Destaques

quarta-feira, março 05, 2008

Santistadas

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Quando jogava futebol de botão, eu adorava ganhar de 1 a 0, o placar de Santos e Chivas Guadalajara.

As observações, sem análises táticas complexas:

1) o Santos deve dar gracia dio, porque o Chivas é um bom time, e o que assegurou a vitória foi a mística da Vila Belmiro. E ter ganhado na Vila foi decisivo com vistas à classificação às oitavas. O Santos pode agora se dar ao luxo de perder no México;

2) o Molina fez um gol espírita. Fora isso, é um jogador que pode dar alegrias à torcida do Santos;

3) a torcida do Santos presente na Vila apoiou o time. Mas a torcida do Santos de Santos deu vexame. A Vila era pra estar lotada. Se fosse no Pacaembu, lotava. Vaias para a torcida do Santos, que conseguiu deixar semi-vazio um estádio com capacidade para 20 mil pessoas;

4) Fábio Costa mais uma vez mostrou ser um líder (antes e durante o jogo) e um jogador imprescindível ao time (como ouço de cerca de 95% dos santistas que conheço). Diga-se, o único remanescente daquele time campeão de 2002, que era: Fábio Costa; Maurinho, Alex, André Luiz e Leo; Paulo Almeida, Renato, Elano, Diego; Robinho e Alberto.

5) O tal Quiñonez jamais deveria vestir novamente a camisa do Santos; o Carleto tem futuro, mas atualmente eu prefereria o Carlinhos (sic). O Carleto está comprometendo demais. Tem que ser muito lapidado ainda. Que falta que faz o Kléber.

6) o Betão é muito, mas muito ruim.

7) ao contrário do que eu disse em comentários de blogues parceiros (motivado mais pela paixão do que pela razão), acho que o Leão tem que continuar. Mas (aí é que está!), não apenas nesta temporada. Tinha que ficar uns 3, 4 ou 5 anos. Pra dar tempo de a história se consolidar.

terça-feira, março 04, 2008

Divagações sobre a crise entre Colômbia, Equador e Venezuela ou Lembranças dos anos 60

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O governo colombiano de Álvaro Uribe parece estar metendo os pés pelas mãos de forma grotesca nos últimos dias. Primeiro, bombardeou parte do território do vizinho Equador em busca de acampamentos das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, grupo que uns dizem ser de guerrilha marxista outros de narcotraficantes), em clara violação da soberania do país. É como se, digamos, “inimigos internos” (para usar um termo da época da ditadura) da Argentina se escondessem no Mato Grosso e os platinos mandassem bombas no Pantanal. Acho que nós brasileiros não iríamos gostar nem um pouco.

Depois do malfeito, Uribe pediu desculpas meio acanhadas pela invasão. Com a reação de Rafael Correa, presidente do Equador, e do mandatário venezuelano Hugo Chávez, aliado próximo do governo equatoriano, que envolveu inclusive movimentação de tropas para as fronteiras e retirada de embaixadores, Uribe divulgou informações de que tanto Correa quanto Chavéz teriam acordos com as Farc, o que provaria que a Colômbia estava sendo atacada por “terroristas”. Do jeito que eu entendo, isso quer dizer que os dois são inimigos do governo colombiano, o que nos coloca num cenário de guerra.

Hoje, o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos, disse que as Farc estavam tentando adquirir material radioativo para fabricar uma “bomba suja”. Quer dizer, o que nenhum grupo terrorista do mundo, nem a poderosa Al Qaeda, teve coragem ou recursos para fazer, lançar uma bomba atômica. E em seu próprio país! Não parece fazer muito sentido.

A Colômbia faz tempo que é ponta de lança dos interesses americanos na América do Sul. O plano de combate às drogas de Uribe é financiado com dinheiro estadunidense, segue suas orientações e prevê presença militar dos States no território. Com a chegada ao poder de vários governantes mais independentes de Washington, a proximidade deve ter aumentado. Por isso, talvez, Uribe esteja sentido-se mais a vontade para botar suas mangas de fora.

As décadas de 60 e 70, quando ocorreram intervenções das mais variadas por parte dos EUA nos países da América Latina, vêm à memória numa situação dessas. Uma operação como essa contra o Equador, aliado do segundo maior adversário dos EUA na América (Cuba ainda é o primeiro, simbolicamente, apesar da Venezuela ter muito mais bala na agulha) não tem cara de ser sem motivo, tem? As análises que eu li acham improvável que os três países cheguem à vias de fato, ou seja, uma guerra. Tomara que tenham razão.

Homem pelado invade jogo de críquete e leva ombrada de jogador

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No meio de uma emocionante (suponho) partida de críquete, na Áustrália, um torcedor tirou a roupa e invadiu o gramado. O jogador Andrew Symonds, sem pestanejar, correu para cima do cara e desceu-lhe uma ombrada, segundo o IG, ao melhor estilo do futebol americano. Depois disso, seguranças conseguiram prender o maluco, que deverá ser processado pela estapafúrdia invasão. Symonds também deve responder a processo, caso o Conselho Internacional de Críquete decida acusá-lo por agressão contra espectador.

