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quinta-feira, novembro 27, 2008

Inter abre vantagem na final

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O alvo principal das inevitáveis acusações de fracassos no Brasileirão é o Palmeiras de Luxemburgo. Diz-se que contratou muito - especialmente a própria comissão técnica, é verdade - e que por isso a equipe deveria estar agora disputando o título. Ou estar com o caneco assegurado, o que é um flagrante exagero.

Mas se o Palmeiras é cobrado assim, o que dizer do Internacional de Tite, que gastou as burras para contratar Nilmar, Daniel Carvalho e D'Alessandro? A posição intermediária em que o time vai ficar no Brasileiro (no máximo 6º colocado, com diferença de cerca de 10 pontos para o 5º) é bastante decepcionante. A conquista do título estadual não apaga a má impressão, assim como no Palmeiras. Talvez a contratação de Gustavo Nery tenha anulado os bons investimentos, quem sabe?

Mas a temporada colorada pode ser salva pelo título da Copa Sul-americana. Não que o campeonato tenha algum prestígio no Brasil, mas um título é sempre um título, ainda mais internacional. E, além do caneco em si, nesse ano a Sulamericana pode dar de brinde ao campeão uma vaga na Libertadores, por conta da suspensão que a Fifa ameaça impor ao futebol peruano pela intervanção do governo federal na Federação de Futebol do país. Se até o meio de dezembro o imbróglio não estiver resolvido, três vagas serão abertas na Libertadores. O Inter batalha nos bastidores para que uma delas vá para o campeão da Sul-americana.



E a decisão começou muito bem para o Colorado. Na primeira partida da final, contra o Estudiantes, na Argentina, vitória por 1 a 0, mesmo depois da expulsão de Guiñazu aos 25 minutos do primeiro tempo. O gol foi marcado por Alex de pênalti, depois de falta sofrida por Nilmar. A decisão será na próxima quarta-feira, no Beira-Rio. O Inter joga pelo empate. E pela salvação do ano.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Amor antigo, mas duradouro

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Quando ninguém mais se lembrava do velho volante Vampeta (os três V são involuntários), eis que o meia alagoano Souza (foto) ressucita a memória do desafeto baiano na mídia. Jogando hoje pelo Grêmio e referindo-se ao clássico gaúcho que será disputado pela Copa Sul-Americana, o ex-são-paulino disse que não tem mote para provocar os rivais. "Se o Vampeta jogasse no Internacional, ainda dava. Mas ele está lá no cafundó do Judas", argumentou, resgatando uma - tola e - velha polêmica entre os dois.

Há poucos meses, quando ainda jogava pelo Paris Saint-Germain, Souza já havia cutucado Vampeta durante visita aos ex-colegas tricolores no CT da Barra Funda, em São Paulo: "O Vampeta já derrubou tantos times que ninguém está sentindo muita falta dele. Os times estão querendo distância do Vampeta, pois sabem que se quiser cair, é só chamar o Velho Vamp", provocou, referindo-se à sina de rebaixamentos do "inimigo". Pra mim, essa fixação é amor enrustido - e antigo. Mas fiquei curioso, pois pesquisei e não achei: em qual "cafundó do Judas" o Vampeta está? Ele ainda joga?

quinta-feira, julho 31, 2008

E o Inter, hein?

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Segundo semestre de 2007. O Internacional traz Abel Braga de volta ao comando técnico e contrata os atacantes Gil e Nilmar. A primeira metade do ano havia sido caótica para o clube colorado; o Gauchão ficara mais uma vez na mão do arqui-rival Grêmio e a defesa do título da Libertadores fora um fiasco, com a eliminação já na primeira fase. Pensar na conquista do Brasileiro, naquele momento, também era algo inviável. Mas as três contratações de peso refletiam outro pensamento: mais do que pensar no imediato, o Internacional se planejava para o longo prazo. O restante da temporada 2007 seria um treino, uma maneira de azeitar o time; e, em 2008, o Inter seria uma máquina, favorito para todos os títulos que disputaria.

