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terça-feira, abril 09, 2013

Pinceladas cariocas - Ninguém mais se lembrará das Torres Gêmeas!

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por Enrico Castro

Convoca, Felipão! Quem não tem Fred caça com Rhayner?
Pode passar muitos anos, mas aqueles momentos históricos importantes ficam gravados para sempre em nossas memórias. Todos se lembram exatamente onde estavam e o que estavam fazendo quando, por exemplo, Getúlio Vargas se suicidou, Ayrton Senna morreu, as Torres Gêmeas foram abatidas, a seleção brasileira venceu cada uma de suas cinco Copas do Mundo etc. O último sábado, 6 de abril de 2013, certamente foi mais uma destas datas que se fixarão em nossas mentes, sobretudo para quem acompanha o velho e violento esporte bretão. O fato apoteótico aconteceu em Volta Redonda, na partida entre Fluminense e Resende, aos 13 minutos do segundo tempo. Após 2 anos e 2 meses, cinco clubes diferentes e 84 jogos, o atacante Rhayner marcou um gol! (pausa para estupefação geral da Nação) E um jejum deste porte não poderia ser findado com um gol comum. Como num roteiro previamente ensaiado, Rhayner invadiu a área, deixou dois adversários pra trás e cruzou; o goleiro do Resende, num afã de ser lembrado na posteridade, decidiu ajudar o malogrado atacante do Flu e empurrou a bola para dentro de sua própria meta. Se encerrava naquele momento o maior jejum de gols de um atacante que se tem notícia no futebol profissional brasileiro. O jogo em si, a vitória do Flu por 2 x 0, e a lesão que vai deixar Fred inativo por pelo menos três semanas foram ofuscados e, portant,o não são dignos de comentários. Começo aqui a campanha “Chama o Rhayner, Felipão!”

"Vozes do Além" complicaram o Fla
Também no sábado, o Flamengo se livrou de mais uma derrota, desta vez para o Duque de Caixas, com um gol de Cléber Santana nos acréscimos: 1 x 1. O time mais uma vez não se encontrou em campo e viu suas ínfimas chances matemáticas de classificação para as finais do 2º turno virarem pó. A partida foi sonolenta até mesmo para quem estava secando o Fla, algo que atualmente significa o mesmo que empurrar bêbado ladeira abaixo. Maldade desnecessária. Tudo transcorria dentro da normalidade até que mais um de nome pomposo resolveu fazer fama na Taça Rio - vide atuação patética do árbitro e lord Philip Benett no jogo entre Botafogo e Madureira, quando desmarcou um pênalti em favor do Botafogo assinalado por ele mesmo. Todos agora têm certeza que a FERJ se antecipou à FIFA e decidiu lançar mão, na clandestinidade, do recurso eletrônico para dirimir dúvidas em lances polêmicos: no jogo entre Flamengo e Duque de Caxias, após Pathrice Maia e o bandeirinha validarem o gol de Hernane, que estava impedido, o árbitro escutou "vozes do Além" (ou seriam as "forças ocultas" do Jânio?) e anulou o tento, afundando ainda mais o Fla. Seja na política, nas relações pessoais ou no futebol, o Rio de Janeiro continua o mesmo: segue na vanguarda da malandragem...
Vitinho está 'comendo a bola'
Já o Botafogo segue implacável e, ainda sem contar com Seedorf, engrenou a sexta vitória consecutiva: 3 x 0 sobre o pato Olaria, digo, fraco Olaria. Mais uma vez Vitinho, que  entrou aos 28 do 2º tempo, fez a diferença. Marcou dois golaços e colocou mais uma interrogação na cabeça do técnico Osvaldo de Oliveira, que segue mantendo o garoto no banco de reservas em prol da escalação dos pernas-de-pau Rafael Marques e Bruno Mendes. Como o Bota é chegado numa superstição, dizem que o jovem é o talismã do momento, e que vai repetir os “feitos” recentes de Iranildo, Almir e Caio. Aquele torcedor alvinegro que acompanha mesmo o time espera, do fundo do âmago, que isso não aconteça, pois nenhum dos três se tornou o craque que as diretorias de suas épocas esperavam. Apesar de ainda ser cedo para afirmar, Vitinho parece jogar mais que todos eles juntos. Já  está na hora de Oswaldo ganhar coragem e escalá-lo desde o início das partidas.

Rivais já miram naufrágio da nau vascaína no Brasileirão
E o Vasco, enfim venceu uma: 2 x 1 frente ao Friburguense. Com isso, encontra-se agora na confortável posição de vice-lanterna de seu grupo (uma vez vice, sempre vice). Como o time apenas cumprirá tabela no restante do torneio, a diretoria vascaína, que é mais desorganizada que pelada dominical de pinguços, tenta de qualquer maneira negociar Dedé, o único do elenco que ainda possui mercado em times de ponta. A expectativa é conseguir fazer caixa para pagar os atrasados e ainda receber jogadores para fortalecer o elenco que, com certeza, brigará para não cair no Brasileirão. Mas, se a negociação com o Corinthians melar, é bom a diretoria pensar logo em um novo treinador, pois Autuori já avisou que, com salários atrasados, vai pular fora da nau vascaína em junho. Se isso acontecer, só um milagre evitará que o barco português afunde no final do ano.
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

terça-feira, abril 02, 2013

Pinceladas cariocas - Quando o barco do Engenhão afunda, os ratos pulam (para São Januário)

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por Enrico Castro

Rafinha craque? 1º de abril!
Mais uma rodada se passou e nada mudou para a dupla Flamengo e Vasco. Ambos continuam seu calvário no Campeonato Carioca. O primeiro conseguiu a proeza de ser o primeiro grande (???) a perder para o Audax, homônimo de time chileno que tem filial interestadual. O técnico Jorginho já jogou a toalha e, do jeito que anda a coisa na Gávea, o melhor a fazer é aproveitar as partidas restantes para  preparar a equipe para a Série B do ano que vem. Com um elenco recheado de ex-jogadores e promessas que nunca se tornarão realidade, se cair, este time periga não voltar tão cedo para a primeirona. E por falar em promessa, ontem, dia 1º de abril, foi aniversário da maior de todas as promessas rubro-negras, Rafinha. Nada mais adequado, porque, em matéria de enganação, esse já virou realidade faz tempo. Aliás, se é pra citar outra coisa muito adequada, um jornal de Manaus ("A Crítica"), num arroubo de honestidade, estampou na tabela da Taça Rio a denominação "Flamerda": 
O jornal amazonense ainda garantiu Resende e Fluminense na Libertadores...
Rato se diverte com treino do Vasco
Lanterna do grupo A com apenas 1 ponto em três partidas, sem marcar gols há quatro jogos e brigando cabeça a cabeça com o Flamengo para ver qual será o time mais zoado pelos rivais, o Vasco, que não tem dinheiro para pagar o salário de ninguém, resolveu virar a chacota da vez e abriu as portas de São Januário para uma invasão de ratos. Em entrevista ao diário Lance!, o vice-sem duplo sentido-presidente de patrimônio e especialista em comportamento de roedores, Manuel Barbosa, garantiu que o problema já está sendo tratado e soltou a seguinte pérola: “Como vocês mesmos puderam ver, ainda é possível encontrar alguns deles vivos, mas estes já estão tontos por conta do efeito do veneno”. Tontos estão todos no Vasco, do presidente ao faxineiro, seja por falta de dinheiro ou de tanta chacoalhada que o time vem levando no campeonato. 
Rhayner: o recordista das Laranjeiras
O Fluminense, do "matador" Rhayner, apesar de ainda não ser nem sombra do time de 2012, começa a apresentar sinais de melhorias. Conseguiu engrenar duas vitórias seguidas e segue na vice-liderança do Grupo B. O time de Abel, que mostrou ainda lhe restar um pouco de moral ao barrar o aposentado Deco e autorizar a cobrança de um pênalti por Rhayner mesmo sabendo que este iria perder (agora já são 83 jogos sem marcar um gol!), se prepara para o duelo decisivo contra o Grêmio pela Libertadores, na semana que vem. Se Flamengo e Vasco estão fora da disputa pela Taça Rio e o Fluminense em evolução, o Botafogo que abra o olho, pois o time das Laranjeiras tem plenas condições de beliscar o bicampeonato. 
Engenhão foi obra de engenheirinho
Com o fechamento do Engenhão após estourarem as notícias de que o estádio pode ser levado por um vento de 63 kph (não vou chover no molhado de comentar as obras públicas brasileiras), o jogo entre Botafogo e Vasco seria disputado em São Januário, mas o Botafogo não aceitou as imposições escabrosas do time da colina - ou então ficou com medo dos ratos - e decidiu mandar a partida em Volta Redonda, que sediará os clássicos e as finais do campeonato. Comenta-se que o acanhado estádio, com capacidade para 21 mil espectadores, não está a altura do torneio. Mas em quantos jogos deste campeonato o número de torcedores superou esta marca?!?? O Glorioso, que nunca deu uma volta olímpica de verdade no seu finado estádio, decidiu colocar os jogadores para ajudarem na reforma e tentar recuperá-lo antes do fim do estadual, pois os dirigentes sabem que a chance de ser campeão de alguma coisa neste ano é só no Cariocão, mesmo!
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

