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sábado, março 23, 2013

Alguns jogos memoráveis entre Santos e Palmeiras, o "clássico da saudade"

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Santos e Palmeiras disputam amanhã o chamado “clássico da saudade”, referência ao confronto que era um dos maiores do país na Era de Ouro do futebol nacional, a década de 60. E, pelos desfalques de cada um e pelo que os times vêm jogando, deve sobrar saudades mesmo. O Santos não vai poder contar com Neymar e Montillo, em suas respectivas seleções, além de Emerson Palmieri, Patito Rodríguez, Marcos Assunção e Felipe Anderson. Do outro lado, o técnico Gilson Kleina do Verdão não vai contar com Henrique, Vilson, Leandro Amaro, Souza, Valdivia, Maikon Leite e Kleber.

Mas o clássico tem história, e é nela que se pode confiar para que um bom jogo aconteça amanhã. A primeira partida entre os dois data de 3 de outubro de 1915 e foi realizada no Velódromo de São Paulo. Goleada alvinegra sobre o então Palestra Itália por 7 a 0, com três gols de Ary Patusca, dois de Anacleto Ferramenta, um de Aranha e outro de Arnaldo Silveira, autor do primeiro gol oficial da história do Santos. O Verdão devolveria a humilhante goleada em 1932, com um 8 a 0 em uma peleja na qual o Peixe terminou com nove jogadores, com dois gols de Romeu Pelliciari, dois de Imparato III, além de anotações de Lara, Sandro, Avelino e Golliardo.

Desde aqueles idos tempos, foram diversos jogos entre os dois, alguns eliminatórios e muitos que decidiram títulos mas que não eram finais propriamente ditas, com exceção das partidas extras que definiram o chamado supercampeonato paulista de 1959, com vitória do Palmeiras (ver abaixo).
Abaixo, algumas das partidas memoráveis desses dois gigantes do futebol:

  • Santos 7 X 6 Palmeiras (Rio-São Paulo de 1958)

Talvez a partida mais emocionante entre os dois clubes e uma das maiores da história. Dizem que cinco infartos ocorreram por conta daquela peleja, com três reviravoltas no placar. No Pacaembu, 43.068 viram Urias marcar o primeiro tento do jogo aos 18 minutos. A reação peixeira não tardou e o menino Pelé, 17 anos, empatou para Pagão virar, aos 25. Nardo empatou somente um minuto depois e o que se viu a partir daí foi um atropelo santista até o final do primeiro tempo.

O time palmeirense era inferior tecnicamente a uma equipe que tinha uma linha ofensiva espetacular: Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe, responsáveis pela histórica marca de gols no campeonato paulista de 1958. Foram 143 tentos em 30 partidas, 58 só do adolescente Pelé. Após o empate, Dorval, Pepe e Pagão fizeram 5 a 2 ainda nos primeiros 45 minutos.

Nesta matéria do Esporte Espetacular, Zito conta que desceu para o vestiário dizendo que eles tinham que marcar o maior escore da história, e Pepe conta que o bicho, pago à época com o dinheiro da renda da partida, já estava sendo separado para os atletas santistas. Mazzola recorda que o goleiro Edgar chegou chorando ao vestiário, se recusando a voltar para a etapa final. Oswaldo Brandão colocou Vitor e o Palmeiras voltou outro depois do intervalo.

E em 18 minutos, um motivado Verdão virou a partida pra cima do Peixe com Paulinho, de pênalti, aos 16; Mazzola, aos 20 e aos 28, e Urias, aos 34. Um 6 a 5 que parecia sacramentar uma reação impossível, mas o impossível não queria descansar naquela peleja. Pepe voltou a empatar aos 38, de cabeça, e, aos 43, consolidou a última virada da partida.

  • Palmeiras 2 X 1 Santos (Campeonato Paulista de 1959)

O campeão Américo delira com o peixe (Palestrinos)
Como as duas equipes haviam empatado na liderança ao fim do campeonato, foi necessário decidir o título em uma melhor de quatro pontos. A série foi iniciada em janeiro de 1960 e, depois de dois empates no Pacaembu nos quais o time da Vila não contou com Jair e Pagão, no terceiro confronto no mesmo estádio o Verdão faturou a taça. O jogo teria o recorde de renda da história do Paulista até ali, com mais de três milhões de cruzeiros arrecadados.

O 2 a 1 alviverde teve gols de Pelé, Julinho e Romeiro e o Verdão saía de uma fila de quase nove anos sem conquistar títulos, algo que incomodava a torcida à época. O destaque do jogo foi o meia Chinesinho, que havia chegado ao Palestra em 1958, vindo do Internacional, em uma das transações mais caras do futebol de então. Mais tarde, foi vendido ao Modena, da Itália.