Ah, sim! Para quem se interessa, a partida era entre as seleções australiana, onde joga Symonds, e indiana, válida por um tornei internacional da modalidade que mexe com os corações do mundo. O time da terra dos cangurus venceu a peleja.

segunda-feira, março 03, 2008

Buenos Aires, versão futebol

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Aproveitando minhas curtas férias, passei duas semanas flanando em Buenos Aires. E, como não poderia deixar de ser, banquei a correspondente internacional: fui ao jogo River Plate vs. San Lorenzo, pela 3ª rodada do Clausura, para apurar in loco as diferenças entre o futebol - e tudo o que ele envolve - do Brasil e dos hermanos. Ok, para ser sincera, a minha comparação ficará entre o que acontece no Morumbi e no Monumental.

O que mais me surpreendeu foi que, a despeito do que dizem certos comentaristas por aí, não é verdade que a torcida argentina não pare de cantar. Como em qualquer jogo meia boca, ficam calados na maior parte do tempo, só levantando a voz para comemorar um gol ou para xingar um adversário mais violento ou firulento. Pena que não teve um jogo do Boca para eu tirar a prova.

Comprar ingressos para aquele jogo foi uma tarefa fácil. Embora eu tenha encarado um esquema turistóide, com direito a pizza e cerveja antes do jogo - afinal, lá como cá a bebida alcoólica é proibida dentro do estádio - encontrei mais brasileiros na arquibancada que chegaram uma hora antes e compraram as entradas numa boa. Não avistei cambistas. Ponto para a Argentina. Além disso, o estádio estava quase lotado, mesmo sendo um jogo sem grandes atrativos. Impressionante.

Dentro do Monumental, que tem capacidade para 66 mil pessoas, tudo transcorreu de forma tranqüila. Há uma quantidade enorme de banheiros, que ficam quase sempre bem vazios - ponto para a Argentina. O espaço para as pernas nas cadeiras, no entanto, era exíguo, até para uma pessoa baixa como eu. Péssimo.

Comprar algo para comer ou beber, no entanto, era mais difícil do que por aqui. Até existem vendedores andando pelas arquibancadas, mas são poucos. E quem resolveu levantar para tentar comprar algo perdeu boa parte do jogo. Ponto para o Brasil. Registre-se que tem um vendedor de café na arquibancada. Em vez de manguaça, café.

O jogo em si foi bem sonolento.O River ganhou por 2 a 0. O primeiro gol foi de cabeça, numa cobrança de escanteio, e o segundo surgiu de uma jogada melhorzinha, bem tramada pelo ataque.

Destaque para a carniceria generalizada: nada é falta. Vi esse jogo e mais alguns pela TV e me pareceu ser um comportamento generalizado dos árbitros. Até faltas mais violentas ficavam sem punição. Um carrinho com o pé no alto, que acertou o adversário em cheio, ficou só no amarelo.

Outra coisa que eles adoram é cair e rolar no gramado reclamando de dores horripilantes. Fazem com que o jogo pare, a bola seja mandada para fora, para depois voltarem, lépidos e faceiros. Não que isso não aconteça por aqui, mas lá é o tempo inteiro. Ponto para o Brasil.

A saída também é diferente. A torcida menor é liberada logo ao fim do jogo. A maior, no caso a do River, espera cerca de 30 minutos para sair, para evitar confrontos. Aliás, havia guardas impedindo que os torcedores chegassem até a beirada do anel do meio, porque os do anel de cima costumam jogar objetos e substâncias 'perigosas' para atingir quem está embaixo. Bom, pelo menos não eram privadas.

Em breve, Buenos Aires, versão cachaça (no caso, cerveja).

Após vitória, palmeirenses divulgam "Eu nunca vou deixar de rir"

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A vitória do Palmeiras sobre o Corinthians não bastou para que os palestrinos ficassem satisfeitos. Agora, eles tratam de divulgar pela internet, por meio de sites de relacionamentos e blogues, uma paródia da campanha "Eu nunca vou te abandonar", promovida pelo time do Parque São Jorge.

Trata-se da contra-campanha "Eu nunca vou deixar de rir". Na frente, a camiseta estampa a frase e, nas costas, vem a mensagem personalizada "Porque foi hilário e sou (nome do time para o qual torce)". Há versões para torcedores do Palmeiras, São Paulo e Santos.

As camisas já estão à venda na internet e cada uma custa 30 reais. O site de venda ainda traz a mensagem "Não deixe de fazer esta homenagem aos amigos corintianos. Afinal de contas eles merecem."

A página ainda traz outra "vantagem" para o torcedor que comprar a camiseta. Ele poderá enviar uma foto ao site que ficará no mural "Eu zuei um corintiano". A página estimula os rivais a tirarem fotos nos estádios, "no futebol com os amigos, nas baladas e etc".







