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quinta-feira, março 24, 2011

A diferença que um meia faz

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Lincoln voltou, apesar de ter uma grana a receber de luvas do Palmeiras e apesar de a diretoria do clube ter uma disposição de corte de despesas mais determinada do que se Antonio Palocci fosse tesoureiro. Jogou bem e armou o time.

Tudo bem, o adversário era o Linense. Os 3 a 0 da vitória de quarta-feira, 23, poderiam ter sido mais se a falta de pontaria que vem se tornando marca registrada da equipe de Luiz Felipe Scolari. Tudo bem (2), Patrik conseguiu pôr o pé na forma e fazer dois dos gols. Nas partidas anteriores, ele atuou bem, mas conseguia errar mais chutes a gol do que Kléber.

E registre-se que o meia foi a campo em uma formação mais conservadora, com Rivaldo (volante de ofício) na lateral-esquerda. Gabriel Silva, que atuou nas últimas partidas, avança mais e puxa mais contra-ataques – e joga mais – do que o improvisado.



Mas sem Valdívia, contundido, o camisa 99 fez sua primeira partida pela equipe no ano. Ele esteve no departamento médico, mas estava encostado por essas pendências com os cartolas.

A volta não salva a lavoura, porque não se trata de um jogador tão regular a ponto de resolver todos os jogos, mas melhora bastante a qualidade de passes e a criação. Nas partidas anteriores sem o meia chileno, o time dependeu de Marcos Assunção, Tinga e Marcio Araújo para criar. Por mais que sejam volantes com mais ou com menos qualidade de passe, não são meias, que criam, armam, enxergam o jogo.

O meia

A ala santista do Futepoca pode escrever melhor, mas a rodada teve um outro meia fazendo diferença. E que diferença há entre o do time da Baixada e o supracitado do Palmeiras. Paulo Henrique Ganso é muito mais jogador do que Lincoln, e foi destaque na vitória do seu time na partida de quarta.

Tudo bem (3) que foi com contra o Mogi Mirim. Mas mesmo com os nove desfalques, colocou ordem na casa, deu passes aos montes e mandou avisar que vai deixar saudades (se e) quando deixar o Santos.

Que diferença faz um meia. Vai ver é porque estoque desse tipo de jogador anda baixo há alguns anos e essa ausência vem se tornando crônica.

segunda-feira, março 21, 2011

Empate ruim, mas não tão ruim para o Palmeiras contra o São Caetano

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Sem Valdívia, contundido e no Chile para tratamento, o Palmeiras só empatou em 1 a 1 com o São Caetano, na cidade do ABC. Os gols saíram apenas no primeiro tempo mas o visitante verde criou realmente pouco sem nenhum meia de ofício, apesar de entrar em campo com três atacantes.

Kléber, autor do gol de pênalti logo aos seis minutos, permanece garantido no ataque, Adriano Michael Jackson, em baixa, e Luan – em alta com Luiz Felipe Scolari, em baixa com a torcida – formaram o trio à frente. Foi bom no começo, com movimentação plena, mas durou muito pouco.

Tinga foi colocado no intervalo para reforçar o meio de campo de quatro volantes quando estava claro que o Azulão estava melhor no jogo. Luan também foi sacado e teve de ouvir vaias da torcida. Dificilmente a opção 4-3-3 será repetida por Felipão. Um fazedor de gols para atuar com Kléber faz falta, assim como meias no elenco.

A melhor defesa do campeonato mostrou que tem falhas, especialmente em bolas aéreas, como a que resultou no gol do São Caetano. A nota mais triste da partida foi o arranca-rabo entre Thiago Heleno e Aílton, cujo colega e zagueiro Anderson Marques foi tomar satisfação. Cenas de briga de rua (e cartão vermelho).

Deola, substituindo Marcos, o Goleiro, salvou o time, junto das traves da meta alviverde. Os planos de aposentadoria do camisa 12 porém titular indicam que Deola terá bastante trabalho na temporada.

O time está em terceiro, pega a Linense e convive com as limitações.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Com quatro desfalques, mesmas limitações, mas agora líder

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O Palmeiras é líder isolado do Campeonato Paulista. Nada para soltar foguete, mas uma situação que este torcedor pessimista não imaginava para o time. Conseguiu a ponta no mesmo dia em que o Corinthians caiu diante do Tolima e ficou de fora da Libertadores da América. E o Santos empatou com a Ponte Preta. Uma quarta-feira um tanto, esta do dia 2.

A vitória sobre o Mirassol ocorreu sem quatro titulares. Tudo bem que dois deles – Lincoln e Valdívia – já vinham fora. Marcos, o Goleiro, não entra nessa conta, já que é um meio-titular. Marcos Assunção, contundido, e Kléber, suspenso, não atuaram. Fizeram falta como referência – e jogador com noção nas finalizações – no ataque e como cobrador de faltas.

Sobrou a velocidade para o time criar jogadas. E sobrou para Dinei o desperdício das oportunidades. O primeiro tempo foi melhor do que o segundo, e faltou capacidade de fazer a bola passar a meta do goleiro Fernando Leal.

O time do Palmeiras continuou limitado, mesmo com três atacantes. Só ganhou a partida quando Patric entrou e fez o gol da vitória. Melhor assim.

Luiz Felipe Scolari admite que a boa fase surpreende. O time é tão limitado quanto aplicado taticamente, o que explica por que consegue marcar razoavelmente bem – contra times ainda mais fracos – e não se abalar quando a bola demora a entrar. Enquanto entrar, mesmo no final, tudo bem.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Com metade dos gols marcados, um terço dos sofridos, Palmeiras alcança o Santos

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Ainda não comecei corretamente o ano. Mas faz bastante tempo que meu time não alcança a liderança de um campeonato. Desde 2009, se não me falha a memória. Parece mais tempo se eu pensar no que esse período significou para a nação alviverde.

