.Além disso, o elenco é bom e pode aprontar uma das grandes como fez o próprio São Paulo em 2008. Enfim, deixar Raposa tomando conta de galinheiro...

Será que foi mesmo tão diferente?

O comentário geral indica que esta edição do campeonato é a mais equilibrada da era de pontos corridos. Muitas teorias defendem que a competição deste ano é diferente por causa do nivelamento. Fiz uma pesquisa e descobri algo que vale reflexão. Exatamente na 32ª rodada, o torneio do ano passado tinha a seguinte classificação: Grêmio com 59 pontos, São Paulo com 59, Palmeiras e Cruzeiro com 58, e Flamengo com 56 estavam entre os cinco primeiros. Há realmente tanta diferença assim?


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

93 milhões em ação, pra frente Goiás!

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Considerando a pesquisa mais recente, de 2007, e o levantamento populacional deste ano do IBGE, podemos afirmar, com margem de erro razoavelmente baixa, que o Goiás terá uma torcida adicional de 92,4 milhões de torcedores hoje para, pelo menos, arrancar um empate contra o vice-líder Palmeiras pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Isso levando em conta que os maiores secadores do alviverde paulistano serão, pela ordem:

1 - 15,1 milhões de sãopaulinos (que também vão azarar o galo mineiro);

2 - 3,7 milhões de atleticanos, cujo time pode alcançar a liderança e, desde já, torcem pela caveira de Palmeiras e São Paulo;

3 - 5,6 milhões de colorados, pois o Inter de Porto Alegre não quer ver um líder a mais de três pontos de distância e torce para que todos a sua frente percam;

4 - 5,6 milhões de cruzeirenses, pelo mesmo motivo (e que, como os sãopaulinos, vão secar o Galo);

5 - 32,2 milhões de flamenguistas, que, como atleticanos e colorados, não querem ver um líder tão distante (e ainda tem a identificação histórica entre palmeirenses e vascaínos);

6 - 7,5 milhões de gremistas, que comemoram a vitória de ontem - mais a derrota do maior rival - e acreditam que ainda é possível, desde que o líder não esteja tão distante;

7 - 22,7 milhões de corintianos, que, lógico, estão secando com maior raiva o hexacampeão do Morumbi, mas que também não querem o pentacampeonato do inimigo Palmeiras, que superaria seus quatro títulos.

Por isso, se considerarmos um mínimo de 600 mil torcedores do Goiás, chegamos a 93 milhões de pessoas zicando uma vitória palestrina. Metade do Brasil! E assim, mesmo que a ideia e a imagem nem sejam inéditas (pior, partiram do palmeirense De Massad no fim do ano passado), vale o repeteco:


Ps.: Concordo que o São Paulo precisa secar o Atlético-MG, não consigo torcer pelo Fluminense depois da sacanagem da Copa João Havelange, que o trouxe de volta para a elite na mão grande. Cai, Flu! O Galo tropeça depois.

quarta-feira, outubro 28, 2009

Com estratégias diferentes, palmeirenses clamam por reação

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Blogues de palmeirenses apostam em estratégias diferentes para exorcizar e afirmar que ainda acreditam no combalido time alviverde que entra na 32ª rodada do Brasileirão como líder. Combalido pela sequência de quatro jogos sem vencer, algo imperdoável para quem quer faturar um título em pontos corridos.

Só os jogos desta quarta e quinta-feira é que mostram se a equipe comandada por Muricy Ramalho seguirá ou não na ponta da tabela. Nesta quarta-feira, 28, São Paulo enfrenta o Inter no Morumbi. Quem vencer assume a liderança. O Atlético-MG também pode morder a posição de primeirão se passar pelo Fluminense. Ao time de Palestra Itália cabe vencer o Goiás para dizer que ainda quer ganhar a taça.

Desanimado com a série de desgraças, recorro aos colegas de torcida e autores de blogues alviverdes para exorcizar a fase trágica e reunir esperanças..

O Coração Palmeirense faz uma referência ao "Outubro negro" de 1929, quando eclodiu a crise econômica que se arrastaria pela década seguinte e uma das causas da Segunda Guerra Mundial. É que este mês, tirando a vitória sobre o Santos, foi lamentável. "Penso que a razão para os seguidos fracassos do Palmeiras de Muricy é ... sobrenatural", escreve Affonso Júnior. "Trata-se de decisão dos deuses do futebol", completa.

