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Destaques
segunda-feira, julho 27, 2009
Roth prova de seu próprio veneno
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domingo, julho 26, 2009
Um 3 a 0 para Obina sobre o Corinthians
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O Palmeiras venceu o Corinthians por 3 a 0 em Presidente Prudente. Voltou a se igualar em pontos ganhos com o Atlético-MG, na liderança. Enquanto o Goiás aplicava a segunda zebra seguida contra os da ponta superior da tabela, o Palmeiras via o fim da era Jorginho com a sexta partida seguida contra os alvinegros paulistanos sem conhecer derrotas. Recuperou também o Verdão do tropeço do meio de semana em Goiânia.
O primeiro gol foi de peixinho, em um cruzamento perfeito de Pierre. O segundo de pênalti, cometido abestadamente por Chicão. O terceiro foi em um contra-ataque em que Obina dividiu no alto com Moradei, deixando a bola para Cleiton Xavier esperar e deixar o centroavante livre para completar o escore.
Ele não é melhor do que o Eto'o. Nem é melhor do que o Keirrison do começo do ano. Mas decidiu o jogo e tem marcado gols. E está mais magro do que o Ronaldo.
Aliás, foi a saída do gordo que mudou a cara do jogo. O primeiro tempo foi mais disputado até a contusão de Ronaldo que, ao sofrer falta de Souza, caiu de novo, desta vez sobre a mão direita, produzindo suspeita de fratura. A partir daí, o Corinthians murchou e o Palmeiras cresceu. Depois do segundo e do terceiro gols, a partida foi administrada pelo alviverde, com períodos de tensão sem sentido.
De presente para Muricy Ramalho, o interino que quase se efetivou deixa o artilheiro Obina e a equipe mais faltosa do campeonato. O time marca muito com dois zagueiros, dois ou quatro volantes (no caso de Cleiton Xavier se dedicar mais às funções defensivas), e também bate. Embora as pancadas mais sem noção da tarde em Prudente tenham ficado para Alessandro, expulso, e Jorge Henrique, que saiu ileso.
Depois de cinco dias sem sinal de celular nem acesso à internet (fui derrubando cada conexão por onde eu passava), eu ia escrever impropérios contra Vanderlei Luxemburgo, que já entregou o time como campeão das faltas e sem artilheiro, mas depois do post do Glauco, a cota "pau-no-Luxemburgo" pode ficar para os comentários.
Santos 1 X Flamengo 2 - Nem Robério de Ogum salvou...
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E o recordista de títulos brasileiros e dono de sensacional aproveitamento de pontos pelo Santos na Vila Belmiro conseguiu outro feito: participou da primeira derrota santista para o Flamengo no estádio desde 1976.
O histórico da atuação de Luxemburgo na partida foi mais fundamental na segunda etapa. A primeira mudança de Luxemburgo foi substituir Roberto Brum por Róbson. E aí, a evidência de como andam as coisas no Santos e a mostra que a habilidade do treinador em lidar com o elenco é algo questionável. O volante tomou o amarelo, foi cumprimentar Luxa, que se recusou a fazê-lo. Parece que o pastor-atleta não vai jogar mais no time, como ficou claro na coletiva do técnico. Difícil saber se a avaliação do médium Robério de Ogum, que disse que o jogador atraía “energias negativas”, influenciou na postura de Luxemburgo.
Se foi isso, a mística deu certo em um primeiro momento. Róbson, que entrou e salvou o time em outras oportunidades, fez o mesmo ontem. Parece ser o amuleto da vez, depois da saída de Molina. Mas nem só de sorte se faz uma equipe. O goleiro Felipe, bancado por Luxa, chegou a ter seu nome gritado na Vila Belmiro em uma defesa feita contra em finalização de Adriano dentro da área. Contudo, em outro chute do mesmo Adriano, de fora da área, jogada típica dele e nem por isso marcada pelos alvinegros, Felipe sofreu o gol de empate.
E, de novo, parece que os espíritos da bola não conspiraram a favor do “iluminado” Vanderlei. A maldição da lateral-direita santista se manifestou no gol contra de Pará, o ocupante da posição da vez.