O que importa é que, com a vitória por 3 a 1 sobre o Paulista no Pacaembu, o Palmeiras alcançou o Santos com 10 pontos ganhos na ponta da tabela. Tem oito gols marcados, contra 14 do alvinegro; sofreu dois, ante seis. A campanha do time da Baixada é bem mais exuberante, assim como o elenco de lá, que ainda tem Neymar na seleção sub-20.

Como São Paulo e Americana têm nove pontos cada, isso quer dizer que é preciso ir além das três vitórias concecutivas para se manter nas primeiras posições.

Como o Palmeiras é limitado, a expectativa é de que as coisas sigam bem contra as equipes mais fracas. Sem meias, Luan segue escalado de forma mais recuada para revesar com Rivaldo (o novo e de bem menor brilho) a função de servir de ala.

Se Valdívia e Lincoln voltarem, se os salários forem pagos, talvez o time possa sonhar com um Brasileirão tranquilo, sem sustos.

terça-feira, maio 04, 2010

E começa a quartona

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No mesmo fim de semana em que o Santos conquistava o título da primeira divisão, o Linense festejava o da segunda e Red Bull e XV de Piracicaba davam importantes passos rumo ao acesso na terceira, a bola começou a rolar na quarta divisão do futebol paulista - que, oficialmente, tem o nome de Segunda Divisão, não custa lembrar.

São 46 times atrás de quatro vagas na Série A3 de 2011. É um torneio extenso. Tem uma fase de grupos inicial que dura até agosto e subsequentes níveis de eliminação até os quadrangulares semifinais que decidirão o acesso, e serão jogados em outubro, e a final que indicará quem vai levantar a taça, cuja definição acontece só em 7 de novembro. Ou seja, tem muita bola pra rolar.


Entre os participantes, há equipes célebres, folclóricas e novatas-de-empresário. A participação mais ilustre é a da Internacional de Limeira, campeã paulista de 1986 e que tenta mostrar que ainda merece respeito. O Nacional da capital - treinado por ninguém menos que Vampeta! - também integra a primeira categoria, assim como o Jabaquara de Santos. A parte folclórica fica preenchida com a Matonense (que até poucos anos estava na primeira divisão) e o Radium de Mococa, o time com o nome mais divertido de pronunciar no Brasil (tente, em voz alta). Já quem gosta dos novatos-de-empresário podem se regozijar com a presença de Olé Brasil FC, Primeira Camisa, Desportivo Brasil e outros.

Este colunista declara, desde já, sua torcida para o Palestra de São Bernardo e seu rival mais tradicional, o Esporte Clube São Bernardo - que volta, neste 2010, ao profissionalismo, de onde esteve ausente por muitos anos. O São Bernardo Futebol Clube colocou a cidade na primeira divisão e seus co-irmãos (muito) mais tradicionais bem que poderiam seguir os bons passos.

O site da Federação Paulista tem a tabela e o regulamento da competição, vale dar uma lida. Inclusive, já nesse sábado (8) temos um clássico histórico, Nacional x Jabaquara. Bom programa para o fim de semana.

quarta-feira, abril 21, 2010

4h10min

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Esse foi o tempo que gastei para comprar ingressos para o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, Santo André x Santos, que acontece nesse domingo, no Pacaembu. Entrei às 9h30 na fila que se formava nas bilheterias do Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, e saí de lá às 13h40.

Pelo que leio na internet, o problema se repetiu em outros lugares. O UOL conta que o Pacaembu também teve gente que esperou mais de três horas. Amigos relataram de espera de mais de duas horas na Vila. E tenho certeza que o pessoal que chegou bem depois de mim ao Bruno Daniel inveja as quatro horas que permaneci lá - arrisco dizer que eles não levaram menos de seis horas para efetuar suas compras. Menos mal que hoje era feriado. Foi esse o motivo, é claro, que levou muita gente às bilheterias nos diferentes pontos de venda.

Dois registros importantes
O primeiro é que nesse tempo todo que permaneci na fila, vi poucas ou praticamente nenhuma ocorrência de "malandrões" furando fila. E nem cambistas. Essas duas pragas, inerentes aos grandes jogos de futebol, felizmente não estavam presentes no Bruno Daniel.

E o segundo é que a fila que levei quatro horas para concluir, diferentemente do que deve estar achando o leitor, não era das maiores. Não mesmo. Sim, era grande, mas jamais imaginei que ficaria ali por quatro horas. Arrisco dizer que estavam na minha frente, quando cheguei à fila, pouco mais de 65 pessoas. Ou seja: não era um contingente de pessoas que justificasse tamanha espera.

O que houve foi uma injustificável e absurda demora das pessoas nos guichês. Não por culpa dos clientes, que fique claro. A questão é que se fazia - PARA CADA COMPRADOR - um cadastro na hora. Medida correta, para evitar as cada vez mais frequentes fraudes no universo da meia-entrada. Mas que precisa ser otimizada, e em caráter de urgência. Não dá, não faz sentido um torcedor demorar tanto tempo em uma fila não das maiores. É preciso evolução.


O post aborda um tema que tenho destacado com relativa frequência aqui no Futepoca, a questão do desconforto a qual é submetido o torcedor que vai ao estádio. Acho importante ressaltar esse ponto porque rotineiramente ele é relegado a segundo plano - e fala-se da violência como sendo o único e maior mal no mundo do futebol. Estive hoje no estádio por quatro horas e não vi uma cenazinha sequer de violência - e olha que muitos torcedores do Santo André estavam lá, com suas camisas, comprando suas entradas. Mesmo quando não há violência, o desconforto impera. E se não podemos mudar a cabeça das pessoas, podemos mudar o que é oferecido a elas - o que pode fazer com que elas mudem suas atitudes. Tenho convicção que violência e desconforto andam juntos. E dá para corrigir um problema com certa facilidade, e aguardar para que o outro passe por uma melhora gradual.

segunda-feira, abril 12, 2010

Ganhar jogando mal (visão peixeira do clássico)

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O futebol que o Santos vem mostrando neste 2010 tem despertado muitas paixões - no sentido mais amplo da palavra, aquele que define paixão não somente pelo "gostar muito", mas sim pelo "ter um sentimento forte". Ou se admira muito o que o Santos faz, ou se ataca o time com rótulos que começam com "firuleiro" e terminam em palavras impublicáveis.