terça-feira, março 26, 2013

Pinceladas cariocas - Gaúcho era boi... de piranha!

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 por Enrico Castro

Para Ricardo Gomes, Renê Simões é pior que AVC
A segunda rodada da Taça Rio teve início com um jogo isolado na quarta-feira da semana passada, por imposição da TV Globo. Na insossa partida entre Vasco e Nova Iguaçu, que terminou com o placar de 2 x 0 em favor do time da Baixada, salvaram-se apenas os dois belos gols de Léo Salino. O melhor, mesmo, ficou para o final. Em mais um episódio de despreparo e desrespeito, o ex-técnico e agora dirigente René Simões demitiu o técnico Gaúcho ainda no vestiário. Uma demonstração explícita de que a diretoria come na mão das torcidas organizadas, que pediram a cabeça do treinador. Na realidade, Gaúcho era apenas o boi de piranha, pois quem dava as cartas no time era o diretor de futebol, Ricardo Gomes, que, no dia seguinte, em um ato de hombridade, entregou o cargo. Entretanto, a diretoria agiu rápido e contratou Paulo Autuori, considerado “top de linha”. O treinador, que recebia um dos maiores salários do mundo no Catar, decidiu encarar o desafio “por amor”, por ser vascaíno e acreditar no projeto. Vai receber a módica quantia de R$ 300 mil mensais (tadinho...). A única exigência que fez foi justamente a manutenção de Ricardo Gomes no cargo. Ao Renê, restou a pergunta do comercial de leite Parmalat: "Tomou?"

No plantel do Flamengo, só Jesus salva!
A estreia de Jorginho no Flamengo não foi o que a torcida esperava. O novo treinador, que prometera abolir os cabeças-de-área brucutus e escalar na posição jogadores técnicos, decepcionou. O time saiu jogando com o brucutu-mor Amaral na posição. Resultado: uma incontável quantidade de passes errados e um 0 x 0 com o fraquíssimo Boa Vista. É melhor Jorginho dar logo início aos cultos que costuma promover nos times por onde passa, porque com o plantel que tem em mãos, só Jesus salva!
 
Abel Braga quando resolvia sozinho a pontaria do Fluminense
E 0 x 0 foi também o placar de Fluminense x Duque de Caxias. O atual campeão Carioca continua jogando abaixo da crítica e nem conseguiu vencer um time que está brigando ferrenhamente para não ser rebaixado. O desfalque dos três jogadores que estavam com a seleção brasileira não serve como desculpa.  Deco está rendendo muito menos do que se esperava e Abel credita os maus resultados à falta de pontaria dos atacantes. O problema não é apenas esse. Todos os setores da equipe estão desarrumados. De quem será a culpa?

Seedorf e Bennet: "Hoje tem marmelada? Tem, sim senhor!"
O Botafogo, que não tem nada a ver com os problemas alheios, parece que vai receber o título no colo. Os outros grandes parecem estar fazendo uma força sobre-humana para entregar logo a Taça Rio para o alvinegro, o que, para o campeão do primeiro turno, consolidaria o título carioca por antecipação. Hoje, o Vasco é o lanterna de um grupo e o Flamengo o vice-lanterna do outro. Não fossem as trapalhadas do árbitro com nome pomposo, Philip Georg Bennet, não teria muito o que se comentar a respeito da vitória do Botafogo por 2 x1 frente ao Madureira, no último domingo. Ele desmarcou um pênalti assinalado por ele mesmo, após a bola já estar na marca da cal, sem que nenhum de seus auxiliares o tivessem passado alguma informação. Deve ter pensado que o Botafogo não precisa de pênalti para vencer o pequeno Madureira. Ainda expulsou Seedorf no último minuto de jogo, quando o jogador estava de costas para ele e se dirigindo ao banco de reservas para ser substituído. Não satisfeito com as lambanças em campo, o árbitro de nome inglês aprontou mais uma após a partida: a súmula entregue por ele à FERJ, redigida a próprio punho, exibe letra diferente na parte em que trata a expulsão do holandês por supostamente tê-lo ofendido com as seguintes palavras de baixo calão para os parâmetros de um lord inglês: “Você está de palhaçada!” Deve estar, mesmo...
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um verdadeiro craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

segunda-feira, março 18, 2013

Pinceladas cariocas - Bola é problema e gol é chato

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por Enrico Castro

"Ó aqui, ó: dois títulos! Dois!"
Conforme antecipado aqui no Futepoca na semana passada, o Flamengo, que mais parece trabalhador em regime de escala (joga uma rodada e folga duas), está de técnico novo. Apesar de tudo indicar que o novo comandante seria o ex-técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, a realidade nua e crua é que o clube da Gávea não tem os 2 tostões furados necessários para contratar o 2º pior técnico que a seleção brasileira já teve (o pior foi o Leão). E, por isso, optou por um técnico cujos dois títulos que possui na carreira foram conquistados no forte futebol japonês, quando aqui já era madrugada e ninguém conseguiu ver. Agora é esperar para ver como Jorginho se sairá comandando um clube de massa - e pipoca.
Bola que será usada em treino do Vasco
O Vasco teve mais uma atuação tenebrosa no domingo e conseguiu a façanha de perder, em casa, para o inexistente Volta Redonda, por 1 x 0. Entretanto, tolos foram os torcedores que, mesmo após as declarações de dois de seus principais jogadores, dadas antes de domingo, não previram a derrota do bacalhau. Na quinta-feira passada, em entrevista coletiva, Wendel disse que “o ponto fraco do Vasco hoje é bola”! Gozado! E eu pensava que, para a prática do futebol, era necessário utilizar a tal bola... Se a FERJ autorizar o uso de bola oval no Campeonato Carioca, quem sabe o Vasco sai da lama? 
Pescaria é muito menos chato que gol!
Se não bastasse a declaração de Wendel, o Febeavice (Festival de Besteiras que Assola o Vice Eterno) foi incrementado no dia seguinte, quando o atacante Eder Luis disse que “esse negócio de fazer gol é muito chato”! Pai do céu! Qual é mesmo o objetivo do futebol?!?!?? Pra quê serve mesmo um atacante??!?? Parece que, com a evolução da sociedade e do esporte, muitas coisas mudaram no mundo. Valores foram invertidos, tabus foram quebrados, regras foram alteradas. Mas uma coisa não mudou: o objetivo do futebol ainda consiste em deslocar um objeto esférico, mais conhecido como bola, através de um campo retangular, e colocá-lo dentro da baliza do time adversário. Ato conhecido como gol, principal atribuição de um atacante. E em São Januário um diz que o problema é a bola e o outro que o gol "é chato". Pobre Vasco... 
Já o Botafogo antecipou a Páscoa e teve seu Sábado de Aleluia! O atacante Rafael Marques, depois de apenas 21 partidas , enfim marcou seu 1º gol pelo Glorioso. Aleluia! Foi o último da vitória por 4 x 0 sobre sobre o poderosíssimo Quissamã. Realmente, aquela tornou-se uma tarde/noite bastante atípica para o torcedor botafoguense. O time goleou, Seedorf jogou mal e perdeu gol feito, e Rafael Marques (o craque!), além de deixar o seu, deu assistência para outros dois gols. 
E o Fluminense, que ainda não teve o seu Sábado de Aleluia, reza para que o ano passe rápido e o Natal chegue logo. Os dirigentes e Abelão já estão com as cartinhas prontas com o mesmo pedido para Papai Noel: um golzinho de Rhayner. Pode ser de pênalti, impedimento, mão, gol contra, enfim, de qualquer tipo está valendo. Um atacante que não marca um gol há 26 meses e ostenta a incrível marca de 3 gols na carreira deveria estar jogando no Clube Atlético Taquaritinga!
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

sexta-feira, março 15, 2013

Pinceladas cariocas - Pirulito empirulitou o Papa!