O que esperar agora do time contra o Náutico, lanterna do campeonato brasileiro? Até quarta, nosso técnico achará alguns bodes expiatórios, rifará jogadores, e fará mudanças cosméticas que aparentarão ser radicais só para iludir a torcida. Certamente, desviará o foco da imprensa e dos torcedores, preservando-se.
Enquanto o Flamengo derrotava o Peixe, Jorginho, autor do gol 10 mil da história do Santos, comandou o espólio do time que Luxemburgo deixou desarrumado no Parque Antarctica para um belo 3 a 0 sobre o Corinthians. O balanço do Peixe pós- Mancini: um empate, duas derrotas e uma vitória. Será que o problema era o técnico anterior mesmo? Vale o investimento no atual? Ou seria melhor investir em um comandante menos custoso e aplicar em reforços?
*****
O Palmeiras anunciou Muricy Ramalho como técnico. Muitos dirigentes e assemelhados do Santos tentaram fazer disso um episódio que exemplificaria um menosprezo do ex-sãopaulino pelo Peixe. Balela. Antes de Mancini cair, Muricy já havia declarado que havia gostado muito da conversa com Luiz Gonzaga Belluzzo e outros dois diretores palmeirenses. A diferença entre a proposta da Vila – melhor financeiramente – e a do Santos é fundamentalmente uma: a qualidade da administração de um e de outro clube, e não a tradição ou coisa que o valha. Muitas vezes o torcedor confunde a diretoria com a instituição, e cai nessa lenga-lenga dessas pessoas que se adonaram do Santos. Muricy fez o que qualquer um faria, foi para o lugar onde existe gente mais séria para poder desenvolver seu trabalho.
sexta-feira, julho 24, 2009
Noite dos goleiros no Mineirão
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O tombo de Ronaldo: o lance da rodada
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Aos 15 minutos do primeiro tempo do jogo do Corinthians contra o Vitória, os deuses do futebol avisaram: até os grandes têm seu momento patético, ainda mais em um gramado molhado. Poucas vezes vi uma escorregada assim...
E não é que dessa vez deu?
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Felipe; Diogo, Chicão, Jean e Diego; Jucilei, Elias, Douglas (Moradei), Morais (Jorge Henrique) e Dentinho (Marcinho); Ronaldo. Foi com esse time que o Corinthians venceu o Vitória, no Pacaembu, por 2 a 1. Gols de Dentinho (um golaço, em passe açucarado de Ronaldo) e, pasmem, Jean, após passe perfeito de Douglas.
Do jogo, o padrão corintiano nas últimas rodadas. Pressiona no começo do jogo e marca. Duas vezes, nesse caso. Depois, dá uma recuada e leva gol (bela enfiada de William para o gol de Apodi). No segundo tempo, deu uma pressionadinha no começo e tomou calor no resto.
Percebam que o time inicial descrito lá em cima, sem considerar André Santos e Christian, tem três reservas. Foi com essa formação que o time fez dois a zero. No segundo tempo, Jorge Henrique entrou no lugar de Morais, mas o placar permaneceu o mesmo. Isso mostra que tem algum elenco ali e dá esperança pós-desmanche.
Por outro lado, o gol de Jean (?!?) foi 80% por conta do passe açucarado de Douglas. E nos dois tempos Felipe fez mais uma vez defesas monstruosas e garantiu o resultado. Vamos sentir falta dos demissionários.
A vitória sobre o Vitória – lembremos que, considerando o time titular da final da Copa do Brasil, sem cinco titulares – colocou o Corinthians na quarta colocação, 1 ponto atrás do Inter, 2 atrás do Palmeiras e 5 atrás do Atlético. Se ganhar o clássico do Palmeiras no domingão, ganha pelo menos mais uma. É difícil, vai ficar ainda mais, mas estamos aí.
quinta-feira, julho 23, 2009
Corinthians luta pra mostrar que ainda dá
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O Corinthians joga daqui a pouco contra o Vitória, em São Paulo, numa chance importante para chegar mais perto de ocupar um lugar no G4. Além disso, tenta acalmar os ânimos da torcida, que está bastante preocupada com o desmanche do time campeão Paulista e da Copa do Brasil.