Normalidade: Palmeiras 1 a 0, em clássico morno

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A vitória do Palmeiras sobre o Corinthians por 1 a 0 com gol do chileno Valdívia esteve dentro da normalidade. Vitória verde sobre o alvinegro em jogo de poucas emoções (e gols).

Inusitado foi o que vi às 9h30, na rua Turiassu, uma das saídas do Parque Antártica. As camisas verdes dividiam harmoniosamente o espaço com as pretas. Era dia de clássico, Palmeiras e Corinthians. Mas os de preto estavam lá para assistir o show do Iron Maiden na noite de ontem. Os de verde para se reunir e tentar um ingresso para o Morumbi.

No espetáculo que me interessava – nada contra os metaleiros – faltou um pouco mais de futebol.

Reprodução Palmeiras
O manual da piada fácil me manda escrever: os titulares perdidos pelo Corinthians não fizeram falta, porque não são grande coisa. Mas não tenho como negar que o time alvinegro foi mal. Por não ter assistido a tantos jogos do Corinthians na temporada, não sei dizer se esteve pior. Os comentaristas que opinem.

Valdívia fez o gol, correu até o último minuto e comemorou até desarme na intermediária defensiva nos últimos minutos. A cena foi inusitada, mas mostra um dos motivos pelo qual "el mago" cativa a torcida. Não se trata necessariamente de amor à camisa, mas dedicação que o torcedor no estádio gosta de ver.

Quando o Palmeiras não se classificou para a Libertadores em 2007, o chileno chorou. Ontem, ao resolver o jogo, diz que voltou a derramar lágrimas cheias de sarcasmo e alegria. "Quem faz gol sempre fica na retina do torcedor, e para fazer história aqui no Palmeiras sei que preciso fazer mais gols”, declarou.

Luxemburgo andou falando que o meia tem mais é que jogar do que reclamar, para ser um grande atleta. Num certo sentido, deu razão a William, que chamou o meia alviverde de chorão durante a semana, o que motivou a paródia da comemoração de Souza do Flamengo contra o Cienciano, na quarta-feira.

Mas a vitória foi verde. A rotina de ganhar do Corinthians, este ano, não poderá se repetir, a não ser que ambos cheguem à final da Copa do Brasil.

Suplicy vai ver Dylan, mas pede show aberto no Ibirapuera

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O senador Eduardo Suplicy anunciou que já comprou seus ingressos para a primeira noite de apresentações de Bob Dylan em São Paulo. Os ingressos variam de R$ 200 a R$ 900, os mais caros da turnê, comparados a outras cidades latino-americanas, incluídos Rio de Janeiro e Buenos Aires.

Segundo a coluna da Mônica Bergamo de sábado, 1º, o senador que assopra no vento teria escrito uma carta ao prefeito Gilberto Kassab sugerindo-lhe que insista com o músico estadunidense para que ele faça um show extra no Ibirapuera, para quem quiser ouvir.

No dia seguinte, na mesma Folha de S.Paulo, Suplicy escreveu o que Dylan representa para ele. Em outras palavras, que é "um dos maiores poetas da língua inglesa, que, com sua arte, suas palavras e sua música, defende os anseios da humanidade".

O senador se consagrou por sempre descrever o programa renda mínima, aprimorado para a renda da cidadania. Depois, em vários contextos, muitos dos quais imortalizados pela volatilidade do Youtube, cantou "Blowin' in the Wind", um clássico do músico, composto em 1962.

No artigo, o senador diz que quer ouvir Dylan cantar "Blowin'...", já que não teve sucesso no show que assistiu em Londres, em 2004. Ele não mencionou a hipótese de ser chamado ao palco para cantar junto.

Assita o melhor de Suplicy no YouTube:

Cantoria em evento do ProUni


Suplicy comanda o coro solitário de Blowin' em vídeo tremido.


Rap do Suplicy, na Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que discutia a redução da maioridade penal

Sobre os caras que decidem

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Lembro que, antes da Copa de 2002, eu estava amplamente decepcionado com a seleção brasileira, culpa da vitória xôxa na Copa de 94 e daquele time sem pé nem cabeça do Zagallo em 98. Não estava botando muita fé no Felipão e achava que o Ronaldo (à época ainda magro, mas já com o joelho detonado), já devia ter se aposentado.

Naquele momento, o Tostão, mesmo criticando o time e discordando de um monte de opções do Felipão, defendia que, se Ronaldo e Rivaldo estivessem jogando bem, o Brasil seria favorito. Eu, fã do comentarista, achava um absurdo ele esperar que dois jogadores resolvessem em nome do poderoso Brasil. Pois é, alguém estava certo nessa, e não era eu.

Todo esse preâmbulo para falar da importância dos “caras que decidem” no futebol. Aquele jogador que num lance pode decidir uma partida. Ou em vários decidir uma Copa.