Já escrevi, aqui mesmo no Futepoca, que o que o Santos mostra não é fruto de uma "opção pela arte", e sim resultado de uma maneira de jogar criada pelo técnico Dorival Júnior. Nada de muito complexo. Ele tem em suas mãos Robinho, Neymar, André, Ganso e cia., e acha que com eles é melhor montar o time dessa maneira. Com outros jogadores, sua estratégia seria outra. Ele faz nada mais do que identificar como pode extrair o melhor dos seus atletas.

Aí vem o jogo desse domingo. Um jogo em que o Santos faz 3x2 sobre o São Paulo em pleno Morumbi, e assim dá um baita passo para chegar à final do Paulistão - pode até mesmo perder por um gol de diferença domingo que vem, na Vila, que ainda assim fica com a vaga. E a gente fica sem saber como analisar o que fez o Peixe.


Por que o Santos de hoje foi tudo, menos "encantador". Mesmo no primeiro tempo, quando fez 2x0 e sugeriu que teria condições de fazer mais, o time não jogou o futebol mostrado em tantas ocasiões nesse primeiro semestre. No segundo, então, quando viu um Tricolor com um jogador a menos dar uma baita canseira, o time nem de longe lembrou a máquina de jogar bola sugerida em outras ocasiões.

Mas fez o 3x2. Ganhou. Ou seja: atuou de maneira diametralmente inversa à que se espera que esse time faça. Ao invés de "dar show e ainda assim perder", não deu show e ganhou.

Acredito que isso sugere uma maturidade no grupo. E dá confiança para que o Santos continua desenvolvendo e aprimorando seu jogo nas próximas ocasiões. Time que quer ser campeão precisa deixar o campo com os três pontos ainda que não dê show. E foi o que o Santos fez hoje.



A montagem do time para hoje era um desafio para Dorival Júnior. O 4-3-3 com Neymar, Robinho e André na frente parecia incompatível com um meio-campo ofensivo como o que vinha sendo escalado nas partidas anteriores. E, individualmente, os atletas da região central estavam gastado a bola: Wesley, Marquinhos, Arouca e Ganso. Dá pra tirar alguém desse para que os três da frente joguem?

Não, não dá. Tanto que Dorival não tirou. Mandou Wesley para a lateral-direita, se beneficiando de uma carência que o Santos tem naquele setor do campo - Maranhão aparentemente não deu certo e George Lucas tem um físico incrivelmente frágil.

Esperava-se que Wesley na lateral seria uma saída para que o meio-campo santista tivesse mais liberdade para criar - já que os laterais não desceriam tanto ao ataque quanto fazem habitualmente. Mas não foi o que ocorreu. O Santos acabou por recuar sua marcação, com os atacantes dando combate só quando os atletas tricolores já dominavam a bola próximos ao meio-campo. Assim, a posse de bola acabou ficando mais são-paulina do que o desejado pela torcida do Santos.

Com isso, o meio ofensivo e a linha de ataque mágica acabaram não se sentindo tão à vontade para trabalhar - e Arouca, o mais recuado dos seis da frente, acabou sendo o principal destaque alvinegro na partida (assina o cheque, Luiz Álvaro, compra o cara!).

No segundo tempo, quando o São Paulo foi incrivelmente melhor, o Santos acabou dando certo apenas quando Dorival Júnior mexeu o time e deu mais força ao meio-campo. Com a posse de bola, foi mais fácil diminuir a supremacia que o São Paulo impunha e, consequentemente, armar jogadas.

A vantagem não pode desmotivar Dorival Júnior a arrumar de vez essa equipe. Hoje, os problemas se fizeram presentes. O Santos deixou o campo com a vitória e muito próximo da classificação, mas mais uma vez deixou mostras que não é um time perfeito.

quarta-feira, abril 07, 2010

Fim melancólico para o Palmeiras

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Contra o Paulista de Jundiaí, o Palmeiras se despediu de forma melancólica do campeonato estadual. Foi uma derrota por 3 a 1, em uma atuação fraca, em que a defesa continua a mostrar fragilidade. O Galo do Japi escapou do rebaixamento com dois gols de Felipe Azevedo e um de Samuel. Lincoln fez o de honra.

Depois de empatar com Mirassol e com Oeste por 1 a 1 e 0 a 0, foi hora de perder para se despedir e ficar lá na décima-primeira posição. Lá no meião, atrás do Oeste, da Ponte Preta, do São Caetano...

Não tem mais nada pra escrever, só reclamar. Então, deixa pra lá.

sexta-feira, março 26, 2010

Porque o Santos toma gols

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Ontem, o Santos venceu o Botafogo por 4x2, na casa do adversário, em Ribeirão Preto. A vitória garantiu matematicamente o Peixe na próxima fase do Campeonato Paulista - ao lado do surpreendente Santo André, que fez 3x0 no Monte Azul e, assim, impediu que o Paulista tenha os quatro grandes nas semifinais, como ocorreu no ano passado.

O Santos atuou com um time praticamente igual ao que fez 9x1 no Ituano. Ou seja, estava sem as estrelas Neymar (suspenso) e Robinho (contundido). Mais uma vez, assim como contra o Ituano e em outros tantos jogos, a estrela foi Paulo Henrique Ganso. Um golaço, passes precisos e atuação em todos os setores do campo. Marquinhos fez dois gols - se mostrando cada vez mais útil e carbonizando a língua desse que vos escreve, que considerou ridícula sua contratação - e Zé Eduardo, mais uma vez, deixou o seu. É ótima opção para o banco do Santos. Muito bom ver o Santos com um elenco forte.



