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quinta-feira, agosto 09, 2012

Para que Diogo Silva não volte "pro buraco"

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"Sem medalha olímpica, a gente volta pro buraco de novo". Era assim que o lutador de taekwondo Diogo Silva avaliava sua participação, um brilhante quarto lugar, nas Olimpíadas de Londres. Pode parecer choro de perdedor, mas não é. O atleta, que é diferenciado não só em sua modalidade, mas também em termos de consciência política, já viveu exatamente essa situação.

Em 2004, Diogo conseguiu um quarto lugar, feito histórico até então. E não houve reconhecimento. Ao voltar para o Brasil, no aeroporto, ninguém o esperou, ele pegou um ônibus e seguiu para casa.
Não conseguiu patrocínio também, embora alguns contatos tenham sido feitos, mas nada que fosse realmente relevante. “Eram propostas superexploradoras. Para ser explorado, preferia ficar sem nada”, disse, nessa matéria.

Mas não foi só a sua classificação que chamou a atenção em Atenas, em 2004. Na ocasião, ele repetiu o gesto de por Tommie Smith e John Carlos, ouro e bronze nos 200 metros rasos nas Olimpíadas de 1968, no México. O gesto feito no pódio lhe rendeu o banimento da competição pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). De novo remetendo à matéria da Fórum:

Sempre fui ligado a grupos de consciência negra e era bem politizado. Pensei que o que eles fizeram foi demonstrar o que sentiam: desprezo. E era isso que sentia naquele momento. Desprezo.” A ideia era fazer o gesto no pódio, mas, prevendo a derrota, levou a luva já para a semifinal. Conseguiu chamar a atenção. “Logo depois do meu protesto, o ministro do Esporte ligou pra gente conversar”, recorda. No entanto, o momento de holofotes não durou. “Depois ninguém falava mais disso. Se você não foi campeão, não medalhou, ninguém lembra de você.

Oito anos depois, o mesmo medo do esquecimento volta ao lutador. É necessário levar em consideração as ponderações de Diogo Silva que, ao contrário de muitos dos atletas que estão em Londres ou aqui, tem perfeita noção do que representa e de qual é a situação de boa parte dos esportistas brasileiros. Adriana Araújo, medalhista do boxe brasileiro, por exemplo, só tem passagem de volta até São Paulo, onde fica a sede da Confederação Brasileira de Boxe. Até sua casa, em Salvador, quem banca a passagem é ela.

É hora, e o país tem essa chance com as Olimpíadas do Rio em 2016, de pensar no esporte de alto rendimento, mas também de aliar a massificação da prática esportiva à educação. Assim, talvez possamos produzir mais atletas com a consciência de Diogo Silva, que vão fazer valer os seus direitos e o reconhecimento de quem pena para representar o Brasil.

Abaixo, o início da matéria feita com Diogo Silva, após sua medalha de ouro no Pan do Rio, em 2007:

As muitas lutas de Diogo Silva

Eram quase 21 horas quando o primeiro medalhista de ouro no Pan do Rio saiu de uma reunião para atender a Fórum. Com agasalho da delegação, ele sentou em uma cadeira da ante-sala e desabafou: “Estou exausto”.

Não era pra menos. Após a luta que decidiu o primeiro lugar da competição no taekwondo, na categoria até 68 kg, foi uma rotina incessante de entrevistas e compromissos. No dia da sua vitória, Diogo saiu do exame antidoping às 18 horas e até a meia-noite não parou de entrar ao vivo e fazer gravações nos mais diversos programas de televisão e rádio. Pouco tempo de sono depois, seu longo dia começou às seis e sua última entrevista foi às 11 da noite. Nem mesmo a segunda medalha do Brasil, de Thiago Pereira na natação, fez com que o assédio a ele terminasse.

Na verdade, o título pan-americano vinha sendo trabalhado desde 2006, com o lutador pensando justamente na possibilidade de tornar sua imagem mais visível em uma competição que mobilizaria toda a mídia brasileira, atraindo possíveis patrocínios. O fato de ser o ouro inaugural do país – algo que não era previsto – fez com que a projeção fosse maior que a esperada.

Mas o atleta já tinha atraído a atenção da imprensa anteriormente, na Olimpíada de Atenas, em 2004, quando conseguiu o quarto lugar, um feito histórico na competição mais importante do mundo para o esporte amador. A responsabilidade em representar o país era tamanha que fez uma vítima antes do início dos Jogos. Seriam escolhidos dois atletas na modalidade e a direção técnica tinha que decidir entre três. Mas houve uma desistência. “O atleta não suportou a pressão”, relembra. O mesmo tipo de estresse sofrido pelo lutador desistente também afetaria Diogo na sua volta dos Jogos.

No período de preparação para Atenas, ele havia passado três meses morando na Coréia do Sul, a pátria-mãe da modalidade. Foi um grão-mestre do país, Sang-Min-Cho, que introduziu o esporte no Brasil na década de 1970. Mesmo assim, Diogo avalia hoje que a quantidade de treinos foi um erro. “Eles eram excessivos e ainda tinha o choque cultural, comida diferente e a saudade de casa.” Após esse período, voltou ao Brasil e 40 dias depois estava em Atenas.

A sorte não estava do seu lado. Dos quatro favoritos, três caíram em sua chave. “Não tinha um trabalho tático, era chegar lá, lutar e ver o que dava.” Passou pela primeira luta, mas, na segunda, enfrentou o iraniano Hadi Saei Bonehkohal, que seria campeão olímpico. Como o adversário que o derrotou chegou à final, Diogo podia ir para a repescagem para tentar o bronze. Conseguiu chegar até a disputa da medalha, mas seu adversário era o sul-coreano Myeong Seob Song, um dos maiores do mundo. “A Coreia não tinha ganho nenhuma medalha até ali e tem um jogo político muito grande atrás disso. Um atleta sul-americano contra alguém de um país tradicional na modalidade pesa muito, por exemplo, na hora de validar um ponto”, sustenta Diogo. “Quando comecei, já sabia que não iria ganhar. Ele era bem mais técnico do que eu, mais bem condicionado, ali foi mais vontade mesmo.”

Continue lendo aqui.

Uma imagem que significa...

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Andressa Mendonça, mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, ao sair, nesta quarta-feira, da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista. (foto de Monique Renne,do Correio Braziliense). Via Cynara Menezes.

Santos bate Cruzeiro em jogo de "primeiros gols"

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Comemora, garoto (Santos FC)
Aos 44 minutos do primeiro tempo, uma bola vem da intermediária do Santos e para em Victor Andrade. O moleque, 16 anos, domina. Sandro Silva, volante do Cruzeiro, dá um passo para trás e guarda posição. O garoto põe a bola de lado e só não vai adiante porque toma a falta do marcador. Mas o importante, naquele momento, é que o rival não deu ou tentou dar o bote porque temeu o garoto. Temeu não, respeitou.

Pra quem não sabe, futebol tem disso, qualquer peladeiro é testemunha. Mas não é só a técnica e a habilidade de um adversário que invocam o respeito de um marcador. É a personalidade, a confiança que demonstra. Victor Andrade tem entrado nas partidas, oscila, às vezes hesita, mas quem não hesita aos 16 (e muito depois dos 16)? A labuta constante que faz o atleta, e o primeiro gol do menino como profissional, comemorado junto ao treinador e aos parceiros da equipe, refletiu no seu peito estufado. Não que tenha feito uma grande partida, mas ganhou moral e, no momento do Santos, isso é importante para ele e para o clube.

O tento do jovem veio num momento difícil para a equipe da Vila no jogo. Saiu na frente com Felipe Anderson, em bela finalização. Aliás, ele joga muito melhor quando não fica confinado em uma ponta do ataque, com Bill saindo mais para o lado e abrindo espaços, seu futebol ganha outra cor. Mas o volante Adriano fez uma falta absolutamente desnecessária em Montillo. Quer dizer, o lance poderia até ser de perigo, mas foi gerado pelo próprio jogador, que deu as costas para o meia-atacante. Erro primário que, aliás, Adriano já tinha cometido pelo menos três vezes na peleja contra o Atlético-MG. Há quem seja fãzaço do jogador, mas, pra mim, vale uma lei básica de boteco: jogador bom, mas não esforçado, resolve às vezes; jogador bom e esforçado resolve muitas vezes; jogador só esforçado resolve quase nunca e, às vezes, facilita para o adversário. O atleta pode ser útil – e é – em dados contextos. Mas isso é sinal de que é necessário um volante melhor...