  • Santos 2 X 2 Palmeiras (Copa do Brasil 1998)

O Santos não conquistava títulos importantes desde 1984, mas vinha batendo na trave após recuperar a sua autoestima no Brasileiro de 1995. Aquele ano confirmaria o retorno santista às disputas de título, com o time do técnico Emerson Leão terminando em terceiro lugar em três competições: Brasileiro, Rio-São Paulo e Paulista, além de ter vencido a Copa Conmebol.

A conquista que geraria outra
Já o Palmeiras de Felipão era um time moldado à sua feição, com a dupla Paulo Nunes e Oséas à frente e Alex e Zinho no meio, guardados por Galeano e Rogério “Pedalada”. Após um empate em 1 a 1 no Parque Antárctica, o Verdão passou à final contra o Cruzeiro com um 2 a 2 na Vila Belmiro, se classificando pelo critério de gols marcados fora de casa. Marcaram para o Santos, que saiu da competição invicto, Viola e Argel; para o Palmeiras, Oséas e o ex-santista Darci. O título daquele torneio assegurou aos palmeirenses a vaga na Libertadores do ano seguinte, quando se sagraram campeões pela primeira vez.




  • Palmeiras 2 X 3 Santos (Campeonato Paulista de 2000)

Gol não tão bonito, mas precioso
Sem chegar a uma final de Paulista havia 16 anos, o Santos disputava a segunda partida da semifinal no Pacaembu contra o forte Palmeiras. Na primeira peleja, no Morumbi, o Verdão chegou mais perto da vitória, mas um então jovem Fábio Costa evitou que a partida saísse do zero a zero.

A segunda partida também foi no estádio da Zona Sul e o Alviverde, que tinha a vantagem do empate, conseguiu se impor ao marcar com Argel, aos 32 do primeiro tempo, e Euller, aos 8 da etapa final. Aquela partida disputada pela manhã, contudo, se tornaria histórica para os santistas.

Com uma bela finalização, Eduardo Marques diminuiu para o Peixe aos 23 e Anderson Luiz empatou aos 32. O Palmeiras recuou buscando manter o empate que lhe bastava e o Santos partiu para cima, sem muita tática ou técnica. E, após um cruzamento de Robert, Claudiomiro dividiu com Marcos e cabeceou para o gol, com a bola ficando limpa para Dodô, caído, marcar o gol da virada. O Peixe do técnico Giba chegava à final, a qual perderia para o São Paulo.

  • Santos 2 X 1 Palmeiras (Campeonato Paulista de 2009)
Fez a diferença o baixinho (Nilton Fukuda/AE)
O Palmeiras era favorito nas semifinais do Paulista, havia feito a melhor campanha na primeira fase, e o Santos era uma equipe em formação. Vágner Mancini já aproveitava Paulo Henrique Ganso como titular e tinha promovido naquela competição a estreia de Neymar como profissional.

A equipe de Vanderlei Luxemburgo havia perdido a primeira na Vila por 2 a 1 e saiu perdendo também no Parque Antarctica logo aos 17, com Madson, um dos destaques daquela noite, marcando para os santistas. No segundo tempo, Mauricio Ramos fez pênalti em Neymar, sendo expulso, algo não muito incomum para o atleta. Kléber Pereira converteu e a vantagem peixeira se ampliou.

O Verdão ainda respiraria com um gol de Pierre, uma falha monumental de Fábio Costa. A peleja teria ainda a inusitada confusão entre Diego Souza e Domingos, resultando na expulsão dos dois. O Santos foi à final, mas perdeu a decisão para o Corinthians.


  • Santos 3 X 4 Palmeiras (Campeonato Paulista de 2010)

O coreógrafo Pablo Armero
Esse jogo já foi tema de post aqui e aqui. O Santos vinha embalado com o belo futebol jogado pelo time de Dorival Junior. Antes desdenhados pelo antigo técnico Vanderlei Luxemburgo, Neymar e Ganso começavam a se destacar, ladeados por Robinho e tendo como coadjuvantes André, Marquinhos e Wesley.
Pará fez o primeiro aos 10 e Neymar fez aos 30. Dava pinta de que poderia ser uma goleada alvinegra e o Peixe desperdiçava chances até que o aguerrido Palmeiras empatou ainda na etapa inicial com dois gols de Robert, feitos em dois minutos, aos 41 e 42.

No retorno, o Alviverde conseguiu a virada com um gol de Diego Souza. Madson empatou aos 35 mas, em seguida, o time da casa ficou com um jogador a menos, Neymar foi expulso depois de falta dura em Léo.