Agora estamos chegando no segundo semestre de 2008 e... o momento do Internacional é, vejam vocês, de reconstrução - novamente. O clube anuncia com pompa as contratações de D'Alessandro (foto) e Daniel Carvalho. Tite assume o elenco e dá declarações como essa, de 16 de julho: "nosso time está buscando a afirmação. É um grupo que mexeu peças e está passando por uma reformulação".

Ontem, perdeu para um frágil Santos em pleno Beira-Rio, três pontos que certamente dificultarão as aspirações do clube no campeonato nacional.

Ou seja: o tal do "trabalho a longo prazo" sugerido no final de 2007 não se concretizou. Hoje, o Internacional está no mesmo pé de todos os clubes brasileiros, vitimizado e beneficiado pela janela de transferências, contratando e vendendo, em suma: montando um time.

A situação sugere, ao meu ver, que no futebol brasileiro ainda é difícil o pensamento no longo prazo, tão desejado pelos comentaristas da área. Ou mesmo que ele não é a garantia inevitável de sucesso sugerida por tantos outros.

Pode até ser que o Inter acabe como campeão brasileiro, ou mesmo entre os classificados para a Libertadores. Afinal, o elenco é forte e Tite é um bom técnico. Mas, se isso ocorrer, será com time, treinador e situação diferentes do que se desenhava no final do ano passado.

terça-feira, julho 22, 2008

Mas...já foi?

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O Internacional de Porto Alegre deve apresentar amanhã sua mais recente e bombástica contratação: Gustavo Nery. Uma aposta pra lá de arriscada, pois, em sua curta passagem pelo Fluminense, o lateral-esquerdo foi vaiado em todas as parcas seis oportunidades em que esteve em campo, de janeiro para cá. Até começou o Campeonato Carioca como titular, nos três primeiros jogos, mas em todos foi substituído. Depois, foi afastado para recuperar a forma física.

Duas hipóteses devem ser consideradas: ou os clubes gaúchos enlouqueceram (pois o Grêmio também disputava o lateral) ou a explicação está no contrato firmado com o Inter, baseado em produtividade. Aí, o risco de não receber nada será todo de Gustavo Nery...

Porque, convenhamos, além da pífia passagem pelo Fluminense, o lateral-esquerdo já não havia jogado nada no Zaragoza, nem no Corinthians e no Werder Bremen. Aliás, suas passagens por Santos, Guarani e São Paulo também não foram assim tão espetaculares. Chegou a disputar jogos pela seleção, sim. Mas não é sonho de consumo de ninguém.

Tanto que, quando viu a notícia da contratação de Gustavo Nery pelo Internacional, nosso companheiro Glauco exclamou: "-Pô, mas esse cara deve ter um excelente empresário!". É outra explicação plausível. E Róbson Florêncio é o nome do cabra.

quinta-feira, maio 01, 2008

Eliminado da Copa do Brasil: 4 a 1

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O time atacou, perdeu muitos gols, foi incompetente nas finalizações, parou nas mãos de Magrão e tomou de 4 a 1 na Ilha do Retiro em Recife. Um chocolate!

Ser enxotado de uma competição é sempre triste. De goleada, como recomenda Conselheiro Acácio, é terrível.

Valdívia apareceu pouco, só tomou um cartão amarelo. Diego Souza conseguiu apenas sofrer a falta que gerou a expulsão de um zagueiro do Sport. Sofreu nos contrataques. Destaque para Romerito, autor de três gols. E Nelsinho Batista venceu Vanderlei Luxemburgo. Sem Sandro Goiano e com direito a olé no final.

Agora, o tricampeão pernambucano enfrenta o Internacional de Porto Alegre.

E o Palmeiras, eliminado, vai ter que reverter a moral baixa para a segunda partida da final contra a Ponte Preta.