Digressão feita, da falta se originou o gol, e a culpa não é só de Adriano, claro. Nenhuma defesa que se digne deixa Borges sozinho na área, mas a dupla de Brunos, Rodrigo e Peres, achou por bem (mal) deixar. Sorte que Victor Andrade salvou o primeiro tempo, depois de assistência do também jovem Leandrinho, volante de 18 anos que fez sua estreia na triste partida contra o Náutico. 

No entanto, o Cruzeiro empatou logo no começo do segundo tempo. Uma sina do Alvinegro, tomar gols de ex-atletas seus. Além de Borges, o lateral Ceará marcou de falta. Sabe-se lá se com ou sem intenção, mas a rede não pergunta isso, e o gol foi bonito. O Santos não tardou a reagir e, também depois de cobrança de falta, de Felipe Anderson, marcou com o zagueiro Durval, após uma sequência de fliperama na área.

Os mineiros continuaram desorganizados e nem os lampejos de Monitllo, que salvaram os azuis na primeira etapa, apareceram no segundo tempo. O Alvinegro marcou em uma trama veloz no ataque, tão rápida que enganou o auxiliar que não viu o impedimento sutil de Bruno Peres. O lateral avançou e cruzou para Bill fazer seu primeiro gol pelo Santos. Merecido, já que o atacante se movimentou, prendeu a bola, fez a parede e cumpriu um papel tático importante.

Também é preciso destacar a atuação de Arouca, que retornou depois de suspensão, marcou, foi bem ao ataque, com velocidade na hora que pode e cadenciando quando era preciso. Foi quem passou a segurança que alguns moleques do time ainda não têm.

Assim, o clube que fez mais gols nesse planeta saiu da vexatória condição de pior ataque do Brasileirão, legando a (des) honraria para Bahia e Portuguesa. Mas, com os jogadores à disposição, vale o lugar comum: um jogo de cada vez.

quarta-feira, agosto 08, 2012

Agenda olímpica (9 de agosto) - Vôlei de quadra e de praia prometem fortes emoções

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Amanhã pode sair um ou, quem sabe, dois ouros (ou três, sim, sou um otimista) para o Brasil em Londres. A maratona aquática feminina se inicia às 8h, e tem na nadadora Poliana Okimoto sua representante na água doce do lago Serpentine, no Hyde Park. Em geral, as provas da modalidade são disputadas em mar aberto, e uma das preocupações da nadadora é a temperatura da água. No entanto, outro ponto que preocupa a atleta são os patos do local, que não podem ser retirados de lá. Situação, no mínimo, curiosa.

O vôlei de praia, que teve um desempenho aquém do que se esperava até agora, com somente um bronze, pode salvar sua campanha com o primeiro lugar no pódio. A responsabilidade está nas mãos do grandalhão Alison e de Emanuel, o maior vencedor da história do circuito mundial da modalidade. Eles enfrentam na final da competição Brink e Reckermann, da Alemanha, no jogo que já ganhou o apelido de "duelo dos campeões", já que os germânicos foram campeões mundiais em 2009 e os brasileiros faturaram em 2011. A disputa é às 17h.

Diogo Silva merece medalha (Wilson Dias/ABr)
A outra chance de medalha é de Diogo Silva, no taekwondo. O lutador de São Sebastião foi bronze no Mundial do Azerbaijão, em 2011, e ficou famoso ao conquistar a primeira medalha de ouro para o Brasil no Pan do Rio, em 2007. À época, entrevistei-o e sua história, de um atleta que conseguiu um feito fabuloso em Atenas 2004, uma quarta colocação, e não teve ninguém para levá-lo do aeroporto a sua casa em sua volta, é representativa do limbo a que muitos atletas são relegados nas bandas de cá. Por isso e por sua consciência política (veja entrevista aqui), ele merece uma grande torcida, mesmo no ingrato horário das 7h45, quando luta pela primeira vez.

Mas quem promete mais emoção é o vôlei feminino. Depois da indescritível vitórias sobre a Rússia nas semifinais, as moças entram em quadra contra o Japão, para manter viva a chance do bi olímpico. Atrase o seu horário de almoço e torça pelas gurias às 15h30.

Brasil perto da melhor campanha olímpica

Com as duas medalhas de bronze conquistadas hoje pela dupla de vôlei de praia Juliana e Larissa e pela boxeadora Adriana Araújo, o Brasil chegou a dez medalhas no quadro, 2 de ouro, 1 de prata e 7 de bronze. Como o país tem mais quatro asseguradas - no vôlei de praia e no futebol, e duas no boxe com os irmãos Falcão - já chega, no mínimo, a 14. Como ainda tem chances nas modalidades citadas acima, no vôlei masculino e feminino e, quem sabe, no atletismo, com a maratona, 4 por 100 masculino e até mesmo no pentatlo moderno com Yane Marques, a chance da delegação brasileira fazer sua melhor campanha nos Jogos Olímpicos é grande. A melhor até agora foi Pequim, com 3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze; em 1996, em Atlanta, o país também chegou a 15 pódios, mas foram 3 de ouro, 3 de prata e 9 de bronze.

Mais Brasil em Londres:

5h00 - Atletismo - Decatlo - Masculino 110 m com barreiras
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

5h30 - Canoagem - Velocidade C2 1.000 m - Masculino Final
Erlon Silva e Ronílson Oliveira (BRA) disputam a Final B

5h55 - Atletismo - Decatlo - Masculino Lançamento de disco
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

7h45 - Taekwondo - Até 68kg - Masculino Primeira fase
Diogo Silva (BRA) x Dmitriy Kim (UZB)

8h00 - Natação - Maratona aquática 10 km - Feminino Final
Poliana Okimoto

8h55 - Atletismo - Decatlo - Masculino Salto com vara
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

9h00 - Luta - Livre até 55kg - Feminino Qualificatórias
Joice Silva (BRA)

14h30 - Atletismo - Decatlo - Masculino Lançamento de dardo
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

15h30 - Vôlei - Brasil x Japão - Feminino Semifinal

16h55 - Atletismo - 200 m rasos - Masculino Final

17h00 - Vôlei de praia - Alison/Emanuel (BRA) x Brink/Reckermann (ALE) - Masculino Final

17h20 - Atletismo - Decatlo - Masculino 1500 m
Luiz Alberto de Araújo (BRA)

terça-feira, agosto 07, 2012

Agenda olímpica (quarta, 8 de agosto): quatro anos depois de Pequim

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Há quatro anos, no dia 8 de agosto, a Olimpíada de Pequim apenas se iniciava. Era um tempo em que a Globo detinha os direitos, e não a Record. Faz tempo, né?

Agora, em 2012, na edição londrina da competição, sem superstições do materialismo maoísta, a quarta-feira representa o 14º dia de competições; estamos a apenas cinco do dia de encerramento.

Do Ninho, em Pequim, ficaram as lembranças e 
a liderança chinesa no quadro de medalhas

Uma data assim meio cabalística é ótima para enfrentar rivais como os argentinos. Mandinga a postos, porque os hermanos são os adversários em duas modalidades coletivas masculinas, o vôlei e o basquete, ambas nas quartas de final, às 10h e às 16h, respectivamente. Os papéis, aliás, se polarizam de um jeito até estranho.

Em 2004 os campeões olímpicos de saques, manchetes e cortadas foram os brasileiros. Nos mesmos longínquos jogos de Atenas, quando o objetivo foi fazer cestas, o ouro ficou com os conterrâneos de Cristina Kirchner. Em 2008, nem o time de Bernardinho nem os argentinos no basquete deram-se lá muito bem. Hoje, tudo é diferente.