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por Enrico Castro

Alex chamou mais atenção que o Papa
Um bom termômetro para saber se um campeonato de futebol tem algum prestígio são os comentários e gozações entre colegas de trabalho. Quanto mais se comenta mais se tem a sensação de que o torneio vale alguma coisa. E para minha surpresa, ontem, ao chegar no trabalho, se falava mais na sensacional vitória por 3 x 2 - e de virada! - conquistada pelo Resende sobre o Flamengo na noite de quarta-feira do que sobre a escolha do novo Papa. Foram duas “zebrassas”. Pra falar a verdade, o assunto em torno do Papa argentino já estava tão chato e repetitivo que acho que o Alex Silva (vulgo Pirulito), num momento de desespero, resolveu entregar o jogo para ver se o assunto perderia força na imprensa e, principalmente, nas redes sociais. E ele conseguiu! Falhou inúmeras vezes, deu uma de machão para cima do goleiro adversário e ainda arrebanhou seu companheiro de zaga, Gonzáles, que também falhou bisonhamente no lance do 1º gol do Resende.  Meus sinceros agradecimentos ao Pirulito por nos dar uma opção de assunto para fazer piada!

Dorival quer embolsar um troquinho
Há também que se considerar outra hipótese para a trapalhada que foi o time do Flamengo em campo: Dorival Jr. quer ser demitido antes de julho. Explico: atualmente, o treinador recebe a modesta quantia de cerca de R$ 450.000,00 mensais, e seu contrato prevê uma multa rescisória no valor de R$ 1.500.000,00 (1,5 milhão!!!) caso seja demitido até 30 de junho de 2013. A partir desta data, ele passará a receber R$ 750.000,00 por mês, porém, sem multa por rescisão. Ou seja, uma diferença de R$ 300.000,00, mas sem a garantia do farto seguro-desemprego. Ele sabe que a diretoria atual considera absurdos estes valores, mas o mantiveram no cargo por falta de opção. E sabe também que o diretor executivo do Flamengo, Paulo Pelaipe, é entusiasta da contratação de seu pobre amigo desempregado, Mano Menezes. Portanto, é mais vantajoso sair agora, garantindo o “seguro”, do que ser demitido em julho e sair “sem nada”.

Dava pra pedir algumas saideiras...
Vamos fazer uma conta básica: se Dorival permanecer trabalhando até 30 de junho, receberá o montante de R$ 1.800.000,00 (1,8 milhão), o equivalente a 4 meses de salários. Se for demitido no final de de março, receberá R$ 1.950.000,00 (1,95 milhão), importância referente a um mês de vencimentos mais a multa, e sem trabalhar! E  nós, assim como ele, sabemos que surgirá rapidamente outro clube disposto a contratá-lo, por valores exorbitantes. Será que a diretoria conseguirá suportar Dorival no comando do time até o meio do ano, correndo o risco de seu favorito, Mano Menezes, ser contratado por outra equipe?

Com Yoshi, vai ser difícil passar de fase
Mudando de pato pra ganso (mas sem relação alguma com Corinthians ou São Paulo): no Fluminense, Thiago Neves se machucou no treino de quarta-feira e a torcida reza para que ele NÃO tenha uma pronta recuperação. Já em São Januário, depois de mais uma conquista para consolidar o maior vice do mundo, o Vasco ainda reservou duas surpresas para sua torcida: a contratação do zagueiro Gabriel Paulista (quem???) e a regularização, depois de TRÊS meses, do lateral-esquerdo peruano Yoshimar Yotún (idem primeiro parênteses). Com a pinta de Super Mario Bros que o René Simões tem, não é de se estranhar que ele tenha contratado seu fiel escudeiro, Yoshi, para a equipe. E a piada da semana foi que Franz Beckenbauer gravou um vídeo parabenizando o Botafogo pela conquista da Taça Guanabara. Provavelmente, ele nunca escutou falar do Botafogo, e tampouco sabe o que significa Guanabara, mas fez um favor a seu amiguinho Carlos Alberto Torres.

Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

terça-feira, março 12, 2013

Pinceladas cariocas - Vasco vice é pleonasmo redundante

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por Enrico Castro

Com muito esforço e brio, Vasco é vice de novo!
E o Vasco é campeão! Campeão dos vices! Em seu torneio particular, após muito esforço e brio de seus jogadores, o clube conquistou mais um vice-campeonato, dessa vez o da Taça Guanabara. Assim, reina absoluto no Brasil neste quesito. Parabéns, Vice da Gama! Parabéns também ao Botafogo, que bateu o Vice por 1 x 0 e conseguiu reverter a desvantagem pelo segundo jogo consecutivo, pois seus adversários, tanto da semi quanto da final, jogavam pelo empate. Mas o jogo foi feio. O Vasco entrou apenas para se defender e sair no contra-ataque, tática que havia dado no certo no confronto da semifinal contra o Fluminense. Já o Botafogo, apesar de não apresentar um futebol de encher os olhos, pelo menos mostrou disposição de atacar - e foi premiado com o bonito gol de Lucas, após envolvente troca de passes.

'Em briga de marido e mulher...'
Os vascaínos reclamam que o gol foi roubado pois, no momento do chute de Lucas, Vitinho estava em posição de impedimento. Pouco depois o Vasco marcou o que seria o gol de empate (e do título), mas o árbitro assinalou impedimento de Renato Silva no lance. Foi a gota d'água para o chilique de Bernardo, que bateu pezinho, fez biquinho, arrancou os cabelos, se jogou no chão e fez manha. Mas não foi o suficiente para convencer o bandeirinha, que manteve a marcação e garantiu o título do Botafogo. Entretanto, há que se relevar o comportamento do jovem jogador, pois, minutos antes, ele já havia brigado e “dado um tempo” na calorosa relação com Carlos Alberto, após este, ao invés de chutar, ter optado por driblar três adversários e devolver a bola para o primeiro, deixando-o então em impedimento. Que ninguém meta a colher! 

Com furadeira, o 'brocador' não morre de fome
Sobre o Flamengo, não temos muito a comentar, pois o time continua curtindo suas longas férias e tentando reabilitar seu artilheiro “brocador”, que, após a renovação de contrato, não marcou mais. A diretoria já pensa em reduzir o salário do jogador, para ver se a seca acaba. Mas de fome ele não morre: com uma furadeira em mãos, certamente vai arranjar muito bico por aí. Até porque, caneleiro como é, de bico ele entende...

Jogadores ainda curtem os louros (e morenos)
Dizem por aí que o Fluminense ainda não se deu conta que o ano começou, pois os jogadores continuam curtindo os louros (e morenos também) obtidos no ano passado. Duas notícias de bastidores indicam os rumos do time das Laranjeiras. A primeira é que o time mais parece o Flamengo da era Ronaldinho: só badalação e nada de dedicação. A outra é que Abel está balançando, pois o Abramovich do Flu (leia-se Celso Barros) não está nada satisfeito. Aproveitando-se do momento, dias atrás o agente de Mano Menezes tentou emplacar seu cliente por lá. Além disso, Paulo Autuori está no mercado, e o preferido do Tio Celso, Renato Gaúcho, disse recentemente em entrevista que, após um duro ano sabático na praia de Ipanema, em breve voltará a trabalhar. A torcida tricolor provavelmente terá fortes emoções em breve...

Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

terça-feira, março 05, 2013

Pinceladas cariocas - Os favoritos perderam

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por Enrico Castro

Gum?!? Ogum nos acuda!
Enfim, o Cariocão começou! E já na “primeira rodada” o “Brocador” Hernane e o “Beijador” Fred deram adeus ao 1º turno. As semifinais foram, de fato, jogos muito bons, onde os favoritos perderam. No sábado, Vasco e Fluminense fizeram um duelo eletrizante, sobretudo no 2º tempo. O Vasco saiu na frente do marcador, o Fluminense virou e, em seguida, o Vasco “revirou”. No final, 3 x 2 para o time da colina. O jogo serviu para demonstrar o quão frágil é a defesa Tricolor. Os mesmos jogadores que, no Brasilerão do ano passado, sofreram apenas 33 gols em 38 partidas, este ano já levaram 15 em apenas 12 jogos. Lembro que, após o término do Nacional, quando não foi eleito para a seleção do campeonato, o Gum (não confundir com Ogum) disparou: "Para mim, fui o melhor da posição. Em jogos decisivos me comportei bem e fui importante. Se algumas pessoas votaram em outros jogadores, não posso fazer nada". Bem, agora sabemos por que ele não foi escolhido... Para os torcedores iniciados, bola na área do Flu é um “Ogum nos acuda”. Apesar do discurso contrário da comissão técnica e dos jogadores, o Flu está interessado mesmo é na Libertadores. De qualquer forma, há uma coincidência que carece de investigação: todas as vezes em que o Barcelona perde, o Fluminense também perde, e vice-versa... 
"Altinho" do Vasco
O Vasco de Bernardo jogou acima da (sua) média e não sentou na vantagem do empate. Até porque, se tivesse sentado, o Carlos Alberto teria jogado seus 85 kg sobre seu mais novo “pupilo”. Mesmo tendo sido inferior ao adversário na maioria do tempo, encontrou a mina de ouro Tricolor e garantiu a vitória explorando esta jazida. Levantou bolas na área do Fluminense, o que é praticamente certeza de gol. A torcida certamente experimentou momentos nostálgicos após o gol do homônimo, porém “altinho”, Romário, que marcou em seu 1º lance na partida. Lembrou épocas nas quais o Vasco não era um azarão. A equipe enfrentará o Botafogo na final da Taça Guanabara, com a vantagem do empate. O alvinegro venceu por 2 x 0, na outra semifinal, o Flamengo - que, aliás, parece enfim ter voltado ao normal. O time jogou como um bando. Desorganizado taticamente, seus jogadores não repetiram as atuações dos últimos jogos. O “Brocador”, assim como nas últimas partidas, quase não apareceu, a não ser no lance em que perdeu o gol duas vezes na mesma jogada. Já Rafinha parece ter amarelado e sentido o peso de um jogo decisivo. Outro que nada fez foi o leiloeiro Carlos Eduardo, que recebe salário de estrela mesmo apresentando um futebol medíocre e ainda não tendo feito nada de relevante nos clubes pelos quais passou. E ainda usou a camisa 10 do Flamengo justo no dia do aniversário de 60 anos do maior ídolo do clube... Que Zico! Quer dizer, que Mico! (com M maiúsculo, mesmo!)
Felipe entregou o ouro ao Botafogo
O Botafogo mostrou logo com um minuto de jogo que desta vez não queria saber de "chororô". O limitado lateral esquerdo Julio Cesar fez boa jogada e marcou um bonito gol. A partir daí, marcou bem e passou a sair em contra-ataques perigosos, parando quase sempre nas mãos de Felipe - que entregou o ouro quando, no desespero, foi para a área alvinegra tentar um gol de cabeça nos acréscimos. Acabou sendo surpreendido pela rápida e precisa reposição de bola do goleiro Jéfferson, que armou o contra-ataque que originou o gol do ensaboado Vitinho, promessa botafoguense que entrou aos 29' do segundo para bagunçar ainda mais a já desorganizada defesa do Fla. O garoto não se intimidou e, antes de marcar, já havia perdido dois gols e deixado Léo Moura & Cia na saudade inúmeras vezes. Bom jogador, seria um excelente reserva para o Wellington Nem... 
A final da Taça Guanabara será no próximo domingo. E o Vasco promete não perder a oportunidade de garantir mais um vice campeonato, mesmo se o Botafogo fizer força para repetir o "chororô". Antes, na quarta-feira, tem Libertadores. Mas só para quem fez o dever de casa no ano passado!
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Pinceladas cariocas - Um cardíaco a cada rodada...

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por Enrico Castro

Jogos do Flu têm matado cardíacos
Em mais um confronto pela Libertadores, o Fluminense venceu ontem o Huachipato, de virada, por 2 x 1, no Chile - e marcando o gol da vitória somente aos 31 do segundo tempo. Não precisava ter sido assim. O Flu dominou o fraco adversário, perdeu gols (um deles incrível, com Wellington Nem chutando na trave a três metros da meta vazia) e recuou no final, após a entrada do zagueiro Anderson no lugar de Thiago Neves. Os gols de W. Nem e Wágner, que marcou apenas 24 segundos após substituir o inoperante Deco, trouxeram alívio ao técnico e à torcida. A cada rodada, o time parece querer matar mais tricolores cardíacos... Porque Abel, mais uma vez, deu mostras que pretende utilizar a fórmula de sucesso de 2012: tornar difíceis jogos fáceis - mas vencendo. De qualquer forma, ele (ainda) tem crédito. O time volta agora suas atenções para o clássico de sábado contra o Vasco, pelas semifinais da Taça Guanabara. Há grandes chances do Flu entrar com o - cansado, porém reanimado - time titular completo, uma vez que o adversário tem a vantagem do empate. 
Aquele olhar 43: "85 kg em cima dele"
Mas, falando em Vasco, registro aqui mais um episódio do tal "jornalismo fófis".  Na versão carioca do diário Lance!, o "craque" Carlos Alberto fez elogios de caráter íntimo ao colega Bernardo, para suprema alegria dos adversários: "Eu tenho um grande carinho por ele. Eu falo para ele não sair do chão. Sempre que ele quer sair do chão, eu falo que vou colocar meus 85 kg em cima dele (risos). Eu estou feliz pelo resultado, pelo crescimento dele." Não vou nem comentar. 
O patrocinador milionário do Botafogo
Já os demais times Rio, que não jogaram no meio da semana, pois não estão no nível da Libertadores, também seguem se preparando para as semifinais do 1º turno do Cariocão. O Flamengo, que renovou o contrato de suas duas bijuterias Rafinha e Rodolfo (jóia, só o Neymar!), promete reeditar o chororô alvinegro de 2008 no próximo domingo. Para isso, conta com o artilheiro “brocador” Hernane, aspirante à Souza (aquele mesmo do chororô). Mas o Botafogo se adiantou e já começou a chorar antes da partida. A diretoria e seu principal patrocinador, o Guaraná Mendigão, reclamam que a TV Globo não transmitiu nenhuma partida do time na fase de classificação da Taça Guanabara. Dizem que isso é um "absurdo", uma "injustiça". Também prefiro não comentar.
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

domingo, outubro 14, 2012

O "peixe grande" Miralles marca dois e Santos supera o Vasco

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"O maior peixe do rio fica desse tamanho porque nunca é pego", diz uma mulher misteriosa a Edward Bloom, personagem de Ewan McGregor, quando ele se aventura a sair de sua cidade natal na fábula de Tim Burton Peixe Grande e suas histórias maravilhosas. A mensagem era de que, às vezes, você pode ser um peixe grande em um rio menor, mas ser grande em um maior, ou no oceano, exige muito mais destreza e perícia, além de outros tantos atributos como personalidade.