Libertadores, agora, só se ficar bem posicionado no Brasileiro. Será que o Luxemburgo vai se benzer?

quarta-feira, março 05, 2008

EUA x "Terroristas": Escolham bem seus medos

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A manchete da Folha de S. Paulo de hoje (aqui, para assinantes) traz George W. Bush declarando seu esperado apoio à Colômbia na crise que ela mesma criou e criticando o que chama de "provocações" de Hugo Chávez. Apoio esperado por dois motivos. Primeiro, porque os Estados Unidos são os grandes financiadores de Uribe na luta contra a guerrilha. De acordo com o próprio jornal, já foram US$ 4 bilhões nos últimos quatro anos para combater "o narcotráfico e a guerrilha" (até a Folha separa as duas coisas).

O outro motivo é mais amplo. Os EUA nunca viram problema nenhum em invadir e bombardear o territóro alheio, desde que isso sirva a seus propósitos. Foi assim recentemente no Iraque, onde a ocupação atroplelou proposições de todos os organismos multilaterais. Foi assim na Nicarágua, no Panamá, no Afeganistão e quase foi em Cuba, no mal sucedido episódio da Baía dos Porcos.

Lutam contra a ditadura no Iraque, mas vendem (e compram) tudo o que podem para a China. Criticam o "atraso" no Afeganistão, nos apavorando com burcas, e abraçam com ardor o petróleo da Arábia Saudita, ditadura sangrenta onde as mulheres (mesmo estrangeiras em visita) não podem dirigir, ocupar cargos importantes ou andar na rua com a cabeça descoberta (mais detalhes em reportagem da revista Fórum). Ameaçam o Irã (que é muito mais liberal em termos de costumes) por pretender possuir bombas nucleares, mas guardam muito bem as suas além de entopir Israel com tudo que podem. Atacam as prisões polítcas de Cuba e torturam prisioneiros em Guantánamo, rasgando códigos e convenções internacionais de guerra.

Tem uma galera aí contra o "terrorismo" das Farc, ou seja lá o que for. Não foi nenhum grupo guerrilheiro que apoiou o golpe militar no Brasil, nem na Argentina, nem no Chile, onde o presidente foi assassinado na sede do governo (por aqui, alguns devem se lembrar – meu pai certamente se lembra –, terroristas e subversivos eram os termos utilizados pela ditadura militar para desiginar quem lutava contra ela, pela democracia). Também não foi nenhum grupo guerrilheiro que colocou Saddam Hussein no poder para tirá-lo anos depois, nem que financiou o Taleban e Osama Bin Laden contra os soviéticos para transformá-los mais tarde na encaração das hordas do inferno.

Hoje, da mesma foram que bancam a guerra interna de Uribe (e bancarão um conflito regional também), bancam o massacre (não há outra palavra) que Israel promove contra o povo palestino, classificado coletivamente como "terrorista".

Os Estados Unidos foram e são o maior fomentador de guerras e massacres nesse mundo, não se enganem. Consideram um direito (e de seus aliados) fazer o que quiserem, do jeito que quiserem, onde quiserem. Atropelam soberanias nacionais, direitos humanos, convenções internacionais, democracia e o que quer que esteja em seu caminho. Cuidado com seus medos.

terça-feira, março 04, 2008

Divagações sobre a crise entre Colômbia, Equador e Venezuela ou Lembranças dos anos 60

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O governo colombiano de Álvaro Uribe parece estar metendo os pés pelas mãos de forma grotesca nos últimos dias. Primeiro, bombardeou parte do território do vizinho Equador em busca de acampamentos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo que uns dizem ser de guerrilha marxista outros de narcotraficantes), em clara violação da soberania do país. É como se, digamos, “inimigos internos” (para usar um termo da época da ditadura) da Argentina se escondessem no Mato Grosso e os platinos mandassem bombas no Pantanal. Acho que nós brasileiros não iríamos gostar nem um pouco.