A zaga que provavelmente entrará em campo preocupa: Diogo, Chicão, Jean e Diego. Apenas um titular e um lateral-esquerdo improvisado. Jogam com a proteção de Jucilei e Elias, que não estão entre os melhores marcadores que eu já vi. A esperança fica no ataque, que deve ser o titular. Se bem que Jorge Henrique é dúvida – em seu lugar jogaria Morais.
Será a primeira partida sem Christian e André Santos e, talvez, a última de Douglas (que pode ir para um time árabe) e Felipe, que teria proposta do CSKA. Além dele, Elias pode estar de saída para um “time médio” da Itália. Segundo Benjamin Back, do Lance!, o jogador quer ficar, mas pediu uma compensação financeira: R$ 1,5 milhão de luvas e R$ 150 mil mensais de salário. Se for isso mesmo, acho que vale pagar - só não sei de onde tirar dinheiro.
A coisa está ficando feia mesmo, mas ainda não estou desesperado. Já vi corintianos falando que o time vai acabar rebaixado. Não creio que chegue a tanto.
A resposta para essa dúvida da torcida começa a ser dada hoje. Depois desse jogo, vem o clássico contra o Palmeiras, que vem querendo mostrar serviço para o novo técnico, Muricy Ramalho. Duas pedreiras. Vamos ver o que Mano Menezes consegue com as peças que vão sobrando.
Outra saída - Essa deve deixar mais animada parte da torcida alvinegra: o Corinthians conseguiu arranjar um time para quem emprestar o meia Lulinha. Trata-se do Estoril, de Portugal, que contará com o atleta por dez meses. Não pagar o salário do garoto-prodígio pode ser um alívio para bancar outros jogadores - quem sabe Elias?.
Uma curiosidade a respeito do Estoril: cinco vezes campeão da segunda divisão portuguesa, segundo matéria do Uol, o clube enfreta crise financeira e ficou na quarta posição no ano passado. A solução encontrada foi claramente inspirada em casos tupiniquins: vender par a Traffic. "O Estoril é o time que a Traffic comprou em Portugal. Queremos que o Lulinha jogue. Entre jogador e Estoril já está tudo certo" explicou ao UOL Esporte o empresário de Lulinha Wágner Dinheiro, opa, Ribeiro. Quem disse que o futebol brasileiro não tem dinheiro?
A reestreia do "gênio"
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Enquanto isso, em Campos do Jordão...
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Acabei de coordenar a edição de um livro sobre o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, o mais importante evento de formação e difusão de música clássica da América Latina. Por conta disso, me convidaram a passar uns dias lá.
E para lá eu fui, na terça-feira. Estava então tomando uma sensacional Red Ale no bar da cervejaria Baden Baden (ao lado, na foto de Gonçalo Lopes). Na mesa ao lado, meia-dúzia de playboyzinhos com seus vastos óculos escuros comiam salsichões, quando uma loirona montada em botas de couro apareceu vendendo bilhetes da Mega Sena. "Só R$ 20", dizia, acho que por um bilhete com seis jogos, "está acumulada em R$ 45 milhões", e sorria. Os meninos estavam totalmente desinteressados. A moça insistiu e um deles resolveu explicar as suas razões, apontando um dos colegas: "É que ele já tem tanto dinheiro, mas tanto..."
Diante de um argumento desses, a moça apelou a um jargão mais adequado: "Comprem, vai, pra me ajudar". Sem dúvida, manter a escova progressiva e as luzes no cabelo não deve ser fácil, era justa a esmola. Mas antes que seus amigos se abalassem, o garoto finalizou com toda classe, sem chance de réplica: "Mas é só R$ 45 milhões... Meu pai é acusado de ter desviado mais que isso". Gente fina é outra coisa.