O generoso Miralles homenageia Felipe Anderson (Santos FC)
Ezequiel Miralles é argentino, mas só teve poucas chances em uma equipe grande de seu país, o Racing. Em passagem nada memorável, foi para o Everton, do Chile, e foi parar no Colo Colo, onde finalmente apareceu como um jogador capaz de decidir. Ídolo de um grande sul-americano, chamou a atenção de outros clubes e foi parar em outro grande do continente, o Grêmio. Durante um ano, não conseguiu fazer seu futebol fluir. Pediu para nadar em outras plagas, e foi atendido.

Chegou à Vila Belmiro, lugar por vezes milagrosos, onde se multiplicam meninos... e peixes. Finalmente conseguiu aquilo que os jogadores tantos pedem (embora alguns nem sempre mereçam), uma sequência de partidas. Contra o Vasco, hoje, o argentino fez sua terceira partida seguida como titular, feito obtido graças à ausência de Neymar. Contra o Botafogo, marcou um gol e, contra outro carioca na tarde deste domingo, fez dois.

Miralles fez um pouco antes dos dez da primeira etapa, após assistência de Rosimar Amancio, também conhecido como Bill, o que muitos de forma maldosa julgaram ser um milagre relacionado ao feriado religioso de sexta-feira. A etapa inicial do Santos foi muito boa e o Peixe poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior. Com dois laterais de ofício novamente no lugar de meias improvisados, houve triangulações dos dois lados do campo, com velocidade na saída de bola e objetividade ofensiva.

Logo no início da etapa final, vem o segundo gol. Felipe Anderson dá a assistência, Bill puxa a marcação e a bola chega limpa para Miralles, de primeira, finalizar como só um atacante com confiança faz. O dois a zero, na prática, determinou o fim do jogo, já que o Santos passa a segurar os laterais e o Vasco, mesmo com mudanças feitas por Marcelo Oliveira para levar o time adiante, tem a posse de bola, mas não chega lá. Os passes errados, em especial na hora da definição, predominam e a falta de assertividade do Vasco e a falta de capricho do Peixe na hora de chegar lá confirmaram a vitória dos donos da casa.

Com 41 pontos, o Santos está a onze da zona da Libertadores e catorze à frente da zona do rebaixamento, ou seja, deve permanecer na intermediária da tabela. Mas o fato de a equipe finalmente conseguir um relativo padrão de jogo, se livrando um pouco da dependência de Neymar, que disputou somente dez das 30 partidas do Peixe no Brasileirão (cadê a CBF para pagar parte do salário?), é animador. E o peixe argentino Miralles cresce, junto com “peixinhos” como Felipe Anderson. Mas o cardume precisa engrossar para 2013... 

sexta-feira, agosto 17, 2012

Vascaína flamenguista

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No escritório, o vascaíno nem quis se conter:

– Caraca! A Gabi!

Sem esconder, o navegador aberto no Facebook apresentava uma galeria de fotos de uma moça bem formada, em mínimos trajes cruz-maltinos. Curvas à mostra nas areias de Itacoatiara, em Niteroi.

As reprimendas não tardaram. Em pleno ambiente de trabalho, olhar aquele tipo de conteúdo não pegava bem. Quer dizer: facilitava as piadas. A troça veio junto.

Gabi era conhecida dos tempos de colégio. Cinco anos mais nova, era a bonitona daquela geração. Ainda no ensino fundamental, se misturava com os meninos mais velhos, do ensino médio. Era mal quista pela concorrência e alvo de suspiros da molecada. Nunca se soube de interesse pelo futebol. Anos mais tarde, o Facebook reaproximou a turma. O reencontro não ultrapassou o convite para ser amigo, o "aceitar" de quem não se encontra pessoalmente há muito tempo, e uma ou outra atualização de foto do cachorro, de um retrato posado de família ou coisa assim.

As imagens na praia, de biquíni, em diferentes ângulos, eram parte de um concurso de gata do Brasileirão de algum site esportivo que tenta juntar os carros-chefe de audiência em portais (futebol e moças em trajes menores). Para ser mais preciso, o book improvisado era apoio à plataforma de candidatura da moça: material "extra" para engajar admiradores e torcedores pelas mídias sociais.

Os céticos da firma ampliavam o tom das piadas a cada nova foto aberta.

– Colega de escola nada, o cara conhece a moça é de outros fóruns  –  acusou o corintiano.

– Nada! Daqui a pouco ele muda a versão, diz que é uma prima  – agravou o flamenguista.

O vascaíno, sem se abalar com a jocosidade dos colegas, ainda demonstrava a surpresa de quem revia a Gabi em uma versão bem menos recatada do que aquela que habitava a memória do tempo de adolescente. Ele só conseguiu conter a turma quando revelou:

– O ruim é que fica muito claro que ela não tem a menor intimidade com futebol, sabe?

Ninguém sabia.

– No perfil do site, tem lá a pergunta: "Maior ídolo vascaíno"  –  contextualizou o vascaíno. – A menina vai e responde: "Romário". Romário? Romário?  – inconformava-se. O baixinho, aliás, conseguiu na Justiça o direito de penhora de 5% dos direitos econômicos de quatro atletas vascaínos, por conta de direitos de imagem e salários não pagos à época em que era jogador do clube.

A alegação era simples. Roberto Dinamite é presidente do clube. Juninho Pernambucano ainda joga, Dedé é promissor. Até Edmundo poderia ter mais apelo em seus cálculos de torcedor. Outros ídolos até Ademir Ademir de Menezes, o Queixada, afloraram em uma escalada de indignação até a conclusão:

– Como Romário é ídolo maior? Tu é flamenguista, menina?!

A consternação era a de quem dá uma bronca em quem reencontrava, ainda que via Facebook.

Mais do que o tom indignado, o que convenceu parte da turma foi o fato de o cabra ter lido as respostas da moça. Dos onanistas que tinham visitado a tal enquete para eleger a gostosona do campeonato, nenhum tinha sequer reparado que havia algo além de fotos para se olhar.

O gremista na baia ao lado até comentou que o vascaíno tinha ido ler para saber se a candidata tinha, sei lá, revelado o nome do primeiro namorado ou alguma informação que o abonasse. E as piadas acabaram.

domingo, junho 17, 2012

Sem notícia boa, um empate e um desfalque para o Palmeiras

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Se, há três meses, alguém me dissesse que eu lamentaria a ausência de Luan em um jogo, receberia como resposta alguma manifestação de ceticismo sarcástico. No entanto, a contusão sofrida no empate deste domingo, 17, diante do Vasco, faz com o que o falso ponta, falso meia, falso volante desfalque o Palmeiras na segunda partida da semifinal Copa do Brasil, contra o Grêmio. É notícia ruim para o Alviverde.

Só não é pior do que os ignóbeis dois pontos acumulados em cinco partidas do Brasileirão, incluindo três com mando de jogo. Mesmo sendo diante do time que lidera a competição de modo invicto, a retranca segue como único recurso. E ficam poucas esperanças de uma campanha com prumo mais animador.

Henrique voltou a atuar como volante, Mazinho fez gol novamente depois de ser levado a campo. E, de novo, nada de somar três pontos no Brasileiro. Vai ver andam faltando uns gols de Marcos Assunção...

Depois de o Palmeiras sair na frente na Arena Barueri aos 10 do segundo tempo, cedeu o empate aos 37, em cobrança de falta de Juninho. O toque de mão de Henrique que originou a falta foi questionável, já que não há sinal de intenção no gestual do zagueiro-volante. Mas como faltou futebol para vencer, isso é só um detalhe do jogo.

A zona do rebaixamento incomoda e preocupa. Espero que não dure a ponto de tirar o sono. Até porque estar na semifinal da Copa do Brasil garante nada.

quinta-feira, maio 24, 2012

Quando alguns segundos valem mais que o jogo inteiro

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A expressão “jogo de xadrez” costuma ser muita usada para definir uma partida disputada, pegada, na qual fica difícil fazer algum prognóstico com a bola rolando. Mas poucas partidas de xadrez de alto nível são decididas em um lapso, em um lance impetuoso ou com voluntarismo e pitadas de sorte. Ontem, nas duas partidas da Libertadores, com cenários totalmente distintos, foram necessários poucos segundos para que fossem definidos os dois primeiros semifinalistas do torneio.