Depois do malfeito, Uribe pediu desculpas meio acanhadas pela invasão. Com a reação de Rafael Correa, presidente do Equador, e do mandatário venezuelano Hugo Chávez, aliado próximo do governo equatoriano, que envolveu inclusive movimentação de tropas para as fronteiras e retirada de embaixadores, Uribe divulgou informações de que tanto Correa quanto Chavéz teriam acordos com as Farc, o que provaria que a Colômbia estava sendo atacada por “terroristas”. Do jeito que eu entendo, isso quer dizer que os dois são inimigos do governo colombiano, o que nos coloca num cenário de guerra.

Hoje, o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, disse que as Farc estavam tentando adquirir material radioativo para fabricar uma “bomba suja”. Quer dizer, o que nenhum grupo terrorista do mundo, nem a poderosa Al Qaeda, teve coragem ou recursos para fazer, lançar uma bomba atômica. E em seu próprio país! Não parece fazer muito sentido.

A Colômbia faz tempo que é ponta de lança dos interesses americanos na América do Sul. O plano de combate às drogas de Uribe é financiado com dinheiro estadunidense, segue suas orientações e prevê presença militar dos States no território. Com a chegada ao poder de vários governantes mais independentes de Washington, a proximidade deve ter aumentado. Por isso, talvez, Uribe esteja sentido-se mais a vontade para botar suas mangas de fora.

As décadas de 60 e 70, quando ocorreram intervenções das mais variadas por parte dos EUA nos países da América Latina, vêm à memória numa situação dessas. Uma operação como essa contra o Equador, aliado do segundo maior adversário dos EUA na América (Cuba ainda é o primeiro, simbolicamente, apesar da Venezuela ter muito mais bala na agulha) não tem cara de ser sem motivo, tem? As análises que eu li acham improvável que os três países cheguem à vias de fato, ou seja, uma guerra. Tomara que tenham razão.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Magrão não aprende

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Errar é humano, insistir no erro é burrice. E cometer o mesmo erro pela terceira vez, o que é, então?

A situação descrita acima se aplica ao volante Magrão. Aquele, que começou no São Caetano.

Quando ele era atleta do Palmeiras, foi um dos principais ídolos da torcida verde. E merecidamente. Além da qualidade técnica (sim, ele tem isso), Magrão se destacava pela valentia, identificação com a torcida, parecia mesmo um torcedor em campo.

Em 2004, numa entrevista, Magrão cometeu seu primeiro erro. Declarou com todas as letras que jamais jogaria pelo Corinthians. "Sempre fui palmeirense, mas jamais desrespeitei outros clubes. O maior rival do Palmeiras é o Corinthians. São Paulo e Santos nem tanto, poderia jogar numa boa. Já no Corinthians, o torcedor do Palmeiras ficaria magoado", disse o volante, empolgado com seu posto de ídolo no Parque Antarctica.

Meses depois, como se sabe, Magrão foi anunciado como reforço do Corinthians.

E tratou se fazer seu filme com a Fiel agindo exatamente da mesma forma. Ao invés de somente jogar seu futebol - que tem qualidade, repito - gastou tempo falando da identificação com a garra corintiana, que se sentia um verdadeiro torcedor de arquibancada, que seu coração era alvinegro e blablabla.


Agora Magrão está no Inter de Porto Alegre. E vejam o que ele fala ao site oficial do clube:

“Vim para o Inter porque me identifiquei com a massa colorada". E ao falar das tatuagens que tem pelo corpo, acrescenta: "Estou me sentindo muito bem aqui no Beira-Rio. Talvez faça uma tatuagem para eternizar este momento".

Mais uma vez ele faz, para ser bem claro, papel de bobo. É bonito um jogador que se identifica com sua torcida, é claro - os são-paulinos sabem bem como isso funciona, já que o caso Rogério Ceni é um dos únicos dos dias atuais. Mas tem que ser bem tonto pra entrar nessa cantilena no atual mundo do futebol, dinâmico como poucos.