Adeus ao Brasileirão 2009, pelo menos
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Parece mesmo que o Corinthians vai passar por um desmanche completo. Que o clube precise abrir mão de um ou dois de seus destaques, tudo bem, ainda mais considerando que o histórico do Corinthians é de má administração, o que significa que sobram dívidas eternas pra pagar. (Não quero dizer com isso que as contas agoras estejam em boas mãos, não sei nada sobre as atuais finanças.) Mas vender três ou quatro jogadores do "núcleo duro" do time já é demais. Em particular, lamento muito a saída de Cristian. E se negociarem Felipe, como o Andrés Sanches vem anunciando, será também uma perda irreparável em curto prazo.
Não vejo mais chances para este ano, frustrando todas as esperanças que eu começava a alimentar. E, apesar dos bons resultados até aqui, minha confiança nesta administração é bem frágil. Espero que haja um bom plano de reposição, pois senão vai aumentar demais o roll dos que designo carinhosamente como "filhos da puta". Isso, claro, pensando no ano que vem. A menos que Mano Menezes surpreenda... mas acho bem difícil.
quarta-feira, julho 22, 2009
Aula prática de coronelismo
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Em um post a respeito da situação da governadora Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, o jornalista Leandro Fortes comparou as imagens da tucana chamando professores de "torturadores de crianças" com outra situação, vivida em 1986 pelo ex-governador da Bahia Antonio Carlos Magalhães, o popular e falecido ACM.
Naquela eleição, o candidato do então Ministro das Comunicações do governo Sarney, Josaphat Marinho, viria a ser derrotado por Waldir Pires, do PMDB. A cena abaixo, que foi publicada por num comentário do leitor DKRC no post de Fortes, mostra o quanto a moral de ACM estava baixa naquele momento em seu estado/feudo.
Mas mais que isso, mostra a forma de um coronel lidar com críticas. O repórter em questão é Antonio Fraga, 19 anos, repórter-estagiário da TV Itapoan e colega de classe de Fortes no primeiro ano de jornalismo da Universidade Federal da Bahia. Na ocasião, como descreve Fortes, "com a audácia tão típica da juventude, ele furou o séquito de bajuladores carlistas e perguntou, à queima-roupa, na cara de ACM, o que ele achava de estar sendo vaiado. (...) Na aurora da redemocratização do Brasil, o garoto Fraga conseguiu mostrar para o país quem era, de fato, aquela triste e grotesca figura política que ainda iria reinar soberana nas colunas políticas da imprensa brasileira, por muitos anos, impune e cheia de prestígio."
Grandes tragédias e pequenas vitórias em um Brasil de absurdos cotidianos.
terça-feira, julho 21, 2009
Muricy Ramalho é o novo técnico do Palmeiras
Compartilhe no Facebook Confirmado: após ficar sem emprego por um mês (ou estaria de férias?), Muricy Ramalho será apresentado amanhã como novo treinador do Palmeiras. Desde já cravo o time alviverde como maior favorito ao título do Brasileirão de 2009. Será também uma oportunidade do ex-sãopaulino fazer um trabalho melhor que o antecessor, que quase conseguiu a façanha de deixar o forte time do Verdão fora da Libertadores na última rodada do Brasileiro de 2008.
A estreia deve ocorrer no domingo, contra o Corinthians. Parabéns ao Belluzzo, mas nada como concorrer em uma negociação com Marcelo Teixeira. Isso deve ter facilitado bastante a volta atrás de Muricy...
Serviço de inutilidade pública informa:
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Complementando o post anterior, o Real Madrid venceu o Shamrock Rovers por 1 a 0 ontem, com gol de Benzema aos 42 do segundo tempo. Cristiano Ronaldo (foto) não fez praticamente nada em sua primeira partida pelo clube espanhol. Ao chutar uma falta quase pra fora do acanhado campinho de Tallaght, a torcida irlandesa não perdoou e comecou a tripudiar: "Who are yah? - Who are yah?" ("Quem e voce? - Quem e voce?"). A derrota pelo placar mínimo soou como vitória para os 10 mil beberrões que viram o sonolento embate.