Para ele, o mês de outubro reconduziu o Brasileirão ao zero, emparelhando os candidatos ao título. O que vem a seguir? "A resposta está com Muricy Ramalho".

O À Luz da Catedral recorre a outra metáfora. A Flecha de Akbar e a história do guerreiro medieval islâmico que não desistia. Se é que eu entendi bem.

"Desfalcado da torcida o Palmeiras não pode ir a campo", avalia Tânia "Clorofila" Dainesi. Para isso, ela se agarra à história de reações dos times palmeirenses que viu em campo e no brio do elenco atual.

O Cruz de Savoia pede que Diego Souza seja preservado das críticas de torcedores que o colocaram na posição de "boi de piranha", para-raio de críticas e motivo para a queda de rendimento.

Ele acha que tem mais coisa errada com seu posicionamento do que com sua postura em campo. "E, se não for isso, será que não dá para arrumar outra teoria do fracasso? Porque o Palmeiras precisará de tudo nesta quinta – menos de um torcedor hostil com nosso Maestro", conclama.

Mas o Parmerista aposta em arquibancadas vazias pelo valor do ingresso praticado. Um erro tático num momento estratégico. Ele elenca cinco fatos, começando pela contusão de Pierre e Maurício Ramos, passando pela perda no meio de campo com Vagner Love como titular e Diego mais distante, seguida por erros individuais e fragilidade emocional. Tudo que acumulou contra o Santo André.

A mística do post 100 é a esperança do Palestra Imortal para uma arrancada final. O Chiqueiro quer que o "G", do escudo do Goiás, seja transformado na inicial de "ganhamos", verbo devidamente conjugado pelos porcos. O Terceira Via Verdão quer acreditar que os confrontos diretos entre adversários ao título os fará, mais rodada, menos rodada, com que alguém perca pontos.

Que os torcedores tenham razão. Vai, Palmeiras!

segunda-feira, outubro 26, 2009

Clássico na Vila: para este campeonato, jogo acima da média

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Por Moriti Neto



Antes de começar o texto, estava pensando nas falhas cometidas pelos times de São Paulo e Santos, no clássico de ontem, disputado na Vila Belmiro. Mas, considerada a média de atuações que tem sido oferecida ao publico nesta edição do Campeonato Brasileiro, creio que seria injusta uma análise baseada em erros. Afinal, no jogo, que terminou com o placar de 4x3, há pontos positivos a ressaltar.

O confronto foi emocionante e imprevisível, o que já é para ser comemorado no cenário modorrento que se abateu sobre o futebol nacional. Alternativas não faltaram. O placar foi mexido várias vezes e o resultado ficou em suspense até o fim. Também não faltou garra por parte das duas equipes. E, ainda, embora não se possa dizer que foi uma aula de futebol, alguns lances bonitos marcaram a partida.

Por que desmerecer as boas antecipações de Rodrigo Souto no primeiro e segundo gols santistas – um do próprio volante e outro do garoto André, que dá pinta de ser bom atacante? Por que não enaltecer a belíssima falta batida por Hernanes no tento inaugural do Tricolor (nossa, tem gente que disse que a bola era defensável!)? Sem contar o bate-pronto de Jorge Wagner, que nem foi com a perna forte, após ótimo cruzamento do lateral argentino Gonzáles, fazendo o terceiro para os são-paulinos e, no quarto, anotado por Rogério Ceni, que não marcava há um ano, sempre se pode levar em conta o quão é diferente um goleiro decidir uma partida naquelas condições (aliás, como é legal ver o Capitão marcar!). Nessa descrição em desordem, resta destacar o oportunismo de Washington, no segundo do São Paulo, num típico lance de centroavante, e o terceiro do Peixe, deixado por Róbson, que acabara de adentrar o campo.

Enfim, por todas essas variantes, o clássico foi interessante, espantando a monotonia de domingo e da própria competição. Se alguém lembrar de jogo melhor no campeonato, que faça o favor de apontar. Pode até ser que tenha ocorrido, mas sem um bom esforço de memória...