Sinceramente, torço para que Magrão faça a tatuagem e depois receba uma proposta irrecusável do Grêmio.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Inter se redime com Adriano Gabiru

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O Internacional fez, no domingo, uma baita festa em comemoração ao primeiro aniversário de seu título Mundial. A direção colorada já alardeava sobre a festa há tempos, que ocorreria simultaneamente à exibição do filme "Gigante", um documentário sobre a conquista.

Mas dias antes da realização da festa, correu uma notícia que dizia que Adriano Gabiru não havia sido convidado para o evento. Gabiru, pra quem não se lembra, foi o autor do gol da vitória do Inter sobre o Barcelona na decisão do Mundial. Antes e depois disso, a passagem do meio-campista pelo Beira-Rio foi trágica. Perseguido pela torcida, era o jogador mais hostilizado nos jogos da equipe. E o crédito que obteve com o histórico gol não durou muito tempo - meses depois Gabiru acabou sendo dispensado pelo Colorado, indo para o Figueirense e, na sequência, para o Sport.

Após a divulgação do "não-convite" a Gabiru, a diretoria do Internacional tratou de esclarecer que tudo não havia passado de um mal-entendido e que o meio-campista estava, sim, convidado para a celebração. Ele e todos os atletas e integrantes da comissão técnica colorada que participaram da campanha do título.

Ainda havia uma rusga no ar. Será mesmo que foi só um "mal-entendido" ou Gabiru efetivamente não tinha sido convidado, e a diretoria do Internacional o chamou à festa mediante pressão popular?

A cobertura da festa deixou claro que Adriano Gabiru era sim um convidado da festa. E de gala. O site do Inter traz uma reportagem em que aborda unicamente a presença de Gabiru no evento - indo desde a chegada do jogador ao Beira-Rio até suas impressões enquanto "Gigante" era exibido. A matéria é ilustradas com "belas" fotos do atleta, como essa que está ao lado.

Taí, boa homenagem do Inter. Pelo que se diz, é assim mesmo que os torcedores colorados querem que Gabiru seja tratado pela diretoria do clube: com respeito, gratidão, carinho, mas longe do campo, pelo amor de Deus!

terça-feira, novembro 20, 2007

Qual o melhor campeão brasileiro da História?

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Depois de promover a escolha do pior campeão brasileiro da História, com vitória do Corinthians de 2005 (48% dos votos dos mais de 8.500 participantes), agora o Futepoca, com sua nova "agenda positiva", quer saber: qual o melhor campeão brasileiro já visto em terrras nacionais?

A escolha não é fácil, como já previa o Conselheiro Acácio. Os critérios adotados para indicar os times são variados: pode ser aquele que deu espetáculo, quem impressionou pela regularidade e teve pinta de campeão desde as primeiras rodadas ou o clube que foi tão superior aos demais na fase final ou no decorrer do campeonato que virou barbada em qualquer aposta de esquina ou boteco do país. No geral, as equipes aqui listadas combinam um pouco ou muito de cada um desses requisitos.

Confira abaixo os indicados, xingue porque seu time não está entre eles, mas não deixe de escolher o melhor:

Palmeiras de 1973

O primeiro bicampeão do torneio que teve início em 1971 era um esquadrão. A chamada "segunda Academia" havia sido campeã dos cinco campeonatos que disputou em 1972, e tinha o divino Ademir da Guia, Leão, Luis Pereira, Dudu, Leivinha e César Maluco. No quadrangular final, foram duas vitórias sobre o Cruzeiro (fora de casa) e Inter. Na última rodada, bastou o empate com o São Paulo para garantir o título. No total de 40 partidas disputadas, o Verdão ficou dez pontos à frente dos dois segundos colocados (na época, vitória valia dois pontos) e sofreu apenas três derrotas, com um incrível saldo de 39 gols. Não é à toa que, dos atletas vencedores daquele ano, cinco estavam na seleção que disputou a Copa de 1974

Internacional de 1979

O que falar de uma equipe campeão invicta? Esse foi um caso único na história do campeonato, 23 jogos, 16 vitórias e 7 empates. O clube de Ênio Andrade era o primeiro a conquistar três títulos brasileiros e contava com Mauro Galvão, Batista, Falcão, Jair e Mário Sérgio. Venceu o Vasco nas duas partidas finais, tanto no Beira-Rio como no Maracanã. No ano seguinte, chegaria à final da Libertadores, mas perderia o título para o Nacional de Montevidéu. Talvez a conquista de 2006 tenha vindo com 16 anos de atraso...