É o que o Palmeiras teve a mais que o Corinthians ontem. Diego Souza e Valdívia têm mais condições de decidir do que qualquer jogador do time alvinegro. O jogo foi até equilibrado, os dois times tiveram suas (poucas) chances de gol. Quem tinha que decidir, decidiu.

Outro detalhe é a limitação do elenco corintiano. O time sentiu muito a ausência de Dentinho (que poderia ser decisivo) e de Fabinho, que dá muita segurança à defesa e alguma qualidade na saída de bola. Não são dois jogadores que possam ser tão essenciais assim...

Enfim, coroando minha fase de Poliana no futebol, acho que pode não ter sido tão ruim assim perder esse clássico. Ganhar poderia criar uma falsa impressão sobre o time do Corinthians. Tem uma boa defesa, é um time arrumadinho, e só. Faltam opções ofensivas. E falta, mas falta muito, gente lá na frente que decida.

domingo, março 02, 2008

A cachaça como metáfora

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A coisa está feia para o ex-deputado estadual Gilberto Gonçalves, do PTN de Alagoas. Matéria da Folha cita que gravações telefônicas - que estão sendo investigadas pela Polícia Federal - dizem que o político pediu, com todas as letras, "dinheiro de roubo, de corrupção", a um funcionário da Assembléia Legislativa do estado.

A explicação precisa sobre a origem do dinheiro apareceu como resposta a uma alegação de um interlocutor de Gonçalves, que dizia que teria que haver descontos de INSS e outros impostos no tutu que o ex-parlamentar aguardava. "Eu quero meu dinheiro. E não venha com desconto do INSS, não, porque isso é dinheiro roubado", diz a gravação, citada pela Folha.

Após a repercussão da denúncia, Gonçalves se diz desiludido com a política e a compara com a água que passarinho não bebe: "a política foi uma cachaça que tomei".

Tal declaração me fez lembrar de uma entrevista que realizei no ano passado com Sandro Zunino, dirigente do Avaí-SC que estava rumando para Rondônia para assumir a diretoria de futebol do Genus, clube local. Ao falar sobre as dificuldades do projeto, que somava o trabalho num clube pequeno e a mudança para um estado com hábitos culturais bem distintos do seu, Zunino dizia que encarava o desafio motivado pela paixão que nutria pelo futebol. E disse: "posso dizer que futebol é a minha cachaça!".

Em dois exemplos, a cachaça é utilizada como metáfora para o futebol e a política, fechando assim a trinca que norteia os trabalhos desse blog.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

O "marketing viral" e a Nike

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Na terça-feira, dia 26 de fevereiro, a equipe do Futepoca recebeu um e-mail, no mínimo, curioso. Vinha com o título "Texto sobre Ronaldo" e o remetente era alguém de uma empresa de "marketing viral". Dizia o e-mail:


Olá Equipe do Blog FUTEPOCA!

Trabalho na Agência RIOT, especializada em Estratégias para Mídias Sociais.

Visitei o seu blog e gostei bastante do conteúdo.

Dessa forma, achei bastante relevante sugerir à vocês a divulgação do site da Nike especializado na “recuperação” do jogador Ronaldo, que realizou, no último dia 14, uma cirurgia no tendão do joelho esquerdo. Este site foi criado pela Nike para que os fãs de Ronaldo transmitam força e motivação ao jogador, para que ele retorne aos campos o mais breve possível e volte a encantar os amantes de futebol.

O site dedicado ao Ronaldo é o http://nikefutebol.com/ronaldo

Estou enviando um pequeno texto explicativo, dando algumas instruções sobre como poderia ser escrito este texto, ok?

Caso vocês aceitem escrever sobre o Ronaldo e o resultado no blog, comentários e etc, for positivo, em uma outra oportunidade podemos, quem sabe, firmar alguma espécie de parceria, ok? Este post que estamos sugerindo, seria uma espécie de Post Piloto. Dando resultados dessa vez, surgindo novas campanhas pertinentes ao seu blog, poderemos conversar novamente, ok?

Se tiverem alguma dúvida, entrem em contato o mais breve possível, ok?

Ps.: Caso aceitem, precisamos que o texto seja escrito e postado até amanhã (dia 27) pela noite, ok? Qualquer dúvida, entrem em contato comigo.


"Marketing viral" é uma forma utilizada por diversas empresas para tornar mais conhecida uma marca, tendo como nicho inicial as redes sociais. A idéia é fazer com que peças sejam reproduzidas como uma "epidemia". Agora, os promotores de tais campanhas começam a usar os blogues, pelo seu caráter supostamente "amador" como forma de divulgar seus produtos.

No entanto, ao contrário de outras campanhas, a "proposta" dirigida em nome da Nike tem uma clara promessa de "futuros negócios", como evidencia a parte em negrito. Eles não estão tentando comprar um espaço publicitário, algo totalmente comum e normal em qualquer site ou veículo de mídia. Tentam comprar conteúdo.