Clubes são barrigas de aluguel
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A venda de André Santos e Christian, pelo Corinthians, mostra mais uma vez a realidade em que os clubes tornaram-se verdadeiras barrigas de aluguel. Sem dinheiro, recorrem a "empresários" para contratarem os jogadores. Os que fazem sucesso são vendidos depois da "gestação" e o clube fica com uma pequena parte pela valorização que proporciona.
segunda-feira, julho 20, 2009
Em dia de Vitória, empate
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domingo, julho 19, 2009
A primeira fora de casa do Corinthians
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Um belo lançamento de Ronaldo e corte perfeito de Jorge Henrique, que deixou o goleiro pra trás e completou, deixaram o Corinthians na frente no Mineirão contra o Cruzeiro. Logo em seguida, em ataque rápido, Morais deixou Ronaldo na cara do gol, ele chutou e o Leonardo Silva deu uma de goleiro. Pênalti e expulsão. Ronaldo foi caminhando em passo de gordo, bem lentamente, e ainda quis dar paradinha – quer dizer, parar o devagar-quase-parando. Não deu certo, o goleiro Fábio esperou, e pegou bem fácil o chute fraquinho do Gordo. Depois disso, o Corinthians se segurou. Continuou atacando, chegando próximo, mas sem muito volume. O Cruzeiro com dez chegou muito mais, teve lances de perigo e, pela razão mesma de estar jogando em casa e atrás no placar, foi muito mais atrás do empate.
No contra-ataque, Ronaldo marcou, lá pelos 30 min do segundo tempo, aproveitando a assistência de Jucilei. No vídeo a seguir, o gol do Gordo:
Aos 38, Chicão fez pênalti em Kléber. Um pênalti bem tosquinho, por sinal. Ele foi no corpo, numa bola que bastaria se esforçar para fechar o caminho do gol. Nem pegou, mas o Kléber valorizou, com direito a pirueta, e a marcação foi, afinal, justa. O próprio Kléber completou. Para se redimir, aos 47 minutos, Chicão tirou uma bola na linha do gol, e depois Felipe prensou “no peito” com o Kléber, que já estava ali de novo pra completar. Resultado final é Cruzeiro 1 x Corinthians 2, na primeira vitória fora de casa do Timão no Brasileirão 2009, sobre o vice-campeão da Libertadores. Com a vitória do Barueri sobre o Náutico e os demais resultados, mantém-se na 6ª posição na tabela.
O Corinthians jogou com dois atacantes posicionados em linha, e em muitos momentos Morais fucionou como um terceiro atacante. Em três oportunidades, aliás, os três ficaram impedidos juntos, mostrando que estão unidos até nisso. Nesta partida, assim como na anterior, o setor que funcionou melhor é o meio-campo. Isso é importante, pois mostra que o time pode ser mais criativo que destrutivo, se quiser, sem o foco principal na defesa, como acontecia no início da temporada. Cristian e Elias são as duas principais figuras de articulação.
Os reservas que entraram também não fizeram feio não, o que é muito importante num campeonato de pontos corridos. Jucilei entrou muito bem, deu várias enfiadas de bola, tem qualidade este menino. Diogo pela lateral fez alguma coisa, embora ainda não substitua a garra e a “presença constante” de Alessandro, e Diego também não esteve mal no lugar do capitão William. Morais não parte tanto pra cima quanto Dentinho, mas deu alguns bons passes.
No estilo Mano Menezes, miudinho, o Timão está consolidando um bom elenco, inclusive com reservas. O time ainda precisa segurar o jogo mais na frente, por uma parte maior do tempo de jogo e tem condições de fazer isso. Quando faz isso, consegue chegar ao gol, não necessariamente no contra-ataque. Quer dizer, hoje o time tem condições de jogar pra frente, sobretudo porque o time inteiro (exceto o Gordo) marca também, então o apoio pode ser mais dinâmico. Com a bola no pé, é um time que cadencia o jogo e acerta mais do que erra os passes. Com a volta da zaga titular completa, Dentinho e Douglas, o time fica bala. Cabe à diretoria garantir a estabilidade do elenco e trazer alguns reforços para a próxima temporada, mas que não cheguem como “a salvação”, como costuma acontecer, mas sim peças para dar um talento extra a um esquema que está funcionando.
sábado, julho 18, 2009
Vitória simples para dormir na liderança
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Depois do Atlético-MG, a manhã de domingo encontra um novo líder do brasileirão. O Palmeiras venceu o Santo André por 1 a 0, placar construído no primeiro tempo, por Diego Souza. Foi a quarta vitória seguida de Jorginho em cinco partidas, sem conhecer o que é derrota.