Arbitragem

Simom realmente foi mal na arbitragem, o que não é novidade. Há muitos lances discutíveis como a falta que originou o gol de Rogério, a expulsão do Capitão, um pênalti não marcado de Léo em Dagoberto e os poucos minutos de descontos dados na etapa final. Se o árbitro é mal intencionado não tenho subsídios para afirmar, mas existem elementos de sobra para concluir que é muito fraco. E se o sujeito é referência entre os juízes brasileiros, inclusive homem de Copa do Mundo, isso só mostra que o nível geral é baixo demais.

Bola de cristal em risco

É obviedade dizer que não há chances de previsão para indicar o campeão ou quem vai se classificar para a Libertadores e, apesar da vitória do Tricolor, não ouso mudar uma linha em relação ao meu post anterior, pois a possibilidade de jogar a Copa do Brasil em 2010 é bem plausível. A inconstância das equipes é tamanha que até o Cruzeiro está no páreo. Tremei analistas de plantão! Pois neste campeonato não são só os cargos de técnicos que estão na berlinda.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

quinta-feira, outubro 22, 2009

O Palmeiras hoje não ganha nem dividida

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Foi por 2 a 0 a terceira derrota seguida do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Há três jogos o Palmeiras não marca um gol sequer na competição. Há quatro jogos não vence.

O Palmeiras que atuou em Santo André não é capaz de ganhar nem sequer uma dividida na intermediária. Fez quatro chances de gol (duas nos acréscimos), não tem meio de campo nem capacidade de desarme.

Um dos nomes para isso é pipoca.

Outros são ziguezira, azar, desconcentração, salto alto, morrer na praia...

Tudo começou na partida contra o Avaí, após a convocação de Diego Souza para a seleção. O empate em casa marcou os dois últimos gols que o time fez no campeonato. Desde então, em todos os jogos o alviverde tomou dois ou mais gols. A ex-melhor defesa do campeonato é uma peneira, aberta a contra-ataques como um copo na mesa do bar é disponível para a cerveja.

Depois, veio o Náutico e uma chacoalhada de 3 a 0. "Estava sem sete titulares", disfarcei. Depois, contra o Flamengo, quando havia marcação forte e um jogador desequilibrando, hoje só teve um time desequilibrado, descompassado. Completamente torto em campo. A única forma de fazer a bola sair do campo defensivo foi o chutão. Se houvesse um lançador, poderia ser uma ligação direta. Mas era só chutão mesmo.

Ainda no primeiro tempo, Cleiton Xavier sentiu uma contusão muscular na coxa, foi substituído por Marquinhos, que foi melhor que o camisa 10, mas não o suficiente para fazer o time funcionar.

Diego Souza, que despontava para ser o craque do campeonato, só mantém a pose. É incapaz de puxar um contra-ataque em velocidade ou de achar outro atacante livre.

Como o restante da rodada é todo no fim de semana, o time de Muricy Ramalho fica fazendo as contas para saber que ainda será líder ao final desta rodada. E, tomando o futebol apresentado hoje, só por mais essa rodada.

***

Perder a terceira seguida, é ruim. Segurar os palavrões neste post, é difícil. Deixar de ser fatalista, não deu. Mas ouvir fogos de artifício na vizinhança após o jogo é deplorável.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Rodada quase perfeita

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De todos que lideram o Gangorrão 2009, segundo definição do sampaulino Moriti, o Galo foi o único que fez a sua parte. Com isso saiu do quarto para o segundo lugar. Mais que isso: a vitória foi sobre um concorrente direto à Libertadores.


O destaque do jogo, para mim, foi que depois que tomou o gol, o São Paulo teve poucas chances no primeiro tempo e não fez praticamente nada no segundo. E nem se pode falar que o Galo ficou na retranca. Ao contrário, teve as melhores chances no segunda etapa, mas na maior parte do tempo tocou a bola, saindo algumas vezes em velocidade.

Para isso ajuda muito a visão de jogo de Ricardinho, que entrou pela primeira vez como titular com passes precisos e batendo falta muito bem. Inclusive a que gerou o gol de Tardelli.

Para quem fala que o Galo é um asilo de ex-sampaulinos, como os dois citados mais Éder Luís, é bom notar que os três ainda jogariam e muito nesse time tricolor. Ainda bem que estavam do outro lado.