Abaixo, as "indicações" transmitidas por eles de como o blogueiro deve fazer o tal post:



O post consiste em redigir um breve texto falando do fenômeno Ronaldo, suas conquistas no Brasil e no Exterior. O texto deve ser focado no enobrecimento do jogador, que adquiriu, através de suas conquistas, status de “fenômeno”. Dentro deste texto, ou ao final dele, deve ser inserido o link que dará acesso ao site http://nikefutebol.com/ronaldo. Procure motivar as pessoas a transmitir força ao jogador, convidando-os a criar um vídeo de comemoração de um gol, fazendo uso da marca registrada de Ronaldo, que é o dedo indicador direito erguido [há exemplos no site]. Procure também, enfatizar a opção de enviar mensagens diretamente no portal da Nike ou via SMS. O texto deve motivar as pessoas a dar este apoio de uma forma espontânea, fazendo referência à paixão pelo futebol e ao grande jogador Ronaldo.


Viram as "indicações"? Peguem trechos e joguem no Google. Verão que vários site e blogues contém trechos literais. Outros seguem bem o que pede o "espírito" do briefing. Talvez diversos blogueiros tenham aproveitado justamente sua admiração por Ronaldo e fizeram o post por meio desse "incentivo", mas com boa fé. Entretanto, na prática, fica difícil diferenciar quem fez por admiração e quem fez por conta simplesmente das promessas do tal e-mail. Fica ruim para o leitor acreditar que o autor do site escreve por convicção.


Até os profissionais

Porém, há que ser feita uma distinção mais séria. Há sites e blogues ligados mais a entretenimento, feitos sem critérios jornalísticos, e os feitos por jornalistas, que supostamente deveriam seguir as diretrizes que regem essa prática tão maltratada nos dias atuais. Esses não podem, em hipótese alguma, aceitar tal tipo de "oferta". Por isso, sequer respondemos tal proposta. O Futepoca muitas vezes não é jornalístico, trata de assuntos com bom humor e certa pilhéria, como na criação de campanhas ou outras enquetes feitas pra brincar com a torcida. Mas na maior parte das vezes, inclusive no trato de informações divulgadas em outros veículos, critérios claros são seguidos. Afinal, apesar de nenhum de nós ser da área esportiva em nossas carreiras, somos jornalistas em tempo integral.


Por isso, o estranhamento não é com o fato de a tal informação da Nike ter sido sido veiculada em sites noticiosos, mas principalmente com a forma como a "notícia" foi dada. No site Futebol Interior, por exemplo, o título dizia: "Nike faz campanha mundial pró-Ronaldo. Participe!" Algo que faria corar qualquer estudante de Jornalismo. Outros blogues e sites também republicaram.

Clique para ver os resultados da busta "Ronaldo, recuperação, Nike" no Google e no Google Search Blogs.


A contribuição dos blogues para a democratização da comunicação no Brasil e no mundo vem sendo decisiva. Mas esse tipo de ação marqueteira, quando encontra eco na blogosfera, causa desânimo. Já a ação do marketing ostensivo de grandes empresas na mídia esportiva não é novidade. Mas continua um fato lamentável.

(Atualizado às 16h48)

Imperador se atrasa e diretoria pode rescindir seu contrato

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Crise no São Paulo! O Imperador da Manguaça aprontou das suas e pode ter seu contrato rescindido no Morumbi. A história começou nessa manhã, quando o jogador chegou às 9h28 par ao treino das 9h. Segundo o Uol Esportes, ele desceu do carro, se trocou correndo e foi para o Reffis descalço. Pouco depois, apareceu perto do gramado onde o time treinava, mas decidiu ir embora.

Para completar o serviço, no estacionamento do CT, Adriano ameaçou um fotógrafo: "Se você tirar mais uma foto, eu te arrebento aqui mesmo". Ele ficou alguns minutos conversando com o superintendente do clube, Marco Aurélio Cunha, e foi-se.

Cunha contou aos repórteres que Adriano “estava chateado com um problema pessoal e queria ir embora”. Segundo o dirigente e porta-voz sãopaulino, o ocorrido foi o seguinte: o jogador estava em um show e, quando o seu motorista foi buscá-lo, acabou batendo o Porsche Cayenne de Adriano. "Ele estava alterado com isto", disse Cunha.

A direção do São Paulo parece não ter digerido bem o ocorrido. O vice-presidente tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, afirmou que irá tratar do assunto em uma reunião ainda nesta noite. Perguntado pelo Uol Esporte, o cartola não descartou “demitir” o Imperador. "Não temos uma definição e, por enquanto, nenhuma hipótese foi descartada. Vamos nos reunir hoje à noite e analisar o caso. Não gostamos do que aconteceu", acrescentou.

Marco Aurélio Cunha também demonstrou insatisfação: "Estamos ajudando o Adriano, até mais do que ele está nos ajudando, Mas isto precisa ser recíproco. Os dois lados precisam se ajudar. O Adriano tem esse tipo de dificuldade de relacionamento. Ele está aqui justamente por tudo que aconteceu na Europa".