Flamengo de 1983

Poderia estar aqui o Mengão de 1980 ou de 1982, mas os erros - e supostos erros - de arbitragem que influenciaram essas duas edições faz com que o time de 1983 represente a maior torcida do Brasil nessa escolha. Não que nessa final também não haja reclamação por parte dos santistas, mas o Flamengo tinha um timaço. Raul no gol, Leandro e Júnior nas laterais, Adílio e Zico no meio fizeram parte de um escrete que encantou o Brasil e o mundo no início dos anos 80, tendo sido, em um curto período, campeão estadual, nacional, da Libertadores e do Mundial Interclubes. Nas duas partidas finais, perdeu do forte Santos de Pita e Serginho Chulapa em São Paulo por 2 a 1, mas superou os paulistas no Maracanã por 3 a 0.

Palmeiras de 1994

O time havia saído da fila de 17 anos sem títulos no ano anterior, com um Paulista e um Brasileiro. Agora, era novamente campeão atropelando seus rivais na reta final. O time de Vanderlei Luxemburgo tinha Velloso, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Edmundo, Evair e Rivaldo e terminou a primeira fase em quarto lugar. Mas, na hora da decisão, foi inconteste. Venceu duas vezes o Bahia nas quartas-de-final, fez o mesmo com o forte Guarani de Edu Lima e Luisão e, na finalíssima, bastou uma vitória e um empate contra seu maior rival, o Corinthians de Viola e Marcelinho Carioca, para ficar com o título. Teve ainda o melhor ataque com 58 gols em 30 partidas.

Corinthians de 1998

Mais uma vez à frente de um grande time, Vanderlei Luxemburgo podia contar no meio de campo com atletas do nível de Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho. Meias que sabiam tocar a bola e eram incisivos quando chegava a hora de atacar. E eram eles que davam o tom da equipe que terminou em primeiro lugar a fase de classificação. Em seguida, o Timão fez valer o regulamento e, nos play-offs, desclassificou o Grêmio com duas vitórias, bateu o Santos nas semifinais e superou o Cruzeiro do goleiro Dida, Müller e Fábio Junior. Contando o geral de partidas disputadas, ficou a dez pontos do vice, uma bela vantagem.


Santos de 2002

Um time em formação do qual não esperava muita coisa. Essa era a equipe do Santos daquele ano que, embora tenha tido lampejos de grande futebol no decorrer da competição, não passava a segurança necessária para o torcedor, tanto que se classificou em oitavo na primeira fase. No entanto, na fase final se agigantou e fez os fãs de futebol delirarem. Venceu duas vezes o São Paulo, chamado à época de "Real Madri brasileiro" e que tinha Ricardinho, Kaká e Luis Fabiano. Nas semis, a vítima foi o Grêmio do artilheiro da competição Rodrigo Fabri e de Danrlei, que ameaçou "dar porrada" em Robinho. Na finalíssima, duas vitória contra o Corinthians sagraram o título e o fim da fila santista de 18 anos. A equipe de Leão contava com Fábio Costa, Léo, Renato e os hoje selecionáveis Alex, Elano, Diego e Robinho.