A (re) virada fantástica palmeirense veio mais uma vez com Robert, que aproveitou falha no meio de campo de Arouca e definiu a vitória. Mas o destaque da peleja foi o lateral Pablo Armero dançando o que ficaria conhecido mais tarde como “Armeration”, uma resposta aos santistas que comemoravam seus gols com dancinhas à época.


Na última partida entre os dois, pelo Brasileiro de 2012, o Santos levou a melhor: 3 a 1, em noite de homenagem a Joelmir Beting. 

Se você é santista e quiser ver só vitórias do Peixe, clique aqui.

domingo, junho 06, 2010

Santos 4 X 0 Vasco - A alegria voltou à Vila

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Sem Neymar e Arouca, e com toda uma pressão da imprensa que insiste em retratar uma dita crise na Baixada, o Santos entrou em campo sabendo que tinha que dar uma resposta à própria torcida, que já começava a desconfiar (e cornetar) o time. Superior tecnicamente ao adversário, o time dominou o Vasco no primeiro tempo, mas não foi um domínio amplo. A equipe cruzmaltina marcou bem, principalmente o cérebro santista Paulo Henrique Ganso, que em poucas ocasiões tinha menos de dois defensores vascaínos em seu encalço. Assim, até a metade do primeiro tempo as chances rarearam e o time carioca conseguia seu intento de suportar a pressão peixeira.

Àquela altura, Madson era mais meia do que atacante, a despeito dos apelos de Dorival para que o substituto de Neymar ficasse mais à frente. Quando esteve mais próximo de André como queria o treinador, levou perigo. Deu uma bela assistência para o nove santista que mostrou a tranquilidade dos grandes centroavantes, mas contou com um capricho do destino que impediu a sua bola de entrar aos 30, tocando a trave e voltando para as mãos de Fernando Prass.

Logo depois, após uma jogada duvidosa em que parecia não poder pegar uma bola recuada, o arqueiro não reparou que Léo estava atrás e jogou a pelota no chão para fazer a reposição. O lateral foi mais rápido, pegou a bola e sofreu o pênalti que poderia ter resultado na expulsão de Prass, que só tomou cartão amarelo. Mas o lance resultou no gol de André, aos 33. Depois disso, o Santos ainda teria mais oportunidades em contra-ataques, mas uma certa falta de solidariedade misturada ao desentrosamento na frente impediram o Santos de ampliar a vantagem.

No início do segundo tempo, em uma disputa de bola, Rodriguinho, que entrou no lugar de Arouca, se contundiu. Maranhão entrou na lateral direita e Pará se tornou volante.  E menos de dois minutos após sua entrada, aos 7, o lateral, que até hoje enfrenta a desconfiança da torcida alvinegra, acertou um belo chute e fez o segundo na Vila.

O Santos passou a envolver o adversário, com a bola de pé em pé, como em seus melhores momentos no ano, quando em determinadas ocasiões espreitava o adversário para marcar. E assim foi que Madson achou sozinho André, que não desperdiçou a chance de fazer o terceiro aos 17. Dancinha, comemoração com Arouca e Neymar que viam a partida, e a alegria parecia estar definitivamente de volta à Vila Belmiro.



Dois minutos após o gol, Fumagalli, que havia entrado há menos de dez minutos, cometeu uma falta violenta em Pará e foi expulso. Os espaços cresceram, o meia Zezinho entrou no lugar de Léo, forçando nova mudança de posição de Pará, que passou para a lateral-esquerda. Na verdade, o menino entrou para jogar como atacante no lado esquerdo, mantendo o esquema tático de Dorival e os ataques pelas laterais. A volúpia por gols - a mexida do treinador mostrava isso - tinha voltado e Wesley quase marcou o quarto aos 26. Mas este veio aos 28, em jogada de persistência de Zezinho, que cruzou para Madson fazer o dele.

Ganso saiu aos 29 para a entrada de outro jovem, Breitner. Depois disso, Fernando Prass ainda fez uma grande defesa em cabeçada de Edu Dracena, André tirou um gol de placa de Maranhão, Zezinho foi fominha e não serviu o centroavante peixeiro, Cesinha tirou uma bola em cima da linha... Como em outras partidas neste ano, o Alvinegro fez muitos e poderia ter feito outros tantos. O goleiro Rafael foi quase um espectador da partida. Com o 4 a 0, o Peixe igualou a maior goleada nos confrontos entre as duas equipes em Brasileiros.