Após duas semanas querendo só assistir Olimpíada sem ter de voltar para trabalhar, o torcedor vê o Brasil com oito medalhas acumuladas. Tem uma no futebol masculino e outra no vôlei de praia garantidas -- falta definir o vil metal de cada uma. E Juliana e Larissa disputam o bronze com as chinesas Xue e Zhang nesta quarta, 8.

No boxe, em que mais dois discos metálicos estão assegurados. Adriana Araújo volta ao ringue contra Sofya Ochigava, da Rússia, por uma vaga na finalíssima de quem tem até 60 quilinhos, às 10h15. Às 18h30, Yamaguchi Falcão encara o cubano Julio La Cruz, pelas quartas de final, mas dos de até 81 quilos.

No atletismo, dois brasileiros estão em semifinais dos 200 metros rasos. Bruno Lins vai à raia às 16h10. Apenas oito minutos depois, Aldemir Gomes corre pela representação verde-amarela. Fábio Gomes vai tentar, no salto com vara masculino, fazer o inverso de Fabiana Murer.
 
Luiz Alberto será o brasieiro no triatlo, competição que remete a um certo jogo de Atari para boa parte dos leitores de 30 a 40 anos. Se o ancestral dos games só provoca saudosismo e LER/Dort, o torcedor pode almejar por um azarão.

Vai, Rahmannshof’s Bogeno! Doda montado na
"brasileiríssima" estirpe de Baloubet du Rouet

E por usar terminologia cara ao turfe, os cavalos olímpicos também têm vez. Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, e Rodrigo Pessoa, o eterno montador de Baloubet du Rouet, vão à luta às 8h e às 10h55 em busca de medalhas individuais no hipismo. Cabe notar que, atualmente, eles montaoxem Rahmannshof’s Bogeno, filho do Baloubet du Rouet, e o mexicano Rebozo, respectivamente. O fantasma a ser exorcizado é o que assolou Maestro St. Louis na segunda. Então, viseira em posição, e vamos olhar para frente (que trocadalho infeliz).

Horários das competições

Salto com vara masculino - Fábio Gomes - às 6h
Decatlo masculino - Luiz Alberto - 100m rasos às 6h26; salto em distância às 7h10; arremesso de peso às 9h10; salto em altura às 14h; 400m rasos às 17h38.
200m rasos - Bruno Lins na semifinal às 16h10; Aldemir Gomes na semifinal às 16h18
Vôlei de Praia feminino - Juliana e Larissa x Xue e Zhang, disputa de bronze
Vôlei Masculino - Brasil x Argentina, às 10h, quartas de final
Basquete Masculino - Brasil x Argentina, às 16h, quartas de final
Boxe - Adriana Araújo x Sofya Ochigava na semifinal de até 60kg às 10h15; Yamaguchi Falcão x Julio La Cruz na semifinal de até 81kg às 18h30
Hipismo - Doda e Rodrigo Pessoa (ou seria Rahmannshof’s Bogeno e Rebozo?) às 8h
Ciclismo - Squel Stein pedana no BMX feminino às 11h; Renato Rezende, no BMX masculino, sobe na magrela às 11h40

Saindo um pouco de Londres: Mamãe no Face, de Zeca Baleiro

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Para arejar um pouco o Futepoca do noticiário olímpico, abaixo o vídeo da música "Mamãe no Face", novo clipe de Zeca Baleiro. A faixa faz parte do álbum "O Disco do Ano" e simula uma conversa via rede social do músico com sua mãe, onde prevalecem a ironia e o sarcasmo já conhecidos do compositor, dirigidas ao grande supermercado midático que faz e desfaz (de) sucessos. Vale conferir:

Ataque resolve e Brasil chega à final dos Jogos Olímpicos

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A Seleção Brasileira de futebol de campo bateu a Coreia do Sul por 3 a 0 na tarde desta terça-feira e se classificou para a semifinal dos Jogos Olímpicos. Aquele apressado trabalhador que viu só os primeiros minutos da peleja achará improvável que tal placar tenha sido atingido. A Coreia começou o jogo em cima do Brasil, marcando a saída de bola e criando boas chances. Ajudada, sempre, pela fragilidade da defesa e do goleiro canarinhos.


Mano Menezes deve estar muito arrependido de não ter levado David Luiz. O técnico deve ter confiado que o goleiro Rafael e Thiago Silva segurariam a onda, mas a contusão do santista deixou a defesa brasileira com uma fragilidade alarmante.

Culpa das limitações do zagueiro Juan e dos goleiros Gabriel e Neto, sem dúvida, mas também das atuações muito ruins de Sandro. O volante não faz bem a cobertura, não arma, não faz nada. Na última partida, foi substituído pelo ex-peixeiro Danilo, de quem não sou fã, mas pelo menos pode ajudar na saída de bola.

Para tentar corrigir o defeito, Mano sacou Hulk e lançou o lateral-esquerdo Alex Sandro no meio campo, como um terceiro volante. Com Neymar voltando para judar na armação, em tese, teríamos uma superioridade na meia cancha e menos pressão sobre a zaga. Não foi o que aconteceu, pelo menos no começo da partida. Outra ponderação possível é: porque levar um atacante acima de 23 anos para ficar no banco? As contingências ajudam, mas não explicam completamente o improviso.

Mas daí, após roubada de bola de Neymar, Oscar faz bela jogada e quem marca é o volante Rômulo, que ganhou mais liberdade na nova formação. Pois é, às vezes dá certo. O primeiro tempo seguiu meio esquisito, sem domínio claro de ninguém, ainda que o Brasil levasse mais perigo.

Na segunda etapa, o time botou a cabeça no lugar e melhorou. Sofreu uma pressão básica dos coreanos no começo – que contou com um pênalti claro do ainda fraco Sandro, não marcado pelo árbitro – mas controlou a partida depois de uns 10 minutos.

O segundo gol saiu numa bela tabela de Marcelo com Neymar, que cruzou para Leandro Damião detonar o goleiro coreano – fraquinho, por sinal. O terceiro veio de nova tabela, essa  de Neymar com Oscar, e que deu errado. Mas o corte do zagueiro sobrou para Damião que demonstrou faro de centroavante: com a bola colada no corpo, achou um chute rápido e no canto, tirando do goleiro Lee. Zerada a fatura, o Brasil tocou a bola com mais tranquilidade.

Ataque na final

Se a defesa é o ponto fraco da equipe, o ataque tem funcionado bastante bem. Essa matéria do Trivela mostra que Neymar, Damião e Oscar participaram de 14 dos 15 gols marcados pela seleção até aqui. Damião, que eu não canso de chamar de grosso, fez meia dúzia, artilheiro isolado do torneio, e deu uma assistência. Neymar, estrela da companhia, fez 3 e deu 4 para os colegas. Com números mais modestos, Oscar fez 1 e deu três assistências – mas o camisa 10 participa e muito das ações coletivas, fazendo o time jogar mais.

Boas notícias para o time, que enfrenta o México na final olímpica, estágio que não atinge desde 1988, em Seul, quando perdeu para a gloriosa União Soviética. O jogo será neste sábado, às 11h, em Wembley.
Vai, Brasil!

Que pena, handebol...

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“Tristeza por perder um jogo que estava na mão.” Era assim, entre lágrimas, que a espetacular goleira Chana, do handebol feminino brasileiro, resumiu a derrota para a Noruega que tirou a seleção da competição olímpica nas quartas de final. Na mesma entrevista concedida à Sportv, a arqueira não parecia consolada com a campanha realizada na primeira fase, quando o Brasil terminou em primeiro no seu grupo. “Não vim aqui pra fazer boa campanha, mas pra ganhar medalha.”

E, de fato, o país parecia ter chances vivas de conseguir um lugar no pódio. Desde o Mundial que a seleção treinada pelo dinamarquês Morten Soubak (à direita) vem jogando em pé de igualdade com as grandes equipes do planeta. Virou o primeiro tempo hoje vencendo por quatro gols de diferença e, no início da segunda etapa, vencia por seis. Mas veio o apagão. A seleção errou tudo o que podia, claro, em função da forte marcação da Noruega que, apesar de ter terminado em quarto lugar no seu grupo, é a atual campeã olímpica e mundial. De qualquer forma, passar dez minutos sem marcar uma vez sequer é fatal.