Outro destaque foi o goleiro Carini. Não aparece muito, mas sempre está presente fazendo defesas e reposição de bolas com precisão. Para quem há muito tempo não tinha goleiro, é um alívio.

E dessa vez o mérito do Roth foi não inventar. Escalou os melhores e o time foi muito equilibrado na defesa e no ataque. Se continuar assim, vai ser difícil tirar o Galo dos quatro primeiros.

Por que rodada quase perfeita - Se a vitória do Flamengo acabou sendo boa, embora eu nunca torça para os rubronegros, confesso que sequei o Cruzeiro. Por motivos óbvios, mas também porque vem se aproximando na tabela.

E vai dar trabalho, porque está armado para o 1 a 0. Faz o gol e fica só na defesa, como foi no jogo contra o Galo e contra o Bota, que também não merecia perder.

Palpitagem geral sobre o Corinthians

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Não tem muito que falar da derrota do Corinthians para o Sport, nesse domingo, em Recife. O time já está num ritmo meio de férias, o que se soma à desorganização causada pela chegada de novos jogadores. O Leão, que não tem nada com isso, fez seus gols, marcados por dois ex-corintianos, aliás – fiquei preocupado quando entrou o lateral Fininho...



Como não dá mais pra ser campeão (o que sem dúvida diminuiu meu ânimo de escrever), o foco fica na observação dos jogadores e montagem do time. Das últimas partidas, algumas informações podem ser extraídas.

Elias – Já ficou claro que Elias não serve para jogar na meia. Funciona muito melhor de segundo volante, quando vem de trás e recebe menos marcação. Prefiro ter um excelente segundo volante que um meia mais ou menos.

Ataque – Ronaldo, por óbvio, faz muita falta e é decisivo. Ao seu lado, Jorge Henrique é o motor do time ofensivamente. Sem ele, ou quando não está em jornada inspirada, como ontem, a coisa desanda. Contra o Grêmio (2 a 1 para o Timão, não comentado neste fórum), melhor partida do time nos últimos jogos, houve uma mudança de leve no posicionamento de JH. Jogou um pouco mais recuado, armando o jogo vindo da ponta, chamando mais a atenção e permitindo a Elias jogar mais livre. O time rendeu mais.

Neófitos – Edno não funcionou como centroavante, mas mostrou qualidade de movimentação e visão de jogo. Errou muitos passes, talvez por fala de entrosamento, mas também por ter tentado, muitos passes de primeira. Se a bola queimar menos nos pés, vai melhorar.

O argentino Defederico jogou pouco até agora, mas parece que sabe das coisas. Drible curto, bom passe, se movimenta bem. Está tentando fazer o papel de meia centralizado, mas acaba caindo um pouco para os lados.

Sobre os dois e qualquer outra contratação, tenhamos nós torcedores alguma paciência. Tem cara que chega mandando bem, outros que demoram para decolar, e tem, sem dúvida, os que não dão certo e ponto. Mas que se dê algum tempo antes de sair crucificando alguém. Vejam o caso de Júnior César, no São Paulo, contratado no início do ano, que só foi render no Brasileiro.

Esquema tático – Para manter o seu amado 4-2-3-1, Mano Menezes depende de um meia centralizado, que consiga desacelerar o jogo e fazer a bola rodar. Os candidatos são Defederico e Edno, talvez Edu. Acho que o ex-jogador da Lusa tem mais chances de se encaixar nessa função, se conseguir diminuir seu ritmo e cadenciar mais o jogo.

Se não achar esse cara, o treinador pode precisar mudar o esquema. Eu vislumbrei o time num 4-3-3 do estilo do Barcelona, com Elias e Edu como meias que marcam, e Jorge Henrique ou Defederico armando o jogo de uma das pontas, mais ou menos como JH fez contra o Grêmio. Outros falam de um 4-3-1-2, com Defederico centralizado servindo Ronaldo e JH (ou Edno, ou Dentinho).

Elenco e carências – O fato é que temos hoje mais opções no elenco e bons jogadores irão ficar no banco. Como no Brasil se disputa campeonatos concomitantes por boa parte do ano, convém. Se no meio e ataque temos os já citados, na defesa Paulo André se mostrou opção muito boa, bem como Balbuena nas laterais.