De resto, o Santos mostrou o que já se sabia, que tem elenco do meio pra frente. Atrás, Maranhão, adquirindo mais confiança, também pode ser útil no futuro, enquanto Madson jogou sua melhor partida há tempos, e sua presença no gramado voltou a ser decisiva. Terminar essa fase pré-Copa em alto astral, com goleada, não é pouca coisa pelo tanto que andou se falando a respeito da equipe. A alegria voltou e tomara que permaneça no segundo semestre.

domingo, fevereiro 21, 2010

Mirassol 1 X 2 Santos - o palco não ajudou o show

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Se a ausência de Neymar e Ganso, suspensos, já indicava que a possibilidade de show seria menor do que em outros jogos, o gramado encharcado do estádio do Mirassol só sacramentou essa impressão. Ainda sem George Lucas e Léo, novamente Dorival improvisou nas laterais, com Roberto Brum na direita e Pará na esquerda. No lugar dos infantes terríveis da frente, entraram Marquinhos e Madson.

Na primeira etapa, domínio santista. Jogando do lado do campo menos danificado, a equipe conseguiu tabelar e tocar rapidamente a bola e coube ao mais que útil Wesley marcar o gol aos 26, graças à movimentação de Madson, que abriu espaço para a finalização do meia. Tento merecido pelo maior volume de jogo da equipe alvinegra, apesar de um número bem menor de jogadas plásticas que nas pelejas anteriores. Mas o destino quis que em uma jogada de fliperama, uma falta cobrada pelo Mirassol que bateu em dois atletas peixeiros, o empate viesse ao 34.



Já no segundo tempo, Madson conseguiu fazer aos 12, por meio de uma bela cobrança de falta. E depois, jogando no lado do campo onde era impossível trocar passes rápidos, o time não conseguiu mais pressionar. O Mirassol se animou e, com sucessivas ligações diretas (vulgo chutões) passou a levar perigo. A substituição de Marquinhos para a estreia do lateral-direito Maranhão, claramente sem ritmo de jogo, fez com que o time santista perdesse o meio e também passasse a apelar para os lançamentos compridos. Ainda assim, a equipe do interior não teve força ofensiva (leia-se técnica) para empatar e o Peixe saiu vitorioso.

Esta foi a sétima vitória seguida e o Peixe consolidou a liderança quatro pontos à frente do vice-líder e a oito do primeiro colocado fora da zona de classificação. Não dá pra reclamar.

*****

De positivo, a reestreia de Maikon Leite, esse sim um verdadeiro guerreiro, que retorna após outra gravíssima contusão. E, no primeiro lance, não teve medo e partiu para a dividida, mesmo em um campo pesado e encharcado. Em poucos lances, mostrou que pode ser útil a Dorival Junior, que hoje tem uma gama de opções ofensivas de dar inveja aos rivais, considerando-se ainda Zé Eduardo, Giovanni e o garoto Breitner. O problema é do meio pra trás, onde os alas titulares estão contundidos e as improvisações fragilizam a defesa alvinegra.

sábado, agosto 08, 2009

Santos 2 X 2 Avaí - Empate com sabor de derrota amarga

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Um gol antes dos dez minutos sempre facilita muito a vida de uma equipe. Ainda mais quando o adversário é um time bem montado na defesa, compacto no meio de campo e que sai rápido com a bola. Por isso, o gol marcado por Madson aos 9 da primeira etapa determinou o andamento de uma partida que se anunciava bem difícil.




Até a saída de Germano, contundido, o Santos conseguia manter a posse de bola por mais tempo, a defesa em linha do Avaí permitiu algumas enfiadas de bola, com participação principalmente de Madson, que se deslocou bastante à frente. Aliás, o baixinho é o termômetro da equipe..Quando começou a cair de rendimento ainda com Mancini, o Alvinegro inteiro passou a jogar mal.

Já a partir da metade da etapa inicial o Avaí começou a equilibrar, marcando a saída de bola santista e chegando perto do gol de Felipe, sem nenhuma chance mais incisiva porém. A entrada do atacante Felipe Azevedo desmontou o esquema de três volantes e o time perdeu poder de marcação.

No segundo tempo, pelo fim da etapa anterior, podia-se esperar o Avaí partindo pra cima e tentando o empate. Mas o Santos voltou melhor e outro gol rápido, em bela jogada de Léo, novamente atrapalhou os planos da equipe catarinense aos 6 minutos. De novo, pelo lado capenga do time azul, o direito da sua intermediária e Kléber Pereira quebrou o incômodo jejum que o perseguia (e que é comum em sua carreira, como dito aqui).

Mas aos 20, William, bicampeão brasileiro pelo Santos, mas que não deixou saudades na Vila, ressuscitou a equipe avaiana com um gol aos 20 minutos. A partida que parecia ganha, já não o era, e cinco minutos depois, em uma jogada de bola parada que bateu nas costas de um atleta do Avaí, o Santos sofreu o empate.