Se Internacional ou Atlético-MG vencerem, podem passar o alviverde paulista. Assim como os mineiros, o desempenho das últimas temporadas mina um pouco a credibilidade de que a equipe terá capacidade de manter essa regularidade. Como não há um time mostrando um futebol regular nem um de campeão, a liderança e posições próximas a ela devem ser comemoradas.
Cleiton Xavier foi bem, assim como o autor do gol. Wendel e Armero parecem ter resolvido os problemas do time pelas laterais. Edmilson, atuando como volante garante mais qualidade ao meio campo do quase efetivado no cargo Jorginho.
É curioso constatar que os jogadores mostram disposição a toda prova. Pierre continua a ser Wendel sempre foi esforçado, mas também limitado. Agora, ofensivamente, é uma alternativa e tanto, além de tapar o outrora esburacado lado direito. O camisa 7 Diego Souza e o 10 Cleiton Xavier estão acordadíssimos do começo ao fim. Obina e Ortigoza, titulares do ataque com a sombra de Willians, também. Pierre é o segundo maior ladrão de bolas do campeonato e Maurício mostra uma estabilidade que a zaga verde não conhecia desde Henrique.
Por isso, quando o Marcos, o Goleiro, pede definição da diretoria, parece que o plano do elenco é continuar a ajudar o treinador.
Então, fica, Jorginho, ué?!
Participações inusitadas
Do lado do Santo André, dois jogadores merecem destaque por motivos inusuais. Marcelinho Carioca foi decisivo por fazer uma falta forte em Diego Souza na primeira etapa. Cobrada por Cleiton Xavier para Obina, para a bola sobrar para o mesmo Diego fazer o gol. Para quem costumava decidir a favor do seu time, é divertido que tenha permitido a criação do lance mais importante para a partida do time adversário.
O outro foi Pablo Escobar, boliviano homônimo do comandante do Cartel de Medelín morto em 1993 e dono dos hipopótamos agora mortos. Apesar da aparente vitalidade que garantiu ao time de Sérgio Guedes no início do segundo tempo, ele não chegou a chamar mais atenção pelo futebol do que pela alcunha.
Luxemburgo de volta: o torcedor não merecia mais do mesmo
Compartilhe no Facebook O Santos prometeu anunciar seu novo técnico, em primeira mão, pelo Twitter oficial do clube. De fato, o anúncio veio pelo microblog, mas o time foi “furado”, não apenas pela imprensa. O próprio Vanderlei Luxemburgo disse no seu Twitter que era o novo comandante santista, antes do clube fazê-lo.
O fato pode parecer insignificante, mas é simbólico: Luxa chega já estragando uma novidade do marketing alvinegro. O “gênio” atropelar decisões e diretrizes tomadas pelo clube que ele abandonou por três vezes para trabalhar no Corinthians, Real Madri e Palmeiras, respectivamente, sempre foi algo corriqueiro, principalmente em suas passagens com Marcelo Teixeira na presidência. Afinal,o proprietário do Santos Futebol Clube, vulgo chácara Santa Cecília, deixa o amigão sempre à vontade para passear pela propriedade, abrir a geladeira e pegar sua cerveja e dar ordens nos seus empregados. Nada indica que isso vá mudar.
Pra quem falou tanto em contratar o melhor técnico do Brasil, campeão brasileiro nos últimos três anos, e fechou com um treinador caro e que não tinha mercado em nenhum outro clube do Brasil (talvez somente no Fluminense, que tem dinheiro de patrocinador e diretoria igualmente incapaz como a do Santos). A impressão que dá é que Luxemburgo era a escolha feita desde antes da queda de Mancini e esse lenga-lenga de Muricy era tão-somente para ludibriar o pobre torcedor, enquanto se tramava e se acertava o retorno do técnico rejeitado pelo Palmeiras.