Na que abriu a noite, entre Fluminense e Boca Juniors, os argentinos foram subjugados na maior parte dos 90 minutos da peleja. A marcação do Fluminense, em especial de Edinho, sobre Riquelme, fez com que o craque portenho sumisse durante quase todo o jogo. Quase. Uma folguinha dada ao craque adversário, daquelas que acontecem no fim do jogo, como a que permitiu que Maradona fizesse seu único lance contra a seleção brasileira, na Copa de 1990, foi suficiente. Riquelme respirou e pôde tocar para Rivero, que finalizou, resultando no gol de Santiago Silva, o grosso artilheiro que faz as vezes que Palermo já fez um dia.

O Boca precisou jogar um pouco mais que o Fluminense por alguns minutos, na parte derradeira da partida, para eliminar os cariocas. Se jogando mal eles ganham, imagine jogando bem?, refletem os argentinos. E os brasileiros deitam no divã.

Na peleja seguinte, Diego Souza, que leva consigo a fama de desaparecer em decisões, apareceu. Sozinho como nunca havia acontecido com o Corinthians de Tite, do meio de campo até a área. Mas tremeu diante de Cássio, arqueiro que parecia pedir pra tomar gol, performance coroada com o passeio para a caça de borboletas no último lance vascaíno da partida. Goleiro tem que ter sorte também, diria o filósofo. E não se perdoa quem perde um gol desses. A bola pune, como diria outro pensador.



Puniu justamente naquele tipo de lance de fim de jogo, quando os marcadores já não aguentam mais marcar. Porque foram quase 180 minutos em que a marcação foi a tônica, de lado a lado. O cerco vacilou, Paulinho fez. Diego Souza, não. E essa foi quase toda a diferença.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Acabou Nosso Carnaval

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Por Luciana Nepomuceno

Crédito: André Ricardo/Uol
Tem duas coisas que torcedores (ou eu, torcedora, e digo que é todo mundo pra não me sentir tão só) adoram e detestam: chamar o treinador de burro e comentar o péssimo desempenho individual de algum jogador. Adoramos porque é uma descarga emocional, uma catarse. Detestamos porque isso geralmente acontece quando o time perde. É bem o meu caso hoje. Eu tinha planejado um post diferente, convidei um amigo vascaíno e ele comentaria as coisas positivas do meu time e eu tentaria louvar o que visse de positivo no Vasco. Mas ele sumiu na comemoração e me deixou aqui ruminando o gol perdido do Deivid e a previsível teimosia do Joel.

Quando vi a escalação, já antecipei o doer: coisa boa não podia vir de um meio de campo com Williams, Renato e Airton. E a insistência no Deivid, tendo o veloz e bem disposto Negueba ali, rasinho, no banco? Sofrimento. O jogo começou e, confirmando uma antiga ideia minha (a maior parte dos melhores lances são sem bola), Ronaldinho faz um lindo movimento de corpo, leva a marcação e o Love faz um gol daqueles que a gente esquece que está preocupado e grita até acordar os vizinhos. Pausa pra um gole de cerveja. Segue a partida e aí tudo é justinho como se espera: além da escalação retranqueira, o Joel dispôs o time todo do meio de campo pra trás. O Vasco deitou e rolou e o Flamengo ficou ali, acuado, dependendo da correria do Vagner Love, de um passe genial do Ronaldinho ou de uma jogada do sobrecarregado Leonardo Moura. Daí o Flamengo levou o gol que o posicionamento estava pedindo, perdeu a bola na boa marcação vascaína, Juninho deu um chute preciso, Felipe bateu roupa e ploft, empatado o jogo. Respira, respira. No segundo tempo, o Vasco fez mais um gol em outro rebote do Felipe.

E, claro, eles ainda tinham o Dedé. O cara da partida quase perfeita. Zagueiro. Nenhuma falta. Dezesseis desarmes diretos. Outras tantas interceptações. Fungando no cangote do Love. Do Ronaldinho. Sombra constante em qualquer um que se atrevesse a chegar perto da linha da grande área.

E nós? Tínhamos o rodrigueano Deivid. Se a cena do gol perdido não sai da minha cabeça, nem sei quantas noites irá assombrá-lo, senão pela (pouca) importância do jogo, pelo que foi em si mesma. Um atacante. O cara que vive de fazer gol. Gol de cabeça, de calcanhar, de voleio, pegando rebote, invadindo a área, chutando firme, gol, gol, gol. Esse cara, de frente para as traves convidativas, livre, sem marcação, sem goleiro, os ouvidos antecipam a celebração da multidão, corre aquele frêmito de se saber herói e, aí, o erro. Não um pequeno equívoco. Não um desacerto qualquer. Um Erro, maiúsculo e inesquecível. Acertar a trave é um luxo que nenhum jogador podia se permitir naquela situação. Nossa torcida muda. Calada pelo grotesco da situação. E a torcida adversária, toda, cantando o nome dele. Nenhuma redenção possível. Anti-herói. Tragédia minha. Nossa.

Perdemos. Acontece. Dá aquele travo na boca e uma coceira danada nos olhos. Mas passa, é do jogo. O que não passa é a angústia de ouvir o treinador dizer que não foi uma má partida, que o time jogou de forma “equilibrada e consciente” (palavras dele na coletiva após o jogo). O que não passa é a angústia de saber que é uma opção, não só a escolha de jogadores de técnica duvidosa (fecha os olhos e pensa no gol que o Deivid perdeu. Ou em um domínio de bola qualquer do Renato. Ou em um lançamento do Williams. I rest my case), mas também a definição da postura acuada em campo.

O que não passa é a certeza de pequenas vitórias e significativas derrotas nos jogos subsequentes e a sensação de que serão muitas as horas falando mal de um ou outro jogador e xingando o técnico de burro. E porque se insiste em torcer? Porque torcer é um amor. Um prazer que nos mata suavemente.


Ah, meu Flamengo, strumming my pain with his fingers

Luciana Nepomuceno, flamenguista, é dessas. Dessas que reescrevem tudo, que gostam de ficar na rua vendo a lua virar sol, que riem alto, que borram o batom e que se exaltam. Tem o hábito de ser feliz. Se espalha em alguns blogs, quase sempre no Borboletas nos Olhos

segunda-feira, outubro 03, 2011

Corinthians na briga pelo Brasileirão sem favoritos

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Desfalcado, combalido, “na UTI”, como definiu um jornal após a derrota para o Santos, o Corinthians foi a São Januário com medo de levar uma ensacada do Vasco, líder, embalado, com o “melhor jogador do campeonato da última semana”. Mas não foi nem de longe o que se viu no empate por 2 a 2 desse domingo. Foi um jogo equilibrado, mas em que os visitantes tiveram as melhores chances de marcar.

Surpreendente foi a atuação de Tite. Com dois desfalques fundamentais na frente, Emerson e Liedson, esperava que o treineiro mandasse Danilo para uma das pontas, Jorge Henrique na outra (a com o lateral mais perigoso do adversário) e William para a área brigar com os zagueiros. Pois quão surpreso fiquei eu ao ver um time, bem estranho: William e JH foram ans suas, mezzo meias mezzo atacantes, acompanhando os laterais. Alex e Danilo, na faixa central, tinham mais liberdade para atacar e eram o que de mais próximo o time tinha de atacantes de fato. Uma retranca, sem dúvida, mas que mostrou uma criatividade que eu não esperava de Tite. E que, em boa parte do tempo, funcionou.

No começo, o Vasco chegou com mais perigo, mas nada de grandioso. Até Dedé dar seu nome ao trocentésimo gol sofrido pela defesa alvinegra em jogada de escanteio (era o Chicão, o Wallace ou a organização para esse tipo de jogada que está errada?). Pouco depois, a alegria cruzmaltina diminuiu com um excelente contra-ataque que começou com improvável passe de 30 metros de Ralph para Danilo, que cruzou entre Fernando Prass e a zagueirada para Alex conferir. Tenho certeza que Tite sorriu ao ver sua ideia concretizada de forma tão clara.