Ainda quando a Noruega não tinha passado a frente no placar, Chana, que havia defendido três tiros de sete metros na partida, viu outro tiro bater na sua trave. Mas nem isso fez a seleção reagir. A ansiedade continuava alta. Enquanto o Brasil tinha extrema dificuldades para arremessar, sempre o fazendo de longe e “consagrando” a arqueira adversária, as rivais tinham extrema facilidade em fazer gols no contra-ataque. A diferença ali era nítida e o desfecho, para quem assistia, inevitável.

De bom, fica a esperança para 2016. Uma seleção em qualquer esporte coletivo só consegue chegar e se consolidar no topo enfrentando os grandes com mais frequência, jogando no mesmo patamar, e assustando o rival. Isso o Brasil já faz. A medalha poderia ter vindo agora, mas quem sabe o melhor não ficou para uma conquista em casa...

segunda-feira, agosto 06, 2012

Um pouco sobre as medalhas da ginástica e do boxe

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O que a medalha de ouro de Arthur Zanetti hoje e as duas já garantidas por Adriana Araújo e Esquiva Falcão em dois combates excelentes têm em comum? Embora não sejam modalidades parecidas, o fato é que ambas contam com juízes na avaliação dos desempenho de cada atleta, na ginástica, para analisar a perfeição dos movimentos executados; no boxe, para aferir se o golpe dado contra o adversário valeu ou não ponto*.

Nesse aspecto, por mais que os juízes tentem ser imparciais e os critérios sejam técnicos, a subjetividade sem dúvida pode afetar em um momento de dúvida. E, nessa hora, o juiz olha a nacionalidade de um e de outro, vê a tradição que cada qual tem no esporte em questão, e pode chegar a uma conclusão algo injusta, ainda mais em competições onde um ponto (ou décimo de ponto) fazem toda a diferença.

Assim, a primeira medalha da ginástica conquistada por Arthur Zanetti se deve, e muito, àqueles que vieram antes dele e fizeram especialistas olharem de outra forma para o país. Desde Claudia Magalhães e João Luiz Ribeiro, primeiros ginastas brasileiros a participar dos Jogos, em 1980, passando por Luisa Parente, que foi às Olimpíadas de 1988 e 1992, e aqueles que passaram a disputar finais e medalhas em Mundiais, como Daiane dos Santos e Diego e Daniele Hipolyto, entre outros.

Esquiva Falcão: vitória que já é legado
Já no boxe, os feitos de hoje de Adriana Araújo e Esquiva Falcão são dignos de nota. Em um dia, garantiram duas medalhas, sendo que o país tem apenas uma na modalidade, com Servílio de Oliveira, em 1968. E se a ginástica de alto nível no Brasil já conta com certa estrutura há algum tempo, no boxe, a conquista é recente, mas já dá resultados. Hoje, há uma equipe olímpica permanente, que treina em um centro em Santo Amaro, São Paulo, e conta com patrocínio do Programa Petrobras Esporte & Cidadania, que garante o suporte que sempre faltou ao esporte brasileiro (o merchan é de graça, embora o programa pudesse ser ampliado).

Os brasileiros do boxe ainda lutam contra um relativo preconceito dos juízes, algo que não é chororô de perdedor não e pode ser constatado até por quem entende muito do riscado. A aula de boxe de Esquiva hoje, por exemplo, poderia ter garantido uma vantagem muito maior do que teve contra o húngaro Zoltan Harcsa e Robson Conceição acabou sendo derrotado por Josh Taylor, lutador “da casa”, o que ainda gera reclamações do vencedor de hoje. "A torcida a favor pode influenciar a arbitragem, porque muitas vezes o golpe pega na guarda, a torcida grita e eles marcam", protestou Esquiva.

E o boxe ainda encontra outro obstáculo, como lembra Falcão na mesma matéria. "O boxe estava sumido, e com o crescimento do UFC sumiu mais ainda. Agora estamos fazendo o boxe aparecer de novo." Oxalá a modalidade volte a crescer.

* O boxe olímpico masculino tem três assaltos de três minutos. É marcado ponto quando o lutador acerta o rival com a parte marcada de branco da luva no rosto e nos lados da cabeça, na frente e nos lados do tronco, e cinco juízes avaliam na hora se o ponto valeu.Socos na guarda do adversário não contam pontos.

domingo, agosto 05, 2012

Agenda olímpica (segunda, 6 de agosto) - para quebrar o tabu no boxe e na ginástica

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Na segunda-feira, o Brasil tem duas chances de garantir medalha em uma modalidade que é um dos patinhos feios da delegação brasileira. O boxe, mesmo já tendo feito uma campanha histórica na terra da Rainha, ainda busca uma medalha para acabar com um tabu que já dura 44 anos. Em 1968, nas Olimpíadas da Cidade do México, Servílio de Oliveira obteve a única medalha do Brasil na competição, um bronze. Agora, o país tem três chances de sair da seca.

Duas das oportunidades são amanhã. No boxe feminino, Adriana Araújo, que demoliu Saida Khassenova, do Cazaquistão, no último assalto da sua primeira luta, pega Mahjouba Oubtil, do Marrocos. A luta (histórica, porque é histórica mesmo) acontece às 11h. Esquiva Falcão luta com o húngaro Zoltan Harcsa e pode assegurar o bronze com uma vitória. Se levarmos em conta o retrospecto da luta anterior, na qual superou facilmente o pugilista do Azerbaijão Soltan Migitinov, podemos esperar um grande desempenho. Vitória é consequência, derrota faz parte.

Arthur Zanetti, pra acabar com a zica (Divulgação)
Já a ginástica, que nunca ganhou uma medalha apesar dos favoritismos de Daiane dos Santos (2004) e Diego Hipolyto (2008), tem enfim a possibilidade de sair do zero, com um ginasta bem menos midiático que os dois anteriores. Medalhista de prata nas argolas no Mundial de Tóquio, em 2011, ele pode faturar uma medalha amanhã, a partir das 10h.

O hipismo brasileiro, que já deu três medalhas olímpicas para o Brasil, duas de bronze por equipe com Doda e Rodrigo Pessoa em Atlanta-1996 e Sidney-2000, além do ouro com Rodrigo Pessoa e nosso saudoso herói olímpico, oaposentado Baloubet du Rouet, em Atenas-2004, disputam a final de saltos por equipe. A equipe brasileira está em sétimo lugar e sua sua ida à final é mais valorosa por conta das circunstâncias. Cada time disputa com quatro conjuntos (cavaleiro/cavalo), sendo que o pior resultado é descartado na pontuação final. Mas o país disputou com três conjuntos brasileiros, pois Wilexo, cavalo de Cacá Ribas, foi vetado pelos veterinários e deixou o torneio. Amanhã, serão só três conjuntos, e o Brasil já se iguala aos rivais. Mesmo assim, se vier medalha, certamente será épico.