Mas aí o Santos levou dois gols. Assim como levara quatro do Palmeiras, três do Bragantino, e assim por diante.

O futebol que o Santos tem demonstrado nesse 2010 tem despertado muitos sentimentos fortes - seja de paixão, seja de raiva. A ponto de fazer, por um lado, corintianos vibrarem com a derrota santista para o Palmeiras e torcedores de uma série de times rivais derramarem elogios como "esse é o único time que dá gosto de ver jogar".

As análises sempre vão na mesma linha: é um time alegre, que vai pra cima, e que por isso toma seus gols - mas faz um monte, para compensar.

Partidas como ontem e como a contra o Palmeiras deixam claro que o Santos não toma gols por "alegria", por "opção", por ser "praticante do futebol alegre". Toma gols, sim, porque não é perfeito.


Vejamos os dois gols de ontem: o primeiro ocorreu por conta de um pênalti dos mais indiscutíveis da história, cometido pelo Edu Dracena. E o segundo, porque a zaga marcou bobeira e deixou o adversário cabecear sozinho. Contra o Palmeiras, os gols vieram principalmente por falhas do goleiro Felipe.

"Opção pela alegria" ou falhas daquelas que todo time tem?

quarta-feira, março 24, 2010

Empate com o Rio Branco é eliminação digna da campanha

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Em novo confronto com um lanterna do campeonato, o Palmeiras passou apuro e só empatou por 2 a 2. Com o Rio Branco, em Araraquara, o alviverde saiu na frente mas, em menos de cinco minutos tomou a virada. Com o empate, as chances matemáticas de o time paulistano se classificar no estadual devem se esvair com os outros jogos da rodada.

Como assim empatar com o lanterna?

Um resultado ruim não foi exatamente uma novidade, bem como a dificuldade. O Verdão jogou três partidas contra equipes que respondiam, nas respectivas rodadas, pela lanterna. Primeiro, uma derrota para outro time de nome ribeirinho – o Rio Claro. A chuva atrapalhou, no revés simples. Depois, contra o Sertãozinho, uma luta para vencer por 3 a 2. Desta vez, novamente dois gols sofridos, mas apenas dois marcados.

As chances de avançar eram mínimas, quase inexistentes. Agora, é olhar para o que vem a seguir e repensar a trajetória do Palmeiras no campeonato, que teve troca de técnico e pouca definição sobre o futuro do time na temporada.

Chamou atenção, no jogo, que seis jogadores do Rio Branco tomaram cartões amarelos e Maurim ainda foi expulso. É bastante. O Palmeiras levou menos advertências, mas Diego Souza, Eduardo e Pierre não precisariam de tanta sede ao pote nos lances em que os cartões foram distribuídos.



Diego Souza abriu o placar, em passe de Cleiton Xavier, aos 17. Depois, aos 20 e aos 23, Alex Terra e Romarinho, ambos em passes do atacante Francisco Alex, garantiram a virada. O quarto gol da partida e segundo do Palmeiras veio de Ewerthon.

Eu que iria criticar a escalação de dois volantes – Pierre e Márcio Araújo – diante do lanterna concordei que, com um sistema defensivo desarticulado complica a vida de qualquer treinador. A proposta de jogo foi ofensiva, foram criadas chances, mas ainda tem coisa fora do prumo.

Até o fim da primeira etapa, foram criadas chances de gol, mas nada de alterar o placar. Com Lincoln no lugar do lateral Eduardo, mais chances, mas o passe para construir jogadas ainda não funcionam tão bem.

A hora é de pensar na Copa do Brasil, fazer o quê?

Uma das minhas preocupações é que o governador de São Paulo José Serra (PSDB) é pré-candidato à Presidência da República. Isso quer dizer que em alguns dias ele anuncia a desincompatibilização. O temor nada tem a ver com eleição. É que, como é semana santa, ele deve fazer isso até terça, talvez quarta-feira. Justamente o dia do jogo de volta contra o Paysandu. Vai que ele resolve ir ao estádio, palco de uma crise sem explicação do alviverde? A última vez em que deram ideia de ele ir ao jogo não foi legal.

segunda-feira, março 22, 2010

A vingança nunca é plena

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Minutos antes do início de Santos x Ituano, no estádio do Pacaembu, o locutor anuncia os times. "Ituano; camisa 1, Saulo". Logo começam os comentários entre os torcedores: esse Saulo do Ituano.. é ele? É aquele!? Alguém confirma que, sim, é ele, é aquele. É aquele Saulo.

O "aquele" tem sua razão de ser. Saulo é um goleiro que foi revelado pelas categorias de base do Santos. Assumiu a titularidade em um período complicado para o time, o segundo semestre de 2005. Fez alguns jogos razoáveis e chegou a ser querido pelos torcedores. Mas de repente começou a decair. A jogar mal. A entregar partidas. Até que foi o protagonista - pelo lado peixeiro, é claro - do maior vexame da história recente do Santos.

Sua atuação catastrófica naquela partida não foi a única coisa que fez com que ele fosse digno de atenções maiores na tarde-noite de hoje. Mais que isso, o que se destacou foi a postura que Saulo adotou quando esteve na Vila. Sabe o que se fala de jogadores como Léo Lima, aquele papo do "se ele jogasse metade do que pensa que joga, estaria na seleção"? Pois é, vale o mesmo para o tal Saulo. Enquanto atuou no Santos, tinha uma atitude que sugeria a quem o visse em campo que estava ali o sucessor de Gilmar dos Santos Neves e Rodolfo Rodriguez - ou até mesmo uma soma, e melhorada, dos dois. O ápice disso tudo se deu no início de 2006, quando, em uma ação ao mesmo tempo revoltante e risível, Saulo processou o Santos por ter sido... colocado na reserva. É, isso mesmo: um jogador movimentando o judiciário nacional por ter sido preterido por outro atleta.

