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Em tempos de Romário, é legal lembrar de Edmundo. Animal ou não, esse jogador admirável vai levando um Palmeiras antes desacreditado a chegar mais longe do que a própria torcida esperava.
Edmundo vai completar 200 jogos pelo Palmeiras na próxima partida em que atuar. E fez 91 gols com a camisa alviverde. É um tipo de jogador em extinção. Aquele que se identifica com o clube, que gosta do clube, que fala do clube com autoridade. Numa época em que “o ter é mais importante do que o ser”*, é um jogador invejável e uma figura humana muito rica.
É interessante isso, de um craque se identificar tanto com um time a ponto de ressuscitar para o futebol motivado por essa identificação.
A torcida do Palmeiras e o próprio clube têm obrigação de homenagear o jogador quando ele fizer o 100° gol com a camisa alviverde.
Se o Verdão vai chegar às semifinais (e, mais difícil, às finais) do Paulista ou não, “o Palmeiras vai até onde Edmundo conseguir levá-lo”, como disse o Paulo Vinícius Coelho.
* A frase acima citada (o ter é mais importante do que o ser) eu fiz questão de destacar do texto porque é uma frase quase satreana, eu diria, e dita por um jogador de futebol, o próprio Edmundo, na excelente entrevista concedida ao Bola da Vez da ESPN Brasil que foi ao ar esses dias (foto). Quem quiser assistir ainda vai reprisar (veja na programação no site www.espn.com.br).
Na entrevista, ele disse que se arrependeu de ter saído do Palmeiras em 1994, e que muitos problemas surgiram depois da saída. Afirmou que o Palmeiras está mais tranqüilo com a atual diretoria (citou o vice-presidente Gilberto Cipullo como alguém que está tentando ajudar a colocar o clube nos trilhos).
Em tempo, Edmundo começou sua primeira passagem pelo Palmeiras justamente contra o Marília, em 27 de janeiro de 1993. O mesmo Mac que o Palmeiras não teria vencido no último sábado se não fosse as duas assistências espetaculares e o próprio gol que ele fez nos 3 a 2.