Confira as provas que têm Brasil:

6h00
Atletismo – Eliminatórias do lançamento de disco masculino
Ronald Julião (BRA)

6h45
Atletismo - Eliminatórias do lançamento de disco feminino
Geisa Arcanjo (BRA)

6h50
Atletismo – Eliminatórias dos 800m rasos – Masculino
1ª bateria: Fabiano Peçanha (BRA)
2ª bateria: Kleberson Davide (BRA)

10h00
Hipismo - Salto - Individual - Misto Eliminatórias
Doda, Rodrigo Pessoa e José Roberto Reynosso

Hipismo - Salto por Equipe - Misto Eliminatórias
Doda, Rodrigo Pessoa e José Roberto Reynosso

10h00
Ginástica - Ginástica artística - argolas - Masculino Final
Arthur Zanetti

11h00
Boxe - Até 60 kg - Feminino Quartas de final
Adriana Araújo (BRA) x Mahjouba Oubtil (MAR)

11h00
Nado sincronizado - Rotina Livre: Dueto Feminino - Feminino Primeira fase
Lara Teixeira e Nayara Figueira (BRA)

13h00
Hipismo - Salto por Equipe - Misto Final
Doda Miranda, Rodrigo Pessoa e Zé Roberto (BRA)

14h00
Vôlei de praia - Masculino - Masculino Quartas de final
Alison/Emanuel (BRA) x Fijalek/Prudel (POL)

15h00
Saltos ornamentais - Trampolim de 3 m - Masculino Primeira fase
Cesar Castro (BRA)

15h20
Atletismo – Eliminatórias femininas dos 200 m rasos
3ª bateria: Ana Claudia Lemos (BRA)
6ª bateria: Evelyn dos Santos (BRA)

16h00
Basquete - Espanha x Brasil - Masculino Primeira fase

17h45
Boxe - Até 75kg - Masculino Quartas de final
Esquiva Falcão (BRA) x Zoltan Harcsa (HUN)

18h00
Vôlei de praia - Masculino - Masculino Quartas de final
Ricardo/Pedro Cunha (BRA) x Brink/Reckermann (ALE)

18h00
Vôlei - Brasil x Alemanha - Masculino Primeira fase
Brasil x Alemanha


Santos vergonhoso perde para o Náutico por 3 a 0. Escolha seu culpado

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E o Santos perdeu mais uma, agora para o Náutico, fora de casa, por 3 a 0. O time tinha dez desfalques, mas o campeonato é longo e se tem uma equipe que sabe desde sempre que vai ter desfalques é o Alvinegro, por conta da seleção. Todos vão jogar vez ou outra com desfalques, o campeonato é longo...
Muita gente está no departamento médico. Bom, então é o caso de se analisar o que está errado? É só azar? Foram contratados atletas sem condições? Tem algo errado na preparação física? É hora de responder a essas perguntas agora e tentar corrigir os erros, antes que o campeonato acabe.
Nessa hora, surge todo tipo de acusação, é o tal do ditado da casa que falta pão. Quem tem saudades do Marcelo Teixeira, berra a plenos pulmões contra Laor. A diretoria deve ser criticada, e muito, mas não esqueço dos vexatórios anos de 2008 (quando o Santos foi quase rebaixado no Brasileiro pela primeira vez) e de 2009, quando, mesmo com Luxemburgo ganhando um dos maiores salários do país, não pegou sequer a Sul-americana. Além da ”herança maldita” da DIS, cujos efeitos vivemos na pessoa de Paulo Henrique Ganso até hoje.
Também tem quem não goste de Muricy e aproveite o momento. Não sou muito fã dele, mas pelamordedeus, é só olhar os jogadores que o treinador tem à disposição para ver a tristeza. Entre moleques e refugos, o mais “titular” do time que entrou em campo hoje é um jogador que falhou clamorosamente contra o Barcelona na final do Mundial e teve períodos pavorosos no Santos, o zagueiro Durval. Do resto, só Aranha se salva.
Em resumo, não tenho saudades do Teixeira, e não tem técnico melhor que o Muricy disponível (de novo, recorro à memória: Marcelo Martelotte, Adilson Batista, Luxemburgo, Vagner Mancini, Márcio Fernandes...). E o time que tem, por enquanto, é esse aí. Simples assim, na minha opinião. De resto, é evitar o pior, que todos sabem o que é...
Em homenagem ao momento, Demônios da Garoa cantam abaixo Time Perna de Pau.

sábado, agosto 04, 2012

Gabriel, da seleção olímpica, e Jake - separados no nascimento

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À esquerda, o personagem Jake, de Two and a Half Man (Angus T. Jones) e, à direita, Gabriel, goleiro da seleção olímpica.

Agenda olímpica (domingo, 5 de agosto) - Um dia histórico para a vela e para o boxe

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A modalidade que antes do começo dos Jogos de Londres havia dado mais medalhas ao Brasil, a vela, já tem um bronze assegurado amanhã para o país. O bicampeão olímpico e detentor de quatro medalhas olímpicas, Robert Scheidt, tenta, na classe Star, em dupla com Bruno Prada, o ouro. Mas precisarão superar os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson, que lideram a modalidade.

Na segunda posição, os brasileiros, para chegar ao topo, precisam vencer a chamada Medal Race, às 9h, última regata que tem pontuação dobrada e que não serve de descarte do pior resultado. Além disso, os britânicos não podem ficar entre os cinco primeiros. Já para assegurar a prata, resultado mais provável pelas circunstâncias, eles podem chegar até duas posições atrás do duo sueco que está em terceiro.

De qualquer forma, Scheidt irá igualar Torben Grael, também bicampeão olímpico, como o brasileiro que mais ganhou medalhas olímpicas, com cinco. Feito histórico de um ilustre torcedor do Santos.

Mas quem também já fez história, mesmo sem ter medalha por enquanto, é o boxe olímpico do Brasil. Com três pugilistas nas quartas de final, esse é o melhor desempenho de uma equipe do país nos Jogos. Mas o caminho para a medalha é difícil para lutadores. A primeira chance vem amanhã, com Robenílson de Jesus, que pega o cubano Lazaro Alvarez Estrada, que é só campeão pan-americano e mundial de boxe amador. Aliás, no Pan, Robenílson foi derrotado nas semifinais pelo rival do cubano naquela disputa pelo ouro, o mexicano Oscar Rafael Valdez, uma derrota robusta por 23 a 10 na ocasião. Se Robenílson vencer, já tem o bronze garantido (no boxe não há disputa pelo terceiro lugar). Difícil, sim, mas vale prestigiar.

Esperança com Roseli Feitosa
Os Jogos de 2012 também terão a estreia do boxe feminino como esporte olímpico e o Brasil sobe ao ringue com a medalha de bronze do Pan de 2011 e campeã mundial de 2010, Roseli Feitosa, que luta contra a chinesa Jinzi Li, ao meio-dia. Adriana Araújo, sexta colocada no último Mundial e quinta no ranking, pega a cazaque Saida Khassenova. Ex-atleta de futebol, começou a treinar boxe com Luiz Dórea, que também foi treinador de Popó. Sua luta está programada para as 11h. Já Érica Matos inicia sua trajetória olímpica antes, às 9h45, contra a equatoriana Karlha Magliocco. Ela, que chegou a Londres por um convite da IBA (Associação Internacional de Boxe Amador) ao Brasil para preencher a última vaga da categoria até 51 quilos, quer surpreender na competição. Estaremos aqui torcendo.

Pra quem quiser acordar cedo, às 7h15 o handebol feminino do Brasil decide sua colocação no disputadíssimo grupo A do handebol feminino e pode ainda terminar como líder ou como terceiro colocado.

Fora as competições que tem brasileiros, dois eventos são dignos de nota. Primeiro, a final do tênis masculino entre Roger Federer a Andy Murray. É o repeteco da mesma final de Wimbledon, também disputada na grama. O jogo é às 10h. E talvez aquele que é a grande estrela de Londres 2012, o jamaicano Usain Bolt, que pode fazer história (mais ainda?) às 17h50, na final dos 100 metros rasos. Segure a sede porque você pode perder a prova em uma golada de cerveja.