Àquela altura, Madson jogava mais fixo na esquerda, com Felipe Azevedo na direita, o que facilitou a marcação do rival, já que no primeiro tempo o baixinho se deslocava por todo o ataque. Luxemburgo colocou Neymar no lugar de Paulo Henrique. Pelo meio, o garoto foi muito bem marcado, sofreu várias faltas, algumas duras, outras nem tanto. E era nas bolas paradas que o time tentava o desempate, sem nenhuma criatividade para fustigar o goleiro Eduardo Martini em um lance mais trabalhado. Depois, aos 40, Luxa substituiu o atacante Felipe Azevedo, que havia entrado no lugar de Germano, por outro atacante, Tiago Luis. Efeito zero. E a partida ficou mesmo no 2 a 2.

O resultado evidenciou a falta de opções no elenco, mais do que falada nesse espaço. Com o afastamento de Brum e com Émerson se preparando fisicamente, o time não dispunha de um volante reserva e, com a contusão de Germano, Luxemburgo não pode manter seu esquema de três volantes. Após a saída de Paulo Henrique, o Santos ficou sem qualquer meia típico na armação, já que Molina não está mais no grupo e Alan Patrick ainda não conquistou a confiança do treinador. Ou seja, tudo indica que a zona intermediária é o lugar natural do Santos nesse campeonato. Mas como o nível dos outros times é semelhante, superação e conjunto podem alterar a lógica, embora não acredite que isso vá acontecer.

E fica de novo a pergunta: vale a pena gastar tanto com um técnico sem reforçar o elenco? E, depois desse dinheiro gasto, o que restará para 2010, provavelmente sem o comandante preferido de Marcelo Teixeira?

domingo, junho 14, 2009

Botafogo 2 X 0 Santos - Dessa vez, o ataque não salvou

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Durante esses dez dias sem jogar, muito se falou do ataque e da defesa do Santos. Na frente, o melhor ataque do campeonato, muitas variações de jogada e atletas que pareciam se entender por música. Atrás, falhas individuais e desentrosamento que comprometiam o sucesso dos avantes, que viam seus esforços caírem por terra por conta do sistema defensivo.

Ontem, o Santos entrou em campo parecendo estar mais preocupado em salvar a honra da sua defesa do que consolidar a boa fama do seu ataque. A equipe não ofereceu perigo ao Botafogo durante toda a partida e o adversário, mesmo tecnicamente inferior e sem oferecer grandes riscos, mereceu a vitória simplesmente porque a procurou.

E olha que a torcida, acostumada a culpar Kléber Pereira por gols perdidos, nem disso pode se queixar. O centroavante, mais que isolado, não teve uma chance clara de gol, voltando todo o tempo para receber a bola que não chegava. Madson parecia sentir as dores musculares que o tiraram dos treinos da semana e pouco produziu. Molina não rendeu, o que, aliás é habitual. Ele finaliza bem de fora da área e também é bom cobrador de bolas paradas. Mas é quase só isso. Pode até definir uma partida em um lance desses, mas a experiência mostra que isso não é a regra.

Porém, o que impressionou ontem foi o desempenho de Paulo Henrique Ganso. E aqui não se trata de cornetar, mas sim de cobrar de um atleta que tem muito potencial, já mais do que provado. Uma coisa é quando um atleta tem um dia ruim e não consegue desenvolver uma jogada boa sequer. Acontece. Outra é quando dá passes de lado, para trás, e não tenta um lance incisivo quando se espera justamente isso dele.



A jogada do primeiro gol do Botafogo se inicia justamente quando Ganso tem a bola na ponta esquerda e, ao invés de tentar um cruzamento ou o drible no defensor, toca para Roberto Brum atrás. O volante perde a bola, o Botafogo avança, e sai o tento. Não sei se o meia peixeiro se impressionou com os elogios e o oba-oba recente, com declarações de Pita, do técnico do Milan Leonardo, e o assédio da mídia. Mas ontem parecia um veterano em campo, correndo pouco, marcando idem, e sem ímpeto para ir em direção ao gol, como ficou evidente, aliás, em uma bola que Léo passou aos 17 do primeiro tempo, quando o lateral tocou para o meia que não se deslocou para receber.

É preciso que Mancini fique atento e não deixe que o excelente meia se torne uma versão alvinegra de Keirrison, do Palmeiras. Até porque, com o elenco que tem, o Peixe não pode se dar a esse luxo. Por enquanto, Ganso tem crédito.