Falta, sem dúvida, um lateral-esquerdo. Marcelo Oliveira vai melhor que Marcinho, mas está longe de resolver. Escudero está voltando de contusão e Mano já avisou que colocará o argentino para jogar, já que ele é o único lateral de ofício do elenco. Adversários, tremei.

Segue também a busca por um reserva Ronaldo. Dos candidatos atuais, o melhorzinho parece ser Bill, que pelo menos corre bastante. De resto, por mais que se possa melhorar em muitas posições, creio que as limitações de grana vão deixar por isso mesmo.

Tem gente que ainda sonha com Riquelme, Deco ou um craque desse tipo para a meia. Não creio, mas se vier, bato palmas.

Se já está ruim, deve piorar

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Por Moriti Neto

Eu avisei. No último post, escrevi que o São Paulo só mantinha a vice-liderança porque os adversários vinham brincando demais no Gangorrão 2009. E não foi preciso que deixassem de brincar tanto para que o Tricolor terminasse a rodada em quarto lugar e somente com um ponto o salvando de ficar fora da zona de classificação da Libertadores.

O Inter apenas necessitou empatar com o quase rebaixado Fluminense para, nos critérios de desempate, passar o time do Morumbi. Já o Atlético Mineiro bateu com justiça os tricolores, decretando a primeira derrota da equipe no Cícero Pompeu de Toledo nesta competição nacional e também saltando à frente na tabela. Aliás, não há muito que analisar do jogo contra o Galo, pois o comentário seria repetitivo, levando em conta o padrão adotado por atletas e comissão técnica nas últimas partidas, ou seja, jogadores sem concentração e técnico, além de posicionar a equipe equivocadamente, demorando a substituir. Washington é grosso, não tem habilidade, mas dentro da área dá trabalho e é, sim, goleador. Não à toa foi artilheiro de dois campeonatos brasileiros, inclusive como recordista de gols em uma edição (2004) pelo Atlético Paranaense, com 34 tentos. Na partida de sábado, era o homem que dava alguma canseira na defesa mineira. Após a saída dele, o ataque paulista, que já estava ruim, ficou absolutamente sem referência.

Falando nisso...

... Torcedores têm dito que Washington é caneleiro, que não serve para jogar no São Paulo etc. Bem, se alguém esperava o centroavante fazendo lindas jogadas fora da área ou mesmo o pivô outrora tão bem feito por Aloísio, analisou o atleta incorretamente. O homem é atacante tipicamente trombador e para que renda é necessário um posicionamento no meio da zaga adversária, esperando uma bola cruzada, uma rebatida do goleiro, enfim coisas típicas de matador de ofício. Se a torcida não percebe isso, passional que é, até perdoa-se. Mas direção e comissão técnica não entenderem é indesculpável.

No entanto há alguns pontos a ponderar. O atual grupo são-paulino é reclamão demais. Aí, inclui-se Washington. Ele, somado a Borges, Dagoberto e Hugo tornaram o ambiente péssimo desde o início do ano. Para a direção, a saída mais fácil foi demitir Muricy na tentativa de aliviar o clima. Não adiantou. A barra continuou pesada e, pela pressão interna, o time não consegue nem ter uma dupla de ataque titular com sequencia digna de avaliação.

E ao que tudo indica, a coisa deve piorar. Contratações, embora ainda não anunciadas oficialmente, estão bem adiantadas e os nomes vêm à tona em momento nada oportuno, numa reta final de campeonato e com um elenco já desgastado.

Comecei o texto mencionando o post anterior e termino da mesma forma. Nele, comentei que o São Paulo era carta fora do baralho na briga pelo título não por causa da diferença de pontos para o líder, mas pelo que vem apresentando. Observei, ainda, que os tricolores deveriam se preocupar com a vaga na Libertadores. Agora, com a embolação instalada na disputa, podemos imaginar a equipe, depois de largo tempo, jogando a Copa do Brasil. .


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

domingo, outubro 18, 2009

Novo tropeço em casa: terceira oportunidade perdida

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O Palmeiras perdeu para o Flamengo por 2 a 0 em pleno Palestra Itália. A segunda partida em casa sem vitória, a segunda derrota consecutiva, a terceira partida sem vencer. A terceira oportunidade de abrir pontos de vantagem na tabela em relação aos concorrentes.