Tudo isso fez com que o desenrolar da partida adquirisse um contorno especial. Todos os santistas presentes no Pacaembu esperavam uma vitória, alguns até já visualizavam uma goleada; mas ninguém, ao menos inicialmente, pensava em fazer Saulo buscar oito vezes a bola dentro do gol.

Mas à medida que o jogo foi correndo, esse passou a ser o objetivo - dos torcedores, é claro. Ao final do primeiro tempo, quando o placar mostrava o Santos enfiando 4x1 em um Ituano desorientado e com um jogador a menos, só o que se ouvia no Paulo Machado de Carvalho eram gritos como "aí, Saulo! só faltam três!", e variantes.

Quando veio o sétimo gol, o santista se sentiu relativamente vingado. O oitavo, um peru histórico, foi um banho de alegria na alma. E o nono, originado em um lance que resultou na expulsão do próprio Saulo, foi um regozijo único. A ponto da coisa já ter virado brincadeira e santistas reclamarem da expulsão de Saulo. Eu, também no estádio, dizia que não me incomodaria muito em ver a cobrança de André sendo defendida pelo jogador improvisado que estava no gol - tudo para que ficasse ainda mais evidente o papelão de Saulo.

No fim das contas, registro que o ocorreu no Pacaembu hoje foi a maior humilhação de um jogador profissional que vi na vida. Porque não foi um time, uma torcida, uma nação a ser pisoteada; foi, sim, um só atleta.

O título desse post é uma referência a um marco da cultura latino-americana, que como poucos falou sobre a questão da vingança. E, ao mesmo tempo, é pra deixar claro que a vingança dos santistas não foi plena - ela só acontecerá caso derrotamos o mesmo adversário, com placar igual ou superior ao ocorrido em 2005. Mas já garantiu uma certa dose de diversão.

PS: aos leitores do Futepoca, cabe um esclarecimento. Os dois posts seguidos sobre Santos 9x1 Ituano se devem a diferentes razões de ser de cada texto. O Glauco fez uma análise precisa do jogo; eu tô apenas desancando coisas de torcedor. Usem os comentários para falarem sobre vinganças no futebol, tenho certeza que vocês têm boas histórias pra contar.

domingo, março 21, 2010

Derrota por 2 a 0 saiu barato para o Palmeiras

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A Ponte Preta não jogou para vencer, mas para não perder. Conseguiu sair do jogo com o melhor resultado. Depois de três vitórias consecutivas, o Palmeiras voltou a perder. De novo no Palestra Itália, por 2 a 0. Os visitantes ainda desperdiçaram um pênalti, defendido por Marcos, o Goleiro. Por isso, o revés por dois tentos saiu barato para um time que criou só no primeiro tempo e bobeou demais quando sofreu ataques campineiros.

Com o resultado, as chances de classificação no Paulista voltam a se afastar, possivelmente de forma definitiva – quatro ou mais pontos a quatro rodadas do fim.

Até 30 minutos do segundo tempo, estava zero a zero. Bastou esse tempo para Diego e Finazzi marcarem, com uma diferença de seis minutos. Nos acréscimos, o mesmo Finazzi perdeu o pênalti. O time verde minguou.



É só um time marcar melhor que a capacidade ofensiva se dissolve. No primeiro tempo, foram mais lances, obrigado boas defesas do goleiro rival. Mas depois, faltou o técnico Antonio Carlos Zago buscar alternativas com mexidas no time. As mudanças só vieram depois de o Palmeiras estar atrás no marcador. Tarde demais.

Passou da hora de começarem as obras da arena para, quem sabe, desenterrar os sapos debaixo do gramado. Ou permitir que o time jogue em outro estádio, onde tem se saído melhor.

domingo, março 14, 2010

Que jogo! Palmeiras para o Peixe com 4 a 3 na Vila

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O Palmeiras venceu o Santos na Vila Belmiro por 4 a 3. O gol da vitória saiu aos 42 minutos do segundo tempo, dos pés de Robert, autor de três na partida.

O time da casa abriu 2 a 0 no placar com Pará e Neymar, antes dos 30 do primeiro tempo. Parecia que seria fácil para o Peixe manter a série invicta de 12 partidas. Até então, os visitantes mal atacavam e ameaçavam lembrar outra feita. Aí, aos 41 e 42 da etapa inicial, veio o empate relâmpago, duas vezes com Robert. Bastaram duas bobeadas da defesa santista para o atacante palmeirense mostrar que estava inspirado.

Os visitantes voltaram melhor e surpreenderam aos 11, com a virada. Mergulhando de cabeça – de peixinho – Diego Souza fez o terceiro gol verde.

Foi a hora de o Santos pressionar e mostrar que tinha time para garantir, em casa, um resultado melhor. Mas foi aos 35, em uma jogada digna do que o alvinegro da Baixada vem exibindo na temporada: uma troca de passes entre Robinho e Paulo Henrique Ganso encontrou Madson, há sete minutos em campo, livre para empatar. Na hora de comemorar, manteve o padrão bem humorado que vem marcando o time e lembrou o corintiano Viola ao imitar um porco. Só o imprevisível o calaria.

Uma pista de que alguma coisa aconteceria veio na expulsão de Neymar em carrinho sobre Pierre. Mas só depois é que tudo se resolveria.

Robert, em dia de Obina, acertou um chute à lá Cleiton Xavier três minutos antes de acabar o tempo regulamentar. De fora da área e com a bola no ângulo. No ângulo!