A defesa

Não entendi porque Fábio Costa não tentou pular no chute de Batista. Aliás, novamente, nos únicos lances efetivos do adversário, o goleiro não evitou. Alguém, sinceramente, acha que se o arqueiro fosse o mediano Douglas o resultado teria sido pior? Ainda que se diga que FC não tenha tido culpa, o maior salário do elenco mais uma vez não fez diferença. E teve que contar com a ajuda do desafeto Fabiano Eller para não tomar mais um gol por cobertura.

Fabão, no segundo gol, resvalou na bola que foi parar nos pés de Laio. Ainda que não tivesse participado do lance, o lançamento provavelmente deixaria o atacante do Botafogo em condições de marcar. Ou seja, mais culpa do próprio posicionamento da defesa, típico de time desesperado que vai à frente de qualquer jeito, do que do defensor santista.

segunda-feira, junho 01, 2009

Santos 3 X 1 Corinthians - com titulares ou reservas, clássico é clássico

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Pergunte a qualquer torcedor se ele gosta de pegar seu rival com time reserva. Se alguns  acham que a parada fica mais fácil, certamente outros dirão que é sempre um risco, porque  perder um clássico é algo que acontece, mas ser derrotado pelos suplentes do adversário é de  amargar...

Por isso o Santos entrou com a obrigação da vitória ontem, na Vila. Mas Mano Menezes tentou  evitar a pressão santista no início do jogo, que poderia fazer seu time sucumbir de pronto. Marcou no campo do adversário, contando com a rapidez de Morais, Lulinha e Boquita para tentar assustar os donos da casa. Teve uma chance, aos 13 minutos, e só.

Três minutos depois, Paulo Henrique marcou e consolidou o domínio santista que já se insinuava. O mesmo Ganso, em um primeiro tempo pra lá de inspirado, marcou de novo aos 29. O time corintiano, com muitos garotos, não aguentou a pressão e começou a ceder espaço.

A fatura aparentemente liquidada só foi ameaçada quando Fábio Costa tentou agarrar e soltou uma bola chutada por Morais nos pés de Renato, aos 4 do segundo tempo. Ainda assim, o gol não abalou o Santos, que passou a tocar mais a bola no campo do adversário.

O que aconteceu a partir daí foi uma sucessão de faltas cometidas pelo Corinthians, resultando em  cartões amarelos seguidos e na expulsão de Lulinha, que fez falta por trás em Léo. Antes disso, o zagueiro Jean, que mostrou a mesma elegância e técnica dos tempos de São Paulo, fez falta criminosa em Madson, mas só foi advertido com o amarelo.

Com um a menos, o goleiro Julio César começou a se destacar e se tornou o grande nome corintiano, evitando uma goleada. Mas não conseguiu evitar o gol de Madson, de novo um dos melhores santistas em  campo, aos 44. E ele corre... correr... corre...




Times reservas

O Santos cumpriu sua obrigação ao vencer os reservas do Corinthians. Poderia ter sido por uma diferença maior? Sim, mas é bom lembrar que times reservas às vezes complicam a vida dos  rivais.

O próprio Peixe fez isso em 2004, na Copa Sul-Americana. Priorizando o Brasileiro, o time usou reservas, com a entrada de titulares apenas no segundo tempo. Nas duas partidas, seu adversário, o São Paulo, usou sua força máxima. Mesmo assim, o clube alvinegro desclassificou o Tricolor com uma vitória de 1 a 0 e um empate em 1 a 1.

É preciso ter cuidado contra reservas... O Inter, que com suplentes superou o Palmeiras e o Avaí, é uma boa mostra disso.

domingo, abril 26, 2009

Primeiro ato: Santos 1 X 3 Corinthians (visão santista)

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Foram seis finalizações do Corinthians contra o Santos. Três foram pro gol, e pro fundo dele. Fábio Costa não fez uma defesa. Isso, por si só, daria ao santista esperanças para a segunda partida no Pacaembu. Mas, por outro lado, quem perde tantos gols e faz somente um, precisa de quantas chances pra fazer três de diferença?



É nisso que o torcedor praiano pensa depois da derrota. Alguns já elaboram desculpas para justificar o vice-campeonato. Outros, tentam ter esperanças. Hoje, o acaso e Ronaldo foram contra nós. Uma falta boba de Pará, uma matada no peito infeliz de Kleber Pereira e um toque involuntário da bola em Fabiano Eller definiram a partida. Fora as defesas de Felipe. No próximo domingo, a sorte pode estar do lado peixeiro.