Mas há também outra questão, levantada pelo Alex em seu blog: o acerto com Muricy teria pegado porque ele havia exigido uma “limpa” no clube. Muricy não queria trabalhar, por exemplo, com o irregular goleiro Fábio Costa, conhecido desagregador destemperado. Para quem não lembra, no São Paulo o treinador também teve dificuldades para lidar com Rogério Ceni, chegando depois a uma “coexistência pacífica”. Com o santista, o relacionamento prometia ser pior, até porque o arqueiro é um dos principais responsáveis pelo clima ruim no elenco, tendo brigado com jogadores e até com seu chapa preparador de goleiros.
Contudo, Fábio Costa é amigo do dono da chácara. Ele, assim como o técnico que volta agora, já deixou o Santos e enquanto esteve fora menosprezou o clube com comentários pra lá de desrespeitosos. Mas há sempre perdão para os amigos. Eles podem voltar, arranjar confusão, ficar acima do peso, atuar mal e com duas batidinhas no peito depois de uma defesa difícil os torcedores se derretem e o dono da chácara se emociona com tanta prova de amor. Prova de amor próprio, não ao Santos, já que o “apaixonado” é incapaz de vibrar com gols de “seu” (em mais de um sentido) time quando está de fora. E dirigentes e torcedores se portam como uma típica “mulher de malandro”,correspondendo ao aceno do “ídolo”. Quanta carência...
E é assim que o dono do Santos e seus asseclas se reencontram. Podem, quem sabe, trazer alguma alegria para o torcedor? Claro, até pelo baixo nível da concorrência e pela carência do santista que, depois de flertar com o rebaixamento em 2008, vai ficar feliz com qualquer desempenho meia-boca que lhe for apresentado. “Chegamos em quinto lugar, como previsto no nosso planejamento”, bradará ao fim do ano o “gênio”. Mas a que preço virá um título paulista ou uma classificação na Libertadores? Já esquecemos das passagens recentes de Luxemburgo? Será que algum título de Dualib compensou o rebaixamento do Corinthians? Precisaremos chegar lá para acordar?
Espero estar menos ácido das próximas vezes, mas hoje sinto um desgosto profundo de torcer para o Santos, que não é meu nem dos torcedores com os quais me irmano em nome do manto sagrado. Ainda que muitos não percebam, tomaram o Santos de nós.
O Real Madrid joga em Dublin segunda-feira. E daí?
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Opa! Aproveitando 5 minutinhos de internet, comento aqui o "fenomenal" "amistoso" (jogo-treino já é muito esforço de boa vontade) entre o todo-poderoso Real Madrid e o Shamrock Rovers (quem?!??) aqui em Dublin, na segunda-feira. O jogo será em Tallaght, a 5 minutos de onde moro - mas os ingressos sumiram há muito tempo. Tem gente que diz que começou pelo preço módico de 10 euros (cerca de R$ 30), mas chegou a 200 euros. Não duvido que tenha começado com um preço tão baixo, pois o futebol não empolga muita gente aqui na Irlanda. Prova disso é que o tal Shamrock é um dos dois clubes mais populares, ao lado do Bohemians, e ninguém nunca ouviu falar deles. O esporte aqui é o rugby. Questionado pela imprensa, o neo-galático Cristiano Ronaldo foi sincero: "Honestamente, nao conheço nada do futebol irlandês". E, durante coletiva na cidade de Co Kildare, onde o time vem treinando desde o dia 14, nem deu certeza de que estará no tal "amistoso". Tudo bem. Tirando um bando de crianças, mais motivadas pelo superstar português do que pelo time do Real Madri, quase ninguém foi até lá para tietar. E em Dublin, ninguém fala sobre o jogo de segunda. Acho que os espanhóis vieram aqui mais pra tomar umas Guinness...