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Morreu ontem o ex-jogador do Galo Angelo, aos 54 anos, de infarto fulminante.
Mais lembrado por ter sido vítima da violência de Neca e Chicão, jogadores do São Paulo que quebraram seu joelho na decisão do campeonato de 1977 e nem receberam cartão do grande (?) Arnaldo César Coelho, que hoje diz que a regra é clara, mas poderia explicar por que não expulsou alguém que pisou no joelho de outro jogador caído e se contorcendo de dor.
Mas vamos ao que interessa, o Ângelo. Minha primeira memória dele é de 1976, num campeonato mineiro. O Galo estava mal e jogaria contra o Cruzeiro, favoritíssimo. O técnico Barbatana tirou um atacante, à epoca jogava-se com 4, e escalou Ângelo com falso ponta-esquerda. O Galo ganhou de 3 a 1 e iniciou hegemonia de quase uma década nas Alterosas.
Vem, depois, na minha memória, a final de 1977, disputada em março de 1978, por demais conhecida dos futepoquenses. Desse dia, recordo o Ângelo contorcendo-se em dor, dor que seria maior de todos nós, atleticanos, ao perder , invicto, nos pênaltis, o título de um campeonato em que tínhamos feito dez pontos a mais que o segundo colocado.
O Galo foi o primeiro vice-campeão invicto. Sofri como nunca, ainda criança, talvez a maior decepção da vida, das muitas que viriam. Mas naquele dia tornei-me atleticano para sempre!