*****
O Santos teve volume de jogo, perdeu um sem número de chances. Mas acho que Mancini errou ao tirar Kleber Pereira. Foi uma substituição mais de torcedor do que técnico, e explico porquê, eu que xinguei tanto o matador durante o jogo. Pelo menos três bolas alçadas na área depois da saída do nove santista foram direto pro Roni. Que perdeu todas. Pudera, tem 1,70. O time perdeu presença de área com a saída de Pereira, e isso foi fatal.

Mas a culpa não é do treinador. Até porque a entrada de Maikon Leite, há meses sem atuar, foi uma demonstração óbvia da falta de elenco que a equipe tem. Só um atacante alto, e sem homens de frente velozes no banco, Mancini se virou como pôde. É preciso reforçar para o Brasileirão. Pedrão, do Barueri, será muito, mas muito bem vindo dentro desse contexto.

A propósito, tiraria Neymar para a entrada de Róbson, que precisava ir para o jogo mesmo.

*****
Neymar, Fábio Costa e Kléber Pereira foram decisivos nas semifinais. Hoje, não foram bem. Neymar, ao contrário de Robinho, que nunca perdeu para o Corinthians, revivendo a mística de Pelé, jogou duas vezes e perdeu ambas jogando pouco. Acho que tem mais potencial que o atacante do Manchester City, se vai se dar melhor ou não, só o tempo dirá. Mas, ao contrário dele, jogou poucas partidas no Paulistão desse ano, enquanto Robinho disputou um campeonato brasileiro inteiro antes de fazer história, graças a Émerson Leão. O mesmo pode valer ao se se comparar Paulo Henrique com Diego.

Por conta desse alto grau de exigência que a comparação cruel traz à mente, é bom o torcedor do Santos ter paciência com esses dois atletas. São bons, podem ser craques sim, mas estão em meio a um furação graças à pífia administração peixeira. São milagres e, por isso, todo alvinegro tem que agradecer a eles, e não xingá-los.

Sobre atletas decisivos, Madson, novamente, foi efetivo, mas não o suficiente.

quinta-feira, março 26, 2009

Com a escalação correta, jogo fácil para o Santos

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Como faz diferença quando se entra em campo com a melhor escalação possível... Ao contrário de domingo, Vágner Mancini colocou Madson e o jovem Paulo Henrique como titulares, deixando fora Roni e Lúcio Flávio. Assim, o Santos foi ao mesmo tempo consistente no meio de campo – ora Neymar, ora Madson recuavam para buscar a bola – e leve, com triangulações e passes rápidos.

E foi a segunda vez na Era Mancini que o time jogou bem no primeiro tempo. Em que pese o Santo André ter tido a primeira chance de gol - e única dele na etapa inicial -, o Alvinegro dominou e foi em uma jogada de Neymar, pela esquerda, que o placar foi aberto. Madson conseguiu um chute improvável, pela pequena distância entre o pé de apoio e a bola.

O segundo saiu de quem menos se esperava. Triguinho, que vem atuando mal, estava posicionado para atuar quase como um terceiro zagueiro, função que exerceu em outras partidas muito por conta do pífio desempenho à frente. Mas Kléber Pereira fez o trabalho de pivô e deu de bandeja o tento para o lateral.

É claro que o Santo André tentou pressionar na segunda etapa. O treinador Sérgio Guedes pedia para seus laterais avançarem. Mas como, se Neymar estava nas costas de um ou de outro? E um drible da vaca aplicado em Elvis dentro da área, que resultou depois em uma chance de gol de Rodrigo Souto, mostrou aos andreenses que com aquele moleque em campo, chamando jogo, o empate era impossível. De novo, apanhou, foi intimidado, mas de nada adiantou.



Por justiça, o terceiro seria dele. Bela jogada de Madson pela direita e o garoto recebeu na área. Três jogadores na frente, mas Neymar não se enervou. Olhou, chutou de forma sutil, fora do alcance do zagueiro e do goleiro. O jogo acabava ali. E daí que ainda tinham mais dois terços do segundo tempo? O rival desmoronou, sem moral, sem esperança. E logo depois, quando o meniono saiu, sentindo dores no pé esquerdo por conta de uma pancada ocorrida na partida contra o Rio Branco, o interesse da peleja caía a quase zero. E depois da substituição de Paulo Henrique, que ainda dava à partida algo de imponderado, era mais importante secar a Portuguesa, que ontem só conseguiu permanecer no G-4 graças a um erro de arbitragem. Quem diria, hein...

Com o empate luso em casa, contra o Mirassol, o Santos fica a um ponto da zona de classificação. Tem mais duas “finais” contra Barueri, no sábado, e Lusa, no meio de semana. E é nesse clima de decisão, uma atrás da outra, que o santista poderá saber o que esperar da equipe no Brasileirão. Que mais andorinhas façam companhia a Neymar.