Depois da derrota do São Paulo para o Atlético-MG, havia espaço mais uma vez para uma disparada na tabela. O Inter ainda empatou com o lanterna Fluminense nas Laranjeiras por 2 a 2. Tudo, pela terceira rodada, ajudava e o Palmeiras não conseguiu aumentar os quatro pontos de vantagem que tinha antes do apito inicial sobre o novo segundo colocado alvinegro mineiro.

O Flamengo mantém nove partidas invico. Petcovic é um dos principais nomes dessa recuperação. Fez o primeiro gol no primeiro chute dos visitantes na partida deste domingo. Ainda fez gol olímpico creditado ao zagueiro Ronaldo Angelim.



O alviverde manda avisar que continua vacilando na ponta da tabela.

Se os cariocas continuarem assim, levam o título. O exagero da frase anterior tem explicação: ninguém a frente do rubro-negro, agora quinto, mostra tanta vontade de vencer, que dirá de levar o caneco.

O pênalti desperdiçado por Vagner Love no fim do jogo não mudaria nada. Não tinha nesta partida os 7 desfalques da derrota para o Náutico. Tinha uma marcação eficiente ao meio de campo palmeirense sem cruzamentos eficientes.

Esses apagões de fim de temporada incomodam ao extremo. Bora jogar bola!

quinta-feira, outubro 15, 2009

Sem senso de oportunidade, covarde e apático: resta algo para o Tricolor?

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Por Moriti Neto

No Campeonato Brasileiro, em uma das competições mais divertidas dos últimos tempos – pelas surpresas que é capaz de propiciar – virou rotina, ao menos nas últimas rodadas, os times da ponta de cima da tabela perderem pontos para os que estão embaixo. E é mesmo por isso – e só por isso – que o São Paulo ainda não deixou a vice-liderança.

E os resultados, sejam da última ou da próxima rodada, não mudam em nada uma análise fria e objetiva sobre o Tricolor do Morumbi. O time, que em certo momento deu pinta que ia decolar, teve chances de sobra para encostar no Palmeiras ou até assumir a primeira colocação na tabela, no entanto os últimos cinco jogos mostraram que não tem cara nem vontade de campeão.

As exibições contra Santo André, Corinthians, Náutico, Coritiba e Flamengo foram pautadas pela apatia dos jogadores ou covardia do técnico. Quando os adversários eram os chamados pequenos, a equipe não demonstrou nenhuma aplicação enquanto esteve com 11 em campo (no estranho confronto com o Timbu, o Tricolor só passou a atuar melhor após perder dois atletas). Em resumo, parece que os jogadores não levaram as disputas a sério como se fossem capazes de resolvê-las a qualquer tempo. Não são.

Já no enfrentamento com os grandes (não somente Corinthians e Flamengo, mas também o Palmeiras) Ricardo Gomes deixou evidente o temor em mexer na equipe. A falta de ousadia ficou clara na demora em modificar o ritmo lento do time, fosse ele causado pela acomodação ou por ineficiência técnica/tática.

No último jogo, contra o Rubro Negro Carioca, a covardia são-paulina traduziu bem a condição de quem não ambiciona o título. Depois de fazer 1 x 0, os tricolores recuaram e aceitaram a pressão constante dos flamenguistas. Eu não voltaria a cobrança do pênalti batido por Petkovic e defendido por Rogério, porém isso não muda o fato de que o São Paulo, pela retranca adotada, merecia perder. Em situações como aquela, enfrentando, fora de casa, adversário em franca ascensão e com torcida reconhecidamente inflamada, tal postura é um chamado para a derrota.

Comparado ao restante dos clubes, o elenco tricolor é bom, tendo só como equivalentes o Alviverde de Parque Antártica e o Internacional. É a base tricampeã de 2008 somada a bons reforços (se considerados os atuais parâmetros técnicos/futebolísticos). O que falta, então? Simples. Falta aquilo que sobrava nos anos anteriores: consciência das limitações e garra para buscar objetivos. Espero que reste algo para alcançar a Libertadores, porque com tanta ausência de senso de oportunidade num campeonato tão embolado, ainda que o líder perca outros jogos, o título já era.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, outubro 12, 2009

Palmeiras vacila e perde nova oportunidade de disparar

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Todos os quatro primeiros colocados estão dando sopa para o azar no campeonato Brasileiro. Quem confirmou a tendência foi o líder Palmeiras, chacoalhado nos Aflitos pelo Náutico por 3 a 0.