Cruzeiro de 2003

Na primeira edição da competição disputada por pontos corridos, o Cruzeiro não só fez cem pontos em 46 jogos como também chegou a 102 gols. O time terminou 13 pontos à frente do Santos, segundo colocado, e teve o fantástico aproveitamento de 72,5% (o melhor da era dos pontos corridos e que não pode ser superado pelo São Paulo de 2007) no ano em que obteve a chamada "Tríplice Coroa", sendo campeão estadual, da Copa do Brasil e do Brasileiro. Novamente um campeão nacional tinha Luxemburgo como treinador e, desta vez, a estrela da companhia atendia pelo nome de Alex, o meia canhoto que só não fez chover naquele 2003.

São Paulo de 2007

Pode não ter dado espetáculo, mas na era dos pontos corridos ninguém se mostrou tão à frente dos rivais como o São Paulo de 2007. Superioridade em pontos, em jogos decisivos e com uma incrível marca de 15 gols sofridos em 36 partidas. Mesmo sem um craque daqueles de encher os olhos - exceção feita a Rogério Ceni -, o Tricolor contou com uma defesa firme e um meio de campo que sabe tanto marcar como atacar, com todos desenvolvendo essa dupla função. Foi tão fácil para o São Paulo que os adversários acharam sem graça o título. Mas existe mais graça para o torcedor de um time que ser campeão de forma tão superior aos demais?

Atualização 21/03/2012 - O leitor Marcelo Colorado sugeriu também a inclusão do Internacional de 1975/1976. Vai aqui o link sobre o bicampeão.

Qual o melhor campeão brasileiro da História?


quarta-feira, setembro 26, 2007

Dualib, sobre o título de 2005: "- Roubado!"

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Tá, tudo bem, o assunto já foi tratado aqui. Mas merece um post exclusivo e, por isso, cumpre-me o árduo dever de registrar, com o devido destaque, o diálogo de Alberto Dualib (foto), ex-presidente do Curíntia, admitindo para o empresário Renato Duprat que o título de 2005 foi garfado. Segue a transcrição do grampo da Polícia Federal (o grifo é meu):

Dualib: Eles vão falar: 'Mas como é que ganhou ano passado?'. Ganhou porque, se não fosse aquela p... de anulação de 11 jogos, nós estávamos fora. Porque campeão de fato e de direito seria o Internacional. Porque nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente e chegamos, entendeu, um ponto só. Roubado!

Essa fica para a posteridade.

Mais uma má notícia para o Curinthia

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Não vai dar em nada, provavelmente, até porque parece que esse procurador quer dar uma de Zveiter e só aparecer, mas Paulo Schmitt prometeu pedir a abertura de inquérito para investigar a parceira Corinthians/MSI.

E o principal alvo será a declaração do ex-presidente corintiano Alberto Dualib de que o título daquela temporada foi roubado dos colorados.

"...porque campeão de fato e de direito seria o Internacional...", diz Dualib a Duprat.

Como se vê, essa parceiria pode render muito ainda. Se comprovada a fraude, dificilmente o time do Parque São Jorge perderá o título, mas há risco de punição (mais que merecida) aos dirigentes e até mesmo de rebaixamento do time, o que ainda pode ser conseguido no campo...

terça-feira, setembro 25, 2007

Agora, vai...

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Como os corinthianos futepoquenses não se manifestam, uma notícia da busca da tão almejada série B, o projeto campeão dos aflitos 2008. Assume hoje Nelsinho Batista, que acabou de ser dispensado da Ponte Preta.

Isso não é nada, nada mesmo. Nelsinho é um técnico B que um dia se perdeu no caminho.

Pareceu que se tornaria grande técnico, dirigiu os maiores times brasileiros, agora não serve nem para o Ponte, mas vai para o ex-timão. Melhor retrato do momento atual do Parque São Jorge é difícil.

Por falar no santo, até ele deve estar envergonhado da confissão do ex-presidente Dualib, aqui reproduzido em diálogo publicado pelo portal G1, da Rede Globo.

“- Nos últimos cinco jogos nós tínhamos 14 pontos na frente (do Inter) e chegamos (N.R.: faltando cinco rodadas a vantagem era de seis pontos e não de 14), entendeu, um ponto só... roubado - diz Dualib, durante conversa com Renato Duprat, empresário ligado ao grupo MSI, ocorrida no ano passado.”