*****

Luisinho na direita e Triguinho na esquerda ainda causam arrepios ao torcedor. Roberto Brum, pelo jeito, perdeu mesmo a posição para Germano, que não atuou em função de ter tomado o terceiro cartão amarelo. Parece óbvio que o Santos vai precisar de reforços. Se e quando eles virão é que angustia...

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

E o Santos não passou no teste...

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Antes do clássico de hoje, a imprensa falou que essa seria a partida-teste para o Palmeiras, já que enfrentaria um adversário à altura. Mas, na verdade, o time da Vila Belmiro foi um sparring pobre e para os peixeiros foi de fato um teste para suas pretensões no ano. Teste no qual eles não passaram e em que ficaram evidentes as falhas de planejamento (sic) da diretoria local (e bota "local" nisso).

Com 11 minutos, o Palmeiras tinha chegado ao gol com chances claras de marcar por três vezes. O Santos, sequer tinha finalizado ao gol. O primeiro chute só viria aos 33, com o volante Germano. Pra fora. Vanderlei Luxemburgo fez o óbvio contra um time com dois zagueiros pesados, um tosco lateral improvisado como Adriano e Leo ainda fora de forma: colocou sua equipe para marcar pressão e tirar a saída de bola do Santos. Se Márcio Fernandes poderia até ter dado mais mobilidade no ataque com o meia Róbson no lugar de Roni, o que aconteceu na prática foi que Kléber Pereira ficou isolado, contra dois ou três zagueiros, enquanto o meio de campo peixeiro tinha três atletas que não marcavam: o próprio Róbson, Madson e o inoperante Lúcio Flávio.

Ficaram desnudas as deficiências do Alvinegro. Sem jogadores de marcação no meio, sem lateral direito de ofício e também sem Pará, expulso de forma infantil na partida do meio de semana, restou ao Palmeiras deitar e rolar. Isso, sem contar com a falha de Fábio Costa no primeiro gol e a grosseria de Adaílton no segundo.

Como nenhum time no mundo aguenta fazer marcação-pressão o tempo todo, nos últimos dez minutos o Santos pressionou. Mas as poças do terrível gramado do Palestra, uma defesa sensacional do goleiro Bruno e os zagueiros alviverdes fazendo milagres não permitiram que o time tivesse melhor sorte. No intervalo, restou a esperança, reforçada pela lembrança do clássico do Paulista de 2007, quando o resultado era o mesmo no final do primeiro tempo, mas o final foi um belo 3 a 3.

Mas, com menos de um minuto, vem outro gol de Keirrison, o nono contra o Peixe nas últimas três partidas. E o Santos perde uma, duas, três chances. O Palmeiras, recuado, conta com a sorte, além de tudo. Mas Kléber Pereira, em jogada de Madson, faz o dele. O torcedor teve esperanças, mas o jogo foi decidido em 46 minutos. Uma soma de fatores, a saber: elenco carente em algumas posições, um adversário mais bem entrosado, melhor tecnicamente e jogando em casa, mais contratações que não renderam decretaram a derrota santista. O quarto gol foi a pá de realidade na cova santista. Dessa vez, a culpa menor foi de Márcio Fernandes. Mas ele deve pagar o pato, justa e também injustamente.





Individualidades santistas
Quando o técnico Leão tirou Fábio Costa da partida contra o Barueri, em 2008, muitos chiaram. Claro que o treinador é chegado em confusões, mas será que ele estava errado? O goleiro voltou, como sempre volta, acima do peso, na ocasião, com cinco quilos a mais. E demora pra se recuperar, o que afeta a olho nu seu desempenho. Começo de Paulista é sempre garantia de falhas do arqueiro.

Lembra da partida contra o Marília em 2006? Do jogo contra o Mirassol ou mesmo contra o São Caetano, quando rebateu bolas para o meio da área? Hoje, nova rebatida que resultou no terceiro tento palmeirense, fora a falha no primeiro gol. Claro que o arqueiro tem crédito, mas é profissional voltar sempre com quilos a mais e demorar pra se adaptar e render para a equipe? Acredito que não.

Madson deu uma assistência, correu muito e, ao contrário de outras ocasiões em que foi bem improdutivo, dessa vez se salvou em meio à mediocridade. O triste é lembrar que era o único que se salvava no temerário Vasco do ano passado. Mau sinal.

Pra resumir, Adriano, que não consegue dar um passe de dois metros, não tem condições de ser titular do Santos nunca. Cães de guarda existem aos montes por aí. Não precisamos de mais um.

E como perguntar não ofende, algum santista, vendo o Lúcio Flávio jogar, não tem uma pontinha de saudades do Tabata?