Além de Adriano, Borges e Hugo também se atrasaram para o treino. Segundo o Uol, os dois chegaram às 9h22 “com cara de sono e bocejando”.

O Imperador já tinha pisado na bola ontem, quando foi o único atleta da delegação tricolor a desembarcar da viagem de volta da Colômbia sem a camisa preta pólo do clube, conforme orientação da diretoria.

Com informações do Uol Esporte e do IG

Os brucutus precisam ser banidos do futebol

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Tenho lido as opiniões dos aqui companheiros blogueiros sobre a violência dentro das quatro linhas: a tese do cartão azul, do Olavo; a discussão sobre a agressão covarde do brucutu Martin Taylor, do Birmingham, que quase aleijou o Eduardo da Silva, do Arsenal.

Esse é um assunto que me faz refletir. E, refletindo, me dá raiva.

Raiva da violência. Por isso, eu contesto aqui tanto o burocratismo da proposta do companheiro Olavo, quanto a condescendência do post do companheiro Anselmo. Chamar de “pernada” aquele ato brutal, covarde, grotesco, mais próprio de um animal do que de um jogador de futebol, é decepcionante, caro Anselmo. E ficar propondo cartõezinhos azuis é apenas burocratizar a coisa, para dizer o mínimo.

Lembram daquele jogadorzinho do Bangu (cujo nome não me dou ao trabalho de pesquisar) que quebrou o joelho do Zico?

Por essas e outras eu fico com o Marcão, que num comentário ao post do Anselmo, citado acima, disse: “Para assassinos como esse, flagrado por fotos e câmeras de TV de diversos ângulos, só há uma medida possível: o banimento definitivo do futebol. Por muito menos (muito menos mesmo!), o goleiro Rojas foi obrigado a encerrar a carreira”.

É utópico, isso que o Marcão diz. Mas expressa indignação, e isso é importante. O Fernando Calazans, da ESPN Brasil e de O Globo, também costuma expressar sua ojeriza aos brucutus. Os brucutus precisam ser banidos do futebol.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Minha idéia ganha força

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Terça-feira, escrevi um post dizendo que o futebol poderia ter três tipos de cartão. Esse terceiro a ser introduzido, o azul (ou outra cor), teria um grau abaixo do amarelo e serviria para punir pequenas faltas disciplinares, como comemorações excessivas de gol, "ceras" não tão enroladas assim e por aí vai.

E agora, vejam vocês, o globoesporte.com traz uma notícia dizendo que em Portugal um dirigente local pretende adotar uma idéia parecida. Rui Mâncio, diretor da Federação de Futebol da Ilha da Madeira, defende a adoção do cartão azul nas categorias de base. A punição teria fins educativos: seria aplicada aos jogadores que usam palavrões em campo.

A discordância entre a proposta de Mâncio e a minha é justamente essa. Eu não vejo ser necessário banir o palavrão do futebol; pelo contrário, considero as palavras feias integrantes essenciais do ludopédio. Mas ambas as idéias se encontram num ponto crucial: o cartão azul de Mâncio também estaria abaixo do amarelo, com dois azuis gerando o atual cartão da advertência.

Chegaremos lá?

Obama, Hillary e a apelação eleitoral

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Paulo Henrique Amorim, em seu Conversa-Afiada, escreveu que Barack Obama está mais à esquerda do que Hillary Clinton. Chico de Oliveira, sociólogo e capa da edição da Fórum de abril de 2007, acredita que as diferenças entre os candidatos democratas não são tantas assim. Está em artigo na Folha de S.Paulo desta quinta-feira, 28.

"Ele é tão parecido com a Hillary, com seu terninho correto que faz par com o tailleur da ex-primeira-dama, quanto o PT com o PSDB", escreveu o ex-petista que, apesar do apoio a Heloísa Helena no primeiro turno de 2006, terminou o pleito com críticas severas ao comportamento do PSol.

À parte o tom provocativo que a afirmação possa conter, parece que Oliveira concorda com o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel que, em entrevista a Pedro Venceslau (na próxima edição da Fórum), declarou que petistas e tucanos são donos dos dois partidos de centro-esquerda do Brasil.

O que mais chama atenção sobre o artigo é que o sociólogo considera apenas a parcela democrata da disputa. Uma questão de escopo, é claro, mas que parece recair sobre parte dos analistas. Ocorre que o outro lado da briga de novembro pela Casa Branca, o dos republicanos, já em John McCain como indicado.

A maioria dos analistas parecem já tem certeza de que Obama será seu adversário. Outras lideranças republicanas começam a reclamar que, caso se confirme como primeiro candidato negro a vencer as prévias e primárias, será protegido pela mídia, como, acusam, vem acontecendo. A mídia ficaria temerosa de "parecer racista" a cada crítica feita.

Retórica. E também um aviso de que a campanha com Obama não será imune ao baixo nível. Mesmo porque, mulheres também são alvo de discriminação. A discussão sobre as diferenças entre o preconceito contra negros e contra mulheres só funciona na mesa de bar, porque é um falso debate.