E ainda tem Brasil:

7h00 - Atletismo - Maratona feminina
Adriana Aparecida (BRA)

7h00 - Hipismo – Eliminatórias do Salto Individual e Salto por Equipe (misto)
Doda, Jose Robert Reynoso e Rodrigo Pessoa (BRA)

7h15 - Handebol - Brasil x Angola - Feminino Primeira fase

8h00 - Vela - RS:X - Masculino Primeira fase
Bimba (BRA)

8h00 - Vela - 470F - Feminino Primeira fase
Fernanda Oliveira e Ana Barbachan

8h00 - Vela - RS:X - Feminino Primeira fase
Patrícia Freitas (BRA)

9h00 - Vela - Star - Masculino Final

9h45 - Boxe - Até 51 kg - Feminino Oitavas de final
Érica Matos (BRA) x Karlha Magliocco (EQU)

11h00 - Boxe - Até 60 kg - Feminino Oitavas de final
Adriana Araújo (BRA) x Saida Khassenova (KAZ)

11h00 - Nado sincronizado - Dueto - Feminino Primeira fase
Lara Teixeira e Nayara Figueira (BRA)

12h00 - Boxe - Até 75 kg - Feminino Oitavas de final
Roseli Feitosa (BRA) x Jinzi Li (CHN)

14h00 - Vôlei de praia - Feminino - Feminino Quartas de final
Juliana/Larissa (BRA) x Goller/Ludwig (ALE)

15h00 - Atletismo - 400m com barreiras - Feminino Eliminatórias
Jailma Sales (BRA) - 5ª bateria

15h05 - Atletismo - Salto em altura - Masculino Eliminatórias
Guilherme Cobbo (BRA)

16h30 - Boxe - Até 56kg - Masculino Quartas de final
Robenílson de Jesus (BRA) x Lazaro Alvarez Estrada (CUB)

18h00 - Vôlei - Brasil x Sérvia - Feminino Primeira fase
Brasil x Sérvia

18h15 - Basquete - Reino Unido x Brasil - Feminino Primeira fase

sexta-feira, agosto 03, 2012

Agenda olímpica (sexta, 3 de agosto): Dobradinha na sexta?

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Além de significar um saboroso prato (ao menos na minha opinião) servido às terças em muitas cidades do país, o termo "dobradinha brasileira" se popularizou no esporte nacional na outrora bem quista Fórmula 1. José Carlos Pace e Emerson Fittipaldi fizeram duas delas, mas elas foram celebrizadas por Senna e Piquet, que fizeram oito. Curiosamente, a última vez que dois brasileiros ocuparam as primeiras posições de uma corrida foi com Nelson Piquet e Roberto Moreno em 1990.


Dobradinha cai bem em Londres? (A Vitrine do Sabor)
Agora, o Brasil tem novamente uma chance de fazer uma dobradinha. Obviamente que não é com o demissionário Felipe Massa e o hesitante Bruno Senna. A oportunidade acontece na final dos 50 metros livres da natação, onde Cesar Cielo, melhor tempo das semifinais, e Bruno Fratus, quarto tempo, disputam a final hoje, às 16h06. Claro que não vai ser tarefa fácil, mas se existe uma chance de dobradinha em Londres, é essa aí.

O futebol feminino do Brasil pega as japonesas, atuais campeãs mundiais, às 13h. Se as brasileiras deixaram uma má impressão no último jogo da primeira fase, quando foram derrotadas pela seleção britânica, é bem verdade que as nipônicas não fazem nenhuma campanha exuberante: empataram duas vezes, com África do Sul e Suécia, e só bateram o Canadá, na última peleja da fase inicial, por 2 a 1. 

Quem tem feito bonito, mas tem parada dura, são as meninas do handebol. Única equipe 100% no torneio feminino, elas encaram a Rússia, vice-campeã em Pequim 2008, que já foi derrotada pela Croácia. A vitória dá moral para as fases seguintes e garante um cruzamento mais fácil até, quem sabe, a disputa por medalhas (isso em tese, claro). Pra não perder, às 12h15.

Confira onde mais tem Brasil:

5h30 - Remo - Skiff simples - Masculino Final
Anderson Nocetti disputa a final D

5h30 - Vôlei feminino - Brasil x China

Judô - Acima de 78 kg - Feminino Primeira fase
6h26 - Maria Altheman (BRA) x Anne-Sophie Mondiere (FRA)

Judô - Acima de 100 kg - Masculino Primeira fase
5h58 - Rafael Silva (BRA) x Thormodur Jonsson (ISL)

Natação - 50 m livre - Feminino Eliminatórias
6h16 - Graciele Herrmann (BRA)

6h00 - Tênis de mesa - Por Equipe - Feminino Primeira rodada
Brasil x Coreia do Sul

6h25 - Atletismo - Salto triplo - Feminino Eliminatórias
Keila Costa (BRA)

6h40 - Atletismo - 100 m rasos - Feminino Eliminatórias

7h00 - Hipismo - Adestramento Individual - Misto Eliminatórias

8h00 - Atletismo - 400m rasos - Feminino Eliminatórias
Geisa Coutinho (1ª bateria)
Joelma Sousa (6ª bateria)

8h00 - Vela - Finn - Masculino Primeira fase
Jorge Zarif (BRA)

8h00 - Vela - Laser - Masculino Primeira fase
Bruno Fontes (BRA)

8h00 - Vela - Star - Masculino Primeira fase
Robert Scheidt e Bruno Prada podem garantir medalha por antecipação

8h00 - Vela - 470F - Feminino Primeira fase
Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (BRA)

8h00 - Vela - Laser Radial - Feminino Primeira fase
Adriana Kostiw (BRA)

8h04 - Natação - Revezamento 4 x 100 medley - Masculino Eliminatórias
Cesar Cielo, Felipe Lima, Kaio Almeida, Thiago Pereira, Daniel Orzechowski e Felipe França

8h30- Levantamento de peso - Até 75 kg - Feminino Final
Jaqueline Ferreira (BRA)

Boxe - Até 52kg - Masculino Oitavas de final
9h45: Julião Henriques Neto (BRA) x Jeyvier Cintron Ocasio (PUR)

10h30 - Basquete - Brasil x Canadá - Feminino Primeira fase
10h30 - Saltos ornamentais - Trampolim de 3 m - Feminino Primeira fase
Juliana Veloso (BRA)

11h30 - Levantamento de peso - Até 75 kg - Feminino Final

12h15 - Handebol - Rússia x Brasil - Feminino Primeira fase
Rússia x Brasil

13h00 - Futebol - Brasil x Japão - Feminino Quartas de final
Brasil x Japão

13h00 - Vôlei de praia - Feminino - Feminino Oitavas de final
Maria Elisa/Talita (BRA) x Kolocova/Slukova (TCH)

15h00 - Tênis de mesa - Por Equipe - Masculino Primeira rodada
Brasil x Hong Kong

15h10 - Atletismo - Lançamento de disco - Feminino Eliminatórias
Andressa de Morais (BRA)

15h50 - Atletismo - Salto em distância - Masculino Eliminatórias
Mauro Vinicius da Silva (BRA)

16h09 - Natação - 50 m livre - Masculino Final
Cesar Cielo e Bruno Fratus (BRA)

quinta-feira, agosto 02, 2012

Agenda Olímpica: Brasil começa atirando e termina na piscina

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Nós brasileiros vamos violentos nesse sexto dia de Olimpíadas. Logo às 5h, madrugamos de arma na mão, com Felipe Fuzaro na Fossa Dublê. Quinto colocado no último Pan, Fuzero vai ter que melhorar para chegar a uma medalha. Mas torcemos de todo jeito - até porque o homem sabe atirar.

Às 5h37 (pessoal leva a sério essa história de “pontualidade britânica”), Luciano Corrêa sobe no tatame para tentar arrebentar Oumar Kone no judô até 100kg. Mas o destaque no “caminho suave” (é a tradução do japonês, não me culpem) é Mayra Aguiar, na categoria até 78 kg. Com apenas 20 anos, já tem no armário uma medalha de bronze no último mundial da categoria e é considerada a nº 1 do mundo. Ela enfrenta na primeira rodada a tunisiana Hana Mareghni. E logo às 7h da manhã. Dá nela, Mayra!

A manhã inclui jogo menos tenso, com os praticamente classificados Alison e Emanuel. Eles voltam à areia para o terceiro jogo da primeira fase, contra os italianos Lupo e Nicolai. O vôlei de praia continua o passeio à tarde, com Talita e Maria Elisa pegando as australianas Bawden e Powell, quer dizer, Palmer.

E para terminar mais tranquilo, o dia fecha com chance de medalha com Thiago Pereira, na final dos 200m medley, prioridade do atleta. Entrando na piscina às 16h19 exatamente, Thiago encontrará os temíveis americanos Michael Phelps e seu rival local Ryan Lochte, além do húngaro Laszlo Cseh. É, talvez não seja nada tranquilo...