“- Olha se não tivesse aquela m... daquela anulação de 11 jogos, nós estaríamos fora... porque o campeão de fato e de direito seria o Internacional - completa Dualib.”

São Jorge que se explique...

quarta-feira, maio 30, 2007

De trajetórias e títulos

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99: Palmeiras bateu grandes times
Escrevo este inspirado pela justificadíssima bronca do Anselmo. Outro dia, um amigo e eu discutíamos sobre isso: não adianta reclamar de tabela e de regulamento. Campeão de Libertadores tem que ganhar de bichos-papões. Também por isso, o duelo de hoje no Olímpico (e da quarta que vem na Vila) tem mais sabor. É Grêmio x Santos! Se um deles for campeão, poderá se orgulhar de ter batido um bicho-papão pra torcedor nenhum botar defeito.

Tive a curiosidade de pesquisar o percurso dos últimos três brasileiros que foram campeões do torneio continental, Palmeiras (1999), São Paulo (2005) e Inter (2006).
A conclusão fica com leitores e companheiros sobre qual desses campeões precisou de mais gás.
Para mim, a trajetória do Palmeiras de Felipão foi a mais difícil e heróica, já que pegou na seqüência o ótimo Vasco de 1999, o melhor ainda Corinthians daquele ano, o River Plate e o Deportivo Cáli (este serviu para amenizar um pouco as dificuldades).
Mas as campanhas, a partir das oitavas-de-final, foram as seguintes:

Palmeiras campeão de 1999

Oitavas
Palmeiras 1 X 1 Vasco
Vasco 2 X 4 Palmeiras

Quartas
Palmeiras 2 X 0 Corinthians
Corinthians 2 X 0 Palmeiras *
*Palmeiras 4 a 2 nos pênaltis

semifinais
River Plate (ARG) 1 X 0 Palmeiras
Palmeiras 3 X 0 River Plate

Final
Deportivo Cáli 1 x 0 Palmeiras
Palmeiras 2 x 1 Deportivo Cáli*
*Palmeiras 4 x 3 nos pênaltis

São Paulo campeão de 2005

Oitavas
Palmeiras 0 x 1 São Paulo
São Paulo 2 x 0 Palmeiras

Quartas
São Paulo 4 x 0 Tigres (MEX)
Tigres 2 x 1 São Paulo

Semi
São Paulo 2 x 0 River Plate (ARG)
River Plate 2 x 3 São Paulo

Final
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
São Paulo 4 x 0 Atlético-PR

Internacional campeão de 2006

Oitavas
Nacional (URU) 1 x 2 Inter
Inter 0 x 0 Nacional

Quartas
LDU (EQU) 2 x 1 Internacional
Internacional 2 x 0 LDU

Semi
Libertad (PAR) 0 x 0 Internacional
Internacional 2 x 0 Libertad

Final
São Paulo 1 x 2 Internacional
Internacional 2 x 2 São Paulo

sexta-feira, maio 18, 2007

Isso sim é previsão

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Quem poderia imaginar que o jogador mais odiado pela torcida poderia fazer o gol mais importante da história do time?

Um certo torcedor do Inter poderia, sim. E ele deixou isso registrado ao público pouco menos de um mês antes da final do Campeonato Mundial de Clubes no ano passado, entre Internacional e Barcelona.

Confiram clicando aqui.

(Atualizando e adaptando o post em nome da inclusão digital)

No fórum em questão, um torcedor colorado criou, na maior comunidade do Internacional no Orkut, um tópico chamado "E se Gabiru fizer o gol do título mundial?".

As respostas variaram entre "você tá louco, isso nunca vai acontecer", "aí é só desligar o videogame e começar um jogo novo" e comentários precisos como "não ia fazer nada mais que a obrigação dele".

Sem contar os que prometeram coisas loucas como correr pelado em volta do Beira-Rio.