O Timão passou a jogar melhor e poderia ter ampliado com Paulinho, que errou uma cabeçada na cara do gol. Mas foi o Vasco que marcou numa cagada do lado esquerdo da defesa paulista, onde Eder Luiz e Fágner, o autor do gol, fizeram estragos. Virou 2 a 1, mas Juninho Pernambucano, o mais lúcido vascaíno, sentiu contusão e saiu, o que era bom presságio.

O segundo tempo foi mais animado, com chances dos dois lados – mas as melhores para o Corinthians. William acertou o pé e mandou um cruzamento na cabeça de Danilo, que empatou. O camisa 7 ainda criaria outras oportunidades e perderia um gol na cara de Prass.

Tudo somado, os dois lados podem reclamar que mereciam a vitória. Mas, como já disse William Munny, “isso não tem nada a ver com merecer”. E, se alguém quiser considerar os dois confrontos diretos, o Timão fez 4 pontos contra 1 do Vasco. O que não quer dizer grandes coisas: pontos corridos não são resolvidos só nos jogos centrais. O que se deve comemorar é o fato de o time ter jogado bem mesmo desfalcado. Se continuar encontrando opções desse jeito e mantiver a pegada de decisão nos 11 jogos que faltam, o Corinthians pode aproveitar a tabela aparentemente favorável – cheia de candidatos ao rebaixamento e times em crise, pessoal em tese mais fraco, mas que joga com dez vezes mais vontade. Fato é que seguimos na briga até a última rodada. E outro é que dificilmente o certame se resolva antes dela.

sexta-feira, agosto 26, 2011

A zaga deveria ter medo do Jumar: Palmeiras vence o Vasco mas não se classifica

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Existem ironias que são divertidas. E outras que são trágicas. No dia em que o time estreiou um terceiro uniforme que aposenta o verde-limão-siciliano e resgata as listas brancas dos anos 1990 da era Parmalat, o Palmeiras venceu. Isso não acontecia havia seis jogos. Fez três gols, feito obtido pela última vez em 30 de julho, contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro. E tudo isso na véspera de completar 97 anos

Mas não se classificou. É uma ironia. Mas a coisa piora.

Jumar foi um volante que esteve no time durante a última e nada saudosa passagem de Vanderlei Luxemburgo pelo time. Não era o pior dos jogadores para a posição, mas tampouco deixou boas lembranças. Foi daqueles jogadores que pareciam da "cota" do treinador, que também tem (ou tinha) suas saidinhas como empresário ou agente de jogadores.

Foi Jumar quem marcou o gol de honra do Vasco repleto de reservas. E foi um golaço de fora da área. É uma ironia mais amarga ainda.

Se Jumar fosse bom, se fosse craque, não estaria no banco de suplentes de Ricardo Gomes. Se fosse tão ruim quanto acredita o torcedor alviverde médio (aquele que tem medo do Jumar), possivelmente nem teria passado pelo clube paulista nem estaria no elenco cruzmaltino. Mas não era para ele fazer esse gol. Ele não

A exemplo do que ocorreu na primeira partida, quando o Vasco venceu por 2 a 0, a equipe de origem na colônia lusitana entrou sem titulares. Diferentemente daquela ocasião, encontrou um Palmeiras mais esperto e capaz de atacar.

Luan abriu o placar no primeiro tempo. Kléber rompeu o jejum de gols que durava dez partidas aos 8 do segundo tempo. Foi quatro minutos depois que Jumar diminuiu e começou a sepultar o ímpeto da equipe de Luiz Felipe Scolari. O terceiro foi no último minuto, por Marcos Assunção.



O Palmeiras está fora da Copa Sul-Americana. Para quem achou que essa seria a forma "mais fácil" de alcançar a Libertadores, melhor se preparar para ter trabalho.

Domingo tem confronto contra o líder do Brasileiro, no clássico contra o Corinthians.

domingo, agosto 14, 2011

Competição diferente, nova derrota do Palmeiras para o Vasco

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Na segunda partida em menos de três dias, o Vasco venceu o Palmeiras novamente, desta vez por 1 a 0. Desta vez com os titulares, a equipe cruz-maltina sofreu bem mais neste domingo, 14, do que na quinta-feira, 11, mas acabou vencendo do mesmo jeito.

A defesa fez melhor do que na quinta, quando não parou os reservas de Ricardo Gomes. E, desta vez, sobraram oportunidades de gol criadas pelo time de Luiz Felipe Scolari; falhas de monte na hora de chutar a gol. Kléber e Dinei perderam gols que não poderiam. Maikon Leite, quando substituiu Luan, fez o ataque verde melhorar, mas não a ponto de furar a meta do goleiro Ferando Prass.

O gol vascaíno saiu a 35 minutos do segundo tempo. Se o Palmeiras jogou melhor do que no meio de semana, mas não dá para dizer que o time da casa não tenha ido bem. Criou boas chances também e ganhou em cobrança de falta de Bernardo, num dia em que Juninho Pernambucano não rendeu tanto.

O Palmeiras cai para a sexta colocação, atrás do Botafogo, a três rodadas do fim do primeiro turno. Continua a ser mais do que este torcedor esperava no começo da competição, mas o time pode render mais e ficar mais bonito na foto.

sexta-feira, agosto 12, 2011

Revés na Sul-Americana: misto do Vasco vence o Palmeiras

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O Palmeiras perdeu do time misto do Vasco por 2 a 0 em São Januário na noite de quinta-feira, 11. O time de Luiz Felipe Scolari vive situação difícil na Sul-Americana, já que precisa vencer por três gols de diferença na partida de volta.

Quando Marcos, o Goleiro, disse que era hora de o Palmeiras priorizar o campeonato brasileiro em vez de sonhar com uma vaga na Libertadores via torneio continental não estava imaginando que a escolha poderia se dar por falta de opção. Ainda há a partida de volta, claro.

Diego Souza, ex-Verdão, marcou o primeiro. Elton, o segundo. Ambos foram em cruzamentos na área. O Vasco jogou melhor, e o Palmeiras só esteve em campo na etapa final – no primeiro tempo, não mostrou a que veio.

O que era um teste feito pelo técnico Ricardo Gomes com os suplentes do Vasco virou uma derrota um tanto quanto vergonhosa para o Palmeiras. Domingo tem repeteco, também em São Januário, desta vez sem os reservas.

O Palmeiras continua apresentando oscilações, incluindo dias e noites em que pouca coisa dá certo. Maikon Leite e Kléber foram uma dupla de ataque até interessante, até são capazes de tabelar e de criar jogadas, mas também têm suas instabilidades – e alguma falta de pontaria.

A cada partida do time que assisto me surpreendo um pouco com a colocação do time no Brasileirão. E sinto uma falta danada de um pouco mais de qualidade (e um pouco menos de bolas divididas e espirradas).


quinta-feira, agosto 04, 2011

Vasco 2 X 0 Santos - uma sequência infeliz

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O Santos foi a São Januário e encontrou sua terceira derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro. O 2 a 0 evidenciou falhas peixeiras que já ocorreram nas duas pelejas passadas: um meio de campo que não marca e uma defesa que, quando confrontada, não hesita em errar.

Tendo essas três partidas na conta, o Santos sofreu dez gols, quatro decorrentes de jogadas de bola parada (tudo bem, pode tirar dessa conta o do Ronaldinho Gaúcho) e cinco gols de cabeça. Os avanços dos adversários pelas laterais, principalmente pelo lado esquerdo da defesa, também foram uma constante. Outro ponto em comum foram jogadores rivais que costumam decidir ficarem praticamente livres de marcação, encarando defensores no mano a mano. Foi o caso de Ronaldinho Gaúcho, no jogo contra o Flamengo, e de Diego Souza, no primeiro tempo da partida contra o Vasco. Claro que a qualidade do atleta conta, mas tentar dificultar a vida dele não é pecado...