Tiro
Filipe Fuzaro atira na Fossa dublê logo às 5h

Judô - Até 100 kg
Às 5h37, Luciano Corrêa (BRA) x Oumar Kone (MLI) pela primeira fase

Vôlei de praia
Alison/Emanuel (BRA) x Lupo/Nicolai (ITA), às 6h

Judô - Até 78 kg
Mayra Aguiar vai pra cima de Hana Mareghni às 7h01

Remo - Skiff simples
Kissya Cataldo disputa a semifinal C/D 1, às 5h30

Natação - 50 m livre
Cesar Cielo vai para a piscina às 6h15 buscando o bicampeonato olímpico. Ah, Bruno Fratus também vai competir.

Hipismo
Luiza Almeida disputa Eliminatórias do Adestramento Individual por volta das 7h

Natação - 100 m borboleta
Kaio Márcio de Almeida disputa eliminatórias às 7h21

Vela
Na Finn – Masculino, temos Jorge Zarif
Na Star – Masculino, temos Robert Scheidt e Bruno Prada
Na RS:X – Masculino, temos Bimba
Na RS:X – Feminino, temos Patrícia Freitas
Brasil, o país da Vela

Vôlei de praia
Talita/Maria Elisa (BRA) x Bawden/Palmer (AUS) abrem a tarde, às 13h30

Boxe - Até 75kg
Esquiva Falcão tenta vaga nas quartas contra Soltan Migitinov (AZE) às 11h15.

Basquete
Moços do Brasil tentam jogar um basquete mais convincente contra a Rússia às 12h45.

Vôlei
Às 16h, tem Brasil x Estados Unidos, reedição da final de Pequim no masculino.

Natação
Às 16h19, temos a final dos 200 m medley, com Thiago Pereira enfrentando Michael Phelps e Ryan Lochte por mais uma medalha na Olimpíada de Londres

Briga no Conexão Sportv: em defesa de Galvão Bueno

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Se você ainda não sabe do perrengue entre Galvão Bueno e o comentarista Renato Maurício Prado no programa Conexão Sportv, pode conferir no vídeo abaixo. Tudo começou por conta de um gracejo de Prado que, diante do convidado Marcus Vinícius Freire, medalha de prata pela seleção de vôlei masculino em 1984, soltou para o locutor: “Fala agora o que você falou da medalha de prata deles em Los Angeles antes do programa, que só ganhou a medalha por causa de boicote”.



O boicote a que Prado se refere é o fato de as Olimpíadas daquele ano não terem contado com a União Soviética e países do Leste Europeu, o que teria tornado o caminho brasileiro até a medalha mais fácil. Galvão não gostou, esbravejou e, depois, ao tentar encerrar o assunto cumprimentando o parceiro de programa, "ficou no vácuo".
Mas é preciso defender o locutor global pela ótica do trabalhador. Eles fazem jornadas extenuantes nesse tipo de evento, estão longe de casa, e, o pior de tudo, ficam trabalhando de madrugada dia após dia, já que Londres está quatro horas adiante do fuso brasileiro. Não dá tempo nem de dar aquela passadinha no bar. Se isso não é motivo pra ficar de mau humor ou irritado com besteiras, vai saber o que é...
Dessa vez, convém dar um desconto ao Galvão. Só dessa vez.

terça-feira, julho 31, 2012

Agenda Olímpica: a pátria de quimono, toca e sabre em riste

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 Foto: Daniel Ramalho/Agif/COB

Cesar Cielo está na final dos 100 metros livres, na natação, para tentar repetir o ouro de Pequim em 2008. A nação de sunga, toca, óculos e peito depilado.Vai tentar provar que os urubus do Futepoca estão enganados.

No judô, Tiago Camilo disputa entre os moços de até 90kg. Maria Portela vai ao combate na categoria de mulheres até 70kg. Eu é que não quereria encarar nenhum dos dois no tatame. Mas se é para torcer, o país veste quimono, faixa preta e vai ficar com o grito de Ipon entalado na garganta.

A repetição, se vier, não seria só do que se assistiu na China há quatro anos, mas do que se deu na terra da Rainha há três dias, quando Sarah Menezes e Felipe Kitadai faturaram medalhas. E Camilo tem dois discos metálicos de competições anteriores. Bem melhor do que a metade com que Kitadai ficou depois de deixar cair o bronze junto do sabonete durante o banho.

Esta quarta-feira, 1º, ainda permite mais uma paródia com o chavão da "pátria em chuteiras". De máscara, colan branco e espada em riste -- além da elegância peculiar nos movimentos de qualquer esgrimista que se preze -- Athos Schwantes é esperança de medalha na espada individual (não confundir com o sabre e com o florete, por favor).

E Sérgio Sasaki Junior está na final individual da ginástica artística.

Tudo isso para não falar da seleção brasileira masculina de futebol. Um dia após a derrota das meninas do escrete canarinho para a Grã-Bretanha, os gajos de Mano Menezes encaram, provavelmente sem Ganso, a Nova Zelândia, essa potência, em Newcastle. Pode ter pela frente, nas quartas, a igualmente poderosa Honduras.

Como ainda não vai ser possível empolgar a torcida nesse cenário, é melhor buscar a toca de natação para gastar a torcida.

Em tempo: o 14º lugar do Brasil no quadro de medalhas no sexto dia de Olimpíada é normal. Incrível é a Coreia do Norte em quinto, atrás da Coreia do Sul, França, EUA e China. Aliás, quem pega os orientais?

Enquanto isso, Fabian Murer treina para quando o Atletismo 
começar, nesta sexta-feira, 3. Ela, aliás, teve suas séries 
prejudicadas por ter de se submeter a um exame antidoping 
surpresa. Aí entre os leitores, que peça o primeiro copo 
quem garante que seria aprovado em um teste assim

Remo
das 6h10 às 6h30

Judô
disputa de medalha a partir das 10h (bronze) e das 12h (ouro)

Tênis de mesa
individual feminino disputa bronze às 10h30 e ouro às 11h30

Ginástica artística
Os moços fortinhos de mijãozinho e regata disputam no individual geral masculino às 12h30

Natação
Tem 200m peito masculino às 15h30, 200m borboleta feminino às 16h12 (pontualmente, em Brasília), e 100m livres masculino às 16h20.

Canoagem Slalom
Rema, remador: o masculino é às 11h15

Ciclismo
As mulheres competem contra o relógio na estrada às 8h30; os homens, às 10h15.

Levantamento de peso
Põem a hérnia de hiato à prova às 15h os homens de até 77kg e, às 11h30, as mulheres de até 69kg.

Esgrima
Na espada individual, tem disputa de medalha masculina às 16h, e de sabre feminino às 16h30. Nada de florete.

Basquete feminino
Para evitar um fiasco, Brasil x Austrália, às 10h30

Futebol masculino
Brasil x Nova Zelândia, às 10h30

Handebol feminino
às 12h15, Brasil x Grã-Bretanha, Chana vem  facilitar os trocadilhos -- e deixar a torcida com saudades de Silvio Luiz.

Vôlei feminino
Brasil x Coreia do Sul, às 18h -- hora de reagir

sábado, julho 28, 2012

Agenda olímpica do domingo (29 de julho) - basquete masculino volta às Olimpíadas

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Uma das minhas maiores alegrias como torcedor de seleção veio no basquete. Quando o Brasil de Oscar e Marcel derrotou os EUA dentro de sua própria casa, nos Pan-americanos de Indianapolis, em 1987. Aquela partida, aliada à derrota norte-americana para a União Soviética nas semifinais das Olimpíadas de 1988, deu início às negociações entre a Federação estadunidense e a Fiba para a inclusão dos profissionais da NBA em torneios internacionais, o que foi aceito em 1989.
Faz tempo... Mas o Brasil voltou
Em 1992, o mesmo Brasil enfrentou os EUA. Quer dizer, o Dream Team, talvez o mais talentoso time de esporte coletivo de todos os tempos. Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Charles Barkley, David Robinson, Patrick Ewing, Scottie Pippen, Karl Malone... Não, era impossível vencer aquela equipe, mas o Brasil aguentou bravamente, mantendo-se à frente no placar durante o início da partida. Tudo porque tínhamos um gênio, Oscar Shmidt, o principal responsável pela queda ianque em 1987. Lembro de ver um documentário a respeito desse time, produzido nos Estados Unidos, em que “Shimdt” é tratado com reverência pelos donos da bola do basquete. Mas só havia ele àquela altura, o resto do time era sofrível.
Mesmo veterano, Oscar ainda ajudaria o Brasil a ir para os Jogos de Atlanta, em 1996. Depois disso, se aposentou. E parecia que o basquete masculino brasileiro também havia se aposentado com ele. Foram 16 anos sem participar de uma edição dos Jogos, até a equipe do argentino Ruben Magnano classificar o Brasil para as Olimpíadas de Londres. Um time que conta com jogadores da NBA, que fez frente aos poderosos norte-americanos na casa deles e que voltaram a conta com o respeito internacional.
Por isso, amanhã, espero poder voltar a vibrar com o basquete brasileiro depois de muito, muito tempo, em uma Olimpíadas. A partida contra a Austrália amanhã, às 7h15, marca esse retorno, e o que se pode esperar é um jogo digno de nota por parte da seleção. Se for possível, com um showzinho à la NBA que quem acorda cedo no domingo merece ver.