Que coisa!
O 4 a 3 na Vila foi um jogão. O Santos foi menos do que em partidas anteriores. O Palmeiras aproveitou bobedas da defesa e uma tarde inspirada de Robert. Entrou meio perdido, protagonizou um jogo bom, um clássico. Não como o time que eu gostaria, mas como um time grande que eu pedia. Com sofrimento, como o que foi preciso para passar pelo lanterna Sertãozinho – só que com muito mais motivo –, venceu.

Antes do jogo, lembrei que, na década de 1960, o Palmeiras foi o time que impediu, por duas vezes, em 1963 e 1966, o tricampeonato paulista do Peixe.

Era uma forma diferente de "parar" o Santos, uma coisa de temporadas. E, se o time 2010 do Santos desperta comparações com aquele de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, o Palmeiras de Antônio Carlos Zago fica a anos-luz da Academia. Bilhões de anos-luz.

Mas o Palmeiras deste domingo parou o Santos. E mantém esperanças de se classificar para a semifinal.

terça-feira, março 09, 2010

Do lanterna ao líder: sofrimento para vencer o último obriga Palmeiras a jogar de verdade

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Quando o garçom alviverde avisou que Lenny tinha feito 1 a 0 sobre o lanterna Sertãozinho na Arena Barueri, na noite de segunda-feira, 8, não hesitei:

– Ufa!

Era só o lanterna, é verdade. Mas duas derrotas seguidas não ajudam. De repente, parecia que perder para o último ia se tornar cina, depois da derrota para o Rio Claro. O Sertãozinho empatou e, de pênalti inexistente, virou para 2 a 1.

Cleiton Xavier por duas vezes desvirou e garantiu a vitória para a representação de Palestra Itália. Com gol aos 49 do segundo tempo. Tem técnico que ensinou que não é todo dia que o Xavier acerta. Mas quando o faz, salva.



O estádio Palestra Itália não pôde receber a partida no sábado porque o sofrível gramado estava alagado, mais ou menos como a rua Turiassu fica quando chove mais ou menos meia hora (é batata, não demora). A Federação Paulista de Futebol (FPF) concordou que o polo aquático não se joga na grama e transferiu a partida para segunda. Como o estádio do Palmeiras se prepara para receber a show do Guns N' Roses (hein?) desde domingo, o certame teve de ir à Arena Barueri, ex-sede do Grêmio Prudentino.

Mas parece que o técnico Antônio Carlos Zago gostou. É que a torcida anda impacientada e os jogadores, nervosos de atuar em casa sem conseguir resolver logo a fatura. Tanto assim, que o elenco seguiu via Castelo Branco, pagando todos os R$ 80 de pedágios pelo caminho, para Itu. Treinar para o clássico de domingo.

Depois de encarar e vencer sofridamente o lanterna, enfrentar o líder do campeonato, invicto há 11 jogos, é uma tarefa pesadíssima. Mas depois da partida entre Santos e Portuguesa, em que as duas equipes atuaram como time grande e protagonizaram um jogo e tanto, fiquei pensando.

O torcedor mais pessimista está pensando que, se para passar pelo Sertãozinho foi tão difícil, enfrentar o melhor ataque da competição exigiria uma retranca à lá Oswaldo de Oliveira – ou Carlos Alberto Parreira. E para perder de pouco.

Eu acho o contrário.

O Palmeiras tem uma chance de mostrar para cada palestrino que é e sempre será um time grande. Que merece respeito, antes de tudo, de sua própria torcida. E só jogando bola, enfrentando o líder como time grande e produzindo, junto do Peixe, um verdadeiro clássico – mesmo se for para perder – é que o time conssegue isso.

sexta-feira, março 05, 2010

10, e contando

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O Santos venceu ontem o Paulista por 3x2, no Jaime Cintra, lá em Jundiaí. Não assisti ao jogo. Fiquei na base do rádio, então os comentários que se seguirão sobre a partida têm como principal referência a transmissão da Rádio Bandeirantes, capitaneada por José Maia e Antonio Petrin.

Segundo eles, o que se viu no interior foi uma boa partida. Apesar da péssima campanha que faz, o Paulista foi pra cima do Peixe e buscou sufocar o adversário - o que conseguiu de maneira ainda mais precoce do que o esperado, com um gol logo aos dois minutos. Ainda no primeiro tempo o Santos empatou com Wesley; virou, já na segunda etapa, com Paulo Henrique Ganso, sofreu o empate por intermédio de Julinho e viu Robinho decretar a vitória aos 23 do segundo tempo, com um belo gol.



Já que não posso falar muita coisa sobre o jogo propriamente dito, discorro sobre suas consequências. A primeira é o fato desta ter sido a décima vitória consecutiva do Santos. É um recorde histórico. Mais que isso, só conseguiu o time de Pelé, em 1968, quando ganhou por 12 vezes initerruptas.


É aquele tipo de marca que muita gente vai contestar: "pô, ganhando do Naviraiense e do Jundiaí, até eu". Questiono, então: se é "até eu", por que só o Santos detém a marca? Todos os grandes estão jogando campeonatos regionais e enfrentando times inexpressivos, e só o Santos conseguiu esse feito. E vale ressaltar que na lista dos derrotados pelo Peixe estão os rivais São Paulo e Corinthians. Ou seja: pode não ser nada "decisivo", mas também não é pouca coisa.

O que também não é pouca coisa é o fato do Santos estar praticamente assegurado nas semifinais do Paulistão. Hoje, o Peixe tem 11 pontos a mais que o São Caetano, o quinto colocado. Pode-se dizer que apenas uma hecatombe tira o clube da fase decisiva. O exemplo do Palmeiras, que voou na fase classificatória e depois sucumbiu diante do próprio Santos no ano passado, não deve ser esquecido; então, a partir do momento em que se iniciarem as semifinais, começa outro campeonato. Mas a melhor decorrência dessa classificação antecipada - e talvez até mesmo o primeiro lugar, que possivelmente se confirmará - é a possibilidade de testar outras formações e dar descanso a jogadores muito exigidos. Bom saber que o Santos terá liberdade para tal.

quinta-feira, março 04, 2010

Nova derrota em casa para um time do ABC

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O Palmeiras perdeu mais uma, a quarta do campeonato Paulista. Mais uma seguida, novamente para um time do ABC, por 3 a 1. O algoz foi o Santo André, que jogou melhor, mesmo com uma proposta de contra-ataques. Uma campanha medíocre, que tem apenas quatro vitórias e outros quatro empates.