Reprodução
Obama em trajes quenianosDois exemplos mostram isso mais claramente. Primeiro, a foto de Obama em trajes tradicionais do Quênia, de onde veio seu pai (já falecido), divulgados na terça-feira, 26. A publicação da imagem foi atribuída aos rivais democratas e a republicanos. As roupas foram apresentadas como características de muçulmanos.

Outro exemplo é ainda mais tosco. A NBC "confundiu" Obama com Osama. As aspas justificam-se porque uma imagem do terrorista mais procurado do mundo, comandante da enfraquecida rede Al Qaeda, foi exibida no fundo da tela, enquanto o apresentador Chris Matthews, do Hardball, falava sobre o candidato negro.

O vídeo está aqui:

A rede de TV desculpou-se, afirmou tratar-se de um erro. Acidental ou não, dá idéia de que, se preconceito racial "não pode", o religioso está liberado.

Também está no Revistaforum.com.br

Peru, Redondo e Cacetão

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O programa Pontapé Inicial, da ESPN, teve como convidado especial, na manhã de hoje, o veterano Chico Anísio. Profundo conhecedor de futebol, o humorista, que começou a carreira como comentarista esportivo, contou que seu pai foi o responsável por profissionalizar o futebol no Ceará, citou de memória formações arcaicas do Palestra Itália (hoje Palmeiras), Vasco da Gama e América-RJ, relembrou os lances da decisão da Copa de 1950 e, enfim, deu palpite sobre clubes, técnicos e goleiros.

Mas a melhor história surgiu quando o apresentador José Trajano conversava com Anísio sobre futebol de botão, paixão de ambos por décadas. Trajano contou que seu time particular se chamava Real Acarape, por causa de uma marca de cachaça, e o humorista revelou que o nome de seu time de botão era Fênix - e que, por anos a fio, teve sempre a mesma linha de ataque: Peru, Redondo e Cacetão. "Quando eu era adolescente, essa foi uma linha real de ataque, e muito famosa, do Ferroviário, que é o meu time no Ceará", esclareceu Chico Anísio.

Mas é óbvio que a escolha do insólito e obscuro trio para batizar os atacantes de seu time de futebol de botão tinha um propósito cômico. O humorista costumava narrar os jogos que disputava e, às vezes, comentava: "O técnico está errado em escalar o Cacetão à frente do Redondo. Se o Redondo abrir e o Cacetão vier de trás, é gol!". Ou então: "Olha lá, olha lá, o juiz botou o Cacetão pra fora!". Segundo Chico Anísio, essa brincadeira não ficava muito longe das narrações reais, na década de 1940, dos jogos do Ferroviário. Só podia ser no Ceará, mesmo...

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

"O bom da bebida é o boneco"

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Quem não conhece o Ceará provavelmente nunca ouviu a expressão "botar boneco". Num sentido mais restrito, significa "dificultar", "botar dificuldade". Por exemplo: você convida uma pessoa para alguma coisa e ela hesita, nega, fica colocando obstáculos. Daí você exclama: "-Deixe de botar boneco!". Mas, num sentido mais amplo, "botar boneco" significa mesmo "fazer palhaçada", "dar baixaria". Por isso, quem é brincalhão, desinibido ou sem-vergonha, mesmo, é chamado de "bonequeiro". Há um ditado cearense que sentencia: "o bom da bebida é o boneco". Ou seja, "se não for pra dar vexame, então nem compensa beber". Confira outras expressões cearenses ligadas ao consumo de álcool:

Merol = bebida alcoólica
Celular = garrafa plástica de cachaça 480 ml/ meiota (foto acima)
Papudim = pinguço (com barriga inchada característica)
Miolo de pote = conversa fiada/ papo de bêbado
Chêi dos pau = bêbado, embriagado, encachaçado
Melado = idem acima
Bêbo-bosta = bêbado inconveniente
Solto na buraquêra = perdido na noite (na putaria, na bebida etc.)

Formigueiro que vitimou boleiro será exterminado

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A prefeitura de Presidente Prudente (SP), que cuida da manutenção do estádio Eduardo José Farah, prometeu acabar com um formigueiro que ficou famoso nesta semana. Na partida entre Oeste e Santacruzense, partida válida pela série A-3 do Paulistão, o lateral Marcos Paulo sofreu uma falta e acabou sendo "atacado" por centenas de formigas que estavam "morando" no gramado.

O resultado da lambança pode ser visto no vídeo acima. O atleta tentou primeiro resolver o problema em uma poça d'água. Ao perceber a inutilidade da sua atitude, foi pro chuveiro mais cedo, e depois retornou para o jogo.

"Com as chuvas, o gramado estava ruim, muito encharcado, e as formigas acabaram subindo. Sofri uma falta e como estava protegendo a bola acabei caindo com o peito no gramado. Na hora não senti nada, levantei e até ia bater a falta. De repente comecei a sentir o corpo inteiro formigar. Achei que estivesse tendo alguma coisa, um derrame. Quando olhei a camisa ela estava totalmente preta, cheia de formigas", disse o jogador em entrevista para o Lancenet!.