Não ter Danilo pela direita, com Pará no seu lugar, e não poder contar com o limpa-trilho Adriano, que se tornou um jogador de qualidade nas mãos de Muricy, faz diferença. Mas só isso não justifica o desempenho pífio da defesa. Ontem, Durval falhou ao tentar tirar a bola na área, o que propiciou a bela finalização de Diego Souza. E Rafael, que fez a diferença em algumas partidas da Libertadores, falhou mais uma vez ao não dividir a bola com o zagueiro Dedé, autor do segundo gol do Vasco.

Muricy, nessas três pelejas, fez somente duas substituições. A postura do comandante demonstra, no mínimo, uma relativa insatisfação com o elenco. Não sei se isso ocorre porque ele não tem à disposição algumas peças que estão temporariamente fora (Felipe Anderson, como Danilo, está na seleção sub-20) ou se ele pretendia reforços que não chegaram. Mas o que sei é que, nesse contexto, vai ser muito difícil alguém convencer o treinador a abrir mão de uma das 23 vagas para o Mundial para que Pelé seja inscrito, como se cogita. Mas não tenho dúvida que o Rei, 70 anos, teria um desempenho melhor ontem do que o do Dez Ganso, que fez sua atuação mais pífia desde o seu retorno pós-contusão.


Ressaca da Libertadores?

O Peixe tem três jogos a menos que a maioria das equipes do Brasileirão, o que não é motivo para relaxar, até porque as partidas que faltam não serão nada tranquilas. O aproveitamento até agora também não inspira confiança ao torcedor, são 33,3% de aproveitamento, similar ao Atlético-GO, 16º colocado, próximo a Grêmio, 35,9%, e Atlético-MG, 35,7%.

Mas outros campeões da Libertadores tiveram problemas ao encarar o campeonato nacional depois de uma conquista. O São Paulo, em 2005, só saiu da zona do rebaixamento na 20ª rodada, quando conseguiu finalmente uma vitória (sobre o Fortaleza) depois de cinco derrotas e três empates pós-título. Àquela altura, o Tricolor do Morumbi chegava a 20 pontos, um aproveitamento de 35%. O time terminou o Brasileirão daquele ano em 11º lugar.

Ou seja, não há motivo para desespero. Mas é triste ver o Santos quase abrir mão do Brasileirão tão cedo. Espero estar enganado.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Justa derrota e prejuízo duplo

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Por Moriti Neto

Até os 20 da primeira etapa, esperança. No Morumbi, o São Paulo cria boas jogadas e envolve o Vasco da Gama. Rivaldo, Lucas e Dagoberto tocam a bola rapidamente e acham espaços na defesa carioca. O bom goleiro Fernando Prass faz ao menos três defesas importantes. Estreante, o lateral-direito paraguaio Piris está bem na partida. Com o ritmo, a sensação é de que o Tricolor logo abrirá o placar. Ilusão.

Da mesma forma que deu pinta de avassalador, o São Paulo vai parando. Curioso é que o adversário não precisa de muito esforço para ganhar campo. Nenhuma mexida tática agressiva no Vasco. Não há avanço da marcação ou algo que o valha. Sim, é natural que o dono da casa diminua a velocidade, mas a mudança é extrema.

É tudo que o time de Ricardo Gomes quer. Com jogadores ao estilo de Juninho Pernambucano e Diego Souza no meio, o onze carioca aprecia a cadência. Vem o equilíbrio na posse de bola. Não há mais chances claras de lado a lado. No entanto, uma tendência aponta. O Vasco trabalha mais e melhor a redonda, ainda que sem agudeza. Algo de destaque para Rivaldo, que rouba uma bola no campo de defesa são-paulino e faz lançamento em profundidade para Dagoberto. O atacante domina pela direita do ataque, entra na área, mas se enrola com o zagueiro Anderson Martins. Dagoberto cai, pede penâlti. Acertadamente, o árbitro nada marca. Final dos 45 iniciais.

Segundo tempo. A tendência vai se confirmando. O Vasco tem Felipe em campo para melhorar o passe. Lento, o São Paulo pouco cria. E pouco marca. Lucas perde bola na frente. Contra-ataque. Diego Souza tem todo o espaço do mundo para olhar o jogo, pensar e lançar rasteiro para Eder Luis. O vascaíno recebe nas costas do jovem Henrique Miranda e chuta cruzado para fazer 1 x 0.

Uma amostra de que a coisa não está bem: o Tricolor cambaleia e a torcida pede... Marlos. De fato, não há muitas opções. Ainda assim, Adílson Batista se atrapalha. Atende ao pedido, mas mexe errado. Saca Piris. O paraguaio mostra queda de produção, aliás, como o time todo, mas é da posição e, considerada a conjuntura do jogo, faz estreia razoável. Ocorre o inevitável. Jean vai para a lateral. Carlinhos Paraíba recua. O que estava ruim, piora. O Vasco tem cada vez mais o controle das ações. Nos últimos minutos da peleja, Jumar rola para Felipe, que bate no alto, sem chance para Rogério. 2 x 0. Justo.



Das motivações

Depois de vencer Cruzeiro e Internacional, parecia que o São Paulo iria decolar. Nos últimos três jogos, fez dois no Morumbi. Em casa, de seis possíveis, somente um ponto. Joga melhor fora? Pode ser. Tem homens rápidos para contra golpear. Porém existe uma coisa comum como mandante e visitante. Seja no empate com o Atlético Goianiense, na vitória sobre o Coritiba ou na derrota de ontem, o time despenca na etapa final. Talvez fosse hora de rever a preparação física.

O técnico

Desde o início, não gostei da contratação de Adílson Batista. Se Carpeggiani inventava demais, a impressão é de que o atual treinador vem na mesma batida. Em todos os jogos que fez, escalou e mexeu mal. Nas duas partidas em casa, independentemente do nível do adversário, optou por três volantes. Lucas tem jogado no ataque, perto demais da área, sem tanto espaço para enxergar o campo. O garoto rende mais vindo do meio, de onde pode arrancar com a bola. Certo que a equipe não tem centroavante de ofício (volta logo, Luis Fabiano!), mas sacrificar o maior talento não é inteligente.

Duplo prejuízo

Se vencesse domingo, o São Paulo se igualaria ao líder Corinthians em número de pontos. Difícil outra oportunidade assim. Ainda deixou o Flamengo passar, perdendo a vice-liderança. Palmeiras e Vasco encostaram. Ruim.

quinta-feira, julho 07, 2011

Vitória de um Timão sólido

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Após a vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, no Pacaembu, o Corinthians ostenta o melhor aproveitamento de início do Campeonato Brasileiro desde a adoção dos pontos corridos. São 19 pontos conquistados em 21 disputados, três pontos à frente do segundo colocado com um jogo a menos. Impressionante.

E isso apresentando cada vez mais momentos de um futebol, senão vistoso, interessante e eficiente. Talvez mais confiante no elenco, Tite tem adiantado as linhas de marcação de seu 4-2-3-1, o que aumentou as chances criadas. Foi o que aconteceu ontem: perdendo por 1 a 0, após o gol de falta de Juninho Pernambucano (até previsível para quem entende um pouco de zica e Corinthians...), o time pressionou, teve 11 finalizações no primeiro tempo, alcançando a virada com gols de seus volantes, e não deixou o Vasco jogar. Na segunda etapa, no entanto, naõ sumiu o velho cacoete de recuar quando em vantagem.

Sobre os volantes, os dois vêm subindo de produção. Especialmente Ralph, que uniu os chutes de fora da área ao seu fôlego inacabável e capacidade de marcação.

Outro beneficiado pelo ajuste do time foi Danilo, que vem jogando muito bem na articulação central. Mas mais à frente, próximo de Liedson, diminuindo o isolamento de que o centroavante tantas vezes foi vítima e o desgaste do meia, que não tem uma grande condição física.

Alex e Emerson seguem na reserva, mas vêm entrando em todos os jogos, talvez para ganhar ritmo. Com os dois e a contratação do lateral-esquerdo Ramon para disputar posição com Fábio Santos, dá pra dizer que o Corinthians tem um elenco. Não disse um grande elenco, perceba, mas que tem um, isso tem. Vamos ver até onde vai a boa fase.