A defesa alviverde deu sopa e o Ramalhão não desperdiçou a possibilidade de se consolidar na segunda posição, seis pontos à frente do São Paulo, o terceiro. A vitória do Santo André teve até gol de letra de Rodriguinho, aos 17 do segundo tempo.

Marcos, o Goleiro, falhou no segundo gol e saiu do jogo prometendo pendurar as chuteiras (ou as luvas) no final da temporada. Como se fosse o problema estivesse com camisa 12 e debaixo das traves.

O mais interessante é que a frase dele foi: "Só sei que a torcida do Palmeiras pode ficar tranquila, porque o sofrimento comigo em campo só vai até o fim do ano". O "sofrimento comigo em campo" deve ser do próprio Marcos, ao ver o time apático.

Com Diego Souza e Cleiton Xavier desmotivados e longe das melhores condições, o time não rendeu mais quando Marquinhos substituiu o camisa 10 nem quando o meia Ivo entrou no lugar do lateral-direito Eduardo. Cleiton Xavier saiu com contusão no tornozelo e Diego Souza, expulso.



Parece que o clima anda péssimo no Palestra Itália. Marcos se afastou da rodinha na hora do intervalo, Diego se descontrolou, o time não rendeu. Dureza. Só está claro que o problema não era o técnico.

segunda-feira, março 01, 2010

Palmeiras submerge diante do (ex-)lanterna Rio Claro

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Para alegria da eminência parda do Futepoca e de Roque Citadini, o Palmeiras perdeu do Rio Claro por 1 a 0. Foi o primeiro gol sofrido nas três partidas, mas bastou para impingir a primeira derrota sob o comando de Antônio Carlos Zago, em sua terceira apresentação como treinador.

Sem conseguir tocar a bola por causa do alagamento do gramado, o Palmeiras não jogou pior do que o time da casa, mas esteve pior, com menos capacidade do que nos outros jogos.

O fato marcante da partida foi mesmo a chuva, por isso o título com a referência, digamos, naval.

Na quinta-feira, 25, um temporal deixou uma vítima fatal. Na ocasião, foram 65 milímetros durante a madrugada, a maior parte concentrada na primeira meia hora.

Sobre a pluviosidade deste domingo, 28, não encontrei informações. Pelo jeito, foi menos grave. Mas o gramado não aguentou a sequência de dias chuvosos.



Seria maldade dizer que o time jogou como na época de Muricy Ramalho, porque a culpa não é do ex-técnico do time. Ocorre que não havia santo que fizesse a bola rolar no gramado, e a alternativa foi alçar bolas à área rioclarense.

Com Wendel e Eduardo em vez de Figueroa e Armero, a ordem era jogar a bola para a área pelo alto. Tudo na esperança de que Robert estivesse em uma fase melhor do que a do Obina.

Diego Souza esteve um pouco apagado. Pierre e Márcio Araújo, os volantes titulares, se ausentaram por terceiro cartão amarelo e contusão, respectivamente.

O atacante Osny fez o gol da vitória do time da casa aos 34 do primeiro tempo. Ele se livrou da marcação e foi à área para marcar. No começo do segundo tempo, quase ampliaram Souza (contra o patrimônio) e uma bola na trave.

Com o resultado, o alviverde garantiu ao Rio Claro largar a incômoda lanterna do campeonato. O feito à lá Robin Hood tem na chuva a culpada da vez. O Paulista fica cada vez menos viável para o Palmeiras por tropeçar demais.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Supresa pelos 2 a 0 de Robert sobre o São Paulo

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O Palmeiras venceu o São Paulo por 2 a 0 na estreia do tecnico Antonio Carlos. Com dois gols de Robert e um jogador do Tricolor expulso, a torcida terminou gritando "olé" na troca de passes ao final da partida.

Torcedor muda de estado de espírito com mais facilidade do que bêbado para entornar um copo. A minha proposta de me licenciar de torcer não funcionou na prática.




O técnico do São Paulo, Ricardo Gomes, no mesmíssimo estilo consagrado por figuras como Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo, Émerson Leão, Mano Menezes e tantos outros, culpou a arbitragem. O avanço foi reconhecer que o time jogou mal.

O jogo não foi grandes coisas. O São Paulo não fez valer o favoritismo nem a crise no rival. Jogou mal pra burro. O Palmeiras tampouco foi bem, mas fez dois gols no segundo tempo. Ganhou.

Os tentos só saíram depois da justa expulsão de Xandão, aos 8 e aos 23 da etapa final. Cleiton Xavier cruzou para o primeiro e Marquinhos, o esquecido, bateu escanteio no segundo.

Antonio Carlos Zago entrou com Lenny no ataque, Diego Souza e Cleiton Xavier como meias. Eduardo como lateral-esquerdo foi outra novidade.

Parênteses quase irrelevante: o confronto tinha dois ex-zagueiros no comando das equipes. Ambas jogaram com dois defensores, na base do 4-4-2. É só curioso.

Metáfora
O que me deixou mais preocupado em relação ao técnico foi a metáfora adotada. Para tentar dizer que nãoestá garantida a boa fase para o ano ou que não tem mistério para fazer o time funcionar – confesso que não entendi com precisão – a opção foi distante da usada em profusão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nada de metáforas de futebol com futebol, nem de futebol com cachaça. Foi assim:

– Aqui ninguém descobriu a fórmula da Coca-Cola. O mais importante foi a conversa que tivemos. Temos um bom time. Apenas três jogadores do Brasileiro não estão aqui mais. Procurei passar tranquilidade, dar confiança aos jogadores, para que eles pudessem entrar em campo pensando só no futebol. Eles responderam muito bem.