O árbitro quase deu cartão amarelo pelo fato do lateral ter tirado a camisa, mas o desculpou pelo inusitado da situação. Por muito pouco, o público não foi poupado de ver um striptease de Marcos Paulo. "Era muita formiga. Pensei até em tirar o calção, mas aí seria demais, né?", lembra. "Saí correndo para um chuveiro que tinha ao lado do campo. Até passaram éter na minha camisa. Mas só consegui me limpar mesmo no intervalo, dez minutos depois", descreve

O secretário de Esportes da cidade garantiu que o gramado será "envenenado". "Foi um fato isolado e bastante inusitado. Mas o funcionário responsável pelo gramado do estádio já foi orientado a jogar veneno no campo para acabar com os formigueiros de lá", explicou o secretário Edson Pelágio ao G1.

Entre pontapés e pancadas

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Kaká diz: "Não agüento mais receber tanta pancada". Quer que os árbitros façam alguma coisa. Seu clube, o Milan, reiterou as denúncias de perseguição. "Um jogador nunca faz duas faltas consecutivas em Kaká. Há um revezamento entre os jogadores, como se fosse uma estratégia planejada. Claro, os árbitros não vêem nada", dizem os rubro-negros milaneses.

Um dia antes, guardadas as proporções em todos os níveis, Vanderlei Luxemburgo dispara a mesma acusação sobre seu segundo atacante, o meia Valdívia. Nas contas do comandante palestrino, expulso na última partida contra o Rio Preto, primeiro foi o número oito, depois o camisa sete, e assim por diante até se cansarem de surrar El Mago.

O brasileiro naturalizado croata Eduardo da Silva, do Arsenal, tomou uma pernada do zagueiro Taylor, do Birmingham. Cordial, o agredido perdoou o assassino, o que justifica os termos gentis para com o britânico.

Minha perna dói só de olhar.



Assista:


A linha é completamente diferente do que propõe o Olavo. Mas tem coisas que precisariam ser repensadas.

Muito se falou aqui sobre Sandro Goiano, ex-Grêmio, hoje no Sport, e sobre Materazzi. Por mais que tenham suas funções táticas dentro de campo, são atletas de se notabilizaram por, digamos, excessos.

O que fazer para proteger os atletas vítimas da pancadaria e para diminuir o espaço do anti-jogo?

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Som na caixa, manguaça! - O retorno (Volume 16)

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OS BÊBADOS
Marcus Dias (na foto, com Isaac Cândido)

Isaac Cândido

Sábado
É o dia dos bêbados
E das moças católicas
Que vão para a missa rezar pra quem sabe encontrar algum
Bêbado
Aquele cara simpático
Quando não está estático
Sentado na mesa de um bar a tentar encontrar algum
Método
De burlar o estético
De furar o ilógico
E de tentar conquistar uma moça que não sabe nada dos
Bêbados
Aqueles caras exóticos
Que misturam os tópicos
E que promovem o riso que eu sempre tentei mas agora estou
Bêbado
Procurando meus métodos
Misturando meus tópicos
E tentando enganar os que não sabem nada de nada dos
Bêbados

(Do CD "Isaac Cândido", de 1999)

Por três tipos de cartão

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Cena 1: o jogador faz um gol e resolve extravasar na comemoração. Sai correndo em direção ao alambrado, o escala e vai comemorar junto com a sua torcida. Grita empolgado, e recebe de volta gritos também empolgados dos torcedores. Desce o alambrado e encontra, em seu retorno ao gramado, um juiz com um cartão amarelo na mão. É o que prevê a regra para comemorações desse tipo.

Cena 2: o atacante parte em velocidade pela ponta. Tenta olhar para a grande área à busca de um companheiro para quem centrar a bola; mas, antes que tenha tempo para raciocinar, recebe um carrinho de um zagueiro mais "disposto". A falta não é das mais violentas, mas interrompe um ataque perigoso. Como punição, o juiz saca um cartão amarelo ao agressor.

Isso não soa estranho, despropositado, ridículo? Não é insano punir pequenas falhas disciplinares com o mesmo rigor de entradas "agressivas, mas nem tanto"?

Tenho pensado sobre essas questões de uns tempos pra cá e acredito que uma boa saída seria a introdução de um terceiro tipo de cartão. Um cartão azul, verde, ou sei lá o quê, que estaria abaixo do amarelo e vermelho já existentes. Puniria comemorações extravagantes, "ceras" das não tão agressivas, reclamações com o juiz só um pouco arbitrárias...

Sei que esse tipo de discussão é fadada à brincadeira, e logo aparecerão sugestões mirabolantes para, de uma vez, dispersar o debate. Mas é bom que se lembre que reações irônicas também apareceram quando os cartões atuais foram sugeridos na década de 1960 - e, hoje, alguém consegue pensar no futebol sem o amarelo e o vermelho?