Antes, o São Paulo perdeu para o Flamengo no Maracanã com direito a choro por pênalti e cobrança repetida. O Inter avançou um ponto, em casa, contra o Atlético-PR. Já o Atlético-MG perdeu o clássico contra o Cruzeiro por 1 a 0.

Se ninguém quer levar o caneco, o campeonato vai ficando parado do lado de cima da tabela. As seis primeiras colocações se mantiveram na mesma ordem. O problema para o Palmeiras é que, na próxima partida, o Palmeiras enfrenta o Flamengo, embalado por Petcovic e com a volta de Adriano. Os cinco pontos de vantagem são confortáveis só enquanto os adversários diretos não avançam, o que não vai acontecer a toda hora.

Desfalques como Diego Souza e Armero, nas seleções, mais Vágner Love, Edmilson e Obina, expulso e suspensos respectivamente na última partida, pesaram. Vale lembrar que Maurício Ramos está contundido e Pierre é a ausência lamentada pelo resto do campeonato.

Sete dos 11 titulares – restaram Marcos, Cleiton Xavier e Figueroa, que conquistou a posição há poucos jogos. Se o elenco já não era tanta coisa, sem sete dos que mais jogaram, o escrete que vai a campo fica limitado.

A equipe de Geninho foi mais eficiente e pôs fogo na disputa para se livrar do rebaixamento. Cláudio Luiz abriu aos 6 do primeiro tempo e Bruno Mineiro, em jogada de Carlinhos Bala, ampliou no fim da primeira etapa. O mesmo Bruno Mineiro fechou a goleada aos 17 do segundo tempo. Foram dois gols de bola parada, com direito a bobeada de marcação. Só que o Náutico jogou melhor, deixando pouco espaço para os visitantes.

Willians não foi bem para substituir Diego Souza – que foi nulo, aliás, contra a Bolívia. A zaga com Maurício, Danilo e Marcão mostrou-se frágil (Marcão é dureza). O ataque... Bom, no próximo jogo talvez haja alguma coisa para se falar sobre o ataque.

O problema dessa toada no campeonato é que ela me lembra a edição do ano passado, mas o cenário era mais trágico.

Tem tempo para voltar a jogar, com a volta dos titulares. Mas precisa voltar a jogar.

sexta-feira, outubro 09, 2009

O Galo não quer o título. O Bota não será rebaixado

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No jogo de ontem entre Botafogo e Atlético, os cariocas foram tão superiores no primeiro tempo que nem tem do que reclamar. Marcaram muito, tocaram bem a bola e definiram a partida fazendo três gols em trinta e poucos minutos. No Galo, o apagão só acabou na segunda metade, mas já era muito tarde. O time perdeu a chance de chegar ao segundo lugar, o que não é aceitável para quem quer ser campeão.


O que ficou claro é que o time sente demais as ausências de Tardelli (na seleção) e Éder Luís (machucado). Mas sentiu mais ainda a falta de Carlos Alberto, que não é nenhum craque, mas marca muito e corre o jogo inteiro. Ontem, entrou o Coelho, visivelmente fora de forma, e nada fez.

Já o time do Botafogo mostrou grande evolução. Não tinha ainda visto jogar o atacante Jobson, que me impressionou muito bem. Corre muito, dribla bem e é objetivo. Como disseram que é um jogador novo, parece ter futuro. Mas o que ficou claro para mim na partida de ontem é que o Botafogo não irá cair se mantiver o futebol mostrado. Não apenas pelas vitórias sobre Goiás e Galo, dois times na ponta de cima do campeonato, mas muito mais pela aplicação e o futebol mostrados.

Objetivos - Desde o começo do campeonato vinha esquematizando minha cabeça de torcedor em metas. O primeiro era fugir do rebaixamento, o que foi conquistado com a vitória sobre o Barueri e o time chegando a 47 pontos. Agora resta torcer por uma vaga na Libertadores, já que pelo futebol mostrado ontem esse time parece não ter condições de chegar ao título. O clássico contra o Cruzeiro na segunda-feira é decisivo.