Da respota dos jogadores, qualquer torcedor gostou. Da metáfora com refrigerante, não.

Em tempo
Como comentou o Nicolau há pouco, já vi técnico cair depois de clássico. Ir parar no hospital é novidade. A piada só cabe porque as notícias são graves, mas nem tanto.

Ricardo Gomes teve, na noite de domingo, 21, um acidente vascular cerebral (AVC). As primeiras informações indicam que não há sequelas e que o sangramento é do tamanho de um grão de arroz, mas nenhuma previsão de alta para o treinador de 45 anos.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Antonio Carlos? Posso me licenciar de torcer?

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O Palmeiras demitiu Muricy Ramalho e mandou vir Antonio Carlos. Apesar de só querer confirmar depois de rescindir com o São Caetano, o acusado de racismo em 2006 se credenciou atuando como cartola no Corinthians. Pelo menos é assim que Luiz Gonzaga Belluzzo o vê.

O time que impingiu uma goleada no alviverde em pleno Palestra Itália vai pagar com seu técnico por isso.

Enquanto o Futepoca aproveitou um dia de folga deste palmeirense pra uma merecida troça em forma de enquete, não gostei nada das novidades. Cogito tirar uma licença de torcedor (não de escrever a respeito), mas essas coisas eu só consigo ter certeza quando olho o time no gramado.

O Parmerista pede para não jogar pedra na Geni Antonio Carlos Zago. É o quinto treinador sob o comando de Cippulo, incluindo Jorginho.

Tenho birra com Antonio Carlos e certeza de que o problema do Palmeiras não está no banco de reservas, de agasalho e marca de plano de saúde na camisa, mas na falta de peças no elenco. Acho que o time não é tão ruim para estar em oitavo no Paulista, e tem uma parte de responsabilidade do treinador, mas que não sustenta uma troca.

Sou contra demitir treinador no meio de temporada. Mais estanho é isso acontecer duas semanas depois de um contrato de patrocínio que envolve o técnico. Mas o corpo mole demonstrado na quarta-feira indicava uma situação insustentável. Se era para mandar pra rua, que fosse em janeiro quando Jorginho ainda não tinha saído.

Pegar o líder do brasileiro e entregar a quinta colocação é diferente de ter um time pela metade e não conseguir grandes coisas no estadual. Acho menos grave. “O time não vinha jogando bem e achamos que ainda era tempo de mudança", disse Gilberto Cipullo. "Nunca tive qualquer desavença com o Muricy e também quero deixar claro que a decisão foi meramente administrativa, sem nenhum envolvimento político. Ele só foi demitido porque os resultados não apareceram. A multa pela rescisão contratual será quitada”, avisou.

Vanderlei Luxemburgo aproveitou para tirar sua casquinha e os corintianos já têm a primeira conquista do centenário: tirar sarro à vontade dos palmeirenses.

Seraphim Del Grande, ex-presidente, voltou ao comando do futebol do clube. Embora não seja do grupo de Mustafá Contoursi, ver uma figura como ele de volta preocupa. Confesso que o comportamento à lá cartola da pior espécie me deixa com medo de ter uma nova década de um dirigente como foi Mustafá.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Em casa, Palmeiras toma sova de 4 a 1 do São Caetano

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O Palmeiras tomou uma lavada em casa diante do São Caetano. Foi por 4 a 1, sendo que o Azulão abriu quatro de vantagem ainda no primeiro tempo. Nem o mais pessimista dos torcedores veria no alagamento da rua Turiassu com a avenida Antártica um presságio para isso. E teve até "olé" no fim.

No empate do fim de semana diante do Botafogo em Ribeirão Preto, parecia só mais um resultado longe do ideal. A sova desta quarta-feira de cinzas, 17, é de atordoar.

O gramado encharcado fez o jogo demorar a render. O São Caetano começou com domínio e, quando o time da casa crescia com uma sequência de três chances razoáveis, vieram os dois primeiros, ambos de Eduardo aos 27 e aos 35. Um por cobertura enquanto a defesa pedia impedimento, e outro de fora da área sem ninguém se preocupar com a sobra. Mais sete minutos e sai o terceiro, de Marcelo Batatais.

No intervalo, Muricy Ramalho adotou uma medida à lá Vanderlei Luxemburgo: tirou o lateral Figueroa para colocar Deyvid Sacconi, além de trocar Robert por Lenny, por mais velocidade. Resultado? Não deu tempo, porque aos 4 do segundo tempo já saiu o quarto dos visitantes.

Luciano Mandí fez o que quis na zaga alviverde, driblou pelo menos três para marcar. Parecia que ninguém queria pará-lo. Isso não é bom.

Depois disso, foi pouca a disposição do Palmeiras para transpor a marcação eficiente do São Caetano. Diego Souza como centroavante conseguiu aproveitar uma sobra de bola para marcar o de honra aos 19. E só.

Nem todo dia o Palmeiras vai deixar o adversário abrir tanta vantagem. Mas uma pane dessas durante uma fase bem mais ou menos dá ideia de que tem bem mais coisa errada do que falta de jogadores. Até vem a impressão de um certo corpo mole daqueles de derrubar técnico.

Com 13 pontos, o Palmeiras tem quatro a menos que os primeiros e cinco a mais que os últimos. Muito, muito pouco para a disputa do Paulista. Ainda tem campeonato pela frente, só não tem futebol apresentado. O fim de semana tem jogo contra o São Paulo, em bem melhor fase. Jogando essa bola, é melhor eu esperar sentado no bar.