Os manos do Mano

Ah, tem futebol masculino também. Com tanto esporte nos Jogos, precisava mesmo de futebol masculino? Enfim, lá está o Brasil e o adversário é a Bielorússia, que em sua estreia venceu a Nova Zelândia por um anêmico 1 a 0. Quem tiver ânimo pra ver a seleção tentando furar a retranca europeia, o jogo é às 11h.

Mais Brasil

Vôlei de praia - Masculino - Primeira fase
7h Alison/Emanuel (BRA) x Doppler/Horst (AUT)

Tiro - Pistola de ar - Feminino Primeira fase
5h - Ana Luiza Ferrão (BRA)

Ginástica artística - individual - Feminino Primeira fase
5h30

Judô - Até 66 kg - Masculino Oitavas de final
6h40 - Leandro Cunha (BRA) x Pawel Zagrodnik

Judô - Até 52 kg - Feminino Oitavas de final
7h15 - Érika Miranda (BRA) x Kim Kyung-Ok (KOR)

Natação - 100 m costas - Feminino Eliminatórias
6h13 - Fabiola Molina (BRA)

Remo - Skiff duplo leve - Feminino Eliminatórias
6h40

Natação - 100 m costas - Masculino Eliminatórias
7h13 - Daniel Orzechowski (BRA)

Esgrima - Sabre Individual - Masculino Segunda Fase

7h50 - Renzo Agresta (BRA) x Wagner Benedikt (GER)

Ginástica - Ginástica artística - individual - Feminino Primeira fase

7h15, 10h45, 12h30 e 16h

Tênis - Simples - Masculino Primeira rodada
14h - Thomaz Bellucci (BRA) x Jo-Wilfried Tsonga (FRA)

Vela - Finn - Masculino Primeira fase
8h - Jorge Zarif (BRA)

Vela - Star - Masculino Primeira fase
8h - Robert Scheidt/Bruno Prada

Natação - Revezamento 4 x 100 m livre - Masculino Eliminatórias
08h05

Vôlei de praia - Feminino - Feminino Primeira fase
16h - Talita/Maria Elisa (BRA)x Goller/Ludwig (ALE)

Boxe - Até 60kg - Masculino Primeira fase
16h30 - Robson Conceição (BRA) x Josh Taylor (GBR)

Boxe - Até 69kg - Masculino Primeira fase
18h - Myke Carvalho (BRA) x Errol Spence (EUA)

Vôlei - Brasil x Tunísia - Masculino Primeira fase
18h - Brasil x Tunísia

Seleção feminina de futebol usa modelo 2011 da seleção masculina

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No início de 2011, a Nike vazou o que seria o novo modelo de uniforme da seleção brasileira. Entre as novidades, havia uma gola careca amarela, rompendo a tradição de gola verde, mas o que causou mais impacto foi a tarja verde no peito. Alguns mais supersticiosos, como Ziraldo, alertavam que, além da questão estética, o sinal de subtração não traria bons fluidos para o Brasil.

Uniforme masculino do Brasil (Rafael Ribeiro/CBF)
O fato é que o modelo definitivamente não agradou e no início do ano a patrocinadora da equipe lançou uma nova camisa (todo ano é lançado um novo uniforme da seleção masculina, exigência contratual). Dessa vez, sem tarja, com gola em “v” resgatando a cor verde e com uma borda grossa na manga. Para os Jogos Olímpicos, como não é permitida a presença de escudos das confederações nacionais nos uniformes, a bandeira do Brasil tomou o lugar do escudo da CBF. Mas o uniforme é praticamente o mesmo.

Foto antes de Brasil X Camarões (Ricardo Stuckert/CBF)
E não é que a camisa com tarja, o modelo ultrapassado no futebol masculino, apareceu na Inglaterra? A explicação do diretor de comunicação da Nike na América Latina, Mario Andrada, é que o contrato com a CBF determina que o uniforme da seleção feminina seja renovado a cada dois anos, enquanto a troca acontece anualmente para o time masculino. A camisa não serviu para os homens, mas continua servindo para as mulheres.

Não é nada, não é nada, a questão parece ser bem simbólica e reflete o tratamento dado pela CBF ao futebol feminino.

Londres 2012 - aproveitando o momento antes que acabe

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Quadro de medalhas dos Jogos de Londres 2012, às 14h do dia 28 de julho. Só a China na nossa frente...


PS: O Douglas no comentário abaixo registrou que o parceiro Bla Bla Gol já tinha feito a piada antes. Já pegamos o quadro de medalhas na descendente no quadro de medalhas...

Sarah Menezes e Felipe Kitadai - começo arrasador do judô

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"Uma coisa que dá para perceber é que você precisa ter muita força para lutar contra as europeias. Você tem que ser forte e ainda ter preparo físico, para aguentar o tranco e ainda ter gás para encaixar os golpes. Eu preciso melhorar bastante ainda".

Era assim que uma judoca de 18 anos comentava sua participação nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Sarah Menezes foi derrotada por ippon logo na sua primeira luta, mas o futuro era promissor, e, como mostra a declaração após a derrota, soube tirar lições.

Desde então, Sarah tornou-se uma das maiores vencedoras da modalidade no chamado ciclo olímpico, período compreendido entre duas edições dos Jogos. Foi medalhista de bronze nos últimos dois Mundiais, em Paris (2011) e Tóquio (2010),venceu um Grand Slam em Moscou, este ano, e somou duas pratas e quatro bronzes em Grand Slam, além de três ouros e duas pratas em etapas da Copa do Mundo.

E hoje Sarah Menezes conseguiu fazer história: foi a primeira final e o primeiro ouro de uma judoca brasileira. A única medalha conquistada por uma mulher nos tatames tinha sido de Ketleyn Quadros, bronze na categoria até 57kg em Pequim/2008.

De 2008 pra cá - da derrota na estreia ao ouro
Após uma trajetória de combates em que mostrou muita maturidade, controlando a luta quando preciso, e quase sempre soberana, Sarah chegou à final contra aquela que era a campeã olímpica, a romena Alina Dumitru. E mandou na luta o tempo todo, vencendo com um yuko e um wazari, tentando ainda o estrangulamento no final da luta. A piauiense conseguiu o terceiro ouro do judô, vinte anos depois da medalha do santista Rogério Sampaio.

E também foi emocionante a medalha de bronze de Felipe Kitadai, que conseguiu o terceiro lugar depois de enfrentar a repescagem. Ele, que é 14º colocado no ranking, foi derrotado nas quartas de final pelo uzbeque Rishod Sobirov e parecia muito abalado depois do combate, definido nos últimos instantes. Mas se recuperou e chegou à decisão do terceiro lugar, batendo o italiano Elio Verde.

No primeiro dia, o judô brasileiro conseguiu ultrapassar a vela como modalidade com mais medalhas e cumpriu boa parte da meta estabelecida para Londres: chegar a quatro pódios, com um ouro e uma final feminina. Um começo arrasador.